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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Tudo isso e mais um feliz Natal - Martha Medeiros




Eu adoro ler as crônicas da Martha Medeiros e vira e mexe me pego fazendo rabiscos, pensando e repensando em como o texto dela me impacta e como ele me inspira.

Lendo a crônica “Tudo isso e mais um feliz Natal” em que a autora lista os seus desejos para o seus leitores eu fui pensando em quais daqueles desejos eu desejava para mim e para as pessoas. E quando me dei conta a página da Revista O Globo estava assim:





TUDO ISSO E MAIS UM FELIZ NATAL
(Martha Medeiros)
com os meus pensamento e desejos

"Que você consiga desgrudar das redes sociais (eu consegui fazer isso no segundo semestre desse ano e me fez muito bem), que dê uma longa caminhada sem que seus joelhos incomodem (que a gente consiga dormir a noite inteira sem sentir dor no ombro, braço dormente, ou algo similar), que o sol apareça no dia que você tanto aguarda (que a chuva caia no dia em que a gente queira sentir o cheiro de terra molhada), que sair da dieta não interfira na sua silhueta (aliás, melhor ainda, que a nossa silhueta não precise de dieta), que você tenha a oportunidade de ajudar alguém que está precisando (que encontre um ombro amigo no momento que precisa de colo), que ouça agora mesmo a música que você mais gosta (e que dance esteja onde estiver), que os amigos que se sentiram magoados façam a gentileza de colocar uma pedra no assunto (por favor, né?), que o vinho branco esteja indecentemente gelado (que encontre as amigas para um vinho), que o livro que você está lendo mantenha-se interessante até o fim, que você encontre um presente baratinho, que por alguns minutos você esqueça os problemas do país, que você se reconheça bonito ao se olhar no espelho e que tenha um feliz natal.


Que você encontre o anel dos seus sonhos numa feira de rua (que ande livre por uma feira livre), que pegue o último canapé do prato sem culpa, que reze mesmo sem crer o suficiente, que não dependa de companhia para viajar (que a gente conheça um lugar diferente, que volte naquela cidade que nos traz recordações), que não perca muito tempo se arrependendo (que ganhe muito tempo aprendendo), que deixe a vida um pouco nas mãos do destino, que reveja fotos antigas, que tome um banho de mar inesquecível (que tome um banho de cachoeira refrescante, que pise na grama, que veja o pôr do sol, que faça um pedido para uma estrela cadente, que curta mais natureza e menos concreto), que vá à luta por uma camiseta que seja a sua cara, que transe com alguém bem legal, que segure dentro da boca uma maldade, que chore sem ficar com o rosto inchado (que a gente chore de rir e ria dos choros), que o check up não acuse nada, que ganhe dois ingressos para o show do ano (no meu caso, que seja aquele que a Sofia quer ir) e que tenha um feliz natal.


Que você pare um pouco de reclamar (sério, fazer um detox de pensamentos faz muito, mas muito bem), que em tudo perceba alguma graça, que resolva ir caminhando em vez de tirar o carro da garagem, que use de uma vez aquela camisa escandalosa ou doe para uma escola de samba, que escute ambos os lados antes de distribuir acusações, que um Whatsapp salve o seu dia, que encontre uma nota de 50 reais no bolso da calça que está indo para a lavanderia, que te convidem para passar o carnaval num lugar incomum (nem precisa esperar tanto, um convite para o Réveillon já está valendo), que tire bom proveito da insônia, que suma a espinha maldita que apareceu no nariz, que o dia termine sem nenhum contratempo (que o dia termine com a sensação de que valeu a pena) e que tenha um feliz natal.


Que você não leve um tombo na escada, que não fique preso no elevador, que não perca o chinelo de dedo na praia (ou que perca o chinelo e aproveite para andar descalço. Eu acabei de me lembrar quando perdi o único chinelo que levei para Morro de São Paulo logo no primeiro dia. Não comprei outro e aproveitei os dias e noites descalça), que a chuva não estrague seu cabelo (que a gente deixe o vento bagunçar o cabelo), que você mentalize que tudo pode ser simples, que pense duas vezes antes de fazer uma tatuagem no rosto, que vá para Londres sem mais nem menos (que viaje para qualquer lugar sem mais nem menos), que sua barriga pare por aí (e a bunda também), que consiga pagar em dia seu seguro-saúde, que você descubra o prazer de uma lanchonete de beira de estrada, que quando pedirem uma opinião sincera você não caia nessa, que entre fazer a coisa certa e a coisa errada você escolha fazer a coisa certa, que não subestime a importância das trivialidades e que tenha um feliz natal.

É o que desejo pra você dentro do espírito de generosidade abundante que a data inspira."

Apesar de esse ano de 2015 ter sido bem puxado com muitas histórias tristes e situações lamentáveis no país e no mundo, para mim foi um ano com muito a agradecer. Fiz uma mudança grande na minha vida que me trouxe novos ares, fiz a viagem dos sonhos com a Ana Luiza, me mantive perto dos amigos e conheci pessoas, fiz muita coisa e tive tempo para fazer nada.


Desejo que 2016 traga mudanças positivas e novos ares para todos nós.

Outras crônicas da Martha Medeiros rabiscadas:

2 comentários:

  1. Chris, passei para desejar um Feliz Natal e pedir desculpa por vir ler e comentar poucas vezes. Com o tempo escasso, acabo apenas por retribuir as visitas ao meu blog. Mas não podia deixar de desejar Boas Festas. Que 2016 traga muitas alegrias e saúde.
    Um abraço
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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  2. Um feliz e abençoado Natal para você e sua família.

    Beijos

    Quézia Silva
    http://kemuelpresentededeus.blogspot.com.br/

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