Uma volta na Feira de São Cristóvão

Eu sou apaixonada pela região nordeste do Brasil. Adoro o clima, os sabores, os sons, os sotaques, as cores e a natureza. E o melhor é poder encontrar um pouco da cultura nordestina aqui no Rio. E ultimamente eu tenho explorado bastante a Feira de São Cristóvão que é um lugar ótimo para ir com amigos e com crianças também.

A Veja Rio na coluna “Uma volta...” trouxe o Claude Troisgros para falar dos pontos preferidos dele no local. A matéria pode ser vista AQUI.

Eu além de conferir o percurso do Claude Troisgros também tenho outros locais que gosto muito no Pavilhão.

A entrada da feira com a estátua do Luís Gonzaga.

A Avenida Nordeste com os seus restaurantes todos decorados para chamar a atenção dos visitantes.

 

O restaurante Baião de Dois tem uma comida nordestina maravilhosa e muito bem servida.

Outro restaurante muito bom que eu já experimentei é o Asa Branca. A decoração é bem característica trazendo peças da cultura e do folclore nordestino.

O pastel de queijo de coalho e o escondidinho de carne seca são imperdíveis.

A Barraca da Chiquita é um dos restaurantes mais famosos e é a recomendação do Claude Troisgros. Já não precisa dizer mais nada, né?

O queijo de coalho na brasa com melado como entrada, o suco de seriguela e feijão de corda são irresistíveis. E deitar na rede depois dessa orgia alimentar é tudo de bom. Bem a cara do nordeste. Só falta a praia!

Os palcos para os shows são uma tentação para cair no forró.

Na queijaria Lampião podemos encontrar várias delícias nordestinas. Eu sempre trago um pedaço de doce de caju e queijo de coalho para fazer a minha versão da sobremesa Romeu e Julieta (goiabada com catupiry) que é a Lampião e Maria Bonita (doce de caju com queijo de coalho derretido).

Já a minha lojinha de artesanato preferida é a Ciranda das Artes. Fico enlouquecida.

Gosto muito de dar uma passadinha em alguma sorveteria e experimentar algum sabor típico. O sorvete de buriti, por exemplo, é surpreendente.

Mas a Feira de São Cristóvão tem muito mais. É um passeio que vale muito a pena para quem está pelo Rio e para quem está com saudades do Nordeste. A cada nova volta por lá se descobre um cantinho diferente, um novo sabor e com isso sempre saio de lá com uma sacolinha na mão e um grande sorriso no rosto.

A Fernanda Reali também já falou da Feira de São Cristóvão no blog dela. Vale a pena dar uma visitada nos posts para saber mais sobre o Pavilhão:

- Artesanato na Feira de São Cristóvão;

- Passeando na Feira de São Cristóvão (aqui tem a dica do restaurante Mandacaru).

Sanduíche de ovo assado com amor

Algumas vezes na hora do lanche bate aquela vontade de comer um sanduíche com ovo. Normalmente fazemos com pão francês, ovo frito e colocamos uma fatia de queijo que derrete com o calor do ovo. Fica muito simples e bem gostoso. Mas como estamos procurando fazer trocas inteligentes para tornar a nossa alimentação mais saudável, resolvemos fazer uma versão mais light desse sanduíche.

A troca principal foi o ovo frito por ovo assado. A outra foi o pão francês pelo pão de forma light ou pão de forma integral. E o nosso sanduíche basicão ficou assim:

O que utilizamos para cada sanduíche:

- 2 fatias de pão de forma light;
- 1 fatia de queijo minas frescal;
- 1 fatia de blanquet de peru;
- 1 ovo.

Como fizemos:

Com um cortador em forma de coração retiramos o centro de uma das fatias de pão.

Colocamos o queijo e o blanquet de peru sobre a fatia de pão que estava inteira e cobrimos com a fatia vazada.

Acrescentamos o ovo com cuidado na cavidade.

Levamos ao forno pré-aquecido na temperatura de 180º até o ovo ficar assado.
Ficou uma delícia!

Morar Mais Por Menos Rio 2013 com crianças

Nessa 10ª edição do "Morar Mais Por Menos", mostra de arquitetura e design que tem o slogan “O Chique que cabe no bolso”, eu resolvi fazer a visitação levando as filhas.

A Ana Luiza está em uma fase em que está superinteressada no assunto. No momento ela diz que quer ser designer de interiores. Então, nada mais propício do que ir dar uma espiada nas novidades e nas possibilidades que a "Morar Mais" apresenta.

A princípio eu achei que não daria muito certo levar a Sofia, mas como os ambientes expostos são montados com viés na sustentabilidade, reutilização e consciência ecológica e social, assuntos que exploro sempre com as meninas, eu mudei de ideia e resolvi arriscar e levar a Sofia.

E deu muito certo. Elas curtiram todos os ambientes e se surpreenderam com tantas possibilidades de reaproveitamento. Olha só o banco de engradado!

Nessa área do jardim toda em bambu o sofá é também um balanço.

Depois de explorarmos as áreas de paisagismos fomos direto ao terceiro andar onde fizemos um lanche no Cafeína e demos continuidade a nossa visita.

Essa sala bar chamou muito a atenção pelas cadeiras que são balanço, pelo sofá de caixa de ovo, pela parede de rolhas onde podíamos jogar uma rolha e fazer um pedido.

Após várias tentativas conseguimos acertar as nossas rolhas.

Eu gostei muito desse arranjo feito com garrafas.

Passeamos por todos os ambientes sempre nos empolgando com o conceito High/Low que mistura produtos com custo mais elevado - o high- com produtos reutilizados; reciclados e de custo mais baixo - o low.

A Ana Luiza se encantou com o "Apartamento da Família" de Ana Lucia Danello e Vania Lucia Guerreiro. Eu fiquei enlouquecida com a "Suíte do Artista" de Guilherme Bezerra.

Já a Sofia adorou o quarto do Bebê Menina que tinha essa cama de tijolos que serve de nichos. Logo, logo, ela descobriu que esse bebê menina se chamava Sofia. Vejam só a almofada!

Aliás, toda a área infantil é uma viagem para o mundo da imaginação para as crianças. O quarto do explorador é sensacional!

Em um dos ambientes a Sofia gostou do lustre feito de pet e quer fazer um igual. Observou cada detalhe, contou 88 fundos de pet e já está guardando as embalagens para fazer o dela.

Neste quarto a Ana Luiza gostou do painel com paisagem do Rio.

Na "Suíte da Designer" de Raquel Salgado a Ana Luiza gostou das molduras sobre o papel parede.

Esses são apenas alguns dos detalhes do que vimos por lá. Ao todo são 81 ambientes e em todos eles podemos tirar ótimas ideias. Vale a pena a visita! Nós acabamos ficando mais tempo na mostra do que imaginávamos e nos surpreendemos muito positivamente. O problema é que saímos de lá com vontade de dar uma renovada na nossa casa.

Nossos Momentos: CCBB - Exposição Obsessão Infinita - Yayoi Kusama

O nosso programa de sábado era rever a exposição “Obsessão Infinita” de artista japonesa Yayoi Kusama no Centro Cultural Banco do Brasil. A exposição das bolas como a Ana Luiza chama. Realmente são cerca de 100 obras entre pinturas, esculturas, vídeos, apresentação de slides e instalações todas com muitos bolas de tamanhos e cores variados.

Yayoi, hoje com 84 anos, é uma das maiores artistas pop japonesas de todos os tempos, conhecida por sua obsessão por pontos e bolas (Polka Dot art).

A maior parte da exposição não pode ser fotografada. Mas nas peças mais interativas o registro é permitido.

Começamos a sentir o mundo de Yayoi Kusama e toda a sua compulsão por bolinhas desde a entrada da exposição.

Ao percorrer as obras que traduzem as imagens que atormentam a artista podemos sentir um pouco das visões alucinatórias da artista como os pontos e bolinhas que aparecem para ela. Nessa sala escura e vazia em que bolinhas fluorescentes invadem o ambiente a sensação é que esses pontos coloridos estão vindo até nós.

Na sala dos espelhos ao termos a nossa imagem refletida pelo jogo de espelhos no piso que é coberto de água e ao sermos envolvidos por milhares de pontos cintilantes, definitivamente entramos no infinito obsessivo de Yayoi Kusama.

A instalação abaixo permite que a obra seja construída pelo próprio espectador. Em sala completamente mobiliada, originalmente toda branca, os visitantes são convidados a colarem adesivos em formato de bolas coloridas. A diversão é garantida.

A exposição é tão interessante que queríamos ver e sentir mais uma vez. Mas assim que chegamos ao CCBB às 12h30 (aproveitamos a hora do almoço por acharmos que estaria mais vazio) a fila estava enorme. Então resolvemos almoçar e ver se depois a fila estaria menor.

Almoçamos no Adelos ouvindo a música gostosa da roda de choro, comendo uma comida saborosa, conversando tranquilamente e desfrutando do charme do casarão antigo onde o restaurante está instalado.

Depois do almoço caminhamos pelas ruas do Rio Antigo observando os casarões.

Passamos pela Igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores para ver a estátua (contei a história AQUI), mas estava fechada.

Continuamos caminhando e aproveitando todos os detalhes para transformar em diversão.

Retornamos ao CCBB para ver se a fila estava menor, mas, muito pelo contrário, estava maior ainda. Então decidimos não encarar. Vamos voltar durante a semana. Mas antes de irmos embora paramos na livraria e ainda tiramos algumas fotos.

Apesar do nosso objetivo não ter sido atingido não houve estresse nem aborrecimento. Muito pelo contrário, continuamos relaxadas e nos divertindo com as novas possibilidades que se apresentaram. Por isso dentre os momentos que tivemos neste final de semana a visita que não aconteceu (dessa vez) foi escolhida para fazer parte da Blogagem Coletiva Nossos Momentos proposta pelo blog Recanto das Mamães Blogueiras que tem como objetivo incentivar momentos de convívio familiar. As blogagens acontecem quinzenalmente às segundas.

Lembrem-se:

Blogagem Coletiva: Esmalte + Dinheiro

Hoje a Blogagem Coletiva de esmaltes proposta pela Fernanda Reali está com dicas financeiras dalando de dinheiro e economia.

Cada vez mais é importante saber lidar com o dinheiro e ensinar o valor das coisas paras as crianças.
Ter dinheiro é necessário, é bom e facilita muito a vida. O dinheiro é para trazer qualidade de vida, então é fundamental saber valorizar o dinheiro, mas acima de tudo saber valorizar e respeitar os próprios sentimentos e os sentimentos dos outros.

Para ajudar na tarefa de ensinar o valor do dinheiro para as crianças eu recorri e recorro sempre ao livro "Descobrindo o valor das coisas" de Gustavo Gerbasi e Maurício de Sousa.

O livro fala com os pais e com as crianças de forma bem lúdica, traz conceitos muito interessantes, ilustrações bem bonitas, traz também um caderno de atividades relacionadas com cada assunto e ainda tem um jogo para divertir a família.

Aqui nós vimos que o próprio dinheiro tem valores diferentes ao longo do tempo. No Brasil já tivemos várias moedas e uma época de grande inflação.

Depois que soube disso a Sofia montou um banco de notas que ganhou do avô.

Aqui uma nota de cruzeiro na época que ainda era assinada manualmente.

Tem algumas notas europeias que atualmente foram substituídas pelo Euro.

Saber valorizar e cuidar das notas e do dinheiro é importante, mas para saber fazer um bom uso dele é fundamental conhecer o valor das coisas sempre lembrando que os sentimentos das pessoas têm um valor inestimável.

Aqui em casa quando rola uma briguinha ou desentendimento por causa de um brinquedo ou um objeto qualquer eu sempre peço para elas pensarem nos sentimentos envolvidos na situação e o que vale mais: o objeto em questão ou o sentimento da pessoa. Vale a pena magoar alguém por causa daquele brinquedo? Ele vale tanto assim?

Quero que as minhas filhas aprendam que cultivar laços é fundamental para a nossa felicidades.

Outro conceito que eu acho muito importante é saber diferenciar necessidade e desejo.
Quando as minhas filhas chegam dizendo coisas do tipo: "eu preciso de uma calça nova.", "eu estou precisando de um tênis novo.", "eu preciso de um celular." e etc. eu peço que elas pensem se realmente precisam ou se apenas desejam. Normalmente a resposta é que desejam. Aí eu peço que elas pensem no valor daquilo que elas desejam, na utilidade, no sentimento que ele vai proporcionar para elas e no impacto na natureza.

E cada vez mais dizer não ao desperdício.
Nessa semana mesmo ao sair de casa para o trabalho falei assim:

- Acho que hoje eu vou de táxi. Estou com preguiça.

E a Sofia me chamou pra realidade:

- Mãe, vai de metrô. O metrô não polui o ar, quem vai de metrô ajuda no trânsito da cidade e ainda é bem mais barato do que o táxi. Você paga o mesmo preço independente da distância que você vai e do trânsito. O táxi não, quanto mais longe, mais caro. Se você pega mais sinal fechado fica mais caro e se você pega engarrafamento fica mais caro.

Depois desse discurso tão consciente é claro que eu fui de metrô e feliz por ter visto que ela está aprendendo bem os conceitos que a gente passa (mas nem sempre quer seguir, né?).

Um ponto que aqui em casa ainda anda em definição é a mesada. O mais difícil até o momento é definir a finalidade da mesada para com base nisso fechar o valor adequado e coerente com a nossa realidade.

O livro é muito interessante e aos poucos vamos cada vez mais consolidando os conceitos econoômicos e financeiros de forma divertida e descontraída.

Para essa Blogagem Coletiva eu usei o esmalte Chrissie da Granado. Um prata lindo que faz parte de uma edição especial.

Na verdade esse esmalte foi mais um desejo do que uma necessidade.