Dia das Mães: o que eu realmente queria ganhar X o que eu ganhei.

Nessa semana de Dia das Mães a Rede Mulher e Mãe propôs uma blogagem coletiva onde as mães diriam o que realmente desejam ganhar neste dia das mães. Não fiz formalmente a minha lista de desejos previamente, mas tinha em mente

o que eu realmente gostaria de ganhar neste dia das mães.


Até hoje em todos os meus dias das mães eu recebi muito carinho, presentes e muito amor. Isso por si só já é muita coisa, aliás, já é tudo o que se pode querer, né? Mas eu sempre tive uma questão: todos os dias das mães foram comemorados com almoço na casa da sogra. Nada contra a sogra, muito pelo contrário. Porém, se me fosse perguntado o que eu gostaria de fazer nesta data, certamente não seria uma escolha minha almoçar bacalhau na casa da sogra. Eu responderia que gostaria de viajar ou passar um dia só meu.

Também sempre questionei o fato de no dia das mães, estas mulheres que já se equilibram em diversas tarefas durante todo o ano, terem que ter mais atividades (cozinhar para mais gente) ou no mínimo as mesmas que já executam diariamente. Sempre achei que no dia das mães estas mulheres guerreiras mereciam uma folga, mereciam feriado das tarefas de mãe.

Então era esse o meu desejo: ter um dia só meu, deixando o meu lado mãe de folga, sem culpa e não ter almoço na casa da sogra (não só por mim, mas também para aliviar a Dona Ana).

O que eu realmente ganhei neste dia das mães.

Não me foi perguntado o que eu queria e eu também não sinalizei. Deixei rolar a surpresa.


Pela manhã eu recebi uma cesta de café da manhã caprichada e tomamos um café especial recheado de muito carinho, atenção, mimos e paparicos.

Logo após esse início de dia bem gostoso, eu fui informada de que não teria almoço na casa da sogra, Oba, uma parte do meu desejo estava sendo atendida. Mas temos que ter cuidado com o que desejamos, né? Pra desejar, tem que desejar direito. E aí veio o complemento: a sogra viria almoçar aqui em casa. 

Como assim? Então quem vai para cozinha sou eu? Por essa eu realmente não esperava.

Nessa hora me lembrei da minha mãe e sua especialidade: Macarrão à La Pizza.

Chamei as filhas e fomos para a cozinha fazer um prato muito especial: Macarrão à La Pizza da Vó Regi.

O almoço saiu bem rapidinho, sem dar muito trabalho e todos gostaram do prato diferente, especial de dia das mães. Afinal, é uma receita que passou de mãe para filha e agora para netas.

Depois do almoço as meninas ficaram brincando, jogando e eu fui dormir. Isso sim é um desejo de mãe: DORMIR.

Quando acordei a Ana Luiza tinha feito uma surpresa para mim no Facebook. Postou uma foto nossa com o seguinte dizer:

"Mãe te amo mais que tudo, nenhuma palavra pode descrever o que eu sinto por você,as brigas que eu tive com você,os micos que eu passei com você vão ser inesquecíveis, aliás o seu único defeito é não ser eterna! Feliz dia das mães meu amor!"

Muito linda, né? Tem presente melhor do que esse? Não tem! Muito melhor do que todos os meus desejos para este Dia das Mães.

Não tive o meu feriado de mãe conforme o meu desejo, mas tive um dia maravilhoso com as minhas filhotas e marido. Para o próximo ano eu desejo que a minha mãe, que salvou o meu dia de hoje (se não fossem os ensinamentos dela eu teria perdido o rebolado em ter que fazer o almoço), esteja aqui com a gente.

O que eu aprendi com a minha mãe.

Não foi apenas uma receita simples, prática e rápida para quem não tem a menor habilidade com os dotes culinários. Aprendi a não complicar o que pode ser simples; aprendi a dar um jeitinho e fazer do básico algo diferente, com um toque de exclusividade; aprendi a me divertir com as situações inusitadas; aprendi a não me aborrecer por pouco; aprendi a fazer graça das coisas; aprendi a relaxar, me divertir e tirar um bom proveito das situações.

 E agora à noite quando a Ana Luiza me perguntou se eu gostei do meu dia das mães, eu respondi. AMEI!