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sábado, 6 de agosto de 2016

Pokémon Go - 6 Prós, 6 Contras, 6 Dicas


A Sofia estava em contagem regressiva para a chegada do Pokémon Go ao Brasil. Antes mesmo que eu soubesse que já estava liberado, ela já tinha baixado e estava jogando. E lá fui eu correr atrás para saber do que realmente o jogo se trata, quais os benefícios e quais os riscos.

A parada é mais ou menos a seguinte: criado por uma franquia da Nintendo, Pokémon Go é um jogo de realidade aumentada baseada em GPS para iPhone e Android. Diferentes Pokémons, como porcos, dragões, aves, dinossauros, plantas, etc. aparecem por aí (em locais ao seu redor ou em PokeStops que são locais físicos onde você pode pegar itens gratuitos para o jogo) e os jogadores precisam encontrá-los e capturá-los.



Depois de ter coletado uma quantidade legal de bichinhos virtuais, os jogadores, ou melhor, treinadores, como o jogo chama, podem subir de nível e ter direito a ir em academias para treinar, batalhar, e subir de nível. 






Pelo o que eu soube pode até assumir e reivindicar seu lugar como dono do ginásio (Não sei bem dessa parte porque não chegamos lá).


Na verdade eu não instalei o jogo no meu celular. Sabe, não tô podendo. Mas mostrei o meu interesse em aprender e jogar junto com a Sofia. Apesar de não conhecer muito o jogo ainda, eu percebi:

- alguns pontos positivos, como:

1 - Ajuda na consciência em relação à localização, espaço e ajudam no senso de orientação.

Eu percebo que as minhas filhas andam pelo bairro e pela cidade meio desligadonas e sem sentido de orientação. Sabem o caminho que precisam fazer, mas não sabem se a praia está à direita ou à esquerda, por exemplo.






2 - Estimula a sair de casa já que você precisa capturar os Pokémons que estão espalhados por aí.

Algumas vezes tem sido dureza levar essas adolescentes para um passeio ao ar livre. Andar na Lagoa? Nem pensar. Mas para capturar Pokémon rola até uma volta inteira nos 8 km da Lagoa.

3 - Incentiva colocar o corpo em movimento, já que quanto mais você andar por aí, mais Pokemóns pode encontrar.

Com tantos jogos de celular, séries e filmes disponíveis nos canais anda difícil fazer os filhos saírem do sofá.

4 - Desperta a atenção para alguns pontos do bairro, da cidade que muitas vezes passam despercebidos.

Eu já vi que tem Pokémon dentro de uma igreja que fica no caminho do inglês da Sofia. Eu tenho certeza que ela até hoje não se deu conta da igreja e muito menos se interessou por conhecê-la. Mas assim que perceber que tem “bichinhos” a serem capturados por ali, vai querer entrar.

5 - Promove a interação real entre as pessoas.

Como estamos andando por aí podemos encontrar pessoas e amigos para os PokeStops ou ginásios.

6 - Não tem interação com estranhos dentro do próprio aplicativo. Não existe mensagens, nem conversas entre os jogadores.
Eu sempre fiquei na neura com esses joguinhos que trocam mensagens, que os nomes ficam expostos, que as crianças conversam com outros jogadores. Essa minha neura vem desde a época do Club Penguin.


- alguns pontos negativos:

1 – Pode levar a locais de risco e/ou inadequados para a idade.

Assim como tem o lado positivo de estimular a conhecer a região, isso pode levar a locais perigosos, como prédios abandonados, por exemplo. Então é importante orientar bem as crianças sobre as regras para ir a algum local.

2 – Causar acidentes pela desatenção.

Andar com a atenção apenas na realidade virtual somada a ansiedade de capturar mais um Pokémon, podem não perceber o tráfego dos carros, o sinal fechado, bicicletas nas calçadas, etc.

Eu soube que uma pessoa caiu dentro do canal porque estava olhando a tela. A Sofia mesmo quase atravessou a ciclovia sem perceber porque estava indo atrás de um novo bichinho.

3 – Encontro com estranhos.

Como os jogadores se encaminham para os ginásios, pessoas mal-intencionadas podem estar nesses locais.

4 – Nos afastar do contato com as pessoas.

Sim, a proposta do jogo pode ter o lado positivo de juntar pessoas nos locais onde os Pokémons se encontram, mas cabeças para baixo, olhos grudados na tela, podem fazer com que os jogadores ignorem seu entorno (focando apenas nos locais onde os Pokémons se encontram) e ficarem isolados no mundo virtual (apesar da proposta de realidade virtual) onde comunicação, contato visual, e atenção não são necessários.

5 – Tornar as pessoas mais conectadas aos seus aparelhos.

O jogo pede que os aparelhos fiquem ligados a fim de receber as recompensas, capturar Pokémon e rastrear a localização. E o celular ligado chama a gente para ficar lá sabendo o que está rolando nas redes, jogando, etc.

6 – Consome a bateria e tem acesso aos dados do Google.


Como tudo tem o seu lado positivo e o seu lado negativo. Então as dicas são:

1 - Buscar informação, entender o jogo, saber os Pokémons que estão ao redor. Assim podemos ficar de olho por onde as crianças estão indo.

2 - Jogar junto com a criança. É uma ótima oportunidade de interação e ainda identificar o quanto a criança está disposta a se arriscar para capturar mais um bichinho.

3 - Dependendo da idade permitir que jogue apenas com a supervisão dos pais.

4 - Orientar bem os adolescentes e chamar a atenção para os riscos.

5 - Estabelecer limites de tempo e regras para o uso e deixar claro que o jogo estimula algumas transgressões (sim, estimula sim. Por exemplo, tem um Pokémon no quintal da casa do vizinho. Aí bate aquela vontade louca de pular o muro ou até perturbar o morador pedindo para entrar) e que não iremos permitir essas atitudes. Tudo tem limite.

6 - Ter cuidado com as compras dentro do app.

Isso foi o que eu percebi em pouco tempo de jogo. Não sou nenhuma fanática por videogames e joguinhos em geral. E vamos ver até onde essa onda vai. 






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