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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

A Bendita TV


Quando as minhas filhas eram recém-nascidas e eu estava envolvida naquela loucura inicial de amamenta, não dorme, troca fralda, baba no encanto da filha, baba de sono e coisa e tal, as pessoas falavam que com três meses teria a primeira transformação e as coisas melhoram. E os três meses chegam e o próximo milagre viria aos seis meses. Depois um ano seria outro marco de mudança. Aí é só aguardar pelos “terrible two”. Com três eles socializam bem, mas ainda não gostam de dividir os brinquedos. Tudo bem, com quatro, isso muda. E por aí vai, novas fases seguidas e acompanhadas de mudanças.

Aí chega a adolescência e a mudança é radical. Adrenalina pura. E são mudanças constantes, frequentes, mal dá tempo de abaixar o taquicardia e lá vem mais emoção.

Enquanto as filhas vão mudando eu vou correndo atrás. Mas confesso que tem horas que perco o pé (e a cabeça também), só não perco a vontade de acertar.

De repente eu olho vejo aquela menina linda que saiu de dentro de mim e penso: "Jizuz", apaga a luz! Que figura é essa? Ou melhor, "Jizuz", acende a luz e ilumina as minhas ideias.

E aí eu começo a tentar entender qual é a nova dinâmica que está se instalando na área? Como eu vou acertar o passo? Como vou chegar junto? E a tal empatia? Como eu faço para manter a tal empatia com essa simpatia?

Empatia é aquela parada superimportante no relacionamento interpessoal onde a gente se identifica com as pessoas com as quais rola uma comunicação. 

E pelo o que eu me lembro do meu curso de PNL para criar esse laço empático é legal a gente adotar posturas corporais semelhantes. Cara, tipo superconcordo, mas não tá rolando de eu falar com aquela entonação de adolescente, com o mesmo gestual. Sério, vai dar ruim. Aí sentindo o alto "potencial pra dar merda" eu resolvi pensar mais na tal empatia e me lembrei do texto que li no livro "A Magia da Harmonia", de Anthony Hobbins:

"Quer conhecer o pior clichê já forjado? ‘Os opostos se atraem.’ Como todas as coisas que são falsas, há nisso um elemento de verdade. Quando as pessoas têm bastante em comum, os elementos de diferença acrescentam uma certa excitação nas coisas. Mas, acima de tudo, quem é atraente para você? Com quem você quer passar o tempo? Você está procurando alguém que discorde de você em tudo, que tenha interesses diferentes, que goste de dormir quando você quer brincar, e de brincar quando você quer dormir? Claro que não. Você quer estar com pessoas que sejam como você e, no entanto, únicas”.

E tá aí o lance: interesses. Quais os interesses que podemos compartilhar? E nesse momento a tal da TV que sempre é tão excomungada por ser um suposto veículo atrofiador de cérebros tem me ajudado a abaixar o taquicardia e me preparar para a próxima superdose de adrenalina injetada por mudanças durante a adolescência.

Programas como Master Chef Junior, The Voice, entre outros têm nos proporcionado momentos de harmonia, com grande potencial de inspirar momentos supersaborosos. A minha querida teen me pediu para fazer o Risoto de Açafrão e Vieras da Ivana. Será que eu acerto? Não sei, mas já estou ansiosa por mais momentos empáticos.


Imagem obtida no site da BAND




2 comentários:

  1. Fico só imaginando quando meus meninos chegarem a adolescência, Jesus dá nos sabedoria!!!

    Beijos

    Quézia Silva
    http://kemuelpresentededeus.blogspot.com.br/

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  2. Parabéns pela iniciativa! Eu e minha mãe somos próximas,temos muito em comum, e isso sempre foi taxado de "crime".

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