Outros jeitos de usar a boca

• Eu já tinha ouvido muito sobre o livro de poesias que fala do universo feminino e que virou fenômeno mundial de vendas. Mas somente ontem ao entrar em uma livraria e vê-lo na prateleira que a minha curiosidade despertou.
  
  Aliás, eu adorei essa edição de capa dura e bilíngue do livro "Outros jeitos de usar a boca".

Abri aleatoriamente. O primeiro poema que encontrei tocou a minha alma (acho que toca a alma de todas as mães). 

A leitura desse poema foi suficiente para que eu comprasse o livro para presentear a minha filha, a Ana Luiza. 

São muitas poesias no estilo tapa na cara que falam de amor, dor, feminismo e cura com muita sensibilidade e verdade.
Um presente que todas as meninas que estão se tornando mulheres deveriam ganhar.
Todas merecem ler algo tipo: 

Quando cheguei em casa com o livro na mão, li o prefácio do livro "Milk and Honey", título original. Ali conheci um pouco da história de Rupi Kaur, indiana radicada no Canadá, que conquistou uma legião de leitores.

Após esse prefácio, eu não consegui parar. Segui lendo os poemas que estão divididos em quatro partes: a dor, o amor, a ruptura, a cura. E entendi porque o livro ganhou tanto alcance, porque foi tão lido, falado, divulgado.

"Outros jeitos de usar a boca" fala com a alma, fala para a alma. É a voz da mulher para todos.

Muitos poemas são fortes, até pesados, mas usam de uma sensibilidade incrível e são acessíveis.

As poesias são escritas seguindo a forma da língua gurmukhi, língua mãe de Rupi, que usa apenas ponto final. Não há nenhuma outra pontuação e todas as letras são tratadas do mesmo jeito.

Os poemas abordam temas fortes, como violência, abuso, sobrevivência, sexualidade, amor, perdas, autoconhecimento, e feminismo.

Com frequência trazem um toque para a autoestima.

São acompanhados pelos desenhos minimalistas da própria Rupi Kaur que eu já fiquei com vontade de colorir alguns. Mas como o livro é presente para a Ana Luiza, eu preciso deixá-la ler antes. Ou poderia dar o presente já personalizado por mim?

Enfim, é uma leitura muito rápida, mas marcante. Cada página te diz algo. Cada página te toca. Se eu fosse marcar com post-it os poemas que me balançaram, iria marcar praticamente o livro todo.

Recomendo muito esse livro, mesmo para quem não é chegado em poesia. 

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