O final de semana que dá início a semana aqui no blog foi mais do especial. Eu diria que foi frenético. Fui para São Pedro d'Aldeia, cidade da Região dos Lagos que passei a minha infância, para a comemoração de 50 anos da escola que fiz todo o meu primário e ginásio, acho que era assim que se chamava o ensino fundamental.
Foi um final de semana de muitos risos, muitas lembranças, muitas histórias. muitas memórias afetivas nos sons, nos sabores, nos cheiros e nos cenários. Seja no som de um avião caça que cruza o céu ou no sabor do sonho da padaria. Um final de semana dos sonhos para lembrar histórias, criar novas e deixar mais lembranças.
O final de semana agitado trouxe lembranças, emoções, alegria, reflexões para a semana toda. Por isso precisei ficar mais comigo mesma. A arte como um todo me ajuda muito a tranquilizar, a equilibrar as energias. Consegui acabar de pintar o oratório para São Francisco de Assis e comecei a pintura de algumas garrafas para uma amiga.
Usei mais uma hora de almoço para caminhar no Centro do Rio. Fui ao Paço Imperial ver com calma uma das exposições em cartaz. Na verdade eu já tinha ido na vernissage dessa e mais outras três exposições que entraram em cartaz no mesmo dia. Mas a inauguração de uma exposição não é o melhor momento para vê-la por ser muito cheio, as pessoas estarem mais interessadas na social do que na exposição em si, coisa e tal. Então voltei com calma.
Ainda usei outra hora de almoço para voltar ao Paço Imperial e ver a outra parte da exposição "Raiz", do artista plástico chinês Ai Weiwei que está em cartaz lá e no CCBB. A hora de almoço de um dia não é suficiente para ver a exposição toda nos dois espaços. Sendo assim, achei melhor dividir e ver tranquilidade.
Sentei no restaurante do próprio Paço para almoçar comigo mesma e ler uma das crônicas do livro do meu amigo Fred Mourão. Um bom momento para pensar sobre minhas válvulas de escape realmente necessárias ou apenas distrações.
Muitas vezes, se não estamos conscientes do que realmente queremos, precisamos, desejamos, buscamos distrações como válvulas de escape que acabam funcionando como desvios do caminho e assim podem até nos ajudar momentaneamente, mas não resolvem. Nesta semana que eu estava frenética devido ao final de semana carregado de ótimas emoções as escapadas na hora do almoço para visitar as exposições funcionaram realmente como válvulas de escape. Momentos para dar aquela serenada necessária.