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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Exposição "Holocausto: Trevas e Luz" no Museu do Amanhã



Eu adoro passear pelo Rio, aliás, eu adoro passear por praticamente qualquer lugar, amo fazer programas culturais e quando esses programas são feitos na companhia das filhas, aí eu gosto mais ainda. 

Então, quando a Ana Luiza me convidou para irmos juntas conferir a recém inaugurada exposição "Holocausto: Trevas e Luz", no Museu do Amanhã, eu nem pestanejei, topei na hora.


A exposição, apesar de curta, é de arrepiar e de fazer pensar, pensar muito, sobre,sobre a convivência humana, o respeito às diferenças e o que faz alguns se sentirem superiores aos outros.




A mostra "Holocausto: é dividida em três módulos. Assim que entramos no primeiro já ficamos impactados. Entramos em uma sala preta com fotos marcantes e frases de impacto.

Caminhamos pelo espaço observando as fotos, refletindo sobre a tragédia, imaginando a dor e a força daquelas pessoas e, de repente, nos vimos ali entre elas.



Entre as fotos e objetos podemos reconhecer algumas cenas de filmes que falam sobre o nazismo. Em uma das fotos podemos ver a cena da queima de livros que foi retratada no filme "A Menina Que Roubava Livros".

Está exposto um uniforme utilizado em um campo de concentração, cedido pelo Museu Judaico do Rio de Janeiro. A peça pertenceu a Hercz Rosenberg, que veio para o Brasil após a Segunda Guerra. Uniforme este que vimos no filme "O Menino do Pijama Listrado".


Está lá também a estrela amarela, de uso obrigatório para que os judeus pudessem ser identificados pelos militares nazistas, que vimos recentemente no filme "Os Meninos Que Enganavam Nazistas". Esta estrela de David exposta foi utilizada pela prisioneira Helena Klein, que sobreviveu e migrou para o Brasil. 



No segundo segundo módulo, que homenageia os "Justos entre as nações", nome dado àqueles que correram riscos para salvar judeus perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial, sentimos um calor bom no coração. É bom saber que sempre tem gente boa e corajosa nesse mundo. 

Esta área da exposição traz uma lista enorme com o nome das 26.513 pessoas que arriscaram a própria vida para protegerem judeus da perseguição nazista. Entre esses muitos nomes, dois são brasileiros: Aracy de Carvalho Guimarães Rosa e Luiz Martins de Souza Dantas. Como eles conseguiram ajudar o judeus? Ambos eram funcionários do Itamaraty. Ela era chefe do setor de passaportes do Consulado do Brasil em Hamburgo e ele, embaixador do Brasil na França. Os dois ignoraram as ordens dadas por Getúlio Vargas para restringir a emissão de vistos a judeus.

O terceiro módulo é bem fofo! Traz trabalhos e redações feitos por alunos de escolas públicas sobre o tema o Museu do Amanhã estimula a reflexão sobre a importância de se lembrar e revisitar o Holocausto, para evitar que se repita. 

Ideia bem legal para fazer com os filhos em casa. Pelas fotos podemos perceber que as crianças assistiram ao filme "O Menino do Pijama Listrado". Mas podemos fazer em casa com qualquer um dos três filmes que citei aqui. 


No nosso caso já estamos cansadas de saber que cerca de 6 milhões de pessoas, a maioria judeus, foram perseguidas e aniquiladas pelos nazistas, liderados por Adolf Hitler. Já aprendemos na escola, já vimos em filme, lemos em livros. Mas sempre vale a pena recapitular esse que foi um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade, marcado pela intolerância e pelo preconceito.



Passeamos pela exposição admirados pela a força e pela capacidade de superação dessas pessoas que sobreviveram a esses horrores. Pensamos no quanto é importante conhecer as atrocidade dos atos do passado para que atitudes assim não se repitam.  Ficamos chocados a atrocidade dos atos do passado e no que o ser humano foi capaz. 

E quando estamos chagando ao final, pensando que toda essa violência ficou no passado, somos convidados a refletir sobre as violências que vivemos atualmente e no quanto realmente aprendemos e evoluímos como seres humanos. "Apesar das mudanças e evoluções entre as relações humanas, continuamos, inclusive no Brasil, a repetir tais atitudes.".




Mas podemos "escolher o amanhã que desejamos" e fazer diferente.




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5 comentários:

  1. Nossa, muito intenso! Li várias vezes o Diário de Anne Frank na minha adolescência. Adoraria conhecer essa exposição, será que vem para SP? Beijos

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  2. Passear é bom mesmo ... Essa exposição parece ser ótima

    Bjs Mi Gobbato

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  3. Nossa Chris, uma grande aula essa exposição.

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  4. Nossa que show essa exposição Chris passear e aprender é bom demais.
    Bjs
    Mari

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  5. De arrepiar essa exposição!!! Já sou doida para conhecer esse lugar, com essa exposição então...

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