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quarta-feira, 29 de maio de 2019

Praia da Tartaruga em Búzios


Ah Búzios! Uma ponta de terra pra dentro do mar tão cheia de charme. Tudo ali fica charmoso. Até um cineminha pequeno. Búzios, aquele lugar que tem algo especial que a gente não sabe explicar, que te contagia na primeira visita. Uma vila de pescadores com ares bucólicos e ao mesmo tempo tão descolada. Uma cidadezinha que mesmo quando não tinha nada, tinha tudo. Búzios é assim, tem estilo, tem personalidade e tem praias e tem noite. Búzios tem fuso horário próprio.

Búzios tem suas histórias e faz parte das histórias de quem passa por ali. Eu me lembro da primeira vez que fui ainda criança, na companhia dos meus pais e um grupo de amigos. O point era a Praia dos Ossos. Coisas das antigas! Depois já adolescente, quando ir para Búzios significava sinal de alerta para os mesmos pais que antes levavam seus filhos pequenos para brincar na praia, o point era Geribá. Para os pais dos adolês, nessa época, Búzios era possibilidade "drugs, sex and  rock'n rool". Mas para nós era praia. Praia de areia fina e dourada que grudava na pela. Praia de água azul esverdeada transparente e ondas cheias. Praia de galera bonita, antenada e "na onda". Búzios era sanduíche árabe do Ícaro, ao lado de uma portinha que começava vender uns crepes, um tal de Chez Michou, na Rua das Pedras. Aí o tempo passa um pouco, a adolescência fica pra trás, e vem a fase de Búzios dos mergulhos. Saídas para a Ilha da Âncora para se deslumbrar com os encantos do fundo do mar. A praia preferida? Continuava sendo Geribá. Aí veio o Búzios da curtição: Azeda e Azedinha durante o dia, festa na Tartaruga no pôr do sol, mexicano na noite na Rua das Pedras. E tinha o Taka-taka-tá! Bar diferentão do holandês doidão que andava com seu pit bull no ombro na época em que ninguém nem sabia qual era a raça daquele cachorro tão diferentão quanto o seu dono. Aí chegou a minha vez de levar as minhas filhas para brincarem nas praias de Búzios. Quais as melhores praias de Búzios para ir com crianças? João Fernandes e João Fernandinho? Ferradura? Ferradurinha? Todas! E como tempo que é tempo passa rápido, já teve até a hora em que a filha adolescente foi curtir Búzios com o namorado. A pria que eles mais gostaram? Praia do Forno!

Histórias... e Búzios continua lá cheia de estilo, com ótimas prais, centro charmoso com lojas descoladas e redutos gastronômicos para servir de cenário para mais histórias. E eu estava com saudades. Mas só percebi o tamanho dessa saudade quando fui passar o final de semana na casa de uma amiga. A praia que escolhemos para curtir um dia com as famílias? Tartaruga!

A Praia da Tartaruga faz parte do Parque Estadual da Costa do Sol e é uma das melhores praias de Búzios, se é que podemos eleger as melhores.


Melhores praias de Búzios

A Turtle Beach, como chamamos de brincadeira, fica à esquerda da estradainha que vai para a  Rua das Pedra. O acesso é fácil. Tem estacionamento. É linda! Toda  emoldurada pelo verde das montanhas. Com águas transparentes e tranquilas.


Melhores praias de Búzios

Tudo isso eu sabia! Mas quando cheguei na entrada da praia e me deparei com aquele mar brilhando ao sol, as pedras aparentes praticamente dividindo a praia em duas, foi que me dei conta de como eu estava com saudades dali. E já que eu estava saudosista... me lembrei dos tempos de "ousadia" em que eu ia para a ponta dessas pedras, me sentava de frente para o mar, de costas para tudo e fazia "top less" para a minha amiga tirar foto de costas. Fotos que eram impressas, e não iam para as redes sociais. Ficavam mesmo nas filhas de plástico dos álbuns de papel.

Nos acomodamos no restaurante que fica na entrada. Praticamente no centro da praia. É a primeira opção avistada quando chegamos à praia.



Melhores praias de Búzios com crianças

Essa formação rochosa que é ótima para fotos "instagramáveis", para as crianças se aventurarem, para termos visuais da praia e para fazer snorkel ao redor dela e vermos muitos peixinhos e algumas tartarugas, também divide a praia em duas partes, o lado direito (pra quem está de frente para o mar) e o lado esquerdo.

O lado esquerdo da Praia da Tartaruga é o mais movimentado. Ali está a grande maioria das e barracas que oferecem comes e bebes. É neste lado também que chegam os passeios de saveiro. Coisa que eu acho bem cafona, mas já fiz, é claro. E ainda faço também! Inclusie já fiz o passeio de saveiro em Búzios e me diverti vendo a cidade de outro ponto de vista. E como eu estava saudosista ao extremo, voltei no tempo e me vi chegando de saveiro na Praia da Tartaruga, mergulhando naquele mar esverdeado e transparente e nadando até a areia..



Melhores praias de Búzios com crianças

Já o lado direito da Praia da Tartaruga é mais tranquilo, mais vazio e também com a faixa de areia mais estreita. Mas também é o lado que mais parece uma piscina. Neste dia estava cheio de tartarugas nadando. É o lado indicado para aqueles que procuram sossego e tranquilidade. Quem opta por este canto de mais sossego é bom levar seu guarda sol e cadeiras porque a oferta é bem menor.

Este lado é bom também para prática de snorkeling, SUP, caiac.  A estrutura da praia conta com aluguel desses itens.



Melhores praias de Búzios com crianças

Caminhando mais para a direita temos mais uma formação rochosa que fornece uma vista linda e ampla de toda a praia.

Melhores praias de Búzios

 Ótima para fazer fotos.


Melhores praias de Búzios com crianças

E ainda nos traz uma surpresa: outras duas faixas de areia. Essas sim bem desertas. Poucos aventureiros ávidos por sossego total e isolamento, e alguns outros fazendo caminhadas entre o mar e o verde das montanhas.

Melhores praias de Búzios com crianças

A Praia da Tartaruga reflete bem o clima bucólico de Búzios.


Melhores praias de Búzios

Dá para passar um dia de contemplação ou aventura, ela atende a todos os gostos. 

Melhores praias de Búzios

E eu que achei que tinha matado as saudades da Praia da Tartaruga, acabei de perceber que já quero voltar. 


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sábado, 25 de maio de 2019

A Semana 21 de 2019 - Entre família e amigos


Como no final de semana anterior eu recebi uma mesa de café da manhã de presente das filhas, neste final semana eu resolvi retribuir o carinho bem ao estilo "Gentileza Gera Gentileza".


Saímos para um almoço "só nós dois" em um dia daqueles que os cariocas não gostam: nublado e chuvoso. Mas fomos brindados com esse visual. O arco-íris surgiu no horizonte para deixar o cenário mais bonito ainda e o nosso almoço com um sabor mais especial. Como diz Paulo Coelho, "Quem deseja ver o arco-íris, precisa aprender a gostar da chuva".


Fizemos um passeio visita-família-tia-sobrinhos-primos com direito a muito carinho, chamego e almoço em uma varanda ampla e agradável. Momento família que reforça os laços e não precisam de mil registros. Apenas aquele único para ser guardado no porta-retrato.


Preparei um bolo de ameixa e convidei as amigas para um lanche. Uma espécie de pré #GOT. Como sempre rimos muito, conversamos bastante e nem nos lembramos de fazer fotos. Eu não estava nada "blogueyrinha" neste final de semana. Mas a receita e a história do bolo já ganharam post. Só clicar no link.


Reservei um dia da semana para alimentar a alma. Fui ao Centro Cultural Banco do Brasil para ver a exposição  "50 Anos de Realismo - Do Fotorrealismo à Realidade Virtual". São 100 obras de 30 artistas que te instigam e deixam na dúvida: pintura ou fotografia? Estátua viva ou escultura?


Passei também para conferir a exposição "Paul Klee - Equilíbrio Instável", a mostra traz 120 obras, entre pinturas, papéis, gravuras, desenhos e objetos pessoais do artista.


Saindo do CCBB segui para a Casa França Brasil, um palacete encomendado por D. João VI a Grandjean de Montigny que hoje serve como Centro Cultural, um ponto cult do corredor cultural do Centro do Rio. Lá me emocionei com a exposição "Assim Me Vejo", do projeto "Eu sou" que tem o propósito de resgatar e fortalecer identidades de crianças e adolescentes da periferia social através da arte. Na mostra Crianças e adolescentes da favela do Jacarezinho, uma das maiores do Rio de Janeiro, mostram em pinturas como cada um se vê.


Teve almoço com amigas para muita conversa animada, troca de experiências, risos e alegria compartilhada.


E uma boa "jacada" para mostrar que já era sexta-feira e que se permitir também é uma maneira de se cuidar.



Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.


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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Filme Voltei, Mamãe



Imagina só ter que voltar a morar com os pais? Pode algo bom ou não dependendo do ponto de vista. Para os filhos pode não ser tão bom assim, mas a mãe é mais provável que fique muito feliz com essa situação. De qualquer forma é uma circunstância que vai exigir uma readaptação dos lados. É sobre isso que o filme “Voltei, Mamãe” fala.


Stéphanie (Alexandra Lamy), aos 40 anos, após perder a sua empresa, seu marido e todo o seu dinheiro, se vê obrigada a voltar para casa de sua mãe (Josiane Balasko). Claro que Stéph é recebida de braços abertos pela mãe viúva e que mora sozinha. E nesse retorno ao convívio as duas mulheres devem exercer uma paciência infinita para lidar com essa nova situação. A filha tem que se adaptar as “manias” da mãe de superaquecer o apartamento, ouvir Francis Cabrel em loop, jogos barulhentos de palavras cruzadas. Já a mãe precisa conviver com a filha que quer acordar tarde, sentar à mesa do próprio jeitos e outras coisas que diferem do jeito que a mãe a educou. Ainda tem os outros irmãos que virão para um jantar em família em que segredos, intrigas e ressentimentos do passado virão à tona recheados de explosões salutares e situações divertidas. Como diz na sinopse oficial: “Bem-vindo a um mundo de alto risco: a família!”







Na minha humilde opinião uma ótima comédia francesa. Mas sou totalmente suspeita já que adoro as comédias francesas. Mas esta, além de ser uma comédia que faz rir e diverte, ela fala de família trazendo um tópico bem atual – o retorno para a casa dos pais por causa do desemprego. Um situação que está ocorrendo muito aqui no Brasil e podemos ver que em outros lugares do mundo também.

Ao mesmo tempo que eu ria com as situações da coabitação de mãe e filha, das cenas do jantar em família que beira a briga de socos entre irmãos, eu me identificava ora com a mãe, ora com a filha. Em um diálogo da filha com uma amiga em que falavam da chatice que é estar com as mães, cheguei a falar em tom de brincadeira, mas com um fundo de verdade, que não queria saber das minhas falando assim de mim. E repensei em como eu mesma sinto e me posiciono em relação a minha mãe, estando eu na mesma situação.

Enfim, uma comédia que proporciona uma hora e meia de riso, emoção e entretenimento enquanto trata de assuntos como família, desemprego, amor, mudanças e adaptações, irmãos e ressentimento, ajuda mútua, vida e sexualidade de idosos após o luto.


E tem mais! O cenário é lindíssimo! A história se passa nas ruas da charmosa Cassis, na região da Provence, na França. Eu fiquei com uma vontade enorme de passear por aquelas ruas, visitar os calanques e tudo o mais que Cassis tem para oferecer.




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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Parque Lage de outro ponto de vista

Se tem um lugar lindo nesse Rio de Janeiro, e olha que o Rio tem vários lugares lindos, esse lugar é o Parque Lage. E cheio de histórias também, aliás, taí uma cidade cheia de história pra contar. Mas falando de  Parque Lage: ele já foi um antigo engenho de açúcar na época do Brasil Colonial (o visitante consegue ver esses resquícios nas trilhas para as cachoeiras eu eu mostrei no post "Parque Lage que poucos conhecem"). O jardim belíssimo em estilo romântico do Parque Lage teve o projeto de um paisagista inglês construído nos moldes das quintas europeias. E o local foi cenário de uma linda história de amor entre Henrique Lage e uma cantora lírica italiana. 



Os melhores passeios no Rio de Janeiro

No final de semana voltei ao Parque Lage, este lugar cheio de atrativos, como grutas, lagos, trilhas, aquário, parquinho, espaço para piquenique, cantos e recantos, para ver a exposição "Arte Naïf - Nenhum Museu a Menos" e tive a oportunidade de fazer a visita por outro ponto de vista.


Quem adquirisse algum item na lojinha da exposição teria acesso ao terraço do icônico casarão que circunda a piscina.


Ter a sensação de estar mais próxima do Cristo Redentor e do topo das palmeiras.


Ver de perto detalhes do palacete com inspiração romana e pensar nos gostos da artista e cantora de ópera Gabriela Beanzoni para quem a "casinha" foi construída.


Passear pelo alto do palacete e admirar todo o movimento pelo alto me fez imaginar as histórias vividas ali. Me fez pensar no estilo de vida dos anos 20, nas festas que rolavam ali, e tal.



Imagina só morar em uma casa dessa?


Em um jardim desse?



Mas me fez relembrar as minhas histórias nesse local. Eu já tinha estado nesse terraço antes. Mas à noite assistindo ao show do Celso Blues Boy quando ele fica horas solando o Hino Nacional. Sim, o casarão foi palco de shows de rock no final dos anos 80 quando muitas bandas do rock nacional, que estava bombando na época, faziam a suas performances por lá. Eu mesma assisti a vários. Ali do alto olhando os espaços cheios de verde, me lembrei dos passeios e brincadeiras que fiz com as minhas filhas pequenas. Entrávamos na gruta e ao encontrar caroços de jaca dizíamos que era ovos de dinossauro. Fazíamos expedições com lanternas em busca de aventuras. Me lembrei dos piqueniques com as amigas à beira do do Lagos dos Patos, dos passeios de mãos dadas com o namorado e das trilhas em busca de sossego e cachoeiras. 

Enfim, um lugar lindo, cheio de histórias, ótimo para criar histórias diferentes a cada vez que visitamos. 


Outros posts sobre o Parque Lage aqui no Blog Inventando com a Mamãe:

- Parque Lage que poucos conhecem;
- Niver da Sofia no Parque Lage;
- Parque Lage com Exposição do Refugiados;
- Passeio no Parque Lage com café da manhã.



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quarta-feira, 22 de maio de 2019

Bolo de Ameixa da Tia Romilda





Parte da tarde de um dia qualquer. A cozinha já arrumada após o almoço. Fogão fechado com a tampa baixada, um paninho bordado enfeitando e sobre ele o prato com bolo quentinho coberto com um cobre bole de tule e fuxico avisando que já, já chega a hora do lanche. Se me pedirem para escolher uma imagem para representar uma casa acolhedora, é essa a imagem que eu escolho. Foi essa a imagem que veio a minha mente quando a minha amiga Simone me falou que estava com vontade de comer o bolo de ameixa da mãe dela, a tia Romilda. Tia Romilda que faz a melhor rabada do mundo. Tia Romilda que não aguenta ver a amiga da filha, que mora sozinha, com a bainha da calça feita com esparadrapo. Ela pega a agulha e a linha e resolve isso. Tia Romilda que com aquele sotaque de mineira dá umas broncas que faz a gente rir.

Cheguei a sentir o sabor adoçando o meu paladar e o cheiro do bolo assando perfumando a casa. Mesmo nunca tendo experimentado o tal bolo. Pedia receita pra minha amiga. Minha amiga pediu a receita pra mãe dela. Recebi a foto da receita escrita à mão pelo celular (modernidade). Senti saudades dos cadernos de receitas encapados.

Chegou o domingo, dia de casa, de descanso, de visita à casa de avó, de receber amigos e parentes. Coisas de antigamente. Fiz o bolo de ameixa e convidei as amigas para virem em casa para um pré #GOT. Coisa de atualmente.

Sentamos ao redor da mesa, ocupamos o ambiente, contamos histórias, rimos, nos servimos, comemos juntas e repetimos. Dividimos o bolo, compartilhamos receitas, multiplicamos histórias.
receita de bolo de ameixa



Não fazemos mais cadernos de receitas (coisa de antigamente). Fazemos posts com receitas (coisa de atualmente).

O que utilizamos:

- 250 g de ameixa preta sem caroço;
- 1 copo de água;
- 1 copo de açúcar;

- 250 g de manteiga;
- 250 g de açúcar;
- 250 g de farinha de trigo;
- 1 copo de leite;
- 5 ovos;
- 2 colheres de sopa de fermento;
- 2 cálices de licor de cacau(sugerimos trocar por vinho do porto).


Como fizemos:

Primeiro preparamos o doce de ameixa. Colocamos as ameixas, a água e o copo de açúcar em uma panela em fogo baixo e deixamos fazer a calda, mexendo de vez em quando.

Assim que deu o ponto de calda de manjar, retiramos do fogo e reservamos.

Separamos as gemas e batemos as claras e neve e reservamos.

Na batedeira batemos a manteiga em temperatura ambiente com o açúcar até cficar um creme branco. Sempre batendo, acrescentamos as gemas uma a uma.

Depois adicionamos, aos poucos, a farinha e o fermento que estavam peneirados juntos. Ainda batendo colocamos o leite.

Encorporamos as claras batidas em neve delicadamente. Com a massa bem cremosa e lisinha foi a hora de darmos o sabor especial misturando o doce de ameixa.

Faltava apenas acrescenta o vinho do porto que estava ali separadinho na nossa frente, mas a vontade de ver o nosso bolo assado era tanta que nos esquecemos dele.

Colocamos a massa em uma forma redonda grande (o bolo cresce bastante) untada. Cobrimos com papel alumínio para a massa ficar bem molhadinha e levamos ao forno pré-aquecido a 180ºC.

Depois de 30 minutos no forno, com a massa praticamente assada, retiramos o papel alumínio para finalizar o processo de assar e o bolo dourar.

Não segui a receita a risca. Fiz meio no olho essa coisa de pesos e mesmo assim ficou delicioso. 


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segunda-feira, 20 de maio de 2019

A Semana 20 de 2019 - Dia das Mães sem expectativas


A semana começou sem expectativas. Começaria com Dia das Mães e eu não queria criar expectativas de que iriam preparar algo para mim. Sabe como é, filhas adolescentes já mais focadas nos seus afazeres, seus amigos, suas ideias, suas vidas que ganham espaço. Cheguei em algum momento, não me lembro em qual situação, dizer, ao atravessar a sala, a frase: "nessa fase da vida já aprendia há muito tempo que a melhor maneira de ser feliz é não cria expectativas".

Mas no domingo pela manhã ao acordar ouvi um movimento das filhas pela sala. Filhas adolescentes acordando antes de mim em um domingo sem sol?! Estranho! Domingo de Dia das Mães?! Não queria criar expectativas, mas também não queria estragar possível surpresa. Então, fiquei na cama esperando a movimentação acabar. Finalmente me levantei e surpresa! Um café da manhã preparado para mim pelas duas, com carinho, com cuidado e cheio de detalhes. Acordaram cedo, foram para cozinha e prepararam biscoitos amanteigados,


brownie de chocolate, panquecas e muito amor envolvido em cada item disposto na mesa. Não criei expectativas, mas criei filhas lindas com muito amor.


Para mim não tem nada melhor do que um passeio ao ar livre com contato com a natureza. Melhor ainda quanto tem arte no caminho. Fui com o marido ao Parque Lage, um local cheio de recordações, para um passeio no jardim.  



E para também conferir a exposição "Arte Naïf - Nenhum Museu a Menos", com peças do MIAN - Museu Internacional de Arte Naïf - que infelizmente está fechado. Agora, aqui escrevendo este post, achei que esse passeio merece dois posts: um falando do Parque Lage sobre outro ponto de vista e um sobre a exposição. Vou tentar me organizar durante esta semana para postar.


O final de semana de Dias das Mães ficou para trás, ontem já é passado, hoje já e dia de trabalho, de recomeço, de rotina. Comecei a manhã como um boa manhã de segunda-feira em que acordo e preciso deixar mil coisas organizadas para a semana antes de sair apressada para o trabalho. É nesse caminhar que respiro, coloco alguns pensamentos em ordem e me ouço. Ouvi a minha vontade de desacelerar para novamente pegar impulso. Parei em uma padaria no caminho, sentei, pedi um café da manhã, tirei o livro da bolsa. Li, saboreei, contemplei. É muito bom abrir espaço para o nosso querer, nos sentirmos merecedoras. Afinal, é a semana que começou com o Dia das Mães e eu mereço me presentear. 


Finalmente concluí o oratório que estava pintando para a minha Nossa Senhora dos Bons Conselhos. E que satisfação é essa de olhar para a peça que você mesma fiz, admirar e sentir orgulho do resultado?!
´

Se tem algo que me dá sensação de aconchego é sentar no sofá com uma bacia de pipoca para assistir a um filme na TV. O cheiro da pipoca inundando o ambiente, a família comentando as cenas, os pés em cima do sofá e a Xina, nossa Pug amada, querendo companhia e pipoca, só me faz ter cada vez mais certeza de que os melhores momentos da vida estão cheio de sutilezas que não devemos deixar passar despercebidas. 

Como estamos na semana de Dias das Mães escolhemos filmes que envolvem o assunto mãe. O primeiro foi a charmosa comédia francesa "Mamãe, Voltei" que conta a história de Stéphanie (Alexandra Lamy), mulher de quarenta anos, que após perder a sua empresa, seu marido e todo o seu dinheiro, se vê obrigada a voltar para casa de sua mãe (Balasko). Claro que Stéph é recebida de braços abertos pela mãe viúva e que mora sozinha. E nesse retorno ao convívio as duas mulheres devem exercer uma paciência infinita para lidar com essa nova situação. Além de ser uma comédia, é acima de tudo um filme sobre família, cheio de momentos cômicos, com algum drama e um cenário lindo da região da Provence, na França. Mais especificamente a pequena cidade na beira do Mediterrâneo, Cassis. Agora estou achando que deveria ter feito um post falando mais do filme, das cenas que me identifiquei e das lembranças dos meses que passei na Provence. 


A outra sessão pipoca em casa foi com o filme "Uma Noite de Loucuras". Essa comédia é sobre um grupo de mães com personalidades e histórias de vida diferentes, ligadas apenas pelo fato de os filhos frequentarem a mesma escola, percebem que precisam ter uma noite só para elas. Só por aí qualquer mãe já se identifica. O que seria apenas um jantar se torna uma noite de loucuras em que elas perdem o controle, mas se encontram na amizade. O filme é cheio de aventura e situações fora do controle. Não é nada demais, mas para ver em casa sem muita expectativa, é uma boa diversão e dá até rola uma identificação em algumas situações.


Uma semana sem expectativas, mas que superou qualquer expectativa que que pudesse ter criado. 

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.


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sexta-feira, 17 de maio de 2019

Biscoito Amanteigado da Professora

Domingo. Dia da Mães. Eu já meio acordada e ouvindo a movimentação fora do quarto. Filhas adolescentes acordando antes de mim e um domingo? Algo estava acontecendo. Será que estavam preparando alguma surpresa para mim? É provável. Fiquei na cama imaginando o que seria, mas não querendo criar expectativas. Mas também não queria estragar a possível surpresa. Espreguicei, virei pro lado, encontrei uma posição confortável e fiquei pensando em todos os meus Dias das Mães. Desde a época em que eu preparava carinhosamente presentes para a minha mãe na escola, até a fase em que eu comecei a receber os trabalhos que as minhas filhas preparavam pra mim. Me lembrei de um porta-chaves que fiz para a minha mãe adaptando a tábua de carne de madeira. Me lembrei da sensação ao escolher a cor, ao pintar flores e colocar os pregos no centro das flores. Cheguei a sentir o cheiro da tinta e a ansiedade gostosa ao imaginar se ela gostaria. Pensei na cor para combinar com o fogão. Imaginava o porta-chaves pendurado na parede branca da cozinha. Cozinha, aquele lugar da casa que alimenta o corpo, a alma e as relações. Pensei nas minhas filhas pequenas preparando bolsas com seus desenhos, blusas com suas mãozinhas carimbadas, canecas ilustradas por elas. Tudo feito com carinho e expectativas. Tudo recebido com muito amor. E no tempo que passou. Enquanto eu viajava no tempo, nas lembranças e nas emoções, o tempo passou, a movimentação fora do quarto parou. Me levantei, abri a porta do meu quarto e uma mesa de café da manhã me esperava com as mesmas carinhas com misto de apreensão e alegria de quando eram pequenas e me esperavam na creche para a festa de Dia das Mães. O tempo passa, as memórias ficam, as relações são construídas a cada dia.

Sentamos à mesa, lugar que reúne, que acolhe, onde as melhores conversas acontecem, onde histórias são contadas e criadas. Várias delícias preparadas com carinho pelas próprias filhas pensando no que eu gosto. Elas refazendo para mim o que já fiz e faço para elas. Receitas que criam memórias afetivas. Receitas simples lembrando que o bom da vida é simples como um carinho.

Entre os preparativos estava um biscoito amanteigado, receita que a Sofia recebeu da professora de matemática, a mesma que deu a receita do brownie da professora, especialmente para os alunos fazerem para as mães. Um biscoito simples, mas com sabor de amor.

Receita simples de biscoito amanteigado


O que a Sofia utilizou:


- 6 colheres de sopa de farinha de trigo;
- 4 colheres de sopa de maisena;
- 2 colheres de sopa de açúcar (para quem gosta bem docinho pode colocar mais um pouco);
- 1 tablete (100 g) de margarina (eu usaria a mesma medida de manteiga sem sal);


Como ela fez:

Misturou todos os ingredientes até formar um bola. Fez bolinhas para moldar os biscoitos e assou no forno até o fundo ficar marrom.


Simples assim, mas cheio de significado.




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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Pintura - Um altar para Nossa Senhora dos Bons Conselhos


"Se conselho fosse bom ninguém dava, vendia!". Já ouvi muito e já falei algumas vezes esse ditado. Principalmente nos períodos em que fui mãe de bebês. Depois, conforme os filhos vão crescendo, os conselheiros de plantão diminuem.

Tem muito conselho que pode ser evitado, que deveria ter ficado guardado com o seu próprio conselheiro. Mas receber um bom conselho de amigo, ouvir uma opinião de quem sabe o que está falando e porquê está falando, até que é bom. 

Estar com amigas e amigos, trocar ideias e opiniões sobre alguns assuntos e situações é gostoso, enriquecedor. Afinal, se expressar é vital né não?

Então, mesmo esse negócio de conselho nem sempre sendo bom e desejado, muitas vezes ele é desejado, pedido e muito considerado. Um bom conselho temo seu valor não cobrado e incalculável. 

Assim quando eu soube da existência da Nossa Senhora dos Bons Conselhos, me encantei. Achei bonita a imagem, gostei da história que conto um pouco no final do poste e pedi para a Renata, minha fisioterapeuta e crocheteira no @crochereej que fizesse uma para mim. 


Nossa Senhora dos Bons Conselhos em amigurumi


A Renata fez a Nossa Senhora dos Bons Conselhos em amigurumi e ficou muito fofa. Caí de paixão pela minha santinha conselheira.


Nossa Senhora dos Bons Conselhos em amigurumi

Resolvi então pintar um altar para a minha Nossa Senhora dos Bons Conselhos.

Nossa Senhora dos Bons Conselhos em amigurumi

Foi o primeiro altar que pintei e fiquei muito feliz com o resultado.

Nossa Senhora dos Bons Conselhos em amigurumi

Agora estou só aguardando os bons conselhos chegarem. Quer dizer, não estou apenas aguardando, continuo contando com as minhas amigas para uma boa conversa dentro cheia de opiniões diversas, pontos de vistas distintos, compartilhada com a intenção de agregar e fazer o bem e baseada na experiência de cada uma. Conselho bom é assim, dado com amor. Pode ser aproveitado ou descartado, mas sempre agrega. 

"Nossa Senhora do Bom Conselho é um dos títulos da Virgem Maria. As origens desse ícone estão mescladas a histórias fantásticas e milagres. Na Albânia, a Virgem Maria era venerada há séculos sob este e vários outros títulos. Havia no país várias capelas dedicadas a ela. Uma delas, especialmente, tornou-se um grande centro de peregrinações no tempo das guerras contra os turcos Otomanos. Trata-se da Capela de Shkodra, que significa “Bom Conselho”. Lá, havia um ícone de Nossa Senhora que era venerado."



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