quarta-feira, 30 de abril de 2025
sexta-feira, 18 de novembro de 2022
México - 1º Dia - Cidade do México
Diário de viagem, pós-viagem. 1° dia em solo mexicano -
Cidade do México. Muito pra conhecer, pra explorar. E eu queria o máximo. Eu
queria tudo.
Ao colocar o pé direito na calçada vi que as luzes ainda estavam acesas nos postes. O sol ainda recluso. Descobri que amanhece mais tarde na Cidade do México. Voltei. Fiquei com receio de desbravar o desconhecido sem a claridade do dia. Me percebi não tão destemida como eu me imaginava. Viagens servem para nos descobrirmos também. Esperei.
Segui a programação do guia e embarquei com destino ao Museu Nacional de Antropologia. Coração pulsando de expectativa, olhos abertos querendo captar as imagens, os detalhes, a rotina daquela cidade.
As ruas já floridas e enfeitadas para a Festa de
Muertos. Paramos na Av. Passeo de La Reforma para ver a decoração. Pés no chão.
Me senti presente, me senti ali. Sentidos em alerta me surpreendendo. Cheiros.
Cores.
O monumento El Angel de La Independência imponente,
brilhante. Modernidade e tradição integrados, se complementando.
Próximo ponto um dos muitos parques arborizados,
bem-cuidados, tranquilos, oásis no grande centro urbano. Parque México.
Me impressionei com a quantidade de cachorros e de áreas
reservadas a eles. Cuidado. Respeito.
Agora sim, entramos no Bosque Chaputelpec uma das maiores áreas verdes urbanas do mundo (maior do que o Central Park). Ah, mas só depois de passar pela casa do Chaves!
É dentro desse parque que está o Museu de Antropologia. Meu sonho a poucos minutos de se realizar.
Entramos! Eu nem sabia pra onde olhar! O que ver primeiro. Muita história. Uma viagem no tempo, na imaginação. Incrível constatar como os antepassados eram incríveis. Que habilidade artística, criativa, transformadora! Que capacidade de fazer tanto com tão pouco!
Saindo do museu em êxtase arrisquei experimentar uma iguaria
típica mexicana e acrescentar no meu roll de experiências estranhas. Comi
gafanhoto! Viagens fazem nos permitirmos a experimentação. Ao novo. Ao
inusitado. Digo que gostei.
Depois do antigo, o moderno bairro de Polanco para pausa em um dos muitos restaurantes. Tempo para comer, olhar as ruas, absorver o estilo de vida local. Descolado.
O dia estava terminando. Mas a noite estava apenas começando. E eu ainda não tinha visto o Zócalo. E ele estava ali. Ao meu lado. Pertinho. Então, partiu Zócalo! Uau! Que luz (do fim do dia)! Que iluminação (dos festejos de Dia de Muertos)!
Hora de procurar um lugar pra comer. Perrengue! Cidade cheia. Além do feriado e festejos de Dia de Muertos, era final de semana de Grande Prêmio de Fórmula I. Imagina o fervo!
Anda. Encontra um restaurante?! Não tem vaga. Anda. Encontra
outro restaurante?! Não tem vaga. Pernas cansadas. Pés doendo. Barriga
reclamando seus direitos. Encontramos a Casa de los Azulejos. Ponto turístico
obrigatório. Arwuitetura belíssima. Fachada revestida em azulejos talavera de
Puebla e o interior construído com um misto de arquitetura colonial e barroca.
Um charme! Mais uma vez o meu queixo caiu!
O melhor, lá dentro uma Sanborns e com mesa disponível! Isso merece comemoração! Marguerita de Mezcal e Guacamole! Pra completar e matar a fome: enchiladas! Bem mexicano.
Agora sim eu podia fechar esse primeiro dia. Mas a Cidade do México queria me oferecer mais. E eu queria aceitar.
No caminho de volta ao hotel, a Calle Madero estava em festa. Ou eu estava em festa (seria efeito do Mezcal?!). Dançarolei pelo caminho.
De repente algo vindo em nossa direção. Um cortejo? Sim.
Faltavam poucos minutos para o dia de São Judas Tadeu. A religiosidade mexicana
impressiona.
De volta ao Zócalo mais festa na praça! O hotel é logo ali, a cama pode esperar. Toda essa intensidade merece ser aproveitada. Eu mereço aproveitar.
Finalmente me rendi. Dei o meu 1° dia encerrado quando já
começava o 2°.
Diário dos 12 dias no México:
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
México - como destino
Primeiro trecho Rio-Bogotá sem o que ver pela janela, sem o
que ver na tela (o avião não tinha), apenas o que ver na minha mente cheia de
excitação pelos cenários que iria explorar.
Conexão em Bogotá. Corrida. Mas com tempo para tomar um café
local "granizado" e comer uma Almojábana. Pronto! Mesmo sem sair do
aeroporto já me senti viajante. Outro idioma, outra moeda, outros
sabores.
Segundo trecho Bogotá-Cidade do México. A distração ficou por conta de acompanhar o relevo lá embaixo e identificar no mapa o que estava sobrevoando.
Já achei a América Central belíssima e desejei vários destinos naquelas terras.
Cidade do México, do alto já se apresentou. Enorme, colorida, arborizada.
No aeroporto o guia se apresentou para o transfer.
Simpático, falante, anunciando as belezas de sua terra. Terra que treme. Sim,
esse é um pequeno problema com o qual eles convivem bem. Mas deu o aviso: se o alarme
tocar tem que sair pra rua por isso não pode dormir sem roupa. Ri do
comentário. Como ele sabia que na minha mala não tinha roupa de dormir? Pelo
pouco tamanho ou estava estampado na minha cara? Ri mais.
Chegamos no hotel. Lindo. Antigo. Mais de 300 anos.
Arquitetura deslumbrante. História. Vitrais coloridos.
Como estava tarde tínhamos poucas opções para jantar. Entramos no restaurante mais perto, pedi o prato mais tradicional (bife à milanesa com batata frita) e já veio com abacate (avocato) que acompanharia as minhas refeições nos próximos dias.
Dias que prometiam. Dias que eu faria cumprir.
Fui dormir. De roupa, por via das dúvidas.
Diário dos 12 dias no México:
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
México Mágico
Foram doze dias inteiros e intensos no México.
Eu já conhecia a parte do México da Península de Yucatan, mas não esse México Colonial, o México dos Pueblos Mágicos.
E esperava muito, a expectativa estava lá no alto. O que teoricamente podia não ser bom. Expectativa alta pode indicar chances de frustração. Mas não! Superei, e em muito, as expectativas.
Foram tantas cores, sabores, histórias, culturas, tradições, inovações, arte, artesanato, aventuras, robadas recompensadas com surpresas surpreendentes que nem deu tempo de contar.
A ideia era ir fazendo o diário dessa road trip, com alguns trechos aéreos, que passou por cidades e vilarejos realmente mágicos:
Cidade do México
Tepotzotlán
Querétaro
Peña de Bernal
Tequisquiapan
San Miguel Allende
Guanjuato
Dolores Hidaldo
Zacatecas
Oaxaca
de volta a Cidade do México alguns bate e volta como:
Teotihuacán
El Tule
Xochimilco
Coyiacan - bairro da Frida.
Alguns desses lugares eu não vou conseguir nem decorar seus nomes, mas as emoções sentidas em suas ruas e vielas jamais serão esquecidas.
Deixei esse resumo aqui na esperança de ainda fazer o meu diário pós viagem pra ficar o registro, em palavras e imagens, de experiências que estão nas minhas memórias, sensações e no meu eu.
sábado, 20 de agosto de 2022
Quando pausa é movimento
Home office. Pausa do almoço. Preciso me cuidar.
Essa é a minha maior dificuldade nos dias de home office: para na hora do almoço. Respeitar a pausa. Me respeitar.
Na sexta-feira chuva já estava eu invadindo o meu horário de almoço sentada frente ao computador terminando só mais aquela tarefa. Afinal, estava chovendo, frio, não tinha nada de tão interessante para fazer, eu estava com preguiça de comer, era melhor trabalhar, adiantar tarefas, me sentir produtiva. Será?
Me lembrei que parar também é produzir. Me forcei. Me obriguei a sair de casa para não voltar para a mesa do computador. Me lembrei da livraria. Quem tem uma livraria perto de casa sempre tem algo interessante a fazer.
Caminhei na chuva fina, no frio, embaixo do céu cinza. Abri a porta da livraria e entrei um um mundo de cores, aquecido, com cheiro de café. Fiz como faço com frequência: pego um livro aleatoriamente e subo para o segundo andar.
O aleatório não foi tão aleatório. A seção foi escolhida. Livros de viagem. A aleatoriedade foi dentro desse espaço.
Fechei o livro nessa página. Voltei ao presente. Retornei ao home office renovada, relaxada, com sorriso no rosto e leveza na alma. Isso tudo para lembrar que fazer uma pausa também é estar em movimento. É ganhar fôlego para retomar o ritmo.