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sábado, 28 de julho de 2018

A Semana 30 de 2018 - Saudade bem Vivida


Filha mais nova ainda viajando. Casa mais vazia. Semana cheia de saudades e também de muitas coisas boas.

Fomos, os três que estão em casa, assistir ao musical "Os Produtores". Gostamos muito e demos boas risadas. 
A história é boa, o elenco é ótimo e tem aquela pegada de comédia típica do Miguel Falabella, cheia de politicamente incorretos, mas que arrancam risadas na plateia.
O único problema é que está em cartaz no Vivo Rio que para mim é uma casa péssima para esse tipo de espetáculo. O Vivo Rio é uma casa de shows, e não um teatro. Como eu queria muito ver "Os Produtores", ignorei esse fato e valeu a pena.


Fui, com a Ana Luiza, prestigiar a minha amiga Ana Paula que está no elenco do espetáculo teatral "A Vida ao Lado", em cartaz no Teatro Ipanema até o dia 30 de julho.
"A peça mostra o dia a dia dos moradores de um edifício que está prestes a ser desapropriado pelo governo. Eles estão levando suas vidas normalmente, quando recebem a notícia de que terão que se mudar, pois a prefeitura vai implodir o edifício para a construção de um enorme e exótico aquário. Cada morador receberá uma indenização e deverá mudar-se o quanto antes para outro lugar".
O texto é ótimo (não é à toa que está cheio de indicação a prêmios) com humor e crítica em situações cotidianas.
O elenco é sensacional. Mereceu os aplausos de pé.

Nos momentos relax em casa assisti a série "Samantha". Gente, a Samantha é a Simony!
A série é divertida, leve, mas não é daquelas que me viciaram.


No início desta semana tivemos a oportunidade de assistir, a convite da @brasilprev, em uma sessão para convidados. Maravilhosa! Contei aqui no blog, no post "Musical A Noviça Rebelde. Imperdível".


Preparei um guacamole para fazermos um lanche noturno em família. 


Terminei a pintura de uma caixa para uma amiga. Ficou linda! Contei aqui no blog no post "Pintura - Caixa de Mensagens".


Fui com uma amiga almoçar no Café Lamas, um restaurante bem tradicional e que tem o melhor bife à milanesa da cidade. E ainda tem goiada de lata com catupiry de sobremesa. Isso ainda existe!


Fui com o Antonio assistir a peça "Acorda Para Cuspir". A atuação do Marcos Veras é brilhante. O tema da peça é a insanidade dos tempos moderno e proposta do texto é nos fazer rir das desgraças do dia a dia. Aquelas que somos submetidos e que nos submetemos. Mas não arrancou tantas risadas como o esperado, já que no espetáculo "Falando a Veras", as gargalhadas da plateia eram garantidas. Fez rir sim, mas nem tanto, pois o texto é mais complexo. 


Sabendo que a Sofia está bem e se divertindo bastante, e incluindo diversão e momentos agradáveis por aqui, dei outro olhar para a saudade. Foi grande, mas bem vivida.

Este post faz parte da BC #ReolharAVida proposta pela Elaine Gaspareto que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Pintura - Caixa de Mensagens



Mais uma pintura feita com carinho, inspiração e colaboração.


Decoupage

Carinho porque é um presente para uma amiga.


Caixa com decoupage

Colaboração porque teve a ajuda da filha. Trabalhamos juntas na varanda, pintando e conversando.

caixa de decoupage

Inspiração porque a minha amiga adora libélulas.

caixa de decoupage

A libélula é um inseto que, além de encantador, é cheio de simbolismo e lendas envolvidas.

Em algumas tradições, a libélula é o símbolo da transformação e das mudanças diárias, mas simboliza também da introspecção que ensina a ir além das aparências para procurar sua identidade. 

Eu procurei um guardanapo de libélulas para a decoupage da lateral, como não encontrei usei um de borboletas que também representam a transformação, mudança. 

Já na cultura europeia, a libélula representa a liberdade, da paz e da busca da verdade. As borboletas também representam liberdade.

No Japão a libélula simboliza a coragem, a força e a felicidade. E as borboletas também representam alegria e felicidade.

Conforme este post de O Segredo, as libélulas nos transmitem seis mensagens espirituais (vale a pena entrar no post clicando no link para entender melhor cada uma dessas mensagens):

  • Mudança e transformação;
  • Adaptabilidade;
  • Alegria e leveza;
  • Conhecimento das próprias emoções;
  • Atenção a ilusões e enganos;
  • Conexão aos espíritos da natureza.

Espero que este presente simples, feito por mim com muito carinho nas aulas de pintura da professora Odila Freire, trabalhado em casa com a ajuda da Ana Luiza, leve alegria e muitas mensagens para a minha amiga.




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quinta-feira, 26 de julho de 2018

Musical A Noviça Rebelde. Imperdíve!



A história de "A Noviça Rebelde", baseada em fatos reais é um clássico desde que o filme foi lançado em 1965 com Julie Andrews e Christopher Plummer. Apesar de falar da época da Segunda Guerra Mundial, os valores passados pela noviça Maria são atemporais. 

A Ana Luiza é apaixonada pela história. Assistimos ao filme várias vezes, fomos ao musical quando esteve em cartaz no Rio em 2008 e tentamos ir na temporada em São Paulo, mas não conseguimos comprar os ingressos, pois estavam esgotados. 

Assim que foi anunciado que o espetáculo viria para o Rio, falamos que iríamos, mesmo sendo na Cidade das Artes que para nós fica longe e nada prático.

No início desta semana tivemos a oportunidade de assistir, a convite da @brasilprev, em uma sessão para convidados. 

Musical A Noviça Rebelde na Cidade das Artes


Só digo que a produção está lindíssima, o elenco é maravilhoso, as crianças com suas atuações nos arrancam lágrimas e risadas. É imperdível!

Outro ponto interessante é como as crianças na plateia gostam do espetáculo. Acredito que justamente por ter muitas crianças no palco.

E mesmo a Cidade das Artes que para mim parecia em elefante branco em um local de acesso complicado, me surpreendeu positivamente. O local é enorme, com várias salas, a biblioteca infantil é uma graça e bem equipada. Tem restaurantes e exposições de artes.

O teatro é ótimo! Confortável, enorme, com ótima visibilidade do palco.


Musical A Noviça Rebelde na Cidade das Artes

Mesmo com as expectativas lá em cima em relação ao musical em si, elas foram todas superadas em muito.

Musical A Noviça Rebelde na Cidade das Artes

A atriz Malu Rodrigues que em 2008 viveu a Louisa, uma das filhas do capitão Von Trapp, voltou agora brilhando no papel princial, dando vida e graça a Maria.

Outra que esteve na produção de 2008, mas na verdade atuou em 2009 quando o espetáculo foi fazer temporada em São Paulo, e retornou nesta temporada foi a atriz Larissa Manoela. A atriz que fez a Gretel, a caçula da família, cresceu e ganhou o papel da Liesl, primogênita dos Von Trapp.

Um destaque especial para o ator Marcelo Serrado que faz o papel Max Detweiler e arranca muitas risadas do público. Esse papel em 2008 coube ao ator Fernando Eiras.

Bom, como já disse no neste relato e repito aqui, a produção é belíssima, o espetáculo é completo. Uma verdadeira superprodução! 

O cenário se destaca, a iluminação traz projeções fantásticas, o figurino é impecável e a trilha sonora nem se fala. O roteiro é bem fiel ao filme que deu uma romantizada na história real relatada nas memórias de Maria von Trapp, “A História dos Cantores da Família Trapp”, escritas em 1949.
Eu não resisti e trouxe o momento "Recordar é Viver":

Fotos de quando fomos assistir "A Noviça Rebelde", em 2008, quando o musical reinaugurou o Teatro Casa Grande, destruído em um incêndio 1997A casa foi reinaugura com o nome de Teatro Oi Casagrande e em grande estilo. Com uma produção de sucesso e que encanta o público em qualquer época.



E faz sucesso com todas as idades.




Serviço:

Data: até 02 de setembro
Horário: quinta e sexta às 21h / sábado às 16h e 21h / domingo às 15h e 20h
Local: Cidade das Artes
Endereço: Avenida das Américas, 5.300 - Barra da Tijuca – RJ


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domingo, 22 de julho de 2018

A Semana 29 de 2018 - Ocupada e Produtiva


Semana ocupada e produtiva. 


Final dos preparativos para a viagem da Sofia fomos ao shopping para comprar umas coisinhas e aproveitar para ir ao cinema. A intenção, pelo menos minha, era ver "Hotel Transilvânia 3" e relaxar com uma história bonitinha e com as fofuras dos personagens. Mas a Sofia quis assistir "Jurassic World - Reino Ameaçado", quinto título da famosa franquia de dinossauros. Assim troquei as cenas cômicas por cenas dação, aventura e ficção científica. Levei uns bons sustos e não me arrependi.

Um vulcão até então adormecido volta a atividade na Ilha Nublar. A erupção do vulcão ameaça a vida dos únicos habitantes da ilha onde um dia foi o Parque dos Dinossauros, os próprios dinossauros. 
Grupos de ativistas e defensores de animais cobra uma posição do governo para salvar os animais. Dúvida: não seria este ato uma forma do ser humano mexer novamente no curso da história? Não seria agora a oportunidade para deixar a natureza desfazer o que ser humano alterou?
Com isso, Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) retornam à ilha Nublar para ajudarem nos resgate e salvamento dos animais, principalmente de Blue, a velociraptor treinada do filme anterior.

Foi um ótimo programa mãe, filha e amiga da filha que mesmo já tendo assistido ao filme qui nos acompanhar.


filme "Jurassic World - Reino Ameaçado"

Fui a São Paulo, praticamente num bate e volta, levar a Sofia para ela embarcar para Orlando. Passamos nervoso e emoção com o aeroporto fechado, mas no final deu tudo certo. Aprendemos e rimos com a situação.


Almocei com a amiga Fernanda Reali no Café e Histórias que fica na livraria Letra Viva, na Praça Tiradentes. Almoço gostoso, em ótima companha, conversa boa, em um lugar charmoso. Daqueles momentos que são cor e sabor ao dia.


Aceitei o convite para a pré-estreia do documentário "Cuba O Amor O tempo - Vinte Anos" de Alice de Andrade, e tive a companhia da Ana Luiza. 

O filme sobre o tempo que passa em um lugar onde o tempo não passa, Cuba. O documentário mostra três casais cubanos que que casaram em 1992, quando os recursos ficaram escassos devido a queda da então URSS e que estão juntos até o momento em o país começa a se abrir.

O documentário é uma ótima oportunidade de conhecer a vida dos cubanos, entrar na casa deles, anadar pela rua junto com eles, sentir os seus dilemas.



Teve encontro de amizades construídas no  trabalho e que permaneceu mesmo cada uma tomando rumos diferentes. Aquele tipo de encontro que começa antes, durante a combinação, e continua após com fotos, comentários e agradecimentos.


Teve encontro profissional de amigas pessoais. Amigas da vida que possuem a mesma profissão e gostam de reciclar e atualizar sempre. 


Teve barzinho com o marido, sem fotos, sem celular na mesa, outra conexão. 

Fui com a Ana Luiza assistir ao espetáculo "Cão Sem Plumas", de Déborah Colker, no Teatro Carlos Gomes.

"Cão Sem Plumas" é baseado no poema do pernambucano João Cabral de Melo Neto, escrito em mil novecentos e cinquenta, inspirado após ler em uma revista espanhola que a expectativa de vida no Recife era menor do que na Índia. O espetáculo fala de miséria e da devastação da natureza. Gera incômodo em alguns momentos, como deveria ser ao tratar do tema. Mistura música, poesia, dança e cinema com o vigor típico das obras da Deborah Colker. É impressionante como os corpos dos bailarinos se tornam essa natureza devastada. Impactante!

E claro, acompanhei muito a viagem da Sofia pelas redes sociais.



Foi uma semana ocupada sim e produtiva. Muitas vezes tenho a sensação de que tive a semana cheia, corrida, mas no final das contas não fiz nada. Isso significa que a semana foi muito ocupada, mas não foi produtiva. O que faz a diferença para tornar os as horas, os dias, as semanas produtivas? Para mim é priorizar o que realmente importa. É atender as próprias necessidades antes de atender as necessidades dos outros. É encontrar algo importante e significativo para focar a energia.

Este post faz parte da BC #ReolharAVida proposta pela Elaine Gaspareto que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




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sábado, 21 de julho de 2018

Filme Primavera em Casablanca


Eu falo muito por aqui no blog do quanto eu gosto de filmes franceses. Quando rola o Festival Varilux eu fico louquinha querendo assistir a todos. 

Nesse ano um dos filmes do festival que eu mais queria ver foi "Primavera em Casablanca", mas não consegui.

Depois fui convidada para a Cabine de Imprensa e também não consegui, mas a minha amiga Márcia foi tanto na cabine quanto no festival e contou como foi. 




Sinopse: O filme "Primavera em Casablanca" é narrado de forma intercalada em dois tempos. Em 1982, acompanhamos o professor berbere Abdallah (Amine Ennaji), que dá aulas para crianças numa pequena vila montanhosa. Com a reforma educacional que aboliu a filosofia e a sociologia (trocadas pela educação islâmica) e impôs o árabe como língua nacional, ele se vê impossibilitado de lecionar.
Já em 2015, outros personagens acabam se cruzando nas ruas de Casablanca – ao final, todas as narrativas vão colidir. Tem a mulher que sofre com o conservadorismo atual (e isso se reflete também na relação com o marido machista); o jovem gay que sonha ser um novo Freddie Mercury e é rechaçado pelo pai; a adolescente de classe alta que não encontra seu lugar no mundo; o homem judeu que tenta viver como lhe convém, a despeito dos conflitos étnico-religiosos.


Tive o prazer de conhecer o diretor Nabil Ayouch (radicado no Marrocos há 20 anos ) durante o Festival Varilux de Cinema Francês e ouvi-lo em debate. Também estava junto a atriz principal e co-roteirista do filme. Então, nada melhor do que passar o que eles falam do filme e do Marrocos: 

- Para Ayouch, Primavera em Casablanca é basicamente um filme sobre como uma geração mudou por causa da educação. “Nos anos 1980, havia muito mais liberdade no país.” A onda de conservadorismo que tomou o Marrocos nesta década foi o ponto de partida do filme. Ele ainda diz que quis focar nas várias reações humanas com relação à opressão: indiferença ou alienação, violência, confronto, desesperança, fuga.

- O longa anterior de Ayouch, Muito amadas (2015), sobre um grupo de prostitutas marroquinas, foi banido do país. “E não foi apenas proibido. Houve uma campanha muito grande contra nós. Isso acabou me levando a questionar meu lugar no Marrocos e de onde esta onda de ódio poderia vir. Por isso, quis fazer um filme sobre pessoas que lutam contra opressão, seja ela religiosa, social ou familiar.”

- A atriz e roteirista Maryam Touzani, que interpreta Salima, mulher de classe média-alta que questiona seu lugar num mundo patriarcal, utilizou muito da experiência pessoal para compor a personagem. “A mulher não pode se comportar no espaço público como em sua casa. Para se vestir, você tem que pensar se a saia está curta demais, se o decote está grande. Mas não é só uma questão da roupa. Querem impor uma ideologia para as mulheres, restringir seu espaço, fingir que você não existe. Vejo muitas mulheres da minha idade que desistem, pois é difícil resistir. Muitas que querem andar na rua e não querem ser insultadas ou tocadas decidem se cobrir para evitar isso.” Maryam, assim como sua personagem no filme, escolheu o caminho da resistência. “Soa estranho falar disso quando se está no Brasil. Mas essa é a nossa realidade hoje.”

- Primavera em Casablanca conseguiu ser exibido no Marrocos mas foi proibido no Egito por causa do personagem judeu. “Fazer filmes no Marrocos é relativamente fácil. Quando se fazem filmes leves, você consegue apoio do Estado. Se não (como foi no caso dele), tem que encontrar dinheiro na Europa”, comenta Ayouch. 

- Mesmo com o avanço do conservadorismo e as dificuldades enfrentadas nos últimos anos, o cineasta não pensa em deixar o país. “Não entendo uma série de atitudes, mas amo o povo marroquino. São pessoas generosas, muito parecidas com os brasileiros. E acho que quando você pertence a um lugar, tem que ficar e lutar”, finaliza.

O filme estreou nesta semana, no dia 19 de julho, e agora é claro que eu não vou perder a oportunidade de assisti-lo na telona. 






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terça-feira, 17 de julho de 2018

A Semana 28 de 2018 - Eu tenho fome de que


Semana com as filhas de férias e eu trabalhando. Ou seja, foi aberta a temporada de mãe trabalhando preocupada com a filha na praia.

Mas foi também a semana de alguns dias frios que dão vontade de ficar em casa e isso deu uma aliviada na preocupação com a filha na praia.

Semana de preparativos para a viagem da Sofia. Praticamente todos os dias teve algum momento de foco na viagem da Sofia. Ou para ver qual a mala que iria levar, as roupas, ir ao shopping comprar algo que faltava, ir ao salão arrumar o cabelo. E olha só quem queria ir na mala da Sofia?!


Passamos horas bem agradáveis, eu e a Ana Luiza, na varanda cercadas de cores, iluminadas pela luz do sol, fazendo arte juntas. Fique muito in love por esses cachepôs que pintei com a ajuda dela.

Na verdade o objetivo era acabar algumas peças que iniciei e estão para finalizar o acabamento. Consegui concluir o cabideiro (contei no post Pintura - Finalmente o Cabideiro) e a meta era terminar as duas mesas e não começar nada antes disso. Mas quando vi o cabideiro pronto me deu vontade de fazer esses cachepôs para pendurar nele.


Fiz um passeio de bicicleta pela Ilha de Paquetá maravilhoso. Paquetá é um passeio imperdível para famílias no Rio. A diversão já começa no percurso de barcas da Praça XV até a ilha. Chegando lá tem aluguel de bicicleta, charrete elétrica, mirantes, parques, restaurantes, casas charmosas, clima bucólico, muita história e muitas lendas. Já contei no post "Ilha de Paquetá de Bicicleta" que está cheio de fotos.


Como a Sofia ia viajar no final da semana, eu procurei ficar mais em casa ajudando nos preparativos e curtindo um chamego.

Assistimos a comédia romântica "O Plano Imperfeito", juntas. Um ótimo filme para ver com filhas adolescentes, com amigas, a dois e também sozinha.

É um filme leve, divertido, dinâmico e descontraído. Dá para dar boas risadas e relaxar. 


Assisti com a Ana Luiza o filme "Ibiza: Tudo pelo DJ".  Mais uma comédia romântica, porém não tão inocente quanto "O Plano Perfeito". Começa que a indicação etária é para 18 anos. 

Uma espécie de versão feminina do filme "Se Beber não Case" em que três amigas viajam para Madri e acabam em Ibiza. Não chega a ser tão aloprado quanto pretende, mas envolve muita droga, loucura, chutação de balde, comportamento sem noção, excessos e diálogos idiotas. 

Nem perto de ser tão bom quanto "Se Beber Não Case", tem alguns momentos que tira algumas risadas, mas tem momentos que não prendem a atenção. Sabe quando você nem aperta o pause para ir ao banheiro?!


Assistimos a série "Good Girls" por indicação das amigas no Facebook. Gostamos! Mas não viciamos sabe? Não foi aquela coisa de parar tudo para assistir. Foi mais assistir quando tudo estava parado. Se tiver a próxima temporada, vou conferir, mas não estou esperando ansiosa. 



Teve o momento das coisas boas da vida: sentar na varanda de uma padaria em uma manhã de sol para tomar um café da manhã sozinha vendo a vida passar como se não tivesse atrasada.


Li a crônica "A Fome" da Martha Medeiros e me identifiquei com o trecho: "Comida é energia e sobrevivência. Vida, a mesma coisa: energia e sobrevivência. É o que nos faz pular da cama pela manhã com vontade de nos superar, e não de nos repetir. O que nos estimula a aprender, aprender, aprender, até chegarmos ao fim do dia e nos darmos conta do tanto que falta ainda. A fome nunca cessa.".

É exatamente essa energia que eu procuro colocar nos meus dias. Algo que me faça sentir que não estou me repetindo, algo que me dê essa vontade de pular da cama e viver o dia que vem pela frente. Uma fome de vida vivida que tento saciar a cada dia e abrir o apetite para o dia seguinte.

Este post faz parte da BC #ReolharAVida proposta pela Elaine Gaspareto que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




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sexta-feira, 13 de julho de 2018

Ilha de Paquetá de Bicicleta

A última vez que eu tinha ida a Ilha de Paquetá as meninas ainda eram pequenas. Foi em um passeio de férias de julho.

O que fazer em Paquetá

Apesar da vontade frequente de retornar a esse recanto de paz e tranquilidade, fui adiando, deixando para outro dia. Tive vontade de ir no Carnaval curtir os blocos que desfilam na ilha. Tive vontade de ir em um dia qualquer só para flanar por ruas de terra, casas de muro baixo e árvores. Tive vontade de ir para voltar no tempo. Mas nada!

Até que agora surgiu a oportunidade de fazer um passeio de bike na Ilha de Paquetá com o grupo do Sou+Carioca. Fui e valeu muito a pena!

Pedalar com tranquilidade sem ter que ter cuidado com os carros, sem ouvir buzinas, sem a tensão do trânsito, sem se preocupar com a segurança, é bom demais. Tipo imperdível!

A curtição do passeio começa com a viagem de barca pela Baía de Guanabara. O trajeto de 15 km da Praça XV até Paquetá dura aproximadamente uma hora e dez minutos e conta com belíssimas paisagens da Baía de Guanabara e no entorno, como a Ilha Fiscal, a Ponte Rio-Niterói, etc. Vale sentar na janela para sentir a brisa e apreciar o visual.

Os horários e tarifas das barcas podem ser consultados no site CCR Barcas.

O que fazer em Paquetá

A chegada da barca em Paquetá já encanta e contagia com o clima bucólico.


O que fazer em Paquetá

O desembarque se dá na principal praça da ilha, a Pintor Pedro Bruno. Onde começou o nosso passeio de bicicleta. Apesar de ser possível levar a bike nas barcas, nós preferimos alugar a nossa por lá.

Basta seguir pela rua principal que fica bem em frente a praça que encontramos diversas lojas de aluguel de bicicletas.

Após pegarmos o nosso veículo retornamos para a Praça Pintor Pedro Bruno projetada pelo próprio pintorO busto em bronze em homenagem ao pintor é obra do escultor Paulo Mazzucchelli.

O que fazer em Paquetá

Fotos de cá, fotos de lá e seguimos o nosso percurso inciando para a esquerda da praça. Escolhemos essa direção por ser contrária a que a maioria das pessoas opta.

Seguimos pedalando em direção a nossa primeira parada:

Casa da Moreninha


Casa charmosa, toda rosa e famosa, pois ali foram gravadas as cenas externas das novelas (sim foram duas) de mesmo nome, da Globo. Pena que é uma propriedade particular e não é aberta ao público. Por isso fotos só através do muro de grade.

O que fazer em Paquetá


De lá continuamos pedalando na mesma direção pela rua de terra batida beirando a baía até:

Relógio Mesbla


Réplica em menor escala do relógio da antiga sede da Mesbla, no Passeio. Ali em frente ficava o clube dos empregados da empresa que iam desfrutar as festas de fim de ano.


O que fazer em Paquetá

Nossa próxima parada foi no caminho para o Parque Darke da Mattos, na Rua Manoel Macedo.

Cemitério dos Pássaros


Em algumas cidades a visita ao cemitério faz parte do roteiro turístico. Mas este tem uma curiosidade, é dedicado aos pássaros. Foi construído por artistas nascidos na ilha e abriga jazigos em miniaturas  onde repousam vários tipos de aves. É muito bem cuidado com plantas, esculturas de pássaros e um “painel poético” com várias placas presas ao muro com trechos de poemas que falam de pássaros. 

O que fazer em Paquetá


Parque Natural Municipal Darke de Mattos


Aqui estacionamos as nossas bicicletas sem precisar trancá-las. Na ilha não há perigo, e o parque não permite entrar com bikes.
O Parque Darke de Mattos é parada obrigatória em Paquetá. Aliás, eu acho até que este parque merecia um post exclusivo só para mostrar as belezas dele.

Vale caminhar com calma observando as árvores centenárias, as áreas gramadas, sentar em um dos bancos espalhados para aproveitar a sombra e curtir a vista.  

Vale também aproveitar os outros atrativos do parque como o Mirante do Morro da Cruz. Mas antes de começar a subida vale observar os bancos esculpidos na pedra com uma mesinha entre eles. Diz-se que ali os jesuítas realizavam a catequese dos índios.

O que fazer em Paquetá

No alto do Morro da Cruz está o mirante que tem uma vista deslumbrante montanhas, serras e ilhas que circundam a Ilha de Paquetá, a Praia José Bonifácio com a Praia da Moreninha mais atrás e do próprio parque.


Outros atrativos do parque são as grutas e túneis decorrentes da extração do caulim (argila para cerâmicas e papéis), o terraço amplo com lindas vistas para praias e as montanhas que contornam o Rio, uma praia acessada por uma pequena passagem que lembra um covil de piratas, a trilha e mirante do Morro do Vigário, áreas com playground, espaços para piquenique e um jardim enorme e cheio de charme para todo lado.


Saindo do parque pegamos nossas bikes que estavam estacionadas e seguimos beirando a mais popular da ilha.

Praia José Bonifácio


Nela estão os pedalinhos coloridos em formato de cisne, alguns bares e também a Casa de José Bonifácio.


Casa de José Bonifácio

Foi nesta casa que José Bonifácio, o Patriarca da Independência, cumpriu prisão domiciliar e passou os últimos anos de sua vida. A casa de chácara foi presenteada a José Bonifácio pelo Imperador D. Pedro I. Quem também circulou muito por ali foi o Imperador D. Pedro II que na sua infância foi educado por José Bonifácio. 
A casa é propriedade particular e não está aberta ao público. Dizem que irá se tornar um museu e aí sim poderemos visitá-la. Por enquanto, fotos só pelo lado de fora da grade. 

Foi em homenagem a este personagem importante da história do Brasil que a antiga Praia da Guarda passou a se chamar "Praia José Bonifácio".



O próximo destino seria a Pedra da Moreninha, mas com uma pausa para histórias e lendas na 

Pedra dos Namorados


Localizada na Praia José Bonifácio, no lado oposto ao Parque de Mattos, essa pedra enorme que fica bem na beira da água tem em seu topo várias pedrinhas.

Isso porque reza a lenda que a namorada ou namorado que vier a Paquetá e, em uma de três tentativas, conseguir jogar uma pedrinha sobre a Pedra dos Namorados de modo que ela não role e caia no mar, ganhará com isso muita sorte no amor, vindo a casar-se e ser muito feliz com o seu companheiro ou companheira. Tem gente que dificulta dizendo que as pedrinhas devem ser atiradas de costas.

Bom, eu como sou casada resolvi não tentar. Melhor deixar quieto.  



Bem ao lado, na mesma parada para ver a Pedra dos Namorados está a Ponte da Saudade.

Ponte da Saudade


Uma ponte azul que mais parece um píer e dizem ter um pôr do sol belíssimo. 

Mas nem sempre foi essa ponte de madeira. Dizem que na época da escravidão era uma ponte de pedras. Era neste cais de pedra que os escravos chegavam a Paquetá após a quarentena na Ilha de Brocoió.

João Saudade, um escravo muito forte, chamado por seus feitores de João da Nação Benguella, ia ali todos os dias após o trabalho rezar por seus amores Januária e Loreano, filho deles dois. João Saudade acreditava que Iemanjá traria os dois, assim João esperava vê-los chegando naquela "ponte".

Depois de muitos anos de saudade e reza, em uma noite ocorreu um fato estranho: surgiu no céu uma estrela muito grande e muito bela, e os seus raios de luz, iluminando a noite, transformaram-na em dia por alguns minutos. Justamente quando o clarão se apagou e a noite voltou ao céu, João Saudade, que rezava no cais, havia desaparecido juntamente com a estrela brilhante.

Os escravos passaram a crer que a saudade de João fez com que Iemanjá viesse buscá-lo e levá-lo de volta para suas terras e seus amores. A partir de então o local tornou-se ponto de reza dos escravos na esperança de algum dia também serem levados de volta para a África por alguma estrela. 

Chorei escrevendo essa história!



Enxugando as lágrimas e voltando para o pedal continuamos pela Praia José Bonifácio em direção à Praia da Moreninha para o próximo ponto.

Pedra da Moreninha


Famosa por supostamente ter servido como inspiração de cenário para o romance "A Moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo, considerado o primeiro marco do romantismo na literatura brasileira. 

A pedra é um ponto alto de onde se tem uma vista incrível do mar e parte da orla de Paquetá. O acesso ao topo é por uma escadinha e uma ponte.

Se o romance foi realmente inspirado naquele local ou não, não se sabe, mas sentar ali em cima olhando o mar que se estende até o Rio, dá para se sentir no romance e imaginar Carolina sentada, esperando seu amado Augusto. 


Saindo do romance e voltando para a realidade demos sequência ao nosso percurso com pausa na

Praça São Roque


São Roque é o padroeiro da Ilha de Paquetá. Na praça, que fica em frente à praia de São Roque, está a Capela São Roque, lindinha e que vale entrar para agradecer e fazer uns pedidos, e o Poço de São Roque.



O poço São Roque tinha água em quantidade e de qualidade. Antigamente abastecia a Fazenda São Roque e posteriormente foi fonte de abastecimento de toda a região do Campo. Hoje se encontra fechado desde a chegada da água encanada na Ilha de Paquetá.

Mas a história dele não fica por aí, tem mais lenda!

"Beba dessa água pensando na pessoa amada
e, por você, essa pessoa ficará grandemente apaixonada…
e se ainda não tem par,
beba um gole só: bem devagar…
e, por você, um coração na Ilha de Paquetá irá se apaixonar…"

Dizem também que a água do poço curou uma úlcera na perna de D. João e que após este feito milagroso, D. João se tornou devoto de São Roque.

Tá bom de lenda e fomos ver arte. 

Casa das Artes de Paquetá


Eu que amo um Centro Cultural preciso fazer mais um passeio por esse bairro cercado de águas por todos os lados e conhecer a Casa das Artes com calma. Desfrutar do jardim, sentar no café com calma, fazer fotos na escada de mosaicos que acesso ao inspirado nas obras de Gaudi, em Barcelona.


Bora começar o caminho de volta porque a barca de volta tem horário e a barriga já está começando a dar sinais de fome.

Da Casa das Artes é só seguir pela Rua Maestro Anacleto em direção à Praia dos Tamoios.

Parque dos Tamoios


O Parque dos Tamoios é mais um espaço charmoso na chamada Ilha do Amor. Tem área de brinquedos para as crianças. Mas todo o charme está no pergolado azul com pilastras brancas. 

Pedala, pedala... 

Baobá Maria Gorda


Um belíssimo exemplar dessa árvore africana que fica no meio da rua, na orla da Praia dos Tamoios. Além de ter centenas de anos e mais de sete metros de circunferência, também rola uma lenda acerca desta árvore.


Neste dia, na hora em que passei pela Maria Gorda, ela estava cercada de pessoas que tentavam abraçá-la. Não consegui dar o meu beijo, nem abraço nela. Mas não resisti, e mesmo este post já estando cheio de fotos, trouxe o registro da gente tentando abraçar o baobá na nossa visita em 2010.



Canhão que Saudava D. João VI


Este canhão em cima de uma pedra, no meio da rua, apontado para o horizonte da Praia dos Tamoios, fazia parte de uma bateria de canhões usada para saudar a chegada de D. João VI  a partir de 1808, quando o rei começou a frequentar a ilha.



O povo parou para almoçar no Restaurante Quintal da Regina que participa do Comida de Bouteco. Mesmo com fome eu não fiquei para o almoço. Quis adiantar o retorno para o Rio e pegar a barca mais cedo. Me arrependi. Devia ter ficado, saboreado a comida e voltado no horário que pega o pôr do sol em plena Baía de Guanabara. 

Antes de entrar na barca passei na igreja para agradecer e fazer meus três pedidos. Afinal, reza a lenda que cada vez que entramos pela primeira vez em uma igreja temos direito a fazer três pedidos.

Paróquia Senhor Bom Jesus do Monte


Aqui fechei a volta na ilha já que a igreja no estilo gótico, arquitetura encantadora, com um jardim na frente, vista para a baía, e o interior charmoso e claro, fica bem pertinho das barcas, meu ponto de chegada e agora ponto de partida.


Gostei muito de ter feito o passeio de bicicleta ao redor da ilha. Gostei do que vi ao retornar a Paquetá depois de oito anos. Na última vez ainda tinham os cavalos e as charretes guiadas por animais. Agora o bairro, sim Paquetá é um bairro do Rio de Janeiro, está mais limpo, mais charmoso, mais organizado. 

Saí de lá com vontade de voltar no próximo final de semana. 





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