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sábado, 28 de janeiro de 2017

A Semana 4 de 2017 - Já que eu vou viajar...


O foco da semana foi na viagem de férias que estava chegando. Apesar de toda a atenção estar no dia do embarque, conseguimos não ficar apenas nos preparativos, nos distraímos juntos, mas no final tudo tinha aquele clima de "vou viajar".


Já que vamos ficar alguns dias fora de casa, a vontade de aproveitar a casinha bateu forte. Em um desses dias inteiros curtindo a casinha acabamos redescobrindo uma brincadeira de papel simples, muito divertida e cheia de memórias afetivas para nós. Falei dela no post "Tá simples e tão divertido".


Fiquei grata por sermos felizes com coisas tão simples.

Recebi mais um convite para o teatro através do blog. Desta vez o espetáculo foi a peça infantil "Marrom, nem preto, nem branco?". Gostei muito da peça e contei no post.



Fiquei grata pelo convite e pela oportunidade. 

Já que vou viajar e ficar duas semanas sem aula de pintura, dei um gás e terminei mais uma pintura. Foi esse revisteiro para enfeitar, alegrar e organizar a minha sala.


Fiquei grata pela ajuda das minhas filhas na pintura, pela minha professora na orientação, pelas amigas de turma que fazem as aulas tão especiais e por eu me permitir e priorizar essa atividade que me faz tão bem. Aliás, falei desse bem no post "Pintura - Um tempo para a relação com o tempo".


Já que vou viajar e o marido vai ficar, aproveitamos para fazer um programa só os dois. Fomos ver "La La Land - Cantando Estações".  Eu fiquei totalmente encantada com o filme. Saí do cinema leve e com um sentimento de alegria tranquila. O filme tem música, dança, romance, comédia, um cenário lindo que dá vontade de viajar para Los Angeles. E tem doçura. Ótimo para ir em casal, em família para quem tem filhos (apesar da classificação ser livre, acho que agrada a crianças a partir dos 10 anos), com amigos ou sozinho. Vale a pena ver e dá vontade de rever várias vezes. 


Sinopse do site AdoroCinema: "Ao chegar em Los Angeles o pianista de jazz Sebastian (Ryan Gosling) conhece a atriz iniciante Mia (Emma Stone) e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso.".

Já que eu vou viajar, uma amiga me convidou para tomarmos um café da manhã juntas para deixarmos o papo atualizado. Afinal, iremos ficar duas semanas praticamente sem nos falarmos. Muito tempo!


Fico grata por conservar as amizades.

No meio da semana embarcamos na nossa viagem de férias.



Fico grata por poder proporcionar e desfrutar desses momentos com a família.

O voo foi supertranquilo e até confortável.


Voo tranquilo é mais do que motivo para ser grata, porque voo turbulento ninguém merece.

Antes de finalizar o post mais um motivo para agradecer: conseguir fazer o post pelo celular. Aliás, esse dá até pra comemorar.

No início desta semana eu recebi as correções dos últimos posts aqui do blog e estavam cheios de erro de digitação. Erro que eu mesma me espanto ao me ver cometê-los. Na troca de e-mails com a revisora, eu comentei que esse lance de eu escrever os posts com todos em casa, pois estão todos de férias, com marido, filhas, Xina e Renilda me interrompendo a todo o instante não estava dando certo. Assim que enviei o e-mail com o meu tom de reclamação e ao mesmo tempo culpando os outros pela minha desatenção, eu me lembrei da palavra gratidão. Imediatamente escrevi complementando o e-mail anterior "mas sou muito grata por ter todos eles ao meu redor, porque eles ocupam a minha mente sim, mas ocupam também o meu coração". 

Este post faz parte da BC #52SemanasDeGratidão proposta pela Elaine Gaspareto que neste ano vai substituir a BC A Semana que aqui no blog substituiu a BC Pequenas Felicidades.



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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Pintura - Um tempo para a relação com o tempo


Concluí mais um revisteiro para enfeitar, alegrar e organizar a minha casa.


Este vai ficar na sala organizando as revistas, jornais, etc., que estamos lendo no momento. Os outros dois foram para os quartos da Ana Luiza e Sofia respectivamente e eu mostrei no post "Organização de Quarto - Revisteiro".




Pintar essas peças cheias de detalhes dá um trabalho enorme, consome bastante tempo, mas traz uma satisfação sem tamanho. Já falei do bem que fazer artesanatos nos proporciona no post "Terapia Artesanal".

Fazendo essa peça e observando as minhas filhas me ajudando, eu pensei em outros aspectos do bem que faz reservar um tempo para parar fazer uma atividade de longa duração. Do quanto esta espera para ver o resultado nos reconecta com o valor do processo. Nos faz pensar no tempo para se alcançar algo, para chegar a um resultado, para ter uma resposta. Nos faz repensar em como a nossa relação com o tempo ficou tão sem tempo.

Eu me lembrei de uma ocasião em que falei com a psicóloga sobre a impaciência e intolerância das minhas filhas e a pressa para ter as respostas. Elas querem as respostas de imediato. Se respiro um milésimo de segundo para pensar sobre a melhor resposta, pronto! Já deu! Sou desligada, desatenta, nunca (olha o exagero do nunca) respondo nada, e por aí vai.

Por um lado a psicóloga me tranquilizou informando que esta não era um questão das minhas filhas, mas sim dos adolescentes dessa geração em que as respostas estão todas a milésimos de segundos, ao alcance dos dedos, apenas a um clique nos celulares. Já que eles têm o "São Google" para lhes dar as respostas (nem sempre as melhores respostas) em frações de segundo.

Bem que eu me sentia exigida como se fosse a Dona Google e vivia, aliás vivo, lembrando as minhas filhas que eu não sou Google, não tenho todas as respostas, nem estou ligada a uma rede 4G de velocidade máxima.

Ou seja, ter informações, respostas, disponibilidade das pessoas (através das redes sociais e WhatsApp), com muita rapidez reduz a capacidade de suportar a espera. Estamos com uma geração, na verdade eu prefiro dizer um grupo, acho que generalizar uma geração inteira é muito forte, mas um grupo grande de adolescentes imediatistas, impacientes e intolerantes em relação ao tempo. E muitos adultos também.

Além do mais, vivemos em um mundo onde tudo é muito pronto, as coisas estão ao alcance de uma prateleira. Se eu quero um bolo vou ali e compro. Se quero um pão, praticamente nem se cogita a possibilidade de fazer em casa. Imagina esperar aquele tempo todo para a massa descansar e ainda assar? Tá louco!

O dia a dia, os muitos afazeres, as muitas informações que temos para absorver, as muitas coisas que temos para consumir, o muito que temos para conhecer, nos apressa. Não temos tempo de esperar o tempo do processo. Ficamos no mecânico. Não temos tempo.

Nos afastamos do artesanal da vida e estamos ficando incapazes de esperar. A pressa, a rapidez, a agilidade e o mecânico nos deixam ansiosos. Nos cansa.

Por isso eu acredito que voltar ao artesanal vez ou outra é ótimo para trabalhar a resiliência, a paciência, a tolerância e aprender a esperar o tempo, a desfrutar do processo.

Sempre me perguntam já afirmando: fazer essa pintura é um trabalhão, né? E eu digo é um processo.
E eu adoro incluir as minhas filhas nesse processo. Não só pela companhia delas, para fazermos algo juntas, mas principalmente para que elas aprendam a ver valor no esforço de fazer. Para que elas sintam o quão gratificante é ser o processo e não apenas parte final de um mecanismo.

O processo é longo: escolhe a peça que vai pintar, dá a base, lixa, pinta nas cores de fundo em muitas camadas até ficar com a cor uniforme.


Bate a estampa.


Pinta as figuras mais uma vez em muitas camadas.


Faz os detalhes.


Dá o acabamento, fica feliz e já começa tudo de novo.


O processo é demorado sim, mas descansa. Nos aproxima novamente do artesanal da vida. Sem pressa. Recupera a nossa capacidade de administrar a espera. Segura a ansiedade. Relaxa. É um tempo para a nossa relação com o tempo que nos devolve ao tempo, mais revigorados. 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Peça Infantil "Marrom, nem preto, nem branco?"



No domingo fomos convidadas pelo blog para assistir a peça infantil "Marrom, nem preto, nem branco?". Foi a estreia da nova temporada que ficará em cartaz no Teatro Ipanema até o dia 19 de fevereiro (mas eu acho que deveriam prorrogar. Ah deveriam sim!)


Peça infantil Marrom, nem preto, nem branco?

Assim que recebi o convite e li o release já gostei da abordagem. Trata de um assunto que precisamos falar muito, não adianta mascarar, dizer que não existe, e coisa e tal. Temos que encarar e fazer mudar. 

O legal é que a peça conta a história de um caso real. Ela foi inspirada na menina Lorena de Melo Schaefer para criar Linda, uma menina que não entende o conceito de raça, só de cor. Filha de pai alemão e mãe negra, ela se acha marrom. Após passar por inúmeras situações que apontam as desigualdades entre nós e fugir em busca de um lugar onde todos são iguais, Linda entende o valor dessas diferenças e muda sua concepção.

Outro ponto muito legal é que a Linda é interpretada pela mãe da menina que foi a inspiração para a história. 


Atriz Vilma Melo - Foto Guilherme Silva

Tudo começa quando a professora pede para os alunos fazerem um trabalho sobre identidade. Linda que não é branca como o pai, nem negra como a mãe, apesar de se definir como marrom, não consegue se identificar. Se sente deslocada e diferente. Todo esse sentimento de "desencaixe" é reforçado por diversas atitudes preconceituosas e episódios desconcertantes que a menina vive no dia a dia, como moradora de um condomínio de classe média.

O assunto sério é narrado de forma divertida, com música e muito humor. Ótimo para fazer todos pensarem sobre atitudes, discursos e posturas preconceituosas são reproduzidos indiscriminadamente, sem reflexão, sem empatia. Ótimo para pensar sobre a riqueza e a beleza que estão nas diferenças.

Vale muito a pena assistir ao espetáculo com os pequenos. Só para ter uma ideia, a produção de "Marrom, nem preto, nem branco?"  recebeu sete indicações a prêmios de teatro no Rio. Isso mesmo! Não é conta de mentiroso, não!  É muita gente mandando bem junta e misturada! É diversidade cultural! 

As indicações foram: no Prêmio CBTIJ de teatro concorre nas categorias Melhor Atriz (Vilma Melo), Melhor Autor (Renata Mizrahi), Melhor Atriz Coadjuvante (Maíra Kerstenberg) e Melhor Operador de Luz (Pablo Cardoso); e no Prêmio Botequim Cultural nas categorias Melhor Atriz (Maíra Kerstenberg) e Melhor Autor (Renata Mizrahi).





Depois do teatro, é claro que rolou um passeio pela Feira Hippie de Ipanema, né? Em outros tempos teria um lanche na saudosa Chaika. 


Serviço.

Teatro Ipanema
Rua Prudente de Moraes, 824 – Ipanema
Tel.: 2267-3750

Sábados e Domingos, às 16h
R$30,00 (inteira)/R$15,00 (meia)
De 22 de janeiro a 19 de fevereiro


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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Tão simples e tão divertido


Quando a Ana Luiza estava aprendendo a usar tesoura, isso já tem bastante tempo, a brincadeira preferida dela por um bom tempo foi fazer sanfonas de papel com figuras. Para ela era como se aquilo fosse um truque de mágica.

Ela chegava da creche, eu chegava do trabalho, nós duas sentávamos no chão da sala e ficávamos ali por horas fazendo mágica com papel e tesoura.

Os filhos crescem e a gente vai deixando as brincadeiras de lado, né? Acha que era coisa de criança e que agora que são grandes não irão se encantar, nem se impressionar com essas "bobeiras".

Em um sábado dessas férias, em que todos queriam ficar em casa, mas fazer alguma coisa, sem mais nem menos eu me lembrei dessa brincadeira e resolvi começar a fazer a minha sanfona de flores e colorir. E não é que a brincadeira fez sucesso?!

Brincadeira com papel e tesoura


É uma brincadeira muito simples e que pelo visto distrai crianças de todas as idades. Precisamos apenas de:

- papel;
- tesoura;
- canetinhas ou lápis de cor.

O ideal é ter um papel bem comprido para a sanfona ficar maior. No nosso caso tínhamos apenas folha de papel A4 da nossa impressora, mas ele atendeu perfeitamente.



Primeiro dobramos a folha de papel A4 ao comprido. Dividimos em três faixas.


Marcamos bem as faixas e rasgamos com as mãos.


Dobramos cada faixa quatro vezes. Assim ficou com uma largura ideal para fazermos os desenhos e uma quantidade boa de figuras, cinco.


Desenhamos em uma das faces a figura que queremos. É importante que a figura tenha alguma ligação nas laterais para a sanfona ficar conectada. No caso da nossa árvore as ligações ficaram na copa conforme a seta na foto abaixo.

Brincadeira com papel

Recortamos em torno da figura com cuidado para manter a ligação nas laterais (vide setas na foto abaixo).

Brincadeira com papel e tesoura

Desdobramos a figura.

Brincadeira com papel

E soltamos a imaginação para colorir.




Na verdade é uma brincadeira bem conhecida e não estou trazendo nenhuma grande novidade. Acho que por isso não fiz um post sobre ela quando as meninas eram pequenas. Mas agora me surpreendeu o fato dela despertar o interessa das filhas já grandes e termos nos divertido com ela. Não sei se foi uma questão de memória afetiva. Só sei que foi uma tarde ótima que passou tranquila entre cores e formas.

Enfim, fica a dica para quem estiver esquecido dela. Uma brincadeira simples e estimulante para os pequenos e para os maiores pode funcionar como arte. Podemos variar bem as imagens e o colorido. Dá para fazer borboletas, estrelas, casas e muito mais. Pensamos em pegar uma folha amarela, fazer a corrente com círculos e desenhar expressões dos emojis. 

sábado, 21 de janeiro de 2017

A Semana 3 de 2017 - Xô Aborrecimentos



Nos posts da semana eu conto o que houve de melhor nos meus dias, aquelas situações simples que muitas vezes passam despercebidas, mas que são elas que me revitalizam, me dão energia, alegria e me trazem o sentimento de gratidão.

Como os posts da semana vão ao ar aos sábados (pelo menos essa é a ideia) eu conto a minha semana do sábado anterior até a sexta-feira.

Para ser bem sincera o fato de estar sem trabalhar somado à situação do Estado do Rio têm me gerado certa ansiedade e angústia. E para levar os dias com mais tranquilidade e até ter clareza para enxergar as oportunidades eu tento colocar alguns momentos que para mim são relaxantes, como contato com a natureza, com os amigos e com algum tipo de arte. Isso faz total diferença para mim. Eu até gostaria de ser aquele tipo de pessoa que precisa correr 10 km para relaxar, mas não é o meu caso.

Depois de passar um dia todo em casa arrumando, organizando, resolvendo pequenas pendências, fui para um fim de tarde no clube em companhia de uma amiga e nossas filhas.


Presenciar um entardecer com a Lagoa tranquila me faz ser grata por morar em uma cidade tão linda, apesar de todos os problemas.


Levei a Sofia e uma amiga para assistirem ao musical "Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças" a convite pelo blog. Aproveitei para encontrar uma amiga blogueira, a Cris Philene; conhecer o Teatro Dulcina, um teatro tradicional da cidade e que integra o corredor cultural da Cinelândia, junto com Teatro Rival, o Centro Cultural da Justiça Federal, a Biblioteca Nacional, o Theatro Municipal e o Museu Nacional de Belas Artes, e cantar junto com a Sofia.


Fiquei grata pelo convite e pela oportunidade e incentivo a fazer algo que eu não faria.

Como a energia de criança nunca acaba, após o teatro elas queriam ir à Feira Hippie de Ipanema procurar anel de coco. Pode? Pode! 


Me senti grata por ter disposição, energia e alegria para proporcionar esses momentos simples para a minha filha. Tá certo que para dar um up na energia eu comi um bolinho de estudante maravilhoso na barraca da baiana. 

A semana em si começou meio tensa, cheia de compromissos chatinhos e alguns aborrecimentos. E é justamente quando a situação está mais estressante é que precisamos buscar nos abastecer, criar reservas através daquilo que nos faz bem. Foi em busca de fôlego que eu entrei no Museu de Folclore.

O Museu de Folclore, que fica na Rua do Catete bem ao lado do Museu da República, reabriu a mostra de longa duração em 22 de novembro, após um tempo em reforma. Eu estava cheia de curiosidade para fazer a visita. Aproveitei que estava resolvendo umas questões ali perto e reservei meia horinha para viajar através do folclore de diversas regiões do nosso país. 


Me senti grata por estar atenta as minhas necessidades e me proporcionar essas pequenas válvulas de escape.

No meio da semana eu resolvi chutar o pau da barraca. Tirei o dia para me sentir de férias e fui para a praia com amigas de infância.  Passamos o dia na Praia da Macumba conversando, rindo, desabafando e desligadas.


Me senti grata por conservar amizades de tão longo tempo. Amigas que podemos confiar, que podemos ser crianças e podemos ser adultas. 


Levei a Sofia e uma amiga para uma tarde no clube. Fiquei sentada de frente para a Lagoa observando a natureza, lendo, ouvindo o barulho da chuva enquanto as duas se divertiam e gastavam energia.


Me senti grata por ter tempo para estar com as minhas filhas e contribuir para que o período de férias delas seja proveitoso.

Levei a Sofia para fazer SUP (Stand-Up Paddle) no Posto 6. O mar estava supertranquilo, sem ondas, e a água com temperatura muito agradável. Enquanto a Sofia fazia as suas gracinhas na prancha, eu fiquei lá observando e relaxando. Vimos peixes, tartaruga, mergulhamos, remamos, e no final a Sofia e a amiga me agradeceram pela tarde ótima que elas passaram.


Me senti grata pela sensação de paz de estar no meio do mar olhando a orla ao longe, o Pão de Açúcar de um lado, o Forte Copacabana de outro e todo aquele silêncio. 

Sou grata até pelos aborrecimentos, pois são eles que me fizeram buscar e valorizar cada momento de distração, lazer e prazer. Buscar me abastecer de reservas é fundamental para não permitir que os aborrecimentos me dominem. 

Este post faz parte da BC #52SemanasDeGratidão proposta pela Elaine Gaspareto que neste ano vai substituir a BC A Semana que aqui no blog substituiu a BC Pequenas Felicidades.




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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Filme Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood


Eu confesso que quando recebi o convite para ir à cabine de imprensa do filme "Os Saltimbancos Trapalhões:  Rumo a Hollywood" eu fiquei meio assim... será que ainda dá caldo? Ou melhor, dá filme? Não seria um remake (Saltimbancos Trapalhões de 1981) de uma adaptação (musical de Charles Möeller e Cláudio Botelho com músicas de Chico Buarque), da adaptação (peça teatral de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov) da adaptação (conto “Os Músicos de Bremen”, dos irmãos Grimm)?
Mas Saltimbancos para mim é irresistível e as lembranças da infância que Os Trapalhões me trazem bateram forte e lá fui eu conferir.


E que bom que eu fui. Tive uma grata surpresa. A nostalgia bateu forte. Me lembrei do quanto já ri com essa trupe. Voltei lá longe no tempo quando eles foram, em um Dia das Crianças, lá em São Pedro d'Aldeia. Voltei a um tempo mais recente quando vi com as minhas filhas pequenas os outros filmes do Renato Aragão já com a sua Lili. Voltei a 1981, ao primeiro filme "Saltimbancos Trapalhões" na época com os quatro integrantes do grupo e mais Lucinha Lins.

Na verdade, "Os Saltimbancos Trapalhões:  Rumo a Hollywood" não é apenas um remake, nem uma continuação do filme de maior sucesso dos Trapalhões. "Os Saltimbancos Trapalhões – Rumo a Hollywood" tem as mesmas músicas com uma roupagem nova e é uma grande homenagem ao espetáculo mambembe e ao quarteto de palhaços e seu humor ingênuo.

Em "Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood", Didi Mocó (Renato Aragão) tem uma difícil missão: salvar o Grande Circo Sumatra da crise financeira causada pela lei que proíbe a participação de animais em espetáculos. Diante das dificuldades e sem opção, o dono da companhia, Barão Bartholo (Roberto Guilherme) coloca o vigarista Satã (Marcos Frota) para administrar o circo e buscar outras alternativas para faturar com o espaço do circo.  É aí que Satã, com o apoio de  a sua namorada/comparsa, a Tigrana (Alinne Moraes), se alia ao manipulador prefeito Aurélio Gavião (Nelson Freitas) que possuem planos bem escusos para o circo.

Didi sonha literalmente com um novo espetáculo e conta com a ajuda de Karina Bartholo (Letícia Colin). Junto do seu amigo Dedé (Dedé Santana) e inspirando-se em sonhos mirabolantes com animais que falam e lhe dão conselhos misteriosos, Didi faz o roteiro do espetáculo que é a esperança de salvação do circo.

O filme traz a questão do uso dos animais em circos. Apesar de ressaltarem em vários momentos que os problemas atuais do circo são devido à ausência dos animais circenses, eles afirmam que a são a favor da proibição, que circo não é o local dos animais e que estes devem estar em seus habitats naturais. 

"Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood" é leve, alegre, divertido, inocente, nostálgico e emocionante. Dá para dar boas risadas despretensiosas com as piadas inocentes, por vezes já batidas e até previsíveis. Dá para sentir a alegria e vibração do elenco, dá para sentir a emoção do Renato Aragão com a homenagem ao grupo. E claro, dá para cantar todas as músicas. Eu, pelo menos, fiquei cantarolando alegremente "Uma pirueta, duas piruetas, bravo, bravo" por uns três dias.


Sinopse: "Didi Mocó (Renato Aragão) e Karina (Letícia Colin) têm a difícil missão de ajudar o Grande Circo Sumatra a sair de uma grave crise financeira. Quando Barão (Roberto Guilherme), dono do circo, aceita propostas de mau gosto do corrupto prefeito da cidade (Nelson Freitas), eles decidem se reunir para montar um novo número e voltar a atrair o público. O roteiro surge a partir dos sonhos malucos de Didi, em que ele conversa com animais falantes, e logo começam os ensaios. Mas além do prefeito, eles ainda terão que enfrentar a arrogância do gerente do circo, Assis Satã (Marcos Frota), e sua cúmplice, Tigrana (Alinne Moraes), para tentar salvar o circo e levar adiante a ideia de um novo e sensacional espetáculo.".


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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Musical Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças


Nós recebemos o convite para assistir ao musical "Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças" no Teatro Dulcina e ficamos duplamente interessados.



Primeiro pelo contexto da peça que marcou a estreia do projeto “Grandes Músicos para Pequenos”. O projeto foi criado com o intuito de apresentar a vida e a obra de importantes compositores para as novas gerações. A ideia é promover o resgate da cultura brasileira através de espetáculos que envolvam toda a família em experiências inesquecíveis. Muito legal poder mostrar para as crianças música de qualidade de compositores nacionais.

Segundo pela oportunidade de ir ao Teatro Dulcina, um dos teatros mais tradicionais da cidade e que integra o corredor cultural da Cinelândia, junto com Teatro Rival, o Centro Cultural da Justiça Federal, a Biblioteca Nacional, o Theatro Municipal e o Museu Nacional de Belas Artes. Muito bom sair do circuito de teatros de shopping e mostrar outro cenário cultural da cidade para as crianças.


Posso dizer que antes da peça começar, elas já ficaram bem impressionadas com a estrutura do Dulcina com três andares, frisas e camarote e toda a arquitetura do teatro que foi reinaugurado em 2011, após a obra de modernização que recuperaram o projeto arquitetônico original.


Assim que "Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças", adaptação da vida do Rei do Baião para os palcos, começou contando e cantando passagens da infância de Luiz Gonzaga no sertão Nordestino as crianças já se empolgaram. Ouvimos suas risadas e sentimos a animação delas.

Foto de Vinicius Bertoli

No decorrer da peça as crianças batiam palmas no ritmo das músicas, dançavam na cadeira e acompanhavam tudo atentamente. O cenário é simples e os personagens atraem a atenção o tempo inteiro.

A Sofia e a amiga acompanharam a história da infância de Luiz Gonzaga entremeada com sucessos do Rei do Baião pelo panfleto da peça para saberem o nome da música que estava sendo cantada no palco.

Teatro infantil Luiz e Nazinha Luiz Gonzaga para criaças


O espetáculo vai além de trechos da infância de Luizinho, como era chamado quando crinaça, e da descoberta do amor inocente por Nazarena, filha de Dona Elvira e do Coronel Raimundo Deolindo de Alencar que não permite o namoro entre eles. E como dizem que tudo que é proibido é mais gostoso, as crianças que só querem brincar dão um jeito de se encontrarem às escondidas. Fala também das condições vividas pelo povo do sertão, como questões relacionadas à seca do Nordeste, ao êxodo rural e diferenças sociais.

O resultado final é um musical alegre, engraçado, inocente que misturando música e dança e que agrada geral. A gente sai da peça dançando um forrozinho, cantando um xote

Pena que após a peça tínhamos outro compromisso e não paramos no restaurante Amarelinho para um lanche. O Amarelinho é tradicional ali na Cinelândia e é bem pertinho do Teatro Dulcina.



Serviço:

Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças
Temporada: De 14 de janeiro a 02 de abril
Teatro Dulcina (Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro - Próximo ao Metrô Cinelândia)
Telefone: (21) 2240-4879
Dias e horários: Sábados e Domingos, às 16h
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Lotação: 429 pessoas
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre
Funcionamento da Bilheteria: De quarta a domingo, das 14h às 19h.

Se quiser saber mais sobre o espetáculo e o projeto entre em: www.grandesmusicosparapequenos.com.br


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sábado, 14 de janeiro de 2017

A Semana 2 de 2017 - Cinema para todos os gostos



A semana começou com muito, mas muito motivo para agradecer. Foi o aniversário de 18 anos da Ana Luiza que ela comemorou indo a uma boate com as amigas na véspera. A sensação era esperar o relógio dar as 12 badaladas, mas não para sair correndo, e sim para entrar correndo. Afinal ela esperou com grande ansiedade por alguns anos para este momento. A noite foi boa! 

No dia comemoramos em casa, em família, tudo preparado por nós, com pouca foto e muito carinho.



Ao longo da semana aproveitamos bem as férias da família e o calor do Rio para estarmos juntos e nos refrescarmos no ar condicionado do cinema. Foram muitos filmes.

"Capitão Fantástico" - Nada menos do que fantástico. Fomos os quatro, programinha em família, andando de mãos dadas até o cinema para ver o filme que fala de família, de valores, de educação, respeito. O filme é tão impactante que nos pegamos várias vezes durante a semana falando dele, conversando sobre uma cena ou outra. Vale muito a pena.



O filme conta a história de Ben Cash (Viggo Mortensen), um pai de seis filhos que resolveu viver e educar seus filhos isolados da sociedade, longe das "perversões" da vida moderna, mas muito próximo à natureza e uns dos outros. Para isso construiu sua vida em uma espécie de paraíso, no meio da floresta. Lá ele cria um rotina rígida, mas cheia de aventuras. Opta pelo homeschooling, por extrair da natureza a própria alimentação, por reciclar o lixo que utilizam, ensina os filhos a lutarem, escalarem, fazerem exercícios que lhes proporcionem físico forte para sobreviver na floresta, leem obras clássicas e falam abertamente sobre qualquer assunto.
Em determinado momento, após 10 anos de vida na floresta, eles precisam retornar à cidade e se deparam com outra realidade e com familiares que consideram o modo de vida que eles levam prejudicial.


"Esquadrão Suicida" - Esse nós vimos em casa, juntinhos no sofá. Filme baseado em um dos quadrinhos da DC Comics. A história se passa depois dos ocorridos em "Batman VS. Superman", é cheia de cenas de ação, divertida, com personagens carismáticos, como a Arlequina e o Pistoleiro.


Sinopse do site AdoroCinema: "Após a aparição do Superman, a agente Amanda Waller (Viola Davis) está convencida de que o governo americano precisa ter sua própria equipe de metahumanos, para combater possíveis ameaças. Para tanto ela cria o projeto do Esquadrão Suicida, onde perigosos vilões encarcerados são obrigados a executar missões a mando do governo. Caso sejam bem-sucedidos, eles têm suas penas abreviadas em 10 anos. Caso contrário, simplesmente morrem. O grupo é autorizado pelo governo após o súbito ataque de Magia (Cara Delevingne), uma das "convocadas" por Amanda, que se volta contra ela. Desta forma, Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Capitão Bumerangue (Jai Courtney), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), El Diablo (Jay Hernandez) e Amarra (Adam Beach) são convocados para a missão. Paralelamente, o Coringa (Jared Leto) aproveita a oportunidade para tentar resgatar o amor de sua vida: Arlequina.".


"Os Penetras 2 - Quem dá mais?" - Filme de comédia nacional, sequência de "Os Penetras" que estreia em 19 de janeiro com direção de Andrucha Waddington. Eu fui na cabina de imprensa assistir ao grupo de golpistas vivido por Eduardo Sterblitch, Marcelo Adnet, Mariana Ximenes e Stepan Nercessian, que são Beto, Marco, Laura e Nelson, tentar aplicar novo golpe. Dessa vez eles contam com mais um integrante, o Santiago (Danton Mello), um milionário sedutor, para faturarem uns trocados de Oleg (Mikhail Bronnikov) russo milionário, porém mafioso.

Filme leve, divertido, bom para dar algumas risadas com as trapalhadas e confusões desses golpistas.


"Sully" - Fomos eu, Sofia e Antonio no cinema. A Ana Luiza preferiu ver "Minha Mãe é uma Peça 2" com uma amiga. "Sully" é um filme  baseado em fatos reais (adoro isso) que conta a história do piloto que pousou um avião no Rio Hudson e conseguiu manter todos vivos. Feito único, corajoso, brilhante. Vale pela história e vale muito para ver Tom Hanks dando show.


Sinopse do site AdoroCinema: "15 de janeiro de 2009. Logo após decolar do aeroporto de LaGuardia, em Nova York, uma revoada de pássaros atinge as turbinas do avião pilotado por Chesley "Sully" Sullenberger (Tom Hanks). Com o avião seriamente danificado, Sully não vê outra alternativa senão fazer um pouso forçado em pleno rio Hudson. A iniciativa é bem-sucedida, com todos os 150 passageiros a bordo sendo salvos. Tal situação logo transforma Sully em um grande herói nacional, o que não o isenta de enfrentar um rigoroso julgamento interno coordenado pela agência de regulação aérea nos Estados Unidos."

"Moana - Um Mar de Aventuras" - Lindo, lindo, lindo. Um programa para toda a família!  Hoje fomos eu, a Ana Luiza e a Sofia. Olha que é difícil conciliar os interesses de uma filha de 18 anos e outra de 11. Mas "Moana" conseguiu. Uma aventura emocionante, cheia de força e doçura. Com mensagem linda sobre autoconhecimento,  determinação, expectativas criadas pela família e respeito à natureza.
Lindo!


Sinopse: "Filme do Walt Disney Animation Studios, traz para as telonas a história sobre uma adolescente polinésia de 16 anos que se aventura pelo Oceano Pacífico para desvendar o mistério que envolve seus ancestrais. Durante esta grande aventura, ela encontra o “espirituoso” e poderoso semideus Maui e, juntos, eles embarcam em uma viagem cheia de ação, enfrentando criaturas inusitadas, algumas até ferozes, e muita diversão."




"Passageiros" - Fui só com o marido. A Ana Luiza já tinha visto com as amigas e a Sofia preferiu ficar em casa brincando com uma amiga.
Filme de ficção científica, mas com uma pegada romântica bem forte. Em determinada parte do filme até me esqueci de toda a trama futurista e fiquei mais envolvida com as questões de relacionamento dos dois personagens, Aurora e Jim. 
Os dois passageiros de uma nave que levam tripulantes e outros passageiros, um total de 5.000 pessoas, para um novo planeta, em um século futuro.
Todos os passageiros e tripulação deveriam fazer a viagem de nada mais, nada menos, que 120 anos em estado de hibernação, porém um problema na cápsula de Jim faz com que ele acorde 90 anos antes do planejado. Desespero total! Após um ano vivendo sozinho na nave, Aurora é acordada.
Sozinhos na nave e presos no espaço, eles começam a se conhecer melhor. O clima fica tenso quando o problema na nave fica generalizado e eles precisam salvar não apenas as suas vidas, como a dos outros 5.000 que estão dormindo na maior paz.



Sinopse: "Aurora (Jennifer Lawrence )e Jim (Chris Pratt) fazem parte de uma colônia que está sendo transportada, todos foram colocados para dormir e devem acordar quando a viagem for completada, mas alguma coisa não parece certa e eles terão que arrumar um jeito de sobreviver essa viagem insana no meio do espaço.".



"É Fada!" - Vi em casa com a Sofia que, aliás, estava doida para ver esse filme. Vimos em casa, já que o filme foi disponibilizado no YouTube. O filme é uma historinha água com açúcar, tem adolescentes no elenco o que atrai as crianças, é bem aquela história conhecida da menina que muda de escola e é rejeitada por não ser popular e por trás uma questão familiar. Seria até engraçadinho. A questão dos palavrões que a tal fada maluquinha fala nem pesa tanto. O pior é de onde a fadoca tira sua varinha. Do fiofó! É isso mesmo! Mas é sutil! A Sofia não percebeu isso. 

Bom, de qualquer forma a Sofia gostou. Gostou tanto que viu duas vezes. 


No final da semana eu fiz um passeio pela Praça Tiradentes e visitei alguns pontos, como o Real Gabinete Português de Leitura, O Centro de Arte Hélio Oiticica e o CRAB. Contei tudo no post "Turistando na Praça Tiradentes". Aproveitei para entrar na Igreja de São Francisco de Paulo e agradecer. 

Agradecer pela vida que tenho, pelas filhas, pela família, pelos amigos, pelas oportunidades, pelos aprendizados.




Este post faz parte da BC #52SemanasDeGratidão proposta pela Elaine Gaspareto que neste ano vai substituir a BC A Semana que aqui no blog substituiu a BC Pequenas Felicidades.


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