Um dia de folga em Santa Teresa - Sem custo

Mais um dia de folga para desfrutar durante a semana que eu mandei a culpa ir catar coquinho no asfalto quente e fui passear por aí.

O bairro escolhido dessa vez foi Santa Teresa. Um dos mais charmosos e queridinhos da cidade. O bairro é superinteressante e eclético.

Tem um ar de Rio antigo com seus casarões e bondinho. Tem um clima hippie com os ateliês e artesãos. Tem um toque moderninho com os restaurantes e bares. E uma pegada cultural com os centros culturais. Bom Santa Teresa tem de tudo um pouco. Desde a vista deslumbrante até um mosteiro budista.

Com tudo isso em um só lugar eu escolhi passar uma manhã turistando pela nossa “Montmartre Carioca”.

Me enchi de disposição, coloquei duas garrafinha de água na bolsa, chamei duas amigas e lá fomos nós.

Começamos no nosso passeio na Lapa ao pé da Escadaria Selarón que, antes de ser azulejada pelo artista plástico Jorge Selarón, era batizada de Escadaria do Convento de Santa Teresa. É bem fácil de chegar lá. É só pegar o metrô até a estação Cinelândia e ir caminhando até a base da escadaria na Rua Manuel Carneiro.

A escadaria é linda e bem fotogênica. Vale subir com muita calma observando os detalhes e tirando muitas fotos. Falei dessa beleza que virou ponto turístico carioca no post "Escadaria Selarón e seus dizeres".

Depois de subir os 215 degraus chegamos à Ladeira de Santa Teresa.

Dali seguimos para o Parque das Ruínas, mas levamos mais do que 10 minutos. É uma subida das boas, mas dá para chegar lá. O negócio é ir com calma observando os detalhes, olhando as características do local. Santa Teresa tem muitas surpresas e motivos para dar aquela paradinha básica para fotografar, respirar e beber um gole de água.

O Parque das Ruínas é belíssimo! Um ótimo lugar para apreciar a vista e fazer boas fotos. Não vou me prolongar em detalhes porque já falei dele no post "Parque das Ruínas em Santa Teresa".

 

Seguindo por essa passarela na lateral do Parque das Ruínas chegamos ao Museu Chácara do Céu. O museu foi residência de Raymundo Ottoni de Castro Maya, que também era proprietário do atual Museu do Açude, e nos deixou esse recanto cercado por um jardim com vista 360º para a Baía de Guanabara e um acervo com obras artistas renomados, como Guignard, Di Cavalcanti, Matisse, Miró e o considerado maior acervo público de Portinari, entre outros. Acho até que vale a pena fazer um post dedicado a ele.

Na Chácara do Céu nós enchemos a nossa garrafinha de água e seguimos o caminhando até o Largo do Curvelo. Lá pegamos o bondinho até o Largo dos Guimarães.

Em um passeio anterior, do Largo do Curvelo eu peguei um táxi e segui para o Aprazível, um restaurante que oferece uma excelente gastronomia, tem uma vista sensacional, um ambiente agradável e uma decoração cheia de charme. Ou seja, faz jus ao nome. Se for seguir para o Aprazível, a dica é para no Mirante do Rato Molhado que estava abandonado, mas passou por uma reforma discreta. A vista é linda.

Acontece que neste dia de folga o objetivo era passear, turistar, se divertir sem gastar. Então seguimos para o Largo dos Guimarães. Ali, bem em frente a estação do bondinho, está o Cine Santa que tem como slogan Cultura e Cidadania Através do Cinema e representa bem a alma do bairro.

Estando no Largo dos Guimarães vale muito a pena caminha o olhar os vários ateliês, as muitas lojinhas de artesanato e se bater aquela fome por ali tem muitos restaurantes ótimos, como o Bar do Arnaudo, a Adega do Pimenta, o Bar do Mineiro e outros.

Na onda de muita diversão e pouco custo nós descemos  de bondinho.

Olhando os detalhes das ruas.

E ainda flagramos a soneca do gigante.

Nos despedimos desse famoso amarelinho que voltou operar de segunda a sábado, das 11h às 16h, em intervalos de 20 minutos e até este dia estava gratuito.

Uma manhã inteira de muita diversão que teve o custo de duas passagens de metrô e duas barrinhas de cereal levadas na bolsa. Até o Museu Chácara do Céu, que custa apenas R$2,00 a entrada, estava com gratuidade neste dia.