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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Série Nada Ortodoxa

Apesar de a série "Nada Ortodoxa" ter aparecido em destaque em algumas das vezes que entrei na Netflix em busca do que assistir para animar a minha quarentena, ela não tinha despertado o meu interesse. 


Aliás, a série que estreou no Brasil no dia 26 de março não chamou mesmo a minha atenção. Não sei bem. O trailer me passou a impressão de seu uma história que aconteceu no início do século passado. Não deu aquele click.

Até que no feriado de quarentena, em isolamento social, procurando algo o que fazer, esperando a hora passar até começar um live que eu queria assistir, como já estava com o computador ligado mesmo, entrei na Netflix. Mais uma vez "Nada Ortodoxa" me surge em destaque. Passeio o olho rapidamente e atentei para dois detalhes: "minissérie" e "inspirada em uma história real". Meio reticente eu resolvi dar uma chance. Mas bem reticente mesmo. Quando vi que o primeiro episódio teria duração de 55 minutos, eu quase desisti. Mas era o tempo exato para a tal live começar.

Assisti ao primeiro episódio. Quase deixei a live de lado. Já estava bem curiosa para acompanhar o desenrolar da história de Esty (Shira Haas), uma adolescente de 17 anos que vive em comunidade judaica conservadora em Williamsburg, no Brooklyn (Nova Iorque). 
Tá, mas a série estaria ali me esperando. A live tem seu tempo e hora marcados. Assim que acabou a live voltei rapidamente para "Nada Ortodoxa". A minissérie tinha me pegado de jeito. Foi assim que "niquivi" eram uma e meia da madruga e eu tinha acabado de assistir aos quatro episódios. 
Inspirada na best-seller do New York Times Unorthodox, escrito por Deborah Feldman, a minissérie mostra detalhes da cultura judaica. Outro ponto interessante é que tem muitas cenas em iídiche, o idioma judaico.

A história se desenvolve no presente, porém mostra em flashbacks como Esther chegou na situação que está vivendo no momento. 

Criada pelos avós e um pai ausente, dentro das regras rígidas da cultura judaica ortodoxa, Esty entra em um casamento arranjado aos 17 anos. Apesar dos medos, dúvidas e inseguranças, ela neste momento ainda acredita que este realmente é o caminho que deseja para sua vida. Mesmo já se sentindo diferente das outras mulheres de sua religião, Esther ainda não tinha a dimensão do quanto as tradições de sua religião eram opressivas para ela.

Mas Esty não se encaixa naquele padrão de regras e limitações. Ela tem desejo de liberdade, de conhecer e experimentar mais sobre a vida. Se vê sufocada, desenquadrada e sem saída. Resolve fugir e reconstruir a sua vida longe daquela comunidade castradora. 

Eu que conheço pouco sobre os costumes judaicos ortodoxos realmente ao ver as cenas desse contexto, a forma como as mulheres se vestem, como são tradadas, como realizam o seu papel na comunidade, achei que a história se passava em um passado longínquo. Algo tipo no início do século passado. Porém, a história é atual. Aconteceu em 2006. Percebemos isso quando Esther finalmente consegue sair dos limites da comunidade em que vive. A sensação é que ela ao entrar no táxi rumo ao aeroporto passou por um portal do tempo. 

É emocionante acompanhar as descobertas de Esty, vê-la se surpreender ao se deparar com situações tão corriqueiras no mundo atual e que eram tão desconhecidas para ela, sentir os prazeres da conquista da liberdade e do poder de fazer as próprias escolhas.



"Nada Ortodoxa" foi uma ótima surpresa! Além de mostrar mais sobre essa cultura, traz mensagens de luta pelos ideias, que sempre é possível recomeçar, que vale a pena ter coragem para arriscar e buscar a liberdade. 

Saber que a história é real e atual torna tudo mais surpreendente, interessante e relevante de ser mostrado para o mundo.


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27 comentários:

  1. Bom dia:- Por vezes as coisas que nos parecem menos interessantes de ver, são aquelas, que nos prendem mais ao ecrân.
    .
    Tenha um dia feliz

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  2. Tal e qual, concordo com o que diz o Ricardo! Adorei :)
    -
    Tudo desperta, como a vida, quando regressa
    -
    Beijos e um excelente fim de semana

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  3. Sounds a great series!
    A nice entertainment during stay at home.
    Thank you for sharing.
    Be safe!

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  4. olá Chris,
    Assisti a conselho de uma sobrinha e gostei. Achei interessante pois não sabia que existia uma fação tão radical na comunidade Judia, no entanto ficamos sem saber em que situação fica criança, o que a meu ver, é importante, tendo em conta o contexto: a mulher ter poucos ou nenhuns direitos em relação ao marido. Quanto ao resto, são poucos episódios e curtos, o que me agrada. Bjs, boa continuação! Val.

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    1. OI Val, eu acho que essas questões foram deixadas para dar espaço para um nova temporada.
      beijos
      Chris

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  5. eu to bem querendo assistir essa série, já me empolguei sabendo que você gostou

    beijo
    A mina de fé

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    1. Oi Mel, vale a penas sim. Vale pela série em si, para conhecermos mais dessa cultura, vermos que existe realidades bem distantes da nossa.
      beijos
      Chris

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  6. uau!!!!
    Não sabia que a série era real, quero procurar e assistir em breve, quando eu consegui concluir a que estou maratonando rs ( se a minha internet ajudasse um pouquinho acho que já teria concluído).
    Beijocas.

    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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  7. Esta série ainda não vi, fiquei curiosa!

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  8. Eu adoro série que nos traz um pouco de história, conhecimento. Não conhecia essa, mas vou assistir com certeza. Fiquei bem curiosa!

    Beijo.
    Cores do Vício

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    1. Oi Pathy, se você assistir depois conta se gostou.
      beijos
      Chris

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  9. Sempre aparece pra mim como sugestão e eu faço como você só olho.. haha
    Que bom que gostou eu ainda não sabia sobre o que era.
    Achei super interessante. Quem sabe eu dou uma chance algum dia?
    Beijos!
    Pam Lepletier

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    1. Oi Pam, pois é, essa me surpreendeu positivamente. Não tinha recebido dica, nem nada.
      beijos
      Chris

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  10. Não consigo assistir séries... demoram demais rs.

    instagram.com/juliamodelodemodelo
    juliamodelodemodelo.blogspot.com

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    1. Júlia, eu prefiro as séries curtas. Também não gosto das longas. Acabo me perdendo na história e cansando delas.
      Essa é uma minissérie. Bem curtinha.
      beijos
      Chris

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  11. Interessante. Nunca tinha ouvido falar dessa série. Já fiquei curiosa para conferir.

    www.vivendosentimentos.com.br

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    1. OI Monique, ela é bem recente. Eu achei muito interessante. Eu nem imaginava que ainda existia facções judaicas que viviam de forma tão ortodoxa.
      É impressionante.
      beijos
      Chris

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  12. Depois da sua resenha vou ver a série. Parece bem interessante.

    Bom fim de semana!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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  13. Oi Chris, parece bem interessante, já vou listar.
    Assisti Self Made, adorei, valeu pela dica!
    Bom domingo, abraço!

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    1. OI Dalva, não assisti Self Made. Valei pela dica. kkk
      beijos
      Chris

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    2. kkkkk...a véice tá feia aqui, amiga! Li sobre ela na Claudia L e um outro, estava crente que era no seu...E agora para lembrar e agradecer? :D
      Mas assista sim, é bem leve, rápida e até divertida.bjs

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  14. Dessa vez voltei na postagem certa para comentar e não correr risco de errar hehehe
    Assisti e adorei a série, a gente se apaixona pela Esty, sua luta entre o que foi plantado nela e o que ela quer plantar, florir...Amei, amei, valeu pela dica!

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