sexta-feira, 18 de novembro de 2022

México - 1º Dia - Cidade do México

 

Diário de viagem, pós-viagem. 1° dia em solo mexicano - Cidade do México. Muito pra conhecer, pra explorar. E eu queria o máximo. Eu queria tudo.

 Acordei cedo. Planejei bater perna pelos arredores. Ver a cidade acordar. Observar seus hábitos matinais. Interagir com a metrópole. Me conectar. 

Ao colocar o pé direito na calçada vi que as luzes ainda estavam acesas nos postes. O sol ainda recluso. Descobri que amanhece mais tarde na Cidade do México. Voltei. Fiquei com receio de desbravar o desconhecido sem a claridade do dia. Me percebi não tão destemida como eu me imaginava. Viagens servem para nos descobrirmos também. Esperei. 

Segui a programação do guia e embarquei com destino ao Museu Nacional de Antropologia. Coração pulsando de expectativa, olhos abertos querendo captar as imagens, os detalhes, a rotina daquela cidade.

As ruas  já floridas e enfeitadas para a Festa de Muertos. Paramos na Av. Passeo de La Reforma para ver a decoração. Pés no chão. Me senti presente, me senti ali. Sentidos em alerta me surpreendendo. Cheiros. Cores. 

Roteiro de dois dias na Cidade do México

 

O monumento El Angel de La Independência imponente, brilhante. Modernidade e tradição integrados, se complementando.


Roteiro de dois dias na Cidade do México

Próximo ponto um dos muitos parques arborizados, bem-cuidados, tranquilos, oásis no grande centro urbano. Parque México.

Roteiro de dois dias na Cidade do México


Me impressionei com a quantidade de cachorros e de áreas reservadas a eles. Cuidado. Respeito. 

Agora sim, entramos no Bosque Chaputelpec uma das maiores áreas verdes urbanas do mundo (maior do que o Central Park). Ah, mas só depois de passar pela casa do Chaves!

É dentro desse parque que está o Museu de Antropologia. Meu sonho a poucos minutos de se realizar. 

Entramos! Eu nem sabia pra onde olhar! O que ver primeiro. Muita história. Uma viagem no tempo, na imaginação. Incrível constatar como os antepassados eram incríveis. Que habilidade artística, criativa, transformadora! Que capacidade de fazer tanto com tão pouco!

Roteiro de dois dias na Cidade do México

 

Saindo do museu em êxtase arrisquei experimentar uma iguaria típica mexicana e acrescentar no meu roll de experiências estranhas. Comi gafanhoto! Viagens fazem nos permitirmos a experimentação. Ao novo. Ao inusitado. Digo que gostei.


Roteiro de dois dias na Cidade do México


Depois do antigo, o moderno bairro de Polanco para pausa em um dos muitos restaurantes. Tempo para comer, olhar as ruas, absorver o estilo de vida local. Descolado.

Roteiro de dois dias na Cidade do México


 Após descanso, já refeita, segue roteiro porque perder tempo em viagem é perder experiências.

 Vez da Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. Isso que é suntuosidade. Igrejas, capelas, Basílicas, Jardins, rosas, fiéis, curiosos! Curioso é ver as construções belíssimas e tortas porque a cidade está afundando.

Roteiro de dois dias na Cidade do México


O dia estava terminando. Mas a noite estava apenas começando. E eu ainda não tinha visto o Zócalo. E ele estava ali. Ao meu lado. Pertinho. Então, partiu Zócalo! Uau! Que luz (do fim do dia)! Que iluminação (dos festejos de Dia de Muertos)! 

 

Roteiro de dois dias na Cidade do México

Hora de procurar um lugar pra comer. Perrengue! Cidade cheia. Além do feriado e festejos de Dia de Muertos, era final de semana de Grande Prêmio de Fórmula I. Imagina o fervo! 

Anda. Encontra um restaurante?! Não tem vaga. Anda. Encontra outro restaurante?! Não tem vaga. Pernas cansadas. Pés doendo. Barriga reclamando seus direitos. Encontramos a Casa de los Azulejos. Ponto turístico obrigatório. Arwuitetura belíssima. Fachada revestida em azulejos talavera de Puebla e o interior construído com um misto de arquitetura colonial e barroca. Um charme! Mais uma vez o meu queixo caiu!

O melhor, lá dentro uma Sanborns e com mesa disponível! Isso merece comemoração! Marguerita de Mezcal e Guacamole! Pra completar e matar a fome: enchiladas! Bem mexicano. 

 

Roteiro de dois dias na Cidade do México

 

Agora sim eu podia fechar esse primeiro dia. Mas a Cidade do México queria me oferecer mais. E eu queria aceitar.

No caminho de volta ao hotel, a Calle Madero estava em festa. Ou eu estava em festa (seria efeito do Mezcal?!). Dançarolei pelo caminho.  

De repente algo vindo em nossa direção. Um cortejo? Sim. Faltavam poucos minutos para o dia de São Judas Tadeu. A religiosidade mexicana impressiona. 

Roteiro de dois dias na Cidade do México

 

De volta ao Zócalo mais festa na praça! O hotel é logo ali, a cama pode esperar. Toda essa intensidade merece ser aproveitada. Eu mereço aproveitar. 

Finalmente me rendi. Dei o meu 1° dia encerrado quando já começava o 2°.

Diário dos 12 dias no México:

México Mágico

- México como destino



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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

México - como destino

 

Primeiro trecho Rio-Bogotá sem o que ver pela janela, sem o que ver na tela (o avião não tinha), apenas o que ver na minha mente cheia de excitação pelos cenários que iria explorar.

 


Conexão em Bogotá. Corrida. Mas com tempo para tomar um café local "granizado" e comer uma Almojábana. Pronto! Mesmo sem sair do aeroporto já me senti viajante. Outro idioma, outra moeda, outros sabores. 

 


Segundo trecho Bogotá-Cidade do México. A distração ficou por conta de acompanhar o relevo lá embaixo e identificar no mapa o que estava sobrevoando. 



Já achei a América Central belíssima e desejei vários destinos naquelas terras.




Cidade do México, do alto já se apresentou. Enorme, colorida, arborizada. 



No aeroporto o guia se apresentou para o transfer. Simpático, falante, anunciando as belezas de sua terra. Terra que treme. Sim, esse é um pequeno problema com o qual eles convivem bem. Mas deu o aviso: se o alarme tocar tem que sair pra rua por isso não pode dormir sem roupa. Ri do comentário. Como ele sabia que na minha mala não tinha roupa de dormir? Pelo pouco tamanho ou estava estampado na minha cara? Ri mais.

 

Chegamos no hotel. Lindo. Antigo. Mais de 300 anos. Arquitetura deslumbrante. História. Vitrais coloridos. 


 

Como estava tarde tínhamos poucas opções para jantar. Entramos no restaurante mais perto, pedi o prato mais tradicional (bife à milanesa com batata frita) e já veio com abacate (avocato) que acompanharia as minhas refeições nos próximos dias. 




Dias que prometiam. Dias que eu faria cumprir.  

Fui dormir. De roupa, por via das dúvidas. 

Diário dos 12 dias no México:

- México Mágico


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quarta-feira, 16 de novembro de 2022

México Mágico

 

Foram doze dias inteiros e intensos no México. 


 

O que fazer no México em doze dias

Eu já conhecia a parte do México da Península de Yucatan, mas não esse México Colonial, o México dos Pueblos Mágicos.  

E esperava muito, a expectativa estava lá no alto. O que teoricamente podia não ser bom. Expectativa alta pode indicar chances de frustração. Mas não! Superei, e em muito, as expectativas. 

Foram tantas cores, sabores, histórias, culturas, tradições, inovações, arte, artesanato, aventuras, robadas recompensadas com surpresas surpreendentes que nem deu tempo de contar. 

A ideia era ir fazendo o diário dessa road trip, com alguns trechos aéreos, que passou por cidades e vilarejos realmente mágicos: 

Cidade do México

O que fazer no México em doze dias


Tepotzotlán


O que fazer no México em doze dias


Querétaro 

O que fazer no México em doze dias


Peña de Bernal

O que fazer no México em doze dias


Tequisquiapan

O que fazer no México em doze dias


San Miguel Allende 

O que fazer no México em doze dias



Guanjuato

O que fazer no México em doze dias


Dolores Hidaldo

O que fazer no México em doze dias


Zacatecas

O que fazer no México em doze dias


Oaxaca

O que fazer no México em doze dias


de volta a Cidade do México alguns bate e volta como:

Teotihuacán


O que fazer no México em doze dias

El Tule

O que fazer no México em doze dias


Xochimilco 

O que fazer no México em doze dias


Coyiacan - bairro da Frida. 

O que fazer no México em doze dias


Alguns desses lugares eu não vou conseguir nem decorar seus nomes, mas as emoções sentidas em suas ruas e vielas jamais serão esquecidas.  

Deixei esse resumo aqui na esperança de ainda fazer o meu diário pós viagem pra ficar o registro, em palavras e imagens, de experiências que estão nas minhas memórias, sensações e no meu eu. 




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sábado, 20 de agosto de 2022

Quando pausa é movimento

Home office. Pausa do almoço. Preciso me cuidar. 

Essa é a minha maior dificuldade nos dias de home office: para na hora do almoço. Respeitar a pausa. Me respeitar. 

Na sexta-feira chuva já estava eu invadindo o meu horário de almoço sentada frente ao computador terminando só mais aquela tarefa. Afinal, estava chovendo, frio, não tinha nada de tão interessante para fazer, eu estava com preguiça de comer, era melhor trabalhar, adiantar tarefas, me sentir produtiva. Será? 

Me lembrei que parar também é produzir. Me forcei. Me obriguei a sair de casa para não voltar para a mesa do computador. Me lembrei da livraria. Quem tem uma livraria perto de casa sempre tem algo interessante a fazer. 

Caminhei na chuva fina, no frio, embaixo do céu cinza. Abri a porta da livraria e entrei um um mundo de cores, aquecido, com cheiro de café. Fiz como faço com frequência: pego um livro aleatoriamente e subo para o segundo andar. 

O aleatório não foi tão aleatório. A seção foi escolhida. Livros de viagem. A aleatoriedade foi dentro desse espaço. 



O livro pego ao acaso na bancada da seção de viagens foi  "Cadernos de Viagem Herdados", de Nicole Corderny. Eu não conhecia o livro nem a autora. 



Pedi meu café e comecei a saborear as linhas, os goles, as garfadas. Viajei nas histórias da autora.


De repente eu estava imersa em uma viagem no tempo, transportada para as minhas histórias. 

Ah... essa viagem de trem Rio-São Paulo. Ida e Volta. O charme, a emoção. dormir com o balançar do trem sobre os trilhos, o jantar no vagão-restaurante. Ah... o Trem de Prata deixou saudades. E que bom que eu pude ter essa experiência. 


Fechei o livro nessa página. Voltei ao presente. Retornei ao home office renovada, relaxada, com sorriso no rosto e leveza na alma. Isso tudo para lembrar que fazer uma pausa também é estar em movimento. É ganhar fôlego para retomar o ritmo.


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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Filme Luta pela Liberdade (Cliff Walkers)

Estreia hoje exclusivamente nos cinemas o filme chinês "Luta pela Liberdade", do cineasta Zhang Yimou (Herói, O Clã das Adagas Voadoras e A Maldição da Flor Dourada). O suspense, representante da China para o Oscar na categoria de melhor filme de língua estrangeira e indicado ao prêmio Golden Reel Awards 2022 na categotia de melhor edição de som em filme estrangeiro tem distribuição da A2 Filmes.



Eu fiquei um tempo afastada do blog e também das cabines de imprensa. Mas estou retornando. E posso dizer que voltei às cabines com o pé direito. 

Suspense, espionagem e afins não são bem o meu estilo preferido de filme, mas Zhanf Yimou tem um currículo respeitável (ele dirigiu "Lanternas Vermelhas" que eu amei!), então eu fiquei muito curiosa com "Luta pela Liberdade". Então mesmo sendo dez horas da noite eu resolvi abrir o link da cabine com a intenção de assistir uma parte do longa antes de dormir e deixar a outra para o dia seguinte.

Que dia seguinte, que nada. "Luta pela Liberdade" é eletrizante! Colei na cadeira, vidrei os olhos na tela, prendi a respiração e só fui dormir depois dos créditos finais.

O thriller de espionagem está ambientado em um período histórico chinês bem doloroso, a época da invasão e ocupação japonesa de Manchikuo e do norte da China, no início da década de 1930.

Em "Luta pela Liberdade" quatro espiões que são dois casais são obrigados a se separarem em duas duplas que separam os casais. Uma surpresa para eles que torna a missão que devem cumprir mais difícil. Eles devem executar a "Operação Utrennya" (no final ficamos sabendo o significado da palavra) que tem como objetivo resgatar um chinês, único sobrevivente que conseguiu escapar dos campos de tortura japoneses. A meta final é retirar o sobrevivente do país e revelar ao mundo as atrocidades cometidas pelos japoneses. 

O enredo se desenrola envolvendo cenas de violência bem fortes em contraste com cenários belíssimo em paisagens nevadas que são um verdadeiro deleite visual. 

Tem espionagem, agente duplo, agente triplo, tem traição, tem aquela dúvida de em quem devemos confiar, tem frieza aparente, emoção contida, reviravoltas surpreendentes. Ou seja, tem todos os ingredientes que envolvem o espectador e foi isso que o filme fez comigo. 

Sinopse: Situado no estado de Manchukuo, um lugar controlado pelo governo, na década de 1930, a trama segue quatro agentes especiais do Partido Comunista que retornam à China dominada pelo Japão depois de receber treinamento na União Soviética. Juntos, eles embarcam em uma missão secreta com o codinome "Utrennya". Depois de serem vendidos por um traidor, a equipe se vê cercada por ameaças de todos os lados desde o momento em que saltam de paraquedas na missão. Os agentes vão quebrar o impasse e completar sua missão? Nos terrenos nevados de Manchukuo, a equipe será testada até o limite. 

Detalhes simples do dia a dia podem ser também gigantes!

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