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segunda-feira, 10 de abril de 2017

É difícil deixar os filhos crescerem?


Na semana passada a movimentação aqui em casa ficou por conta da primeira baladinha da Sofia. Foi um tal de "com que roupa eu vou?", "isso combina?", "vou me arrumar na casa da fulana", etc. A primeira balada e ela estava tão feliz...

Euforias bem típicas desse momento! E é muito legal para nós mães acompanhar isso tudo e até se rever na expectativa da filha. Lembrar das nossas primeiras baladas. Ô coisa boa!

Grande parte dessa emoção toda estava em função do horário que a festa ia acabar: à meia-noite! E o meu queixo caiu ao saber que a festinha que a filha mais nova tinha para ir era uma balada e que acabaria à meia-noite.



Meu queixo caiu ao perceber mais uma vez que os filhos crescem rápido. Muito rápido. Enquanto a gente quer segurar o tempo, parar esse relógio, aproveitar mais um pouquinho, postergar essa mudança de etapa, eles querem crescer mais rápido, querem acelerar o tempo, passar logo para a próxima fase. É lindo e emocionante participar e acompanhar esse crescimento, esse passo a passo para independência. O coração acelera, se enche de alegria vendo a alegria dos filhos, mas que às vezes o queixo cai, ah cai.

E isso me fez pensar sobre os filhos quererem crescer e a gente querer que eles continuem sendo os nossos bebês.

A diferença de idade entre a Ana Luiza, minha primeira bebê, e a Sofia é de quase sete anos. Bastante tempo, né? Com isso a Ana Luiza foi a minha única bebê até os seis anos e meio. E eu a enxergava tão pequena... tão bebezinha... 

Quando a Sofia chegou aos meus braços, realmente uma bebê, realmente tão pequena, eu comecei a enxergar a Ana Luiza enorme, grande, um meninona de sete anos. Realmente a vi com a idade que ela tinha. Talvez, pensando bem, em alguns momentos eu acho até que a enxerguei maior do que ela era. Imagino o quanto tenha sido difícil para ela, de um dia para o outro, deixar de ser o meu bebê e passar a ser a minha menina linda de sete anos. Por outro lado vejo o quanto eu a deixei crescer e amadurecer conforme a idade dela.

Assim a Ana Luiza seguiu crescendo, eu acompanhando, me admirando do quanto o tempo passa rápido, até querendo que tudo fosse mais lento, mas consciente da idade dela. Afinal, a Sofia como filha mais nova fazia (e faz) para mim o papel de bebê. 

Hoje ao ver a Sofia pronta para a sua primeira balada o meu queixo caiu. Me assustei ao perceber o quanto ela cresceu. O quanto ela não é mais o meu bebê.



Me dei conta de que por não ter um outro filho menor, não ter tido um outro bebê para me fazer perceber o quanto a Sofia já cresceu, assim como ela me fez perceber o quanto a Ana Luiza já tinha crescido, eu possa estar segurando mais o processo dela. Fiquei pensando se será mais difícil para os filhos mais novos crescerem. Eu não sei me colocar no lugar justamente por ser a filha mais velha. Fiquei pensando se eu, mãe com esse amor enorme, com esse olhar para a minha caçula, com essa vontade que o tempo passe bem devagar, não estou "desacelerando" o crescimento dela. 

Sei lá, dúvidas que brotam no coração de mãe! Eu sei que a imagem que veio a minha cabeça foi daqueles treinos de corrida na areia. A Sofia fazendo força para correr para frente e eu com a corda na cintura dela a puxando para trás. 

Soltei a corda e a deixei correr feliz! Vai, minha menina! Segue em frente que eu estarei sempre aqui com o colo pronto para receber as minhas bebês. 


7 comentários:

  1. Nossa Chris, que depoimento lindo! Meu filho ainda tem só 3 anos e não consigo imaginá-lo na fase da adolescência kkk Beijos, Fabi

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  2. Aiiiii nem me fale! Aqui ando em crise por que a minha "bebê " está mais alta que eu... com 10 anos!

    Clau
    @as_passeadeiras

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  3. Teus textos são sempre cheios de emoção! Amo! Adorei ler tua reflexão, mesmo tendo um filho de apenas 3 anos.

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  4. Lindo seu depoimento, eu não sou mãe ainda, mas sei que é assim pela experiência da minha mãe comigo!

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  5. Vamos ter essa visão de filho bebê pra sempre, por mais que libertemos eles kkkkkkk
    faz parte do instinto materno, se pudesse deixava pequenino pra sempre, mas se fosse assim fácil o mundo não teria adultos né? É inevitável, a gente pode deixar eles alçarem o próprio voo mas estaremos sempre a distância voando do lado com nossos medos e receios!

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  6. Nossa amiga fico imaginando Lara com oito, dez, doze anos ... deve mesmo ser super dificil e cada fase tem o seu "enrosco" digamos assim né?

    http://www.arianebaldassin.com

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  7. Nossa Chris, muito tudo que escreveu… Mas acho que a segunda cresce mais rápido, na cola do primeiro. Pelo menos foi assim comigo, que sou a mais nova.
    Agora como mãe já vejo como é difícil e ao mesmo maravilhoso ver eles crianças asas...

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