Maceió - Gastronomia e Artesanato

Na semana passada eu estive em Maceió. Foi uma passagem rápida pela cidade com o objetivo de conhecer a fábrica verde da Coca-Cola, como eu já contei AQUI. Mas no tempo que sobrou deu para aproveitar bastante e ficar com vontade de voltar com as filhas e o marido.

Eu já fui a Maceió em outras duas ocasiões: a primeira, solteira e com as amigas. Foram cinco dias de muita praia (passeio de jangada nas piscinas naturais da Pajuçara, Praia do Francês, do Gunga e Barra de São Miguel) e muito forró à noite. A segunda eu fui com o marido que na época era namorado. O esquema foi de muita praia, bares e restaurantes à noite. Nessas duas temporadas eu fiquei hospedada em Ponta Verde que tem ótimos hotéis, mas estes, na maioria, não são de frente para o mar.

Quando voltei ao estado de Alagoas com as filhas preferi ficar em Maragogi. Maravilhoso! Em Maceió são oferecidos passeios de bate e volta a Maragogi, mas eu não faria essa escolha. Além de ser muito longe, Maragogi tem encantos que merecem ser explorados em mais dias.

Dessa vez a minha estada em Maceió foi bem diferente das anteriores. Não teve praia! Como assim? A pessoa vai para o Caribe Brasileiro e não vai à praia? Na verdade eu caminhei na areia da Pajuçara e molhei o pé no mar, mas não tive tempo de ficar curtindo praia no sentido pleno da palavra. Até daria tempo de fazer o passeio de jangada nas piscinas naturais, mas a tábua das marés não nos favoreceu. Essa é uma questão a ser considerada quando se planeja alguns dias em Maceió, Maragogi, Porto de Galinhas, em Pernambuco, e outros lugares em que o destaque seja as piscinas naturais formadas por arrecifes.

Então o que eu fiz nesses dois dias em Maceió:

- Desfrutei a vista linda da Praia da Pajuçara no terraço do Hotel Mercure.

- Passeei pela orla. As orlas das praias de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca são lindas. Tem um calçadão largo com opções de bicicletas para aluguel, do projeto "Pedala Maceió". Tem diversos quiosques de comidas típicas e tem a feira de artesanato da Pajuçara.

O gostoso de passear por ali, além da beleza natural, da brisa típica do Nordeste e da descontração das pessoas, é observar que apesar de estarmos em uma capital estamos longe do caos urbano. Ao sentar em uma das várias jangadas ancoradas na areia e observar o mar pude me deparar com uma cena bem rústica: pescadores chegando do mar, no fim de tarde, com o barquinho carregado de peixe que são descarregados em uma charrete.

E não é que de repente, enquanto eu caminhava tranquilamente, eu me deparei com nada mais, nada menos do que a Maria Bonita em pessoa! Mulher valente, mas que conquistou Lampião pela doçura e o convenceu a deixá-la entrar para o cangaço. Até então as mulheres eram proibidas de fazer parte do movimento. Maria Bonita estava toda estilosa, uma característica bem típica do grupo de Lampião que se vestia com cores vivas e harmoniosas, caprichadas nos bordados feitos à mão pelos próprios cangaceiros e inspirados em imagens da caatinga. Eu também fiquei no estilo com o chapéu e armada até os dentes!

- Fui à Feira de Artesanato da Pajuçara. Ali tem de tudo! Peças em rendas e bordados, em palha, madeira, cerâmica, fibra do coqueiro, comidas e bebidas típicas. Tudo muito colorido! O artesanato também é bem influenciado pelas figuras de Lampião e Maria Bonita.

- Pirei nos sabores de sorvetes da sorveteria Sabores do Cerrado. No final de tarde, depois de caminhar pela orla e fazer comprinhas na feira de artesanato, sentar para tomar um sorvete sentindo a brisa e jogando conversa fora é um convite irresistível. O sorvete de buriti foi o meu preferido. O de jabuticaba também é delicioso.

A decoração da sorveteria é bem interessante com quadros em azulejos pintados com cenas nordestinas e tem uma área com brinquedos para as crianças.

- Comi, mas comi muito e bem! Mas como este post já está enorme eu vou falar sobre isso em outro.