Páginas

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Bifum com mix de cogumelos na manteiga, abacaxi e amendoim


Já falei por aqui que a minha filha mais nova é vegana. Mesmo essa sendo uma opção apenas dela e não do resto da família, pelo menos por enquanto, eu procuro algumas receitas que todos possam gostar, saborear e se sentirem alimentados. Facilita muito quando isso acontece porque podemos ter um cardápio único na tal refeição. 

Essa semana eu preparei um bifum com mix de cogumelos na manteiga (vegana) com abacaxi e amendoim que ficou maravilhoso.

cogumelos na manteiga com abacaxi e amendoim

Pra quem não conhece o bifum é tradicional em diversos países asiáticos. É aquele macarrão fininho feito de arroz. Isso mesmo, o bifum é feito basicamente de arroz e água, o que o torna uma boa alternativa para os veganos, já que não possui ingredientes de origem animal.

O que utilizei:

- 2 bandejas de mix de cogumelos (shimeji, shitake; portobello e paris)
- 1/2 abacaxi cortado em quadradinhos;
- 2 cebolas grandes picadas;
- 3 dentes de alho picados;
- 1 punhado de salsa e cebolinha picados;
- 1 pacote pequeno de Bifum (200 g);
- 2 colheres de sopa de óleo de gergelim;
- 1 fio de azeite;
- 2 colheres de sopa de manteiga vegana;
- 1 punhado de amendoim;
- sal e pimenta à gosto.

Como fiz:

Deixei 1 1/2 litro de água no fogo para atingir fervura. Enquanto isso...
Cortei o abacaxi em quadradinhos médios e refoguei em uma frigideira com a manteiga e um fio de azeite por aproximadamente 2 minutos. 

cogumelos na manteiga com, abacaxi e amendoim


Em outra frigideira refoguei com uma colher de sopa de manteiga vegana, um fio generoso de azeite e as duas colheres de sopa de óleo de gergelim eu refoguei a cebola e o alho. Acrescentei os cogumelos picados e deixei pegar cor e sabor.

Juntei o abacaxi aos cogumelos, adicionei o amendoim e misturei bem deixando apurar mais o sabor. 



Finalizei com as salsa e cebolinha picadas.  Cogumelos na manteiga com abacaxi e amendoim finalizados. Eu voltei para a água que estava fervendo, desliguei o fogo e coloquei o bifum para hidratar por dois minutos (é bom dar uma soltada com o garfo). Depois de hidratado o bifum, escorri a água quente e dei um choque térmico com água fria. 

Servi o bifum em um pirex e joguei os cogumelos por cima. 

cogumelos na manteiga com abacaxi e amendoim

Quem quiser pode acrescentar um pouco de shoyo nos cogumelos. Mas eu queria o bifum bem branquinho e os cogumelos com o sabor da manteiga ressaltado. Por isso não coloquei o shoyo. 

cogumelos na manteiga com abacaxi e amendoim

Ficou delicioso e bem leve!

Outras receitas de Bifum

- Bifum Vegano;
- Bifum de Legumes.




Você pode me encontrar também



domingo, 29 de novembro de 2020

A Semana 47 de 2020 - Trigésima Sétima de Quarentena

 

É caminhando que o caminho se mostra... nos momentos em que começo a me sentir muito presa, tolhida da minha liberdade, do meu direito básico de ir e vir, eu tenho saído para caminhar na rua, procurando outros olhares, sentindo o vento, buscando beleza nos detalhas, tentando manter o foco nas coisas bonitas do dia a dia e disponíveis mesmo com toda a restrição.

Foi caminhando simplesmente para caminhar que me deparei nesse muro em um caminho que já tinha passado diversas vezes, mas nunca reparado. 


No início da pandemia, no período de isolamento total, eu me animei a cozinhar, experimentar pratos diferentes, buscando dar mais sabor e colorido para as refeições. Uma forma de enfeitar os dias. 

Mas depois, conforme a história foi se prolongando e abrindo um novo capítulo a cada mês, eu desanimei. Cozinhar perdeu a graça. Fiquei meio apática a tudo que estava disponível dentro da restrição. 

Nesta semana consegui recuperar o ânimo para algumas atividades e cozinhar foi uma delas. Foi ótimo porque eu estava realmente precisando diversificar e desfiar um pouco o foco do trabalho, trabalho e mais trabalho.

Fiz um risoto vegano de de legumes bem temperado, cheiroso, saboroso e colorido. 


Gostei tanto da primeira temporada da série "A Maravilhosa Sra. Maisel" que emendei a segunda. Tão boa quanto. Nessa temporada o foco foi em histórias secundárias que foram também muito boas. A série conquista por ser aquela comédia engraçada sem precisar forçar a barra.

Sinpose:"Após o triunfo de Midge no Gaslight, as consequências de ter enfrentado Sophie Lennon se aproximam, fazendo a sua ascensão na comédia mais difícil do que nunca. À medida que tornar-se uma comediante começa a pesar em Midge, a pressão para que ela se acerte com a sua família também aperta - especialmente porque as suas escolhas têm efeito cascata em todos ao seu redor."

The Marvelous Mrs Maisel

Aproveitando o rítmo da animação culinária preparei um espaguete de legumes (palmito pupunha, abobrinha e cenoura) com molho à bolonhesa de proteína de soja e beterraba. Tudo bem vegano!
 

Fiz uma caminhada pela orla para aproveitar o sol na pela, o vento nos cabelos e tentar sentir o cheiro da maresia através da máscara. Estar de frente para o mar é sempre energizante, mesmo que sem dar um mergulho. 

Mais uma refeição preparada com carinho paradar leveza e sabor aos dias: bifum com mix de cogumelos, abacaxi e amendoim. Esse já tem receita no blog!

Li "Na Corda Bamba", peguei o livro muito por acaso. Passei rapidamente na livraria para adquirir o livro do Barack Obama. No caminho para o caixa vi essa capa amarela e me interessei pelo título e tema. A intuição foi certeira! Fiz a leitura desse romance aparentemente de leitura simples, porém com muitas reflexões sobre temas importantes, em dois dias. Peguei e não larguei. Tenho que fazer um post sobre o livro.

Sinopse: "Certa noite, num supermercado de um bairro rico, Emira Tucker, uma jovem negra que trabalha como babá, é abordada por um segurança que a acusa de ter sequestrado Briar, a garotinha branca que está com ela. Uma pequena multidão se reúne, alguém faz um vídeo da situação e a comoção só termina quando o pai da criança aparece.

Alix, a mãe de Briar, fica chocada com o ocorrido. Bem-sucedida e dona de uma marca envolvida na luta pelo empoderamento feminino, ela decide que Emira merece justiça e resolve fazer de tudo para que isso aconteça.

A própria Emira, porém, só quer deixar a história para trás. Aos 25 anos, trabalhando sem carteira assinada e prestes a perder o seguro-saúde, ela está às voltas com os desafios da vida adulta e a última coisa que quer é ser exposta pela divulgação dessas imagens.

Mas, quando uma parte do passado de Alix vem à tona, ela e Emira são confrontadas com verdades que podem mudar para sempre o que elas pensam uma sobre a outra e sobre si mesmas.

Um romance essencial para os tempos atuais, Na corda bamba fala sobre como o racismo e o privilégio afetam as relações interpessoais no dia a dia. Com uma narrativa vibrante e provocativa, é também uma reflexão sobre como a necessidade de “fazer a coisa certa” pode nos colocar, às vezes irreversivelmente, no caminho errado.".

Para animar, alegrar e adoçar uma noite de chuva fizemos bolinho de chuva vegano com doce de leite também vegano. Aquela confort food para lembrar as leituras do Sítio do Picapau Amarelo. 



Depois de uma noite de chuva, uma manhã de sol. Saí bem cedo com a minha filha mais velha para conhecer o Mirante Rocinha. A ideia era chagar ao espaço com ele abrindo e ainda vazio. Conseguimos chegar e ir embora antes de qualquer outra pessoa. Deu tempo de aproveitar a vista deslumbrante e o dia lindo mantendo o distanciamento. 


Foi bom recuperar o ânimo para me entreter com atividades em casa, como cozinhar e até retomar as postagens no blog. Eu estava me sentindo muito apática. Foi bom dar essas pausas para caminhar e estar ao ar livre. A natureza tranquiliza, traz esperança. 

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




Você pode me encontrar também

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Série "Amor & Anarquia"



Mais uma série que assisto sem saber o que esperar. Movida pela preguiça de fazer uma escolha cliquei na sugestão de topo da Netflix, "Amor e Anarquia". O que me chamou a atenção a ponto de eu clicar no play foi o fato da personagem principal ser contratada para fazer a transformação digital de uma empresa ainda nos moldes tradicionais. Me identifico com o tema da transformação digital bem atual no meu trabalho. 




"Amor e Anarquia" e uma série sueca de apenas uma temporada, por enquanto. A trama de "Amor e Anarquia" gira em torno de Sofie, uma executiva sênior, casada e mãe de dois filhos, que se torna consultora e é contratada para fazer a transformação digital de antiga editora com processos ainda bem analógicos. Essa nova experiência acaba mudando drasticamente a vida de Sofie. 

No seu primeiro dia de trabalho a expectativa é grande. Tanto por parte de Sofie que está chegando e precisa mostrar a que veio, quando por parte dos funcionários que estão preocupados e receosos com as mudanças que Sofie pode representar. 

Mas Sofia começa com o pé esquerdo. Logo nesse primeiro dia Max, o jovem técnico de TI, com quem ela brigou no início do expediente, a pega fazendo algo inapropriado para o ambiente de trabalho. 

A partir daí os dois começam um jogo de sedução como uma brincadeira instigante. Porém conforme a dupla se diverte com o jogo, os desafios vão se tornando tornando cada vez mais ousados, questionadores e claro trazendo consequências mais arriscadas.

Eu grudei nessa série! Me divertir. Me surpreendi com as loucuras da dupla. Me irritei com o marido de Sofie, me solidarizei com as dores dela vivendo um casamento desgastado, com um marido por vezes manipulador, um pai com problemas mentais e cansada da rotina casa-trabalho e os papeis de mãe-mulher-dona-de-casa-profissional. Daí eu entendi a necessidade de adrenalina e o vício inicial de Sofie.

"Amor e Anarquia", tem cenas inusitadas e um humor diferenciado (talvez um humor sueco?"), além dos temas de questões familiares, casamento desgastado, marido manipulador, necessidade de adrenalina, trás questionamentos sobre até que ponto vamos por amor.

Aborda também a questão da necessidade de se adaptar ao novo, do medo da mudança e da sensação de liberdade que podemos sentir quando saímos da nossa zona de conforto, nos aventuramos, nos arriscamos e ousamos.  

Me fez lembrar da citação:  "Precisamos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos, para podermos viver a vida que nos espera. A pele velha tem que cair para que uma nova possa nascer.", Joseph Campbell.



Você pode me encontrar também

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Horto das Acácias em Jacarepaguá

 

Eu preciso de novidade. No-vida-de me faz sentir viva. Eu preciso de espaço aberto, de natureza, de cor.  Esse período de distanciamento, de medo de gente ao redor, de risco em lugares fechados, eu tenho procurado cada vez mais por lugares ao ar livre e que er possa fazer um programa diferente. Foi assim que eu fui parar no Horto das Acácias.



O Horto das Acácias tem mais de 5 mil metros quadrados de muito verde nos quais a grande parte está em área totalmente aberta com jardim, ponte, lago com carpas, cercado por algumas montanhas. Lindo!


Outra parte do horto é coberta, porém não é fechada. Tem espaço de sobra. Eu consegui desfrutar do passeio sem medo da proximidade das pessoas (a que ponto chegamos) e consegui relaxar e me encantar com o colorido. 


O Horto das Acácias oferece desde venda especializada em plantas até gastronomia. Sim, tem uma área que oferece café da manhã e almoço. Apesar de eu adorar um bom café da manhã e o restaurante ser bem arejado, eu ainda não estou me aventurando e arriscando a sentar em uma mesa de bar ou restaurante. Então o café da manhã ficou para um retorno assim que tudo isso passar.

O meio passeio ficou mesmo voltado para caminhar e me encantar com a variedade de plantas.

Com suas formas.



Diversidades.


Delicadezas.


Cores.


Texturas.


Surpresas.


Cheiros. 


Passear pelo horto me fez recordar o passado. Quando eu era criança pequena lá em São Pedro d'Aldeia um dos passeios cheios de aventura era ir ao horto em Arraial do Cabo. Sair no Fusquinha vermelho com a minha mãe ao volante e voltar com o porta-malas cheio de casuarinas era um programa de pura diversão. Me lembro exatamente da sensação que eu sentia quando ela estacionava na entrada do horto, abria a porta do carro e eu corria pelo corredor de mudas de casuarinas. 

Passear pelo horto me fez ver beleza nesse presente mal embrulhado que estamos vivendo, e me fez também ter esperança no futuro.


Esse é o 22º post do projeto #100EM1 que consiste em visitar 100 lugares no período de 1 ano e vi no blog Parafraseando com Vanessa. Achei, no início do ano, que o projeto seria uma ótima oportunidade para nos estimular a sair da rotina, buscar o novo, trazer aprendizados e reflexões. Porém o projeto foi completamente prejudicado pelo período que estamos vivendo.


Você pode me encontrar também

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Pintura - Oratório para Santo Antonio

 

Lá no início desse período que estamos vivendo, como teria mais tempo em casa, eu logo pensei nas atividades que gosto de fazer como pintar, cozinhar, ler, ver filmes, e que normalmente me faltava tempo. Eu sempre estava com a minha lista de pinturas que quero pintar, livros que quero ler, filmes que quero assistir, bolos que quero fazer, com mais itens entrando do que saindo. 

Imaginei que nesse período eu inverteria esse processo de entrada e saída dos itens das minhas listas. Afinal teria tempo. Como expectativa e realidade gostam de andar para sentidos opostos, foi justamente o contrário. O home office acaba me consumindo muito mais, ou eu me deixando consumir o que acho mais provável. O tempo de sobra parecer ser mais escasso e o ânimo também foi muito abalado. 

Com isso, dos três oratórios que comprei lá em março, terminei o primeiro somente agora. Demorou, mas gostei do resultado. E fico me perguntando por que não terminei antes.

Santo Antônio de amigurumi

O primeiro dos três oratórios foi para o Santo Antônio.

Santo Antônio de amigurumi

Uma característica que eu quero imprimir nesses três oratórios é usar decoupage na parte interior. A escolha do guardanapo gerou bastante dúvidas, mas no final das contas eu gostei. 

Santo Antônio de amigurumi

Eu sabia que queria usar a cor marrom, apesar de ser uma cor que naturalmente eu não escolho e nem gosto muito. Quero cada vez mais me convencer de que não existe cor feia e sim cor mal trabalhada. 

Santo Antônio de amigurumi

Outro ponto é que eu normalmente não uso estampas tão detalhadas e com desenhos muito pequenos. Acho que ficam lindas essas estampas, mas dão muito trabalho e a finalização da peça fica demorada. Eu sou daquelas que quer ver logo o resultado. Ansiedade, sabe? Mas como tempo disponível não seria o meu problema, muito pelo contrário, eu precisaria de detalhes para ocupar o tanto de sobra de tempo para não ficar entediada (doce ilusão), escolhi estampas com bastante detalhes. 

Santo Antônio de amigurumi

Demorou, quase desisti no meio do caminho, mas ficou pronto e eu gostei muito do resultado. 

Santo Antônio de amigurumi

Espero que o Santo Antônio se sinta acolhido em seu abrigo e que a conclusão dessa pintura abra as portas para o meu ânimo de colorir outras peças.

Outros oratórios já pintados e postados:






Você pode me encontrar também

domingo, 22 de novembro de 2020

A Semana 46 de 2020 - Trigésima Sexta de Quarentena

 

Eu nem vou começar esse post falando que estou cada vez mais no meu limite em relação a esse isolamento e tal. Não, não vou falar disso. Sem reclamações!

Com as muitas restrições estou procurando ser criativa e me encantar com o cotidiano, com as coisas que estão ao meu redor e eu não tinha percebido até então. Esse muro, por exemplo, fica entre o supermercado e a minha casa. Sempre passei por ele. Confesso que até já o achei meio cafona. Mas nesse dia me peguei combinando com o tal muro. Vi graça na situação.


Tenho utilizado espaços abertos, praças, floriculturas para encontrar as amigas. Apesar de gostar muito de flores e plantas, nunca dei tanto valo a floricultura que fica no meu caminho de volta do trabalho para casa. Ela tem sido um ponto de encontro com as amigas. Ficamos ao ar livre, conversamos e ainda contemplamos as flores. 


Embarquei na leitura do livro "A Casa do Calife - Um Ano em Casablanca". Já tem post no blog! Durante a leitura me recordei de alguns momentos da minha viagem ao Marrocos no início desse ano.


A leitura me inspirou! Fiquei com saudades dos sabores do Marrocos e preparei um couscous marroquino que ficou muito delicioso. Já tem receita no blog, no post Couscous Marroquino com legumes e temperos.


Finalmente terminei de pintar o oratório para Santo Antônio e gostei muito do resultado. Também já tem post no blog. 


Assisti a primeira temporada da série "A Maravilhosa Mes. Maisel", na Prime. Uma série deliciosa de assistir. Com um ritmo rápido, timing de comédia, que fala sobre o lugar imposto para mulher na sociedade e em como não aceitá-lo. 

Sinopse: " Em 1958, Nava York, a vida de Midge está nos eixos: marido, filhos e elegantes jantares em seu apartamento em Upper West Side. Mas quando a vida dela dá uma reviravolta, ela tem que decidir rapidamente o que mais ela sabe fazer. Se tornar uma comediante é uma escolha inusitada para todos,  exceto para ela.".


Fui com uma amiga prestigiar a inauguração da cafeteria da minha irmã e fui flagrada na foto que foi postada em algum story do Instagram. Ainda bem que estava totalmente comportada: de máscara, do lado de fora da cafeteria, na área aberta e ao ar livre e com o álcool 70 na mesa para higienizar tudo que fosse necessário. Gostei tanto que voltei mais tarde com as filhas. Ficamos na mesma mesa e seguindo os protocolos de segurança.


Nessa semana eu me reanimei com o blog e fiz alguns posts. Andei sumida por uns dias, meio desanimada com a mesmice desses dias de confinamento. 

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




Você pode me encontrar também

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Livro "A Casa do Califa - Um Ano em Casablanca"


Algo que muda o meu caminho é uma livraria. Gosto de entrar, olhar, sentir o cheiro. Quando a livraria tem um café, eu não resisto. Gosto de pegar um livro aleatoriamente que tenha me chamado a atenção por um motivo qualquer, sentar no café, ler algumas páginas enquanto saboreio algo. Já contei isso neste post AQUI. Na maioria das vezes acabo adquirindo o tal livro e terminando a leitura para casa. 

Tenho feito isso muito pouco. Na verdade desde que começamos esse período sem fim de quarentena, isolamento e distanciamento, essa foi a segunda vez que entro em uma livraria. E a primeira que me sento no café. 

Entrei e fui direto para a minha bancada preferida, a de livros de viagens. Sempre encontro sonhos por ali. Uma capa me chamou a atenção atraída pelos meus dias no Marrocos: "A Casa do Califa - Um Ano em Casablanca". 

Livro "A Casa do Califa - Um Ano em Casablanca"


E funcionou. A leitura que começou no café terminou em casa.


Tahir Shah, um escritor inglês, casado e com dois filhos pequenos está cansado da vida padrão na Inglaterra. Ele quer oferecer mais vivência, mais cores, mais espaço, mais natureza, mais emoção para seus filhos. Ele tem recordações de suas viagens no Marrocos com a família  quando era criança. Nunca se esqueceu do lugar. 

Bom eu já tinha estado no Marrocos no Epcot Center na Disney com as minhas filhas. Elas até têm o carimbo na passaporte da Epcot. Lá, nessa pequena mostra, eu já tinha me encantado com as cores e os azulejos. No início desse ano eu fiz uma raod trip pelo Marrocos que não sai da minha mente. 

Eis que Tahir convence a sua esposa a mudar para o Marrocos. Entre viagens para escolher onde morar: Fez, Marrakech, um período de desistência do sonho, chega a oportunidade de comprar uma casa em Casablanca e ela abraça. Mas essa não é uma casa qualquer. 

A casa é um verdadeiro oásis. Tem cerca de 22 cômodos, jardins internos, quadra de tênis, piscina, cômodos trancados, histórias passadas, três caseiros em anexo e muitos djinns (espíritos malignos mencionados no Alcorão.). Somado a isso a casa está localizada na entrada de uma favela e está caindo aos pedaços por ter ficado em torno de 10 anos sem moradores. Precisa de uma reforma geral para ter um mínimo de conforto e ser habitável. 

Tahir e sua família se instalam em um único cômodo e iniciam o processo da reforma da Casa do Califa. 

É exatamente esse primeiro ano de vida tumultuada no Marrocos, entre reforma da casa, conhecer e se adaptar a cultura, expulsar os djinns da casa, se fazer ser respeitado pelos seus funcionários, descobertas sobre seu avô, que quando ficou viúvo se mudo para o Marrocos por ter sido o único lugar para onde ele nunca havia viajado com sua adorada esposa; ele viveu por anos em Tânger antes de ser morto por um caminhão de entrega da Coca-Cola, que Tahir relata no seu livro "A Casa do Califa".

A escrita de Tahir me encantou e envolveu. Momentos que de tão esdrúxulos para nós de cultura ocidental se tornam até engraçados. Outros, envolvendo a cultura, a fé, alguns rituais islâmicos me pareceram angustiantes. Por muitas vezes me fez pensar: como ele não desiste? Como ele consegue se adaptar a todas as adversidades e conviver, e ainda achar certa graça, com os caseiros, o imã, o gângster na rua e os moradores de favelas em sua porta?  Exatamente por que ele enxerga alma, vida, movimento em tudo isso e por causa desse olhar Tahir não desistiu e mora em Casablanca até hoje. 

Como eu não conhecia o autor, fui pesquisar: "Tahir Shah é um autor, jornalista e documentarista britânico de ascendência afegão-indiana autor de quinze livros, muitos dos quais narram uma ampla gama de viagens bizarras pela África, Ásia e Américas. Para ele, não há nada mais importante do que decifrar as entranhas ocultas das terras por onde passa. Evitando percursos turísticos bem conhecidos, ele evita monumentos famosos, preferindo se posicionar em uma esquina movimentada ou em um café empoeirado e observar a vida passar. Insistindo que todos nós podemos ser exploradores, ele diz que podemos encontrar maravilhas onde quer que estejamos - é apenas uma questão de ver o mundo com novos olhos."

Acredito plenamente que as maravilhas estão ao nosso redor, precisamos apenas apurar o olhar.


Você pode me encontrar também

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Série "O Gambito da Rainha"



Assim que eu terminei de assistir a série "Bom Dia, Verônica", fiquei com a necessidade de ver algo leve. Parei em frente a Netflix com algumas indicações, mas o destaque me chamou a atenção. Estava lá "O Gambito da Rainha", me interessou. Acho que os olhos grandes da protagonista foi o que despertou o meu interesse. Eu ainda não tinha ouvido, nem lido nada sobre a série (esse post começou a ser escrito no dia 06 de novembro e ficou no rascunho devido ao meu desânimo com o blog). Dei play e só parei quando acabei. 

Série O Gambito da Rainha



Baseada no romance homônimo de Walter Tevis de 1983, a minissérie tem sete episódios emocionantes, cativantes, que fazem os nossos olhos grudarem na tela. 

"O Gambito da Rainha" conta a história de Beth Harmon (Anya Taylor-Joy), uma garota que aos nove anos foi enviada para um orfanato em Kentucky após uma tragédia familiar, isso no início dos anos 60.

A mudança repentina de vida, a temporada no orfanato desperta em Beth dois lados: o lado brilhante para o jogo de xadrez e o lado obscuro despertado pelos tranquilizantes dados pelos auxiliares do orfanato. 

A série continua acompanhando Beth durante sua adolescência e até a idade adulta. Nesse período mostra a força e determinação a que ela se propõe a ser uma das principais jogadoras no circuito de xadrez competitivo. Área totalmente dominada por homens. Por outro lado vamos vendo como ela lidou com a fraqueza dominada pelo vício e traumas. 

É emocionante acompanhar o crescimento de Beth, o autoconhecimento da personagem, a busca por si mesma. A luta contra o machismo e preconceitos da época. 

Beth é considerada excepcional porque é uma mulher que derrota todos os homens no xadrez. Na verdade ela quer ser reconhecida como apenas excepcional porque é simplesmente excepcional. 

A série está bombando desde que foi lançada. Todo mundo falando superbem porque a série é realmente ótima. E o que mais me chamou a atenção foi a questão das mães de Beth.


Ao sair do orfanato Beth foi adotada por Alma Wheatley, uma típica dona de casa dos anos 60, solitária com um marido ausente. Alma adotou Beth inicialmente para ser uma companheira, mas ao ver o brilhantismo de Beth vai se envolvendo mais com a menina e a vendo como filha (fiquei o tempo todo com dúvidas em relação aos sentimentos dela como mãe). Alma, permitiu que sues próprios impulsos criativos fossem sufocados pelo seu marido, pelo casamento, por seus deveres de dona de casa. Assim ela representa tudo o que Beth não deseja para seu próprio futuro. Mas exerce influencia sobre algumas escolhas de Beth, principalmente em relação ao vício. 

Por outro lado, a mãe biológica, Alice Harmon, que conviveu com Beth apenas até os seus nove anos e que apresentava certo desequilíbrio emocional, tem, nas lembranças de Beth, uma forte influência na determinação e na forma como a excepcional enxadrista se posiciona na sociedade. 

Alguns ensinamentos de Alice para Beth. (E para nós)

"A pessoa mais forte é aquela que não tem medo de ficar só. É com outras pessoas que precisa se preocupar. Outras pessoas te dirão o que fazer, como se sentir. Quando se der conta, está desperdiçando a vida em busca de algo que te disseram para procurar."

Série O Gambito da Rainha



"Conhecerá homens que quererão te ensinar coisas. Não que seja mais inteligentes. Em muitos aspectos, não são, mas assim se sentem maiores. Mostrarão como fazer as coisas. Deixe-os passar e faça o que quiser.".



"Quase sempre, quando nos dizem que algo é para melhor, é para pior."





Você pode me encontrar também

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Couscous ou cucuz Marroquino com legumes e temperos - Vegano


Nossa, tem tempo que eu não posto uma receita por aqui. Aliás, na verdade, tem tempo que eu não posto nada por aqui. E acabei de pensar que isso pode ser assunto para um post do tipo "Cadê os meus interesses?". 

Mas falando da receita... primeiro eu nunca sei se é couscous ou cuscuz. Sempre tenho que pesquisar antes de começar o post. Os dois estão corretos. Aqui no blog, pelos outros posts que fiz, eu escolhi usar coucous. Mais metido a besta, não?! Mas também menos pesquisado, logo traz menos retorno nos posts. Apenas breves elucubrações iniciais.

 Bom, o segredo dessa receita está no chá em que hidratamos a sêmola. Muitas vezes são usados caldos de carne, frango ou legumes. Eu fiz um chá com cinco folhas de hortelã, dois dentes de alho e uma colher de sopa de açafrão em duas xícaras de água. Aproveitei para dar uma leve fervura nos legumes também em uma água temperada com três folhas de hortelã, três dentes de algo e uma colher de sobremesa rasa de chilli. Esse tempero foi o diferencial. 

receita de cucuz marroquino


O que utilizamos:

- 1 xícara de couscous marroquino (sêmola de trigo);
- 2 xícaras de água;
- 1 cebola picada;
- 1 colher de sopa de manteiga vegana;
- 1 punhado de castanha-de-caju;
- 1 punhado de amêndoas em lascas;
- 1 punhado de semente de abóbora;
- 1 legumes picados e cozidos (usei o que tinha em casa: 1 cenoura, 1/2 brócolis, 1 batata baroa, 1 pedaço de abóbora);
- 10 folhas de hortelã
- 5 dentes de alho
- 1 colher de sobremesa de chilli;
- 1 colher de sopa de açafrão;
- sal e pimenta a gosto (usamos o sal rosa).


receita de cucuz marroquino

Como fizemos:

Fizemos o chá para hidratar a sêmola: fervemos duas xícaras de água com 5 folhas de hortelã, 2 dentes de algo e 1 colher de sopa de açafrão.

Fizemos o chá a cozinhar os legumes: aproximadamente dois copos de água com 3 folhas de hortelã, 3 dentes de alho e 1 colher de sobremesa de chilli. 

Em uma frigideira derretemos a manteiga vegana com um fio de azeite e refogamos a cebola, despejamos a sêmola de trigo (couscous marroquino) e misturamos bem deixando apurar o sabor (do mesmo jeito que a gente faz arroz). Colocamos o chá (2 xícaras de água fervida com 5 folhas de hortelã, 2 dentes de alho e 1 colher de sopa de açafrão), para hidratar o couscous e mexemos até ficar seco (é importante mexer para o couscous ficar soltinho). Desligamos o fogo e acrescentamos os demais itens e temperamos com sal rosa (pode colocar o sal na água) e pimenta. 

Aproveitei para usar algumas peças que trouxe do Marrocos. 

Outras receitas de couscous marroquino aqui no blog.