A Hora certa para... ganhar um celular

Continuando na reportagem da Veja que tanto me fez relembrar alguns momentos.
Segundo a matéria da revista, a hora certa para a criança ganhar um celular seria a partir dos 10 anos pois, "antes disso, ele é desnecessário. A criança vai passar mais tempo brincando com os joguinhos do que usando o celular para se comunicar".

Para a Ana Luiza o celular foi necessário aos 7 anos quando ela mudou de escola, saindo de sua escolinha pequenininha para uma GRANDE, e além disso passou a ir de VAN. Esses dois fatos geraram muita insegurança na minha menina, como já era de se esperar desse momento de mudança.
A Ana Luiza começou a me pedir um celular, pois ficava com medo da van demorar a chegar na escola. Quando minha filha me disse que ficava com medo da moça da condução passar mal e ela (Ana Luiza) não saber o que fazer, resolvi liberar o celular.
Aí veio uma questão da própria Ana Luiza:
- Mãe, a escola não deixa as crianças levarem celular.
Primeiro, a escola não proíbe. A escola recomenda que os pais não deixem seus filhos levarem o celular porque:

1 - algumas crianças o utilizam dentro da sala;
2 - alguns pais ligam para os seus filhos no horário da aula;
3 - questão de segurança como sequestro relâmpago e assalto.

Expliquei para a Ana Luiza que eu confiava nela, sabia que ela era responsável e obediente e que não merecia ser punida pelo comportamento da maioria. Ela teria o celular pré-pago e algumas regras para seguir.

Definimos primeiramente o motivo pelo qual ela estava ganhando o celular:
Poder ligar para casa caso acontecesse alguma coisa com a condução.
A partir daí definimos as regras de utilização:

1- O celular ficaria dentro da mochila por questão de segurança.
2 - O celular ficaria desligado. Ela só ligaria o celular caso tivesse necessidade de falar comigo.
3 - Não iria fazer ligações nos horários das aulas. Caso precisasse falar comigo nesse período iria pedir a escola para fazer a ligação. Um exemplo seria se ela tivesse passando mal na aula.
4 - Ela nunca atenderia ligações a cobrar.
5 - Ela atenderia apenas ligações dos números dos telefones da mãe e do pai, que ela conhecia.

As questões de insegurança da Ana Luiza com o transporte acabaram quando ela ganhou o celular.
E conforme a minha expectativa ela fez e faz até hoje o uso super-responsável do aparelho.

Agora vou esperar a hora em que o celular será necessário para a Sofia.