Réveillon do Improviso

Todos os anos passamos o Réveillon em Cabo Frio. Esse ano foi diferente. Às vésperas do Ano Novo eu estava com o ânimo afetado por uma gripe que não me permitia ter disposição para encarar engarrafamentos na estrada nem os incômodos de uma cidade superlotada.
A Ana Luiza inconformada por esse ser o 1º, dos 12 Réveillons da sua existência que não passaria em Cabo Frio.
A Sofia inconsolável por que não iria ver os fogos na piscina e comendo o churrasquinho do Vô Neném.

2009 para 2010 em Cabo Frio

Diante de tanto apelo os vírus da gripe estavam se revoltando cada vez mais dentro do meu corpo, dei um comunicado: se vocês (Ana Luiza, pai e avó) resolverem tudo eu vou. Só não tenho condições de organizar nada.

Realmente sou a mola propulsora das programações familiares e dessa vez a mola estava enguiçada. Deu defeito e nada feito. Ficamos por aqui e sem programação para a noite de Réveillon.

No dia 31 mal acordei e já ouvi 999 vezes: eu queria ver os fogos em Cabo Frio... Corpo doído, olhos lacrimejando, ouvido estourando de ouvir a mesma frase. Resolvi encarar esse vírus de frente, liguei para uma amiga e combinei um passeio na Lagoa.

Entre pedaladas e água de coco vislumbramos a possibilidade de vermos os fogos na Lagoa todos juntos.

Criançada feliz e animada até que começa a chover e... com chuva... nada de fogos na Lagoa.

O que vamos fazer então? Ficar em casa, comendo pizza e vendo os fogos pela televisão era a solução!

Nada disso. "Simone Salvação", amiga do coração, cheia de disposição, encarou o mercadão, fez um jantarzão e convidou a "tchurma" aqui de casa.

Jantar supergostoso, conversinha boa, crianças animadas por estarem juntas e parou de chover.

Às 22h30 saímos para a Lagoa com garrafa de Champagne embaixo do braço e taças descartáveis na sacola. Sem trânsito, encontramos vaga no estacionamento, até mesa no quiosque tinha. Brincadeiras para as crianças, temperatura agradável, frequência superfamília, música animada em volume dentro do tolerável no quiosque. TUDO DE BOM!

Vimos os fogos de Copacabana, de Botafogo, dos clubes da Lagoa, brindamos em família e com os amigos. Voltamos para casa muito satisfeitos com o melhor Réveillon improvisado do Rio de Janeiro com crianças.

Foi tão bom que no dia seguinte repetimos a dose e passamos a tarde no Parque dos Patins, na Lagoa, almoçamos no Árabe e brincamos muito. Com os mesmos amigos, é claro.

E olha onde a mamãe foi parar? Depois dessa o tal vírus da gripe desistiu de atacar esse "corpitcho" e foi cantar em outra freguesia.