A Semana 13 de 2020 - Terceira Semana de Quarentena

É impossível não pensar em como a nossa vida se transformou tanto em tão pouco tempo. E uma mudança repentina, não foi gradual. Aconteceu de um dia para o outro. Esse distanciamento social tão necessário e importante tem me deixado saudosista. Mas reconheço que o importante é olharmos o presente que nos traz tantos desafios de adaptações, de nos reinventarmos, de reaprendermos. E é assim que estou vivendo as minhas semanas de quarentena: nos adaptando a uma rotina totalmente diferente, a uma convivência mais próxima dentro de casa, uma afastamento físico maior de outras pessoas, novas formas de interação e convívio.

Esse estado de isolamento que estamos submetidos junto dos medos recorrentes da pandemia e do medo decorrente do que está acontecendo no mundo, geram uma pressão grande. Precisamos resistir e persistir. Para isso eu entendo que é importante respirar. Ter momentos suaves e agradáveis. Eu tenho buscado coisas leves que me desfoquem um pouco do contexto e me permitam ver as possibilidades que temos de nos reinventar e enxergar a capacidade do ser humano readaptação e de ser melhor.

Nessa terceira semana de quarentena eu assisti à comédia italiana "E Agora? A Mamãe Saiu de Férias?". O filme aborda um tema já conhecido que é a sobrecarga da mulher que vive dedicada a família, aos afazeres de casa, aos cuidados dos filhos. 

Por um lado é interessante ver que as mulheres de outros países, outro continente, outra cultura também vivem e sentem as situações que vivemos. Que não é uma peculiaridade apenas da sociedade do meu país. 

Foi interessante confirmar o que a minha psicóloga sempre me dizia: "sai de cena por uns tempos. Deixa eles (marido e filhas) se resolverem". Parece mesmo que esse seja o caminho. 

Sinopse: "Carlo e Giulia têm três filhos: ele é um pai distraído e absorvido pelo trabalho; ela é uma mãe que se dedicou à sua família, desistindo de sua carreira. As crianças são Camilla, uma adolescente rebelde de 13 anos de idade, Tito, de 10 anos, inteligente e de humor duvidoso, e a pequena Bianca, de 2 anos, que não fala, usa gestos e só faz o que quer. Giulia, cansada da rotina, conta à família sairá por dez dias de férias – sozinha. Carlo de repente se encontra em um verdadeiro pesadelo! Entre jantares para preparar, lidar com a rotina das crianças, quase desastres e compromissos de trabalho perdidos, Carlo sobrevive a esses dez intermináveis contando com a ajuda inusitada de uma babá. Será que esse tempo foi necessário para conhecer melhor seus filhos e aproximar a família?".

Assisti a uma live do músico Jack Johnson. Foi ótimo e descontraído. Muito bom ver como vários artistas estão se reinventando e trazendo esse tipo de conteúdo para seu público. Gostei dessa sensação de proximidade, de um show intimista e da sensação que estamos um na sala do outro.

Pintei mais uma peça para o velho conjunto de inox. Dessa vez foi o porta-guardanapos que veio se juntar as outras peças já coloridas. Ainda faltam duas para concluir o projeto. Acho que até o fim da quarentena eu termino.

Precisei sair de carro para entregar um documento. Não saímos do carro, não tivemos contato com ninguém. Passamos pela Praia de Ipanema em um domingo de sol. A imagem da praia vazia traz dois sentimentos opostos: uma certa tristeza de ver esse vazio e uma enorme alegria de ver as pessoas respeitando as instruções de isolamento. Mas infelizmente a praia e a orla não estava completamente deserta como neste trecho da foto. Algumas poucas pessoas ainda desrespeitam. Que angústia ver essa falta de responsabilidade!

Assisti a série "A Vida e a História de Madam C.J Walker". Uma biografia com 4 episódios, na Netflix, que segue a vida de Sarah (Octavia Spencer). A empresária, Madam C.J. Walker foi a primeira mulher negra dos EUA a se tornar milionária na história do país, constando inclusive do livro dos records. Ela chegou a esse feito sozinha, totalmente por conta própria e ainda fez isso em uma época pós-abolição no país. Ou seja enfrentou fortemente o racismo e o machismo como pedregulhos em seu caminho. 

É uma série curta, muito interessante e motivadora. Mostra a garra e determinação de uma mulher que conseguiu superar os obstáculos que se apresentaram e sua trajetória, venceu os preconceitos e lutou para conquistar os seus sonhos. Fala de assuntos que ainda são batalhas para as mulheres atualmente como o posicionamento no mercado de trabalho, a igualdade salarial e imposições quanto a aparência, machismo, racismo e opção sexual. Mesmo trazendo temas densos, é uma série leve por ser de uma pessoa vencedora. Traz esperança.

Tenho procurado me alimentar melhor com saladas e muita cor. 

Assisti ao filme "Sete Dias Sem Fim", uma comédia que conta a história de uma família que precisa reatar os laços após a morte do pai. O patriarca dos quatro filhos adultos e com caminhos distintos traçados, deixa como último desejo que a família cumpra o Shivá, período de sete dias de luto no judaísmo. Dessa forma os filhos e a mãe extrovertida terão que viver por uma semana sob o mesmo teto novamente. Isso com os agregados juntos (filhos, esposas, maridos, namorada). É nesse período 

que os irmãos (vividos por Jason Bateman, Tina Fey, Adam Driver e Corey Stoll) e mãe da família (Jane Fonda) têm a oportunidade de se reconectarem e reavaliarem a suas próprias vidas, seus relacionamento e suas escolhas. Um filme divertido e que emociona.

Que a gente encare esse período com esperança, responsabilidade, força e buscando momentos de inspiração e leveza para nos ajudarem a ver com clarezas as oportunidades que estão a nossa frente. 

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.

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