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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Esta pintura foi um desafio. Gaveteiro especial


Em algumas peças que pinto, eu misturo a técnica de pintura da professora Odila Freire com decoupage. Sabendo disso a minha filha Ana Luiza trouxe alguns guardanapos dos Jardins de Monet para que eu usasse nas minhas pinturas. 

Feliz com o carinho da minha filha e querendo mostrar o valor e significado desses guardanapos para mim, eu esperei para usá-los em uma peça especial.


Gaveteiro de mdf pintado à mão

Como a minha mãe, e a também avó da Ana Luiza, é loucamente apaixonada por Paris, resolvi fazer uma homenagem dupla: usar os guardanapos em um revisteiro para ela.


Com a ajuda da Ana Luiza escolhemos os papéis que utilizaríamos e as cores das partes, como tampo, gavetas e fundo. Estava assim iniciada a pintura especial.



Porém diversos probleminhas aconteceram durante o processo. Primeiro o próprio gaveteiro caiu no chão e descolou uma parte. Não me dei por vencida, usei meus poucos dotes de carpintaria e restaurei a peça.

Depois, ao fazer a decoupage nas laterais e parte traseira, percebi que o guardanapo era extremamente delicado e se rasgava com muita facilidade. Mas tudo bem, sem problemas, basta começar novamente e fazer com mais calma e delicadeza.

E vários outros probleminhas foram surgindo no decorrer da pintura. Os pinos das gavetas sumiram e precisei comprar outros, ao fazer a última camada da pintura do fundo borrei as laterais, etc.


Ao colarmos o guardanapo com o cenário da ponte na tampa percebemos que ele não cabia perfeitamente. Vamos então usar outra estampa? Não, não vamos desistir!

Com a ajuda da professora Odila complementei a pintura do guardanapo. Dá para notar que a faixa próxima à dobradiça está pintada à mão para dar continuidade ao guardanapo? Sério, me senti a Claude Nonet encarnada.


Em determinado momento a Ana Luiza falou: "Mãe, estou achando que este gaveteiro não é para ser. Melhor parar. Está dando um problema atrás do outro".

Sim, estava dando um problema atrás do outro, tivemos que refazer várias partes, mas estava dando prazer, alegria e sensação de superação. Então vamos continuar, vamos concluir a peça e presentear a minha mãe, avó da Ana Luiza.  

Seguimos em frente com a pintura. Já finalizando, passando o verniz para proteger a pintura, a Ana Luiza sem querer trocou o pincel. Passou verniz na tampa com o pincel sujo de um rosa bem claro. Ou seja, a tampa ficou toda esbranquiçada!



Pintura destruída?! Todo trabalho jogado fora?! Não! Nada disso! Em pintura tudo tem jeito. 

Passei um pano úmido para retirar ao máximo o verniz esbranquiçado e retoquei toda a tampa novamente. Ufa! Finalmente a pintura especial ficou pronta!



Agradeço imensamente não ter desistido mesmo com todos os problemas que surgiram. Ter persistido e encarado as dificuldades com tranquilidade só tornou esta pintura mais especial. 

Mais do que uma atividade de lazer, esta pintura foi um desafio. E desafios nos fazem mais fortes e confiantes. 


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4 comentários:

  1. Chris, ainda bem que você continuou. O resultado ficou lindooooo! Tá lindo demais! Parabéns!

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  2. Puxa! Agora tens uma pintura linda e uma história para contar! Valeu o esforço. Ah! E a pintura da tampa ficou perfeita! Parabéns!

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    1. Muito obrigada Talita. O melhor é sempre ter uma história para contar.

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