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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Neurotiquinha Exagerada? BEDA

Eu sempre fui, e ainda sou, pelo menos eu acho, já ando meio em dúvida, uma pessoa do tipo mais otimista e relax. Do tipo tranquilona que acredita que  pensamento positivo atrai coisas boas. 

Então sou daquelas que anda tranquilamente falando no celular pelas ruas do Rio de Janeiro, fazendo fotos e tal, sem medo de ser assaltada e muito menos de ser feliz. Ando por aí com a bolsa aberta (uma amiga fica agoniada e sempre fecha a minha bolsa). 

Em viagens sou aquela que come de tudo e bebe de tudo. Sabe aqueles avisos de: "vai para o México? Cuidado com o Mal de Montezuma! Não bebe água sem ser industrializa!" Pois eu sou das que tem certeza absoluta que esse mal não me pega. Relaxo, aproveito e meto o pé na jaca. 

Tudo no limite da responsabilidade, né? Não iria para a Amazônia sem estar com a vacina de febre amarela em dia. Sou otimista e tal né, mas o meu instinto básico de preservar a vida está em dia. 

Mas esse tal de Corona está me deixando meio reflexiva sobre essa minha característica. Estaria eu ficando neurótica, exagerando, ou os outros é que estão com o senso de preservação em off?

Dois fatos nessa semana me fizeram pensar sobre mim mesma e a minha relação com essa retomada de vida aos poucos. Sigo saindo apenas para me movimentar, pegar um sol, ter um contato com a natureza, manter a mente sã. 

Resolvi marcar um passeio de barco e aproveitar esses dias lindos. Por que me encorajei em agendar o passeio? Porque o barco é totalmente aberto e eu agendei uma passeio exclusivo. Somente eu e a minha filha estaríamos no barco, mais o barqueiro. Estaríamos de máscara, levo o meu álcool para limpar as superfícies de contato, e toalha para forrar os assentos que usaríamos. Nós na frente e o barqueiro atrás mantendo o distanciamento mais do que necessário.

Lá fomos nós pedalando e felizes com o passeio. Chegamos junto com o tal barqueiro que retornava de outro passeio: barco cheio, todos (absolutamente todos sem máscara), barqueiro sem máscara gentilmente dando a mão para cada pessoa descer da voadeira. Desisti! Avisei educadamente que lamentava, mas eu ia cancelar o passeio porque ele estava sem máscara e em contato com várias pessoas também sem máscara. Exagerada eu? Esse vírus tá me deixando neurotiquinha? 



Museu Casa Rui Barbosa, um verdadeiro oásis em plena rua movimentada do bairro, reabriu para visitação seguindo os protocolos. Um lugar ótimo para manter o distanciamento, pois é grande, aberto e pouco frequentado principalmente no horário do almoço. Eu fiquei superfeliz com a reabertura e fui dar uma relaxada. Usar a minha hora do almoço para ficar no jardim lendo um livro.

Chegando lá escolhi um banco no meio do jardim, com uma árvore enorme (um pé de lichia) morada de muitas maitacas, de frente para um laguinho cheio de peixe. Cenário encantador e relaxante. 

Mas na hora de me sentar no banco eu fiquei pensando em quem sentou ali antes, se espirrou em cima do banco, se tossiu e se deixou seus Coroninhas por ali. A neura não foi problema porque além de estar com o meu borrifador de álcool 70 e estava com uma canga na bolsa. Forrei. Sentei. Relaxei. Li ao som da gritaria das maitacas. Delícia.


Acabou o meu tempo disponível, recolhi a minha canga, coloquei no saco plástico e segui meu rumo. Mas fui pensando se essa pandemia mudou o meu jeito relax e otimista de ser. Tá posso até estar meio neurotiquinha exagerada, mas respeitando a mim e aos outros e fazendo o meu máximo.



- Ale Helga, do blog Meus Amores.


BEDA - August 2020


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16 comentários:

  1. eu sou mais pessimista. acho q pelo seu relato não foi falta de otimismo e sim cuidados necessários. tb tenho me afastado de pessoas q não tomam os devidos cuidados. se a pessoa quer se arriscar, direito dela, mas direito meu me preservar. se cuida. eu tenho evitado ao máximo ficar fora de casa. o índice de contágio aumentou expressivamente aqui em sp. beijos, pedrita

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    1. OI Pedrita, eu já nem sei se é direto dela já que arriscando a si está arriscando aos outros. O senso de coletivo está muito fraco. Espero que os índices voltem a cair aí em SP e que continue caindo aqui no Rio e demais lugares.
      beijos
      Chris

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  2. Acho estás certa! Tenho certeza que quando eu sair de casa,assim também serei! Adorei a bolsa e as palavras! beijos, chica

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    1. Oi Chica, temos que nos cuidar e cuidar de quem está ao nosso redor.
      beijos
      Chris

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  3. It's nice that you put sarong on the bench! Your mask has a cute design!

    xoxo
    Lovely

    http://mynameislovely.com

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  4. Olha eu não acho que seja neurose, sou do mesmo tipo que você, minha primeira viagem ao RJ foi numa temporada em que as noticias de "arrastões" eram cotidianas, fomos, andamos de onibus, comemos na praia e nos restaurantes de ruas fora da área turistica. No nordeste foi a mesma coisa, mas assim, alcool gel eu sempre carreguei na bolsa (só não levava quando saia somente para a caminhada na rua ou no parque e agora levo para isso também), ando de mascara e evito comercios que eu sei as pessoas não estão se cuidando....faz 100 dias que não vou cortar o cabelo e como eu tinha raspado, ele cresce de forma a qualquer ponta ficar horrivel.....mas os salões e barbearias que tem no entorno apesar de dizerem que precisa mascara e que cumprem as regras eu passo para ir ao mercado e vejo que não estão cumprindo quando não tem clientes.....Chamo isso de senso de preservação.
    Adorei a dica de levar a canga e o saco plastico, vou aderir para a vida!
    Em tempo a máscar já vai fazer parte da minha vida.

    Muita Luz e Paz
    Abraços

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    1. Oi Adelaide, já nem sei quanto tempo faz que eu não corto o cabelo. O problema é esse mesmo, os outros. Como eles não se cuidam nós acabamos ficando mais restritas.
      beijos
      Chris

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  5. Chris você esta super certa não é neurose, temos que nos cuidar e cuidar de quem amamos...Sinto muita falta de ir ao parque, mas, aqui onde moro o parque segue fechado, só em SP, uns 30 minutos de carro, mas, tenho receio de chegar lá, e ver o povo sem mascara...Sou otimista, creio que tudo irá passar, mas prefiro ser cautelosa...Que delicia poder sentar em uma praça, tomar sol, já nem sei mais o que é isso.. Por aqui são 154 dias em casa...
    Abraços
    https://meusamoresvariedades.blogspot.com

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    1. OI Ale, eu procuro ser otimista e acreditar que tudo vai passar. Já estou cheia de planos para quando isso acontecer.
      beijos
      Chris

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  6. Minha amiga você está certa e nada neurótica. Neurótica estou eu que não consigo ainda ver ninguém muito perto, ninguém grudado e aqui por perto as pessoas estão saindo sem máscara, passam pela rua bem à vontade como se o covid não existisse, sendo que aqui na rua já tivemos uns 4 casos, começou com uma pessoa que trabalha em um hospital e depois apareceram mais 3 casos confirmados aqui.
    Eu nem no portão estou indo, estou dentro de casa e nunca usei tanto álcool e limpei tanto a casa dessa maneira e sempre me lembrando que a duas casas a frente há um caso confirmado bem alí.
    Ainda não saí mas, te achei bem corajosa.
    E, sei como é difícil voltar a vida normal e tudo tem seu tempo, tudo aos pouquinhos.
    Beijocas.



    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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    1. OI Vanessa, acho que o carioca tá se achando imortal porque a quantidade de gente sem máscara e ignorando as recomendações de segurança é assustadra.
      Tudo tem seu tempo sim.
      beijos
      Chris

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  7. Você não está nada neurótica. Na verdade está se cuidando e cuidando do próximo o que muitos nem pensam em fazer. Amei o post.
    Beijos.
    www.lewestinblog.com

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    1. Oi Le, Muito obrigada. Vamos em frente nos cuidando.
      beijos
      Chris

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  8. Chris querida
    Eu acho que somos muito parecidas e também sempre me comportei como você
    Nesta fase que vivemos, não é ser neurótica, é ser responsável mesmo!
    Adorei seu passeio,a bolsa, a canga (uma ótima ideia) e o livro, me conta se gostou desta leitura.
    Me senti passeando com você
    Bjs
    Clauo

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    1. OI Clau, estou gostando da leitura sim, apesar de seguir o mesmo padrão dos demais livros dela que eu li.
      beijos
      Chris

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