A concentração está em falta por aqui. Então só estou conseguindo levar adiante leituras mais leves, descontraídas e fluídas. Comédias românticas normalmente preenchem esses requisitos. Um dos motivos que eu escolhi "Clube do Livro do Homens".
Assim que olhei para a capa e título eu devolvi o livro à bancada. Sério, não me interessaria mesmo por saber o que rola em um clube de homens leitores. Confesso que fui preconceituosa imaginando um cenário bem machista besteirol. Tentei corrigir o meu preconceito onde eu mesma estava sendo machista e peguei o livro novamente.
Aí me surpreendi com seguinte cenário: um clube do livro formado por homens, meio óbvio pelo título, que buscam na leitura de romances a ajuda para compreender melhor, quem? As mulheres, é claro! Suas respectivas companheiras e assim melhorar seu relacionamento.
Até me lembrei de um amigo de trabalho que lia todas as revistas ditas como femininas, tipo: Marie Claire, Cláudia, Nova, etc. Ele me contava que fazia isso para entender melhor a forma de pensar e ver o mundo das mulheres, para melhorar a comunicação com a mulher dele, etc.
Comecei a ler o livro cheia de expectativa de um bom enredo.
Realmente a trama aborda assuntos importantes e interessantes, como as dificuldades de mulheres que ainda hoje abrem mão de suas vidas pessoas para se dedicarem a família e abrirem espaço para o marido se dedicarem as suas carreiras. Fala de orgasmo feminino trazendo à tona a questão que ainda hoje mulheres fingem que atingiram. De como traumas do passado podem afetar as nossas vidas e da importância da transparência e diálogo em uma relação. Tudo isso com doses de erotismo. Tudo para render um ótimo livro.
Acontece que eu achei os diálogos totalmente infantis. As motivações pequenas os desentendimentos e as reações desproporcionais. Sei lá, não sei se sou eu que ando chata com esse isolamento, mas me o casal Gavin e Thea me pareceu adolescentes de dezessete anos que casou porque engravidou e tem maturidade zero para encarar as relações. Do tipo que faz bico, sai batendo o pé e vai dormir no quarto ao lado. A irmã Liv uma chatinha mimadinha interferindo, dando respostinhas atravessadas pro marido da irmã. Os amigos de Gavin com umas brincadeiras bobas, apesar de darem bons conselhos para o amigo. As falas, e boas falas sobre feminismo, na boca desses homens me soaram forçação de barra.
E o pior, a autora parece criança que aprendeu uma palavra nova e fica repetindo o tempo todo. Então, a palavra grunhido aparece quase em todas as páginas. Ô personagens para grunhirem por tudo, sério?
De qualquer forma, por ser uma leitura leve, fácil, fluida e que até desperta alguma curiosidade para saber o próximo passo, eu consegui ir até o final. Não empaquei. Achei interessante também ter um livro dentro do livro, o "Cortejando a Condessa". É um livro sobre lutar pelo seu relacionamento, pelo o que importa na sua vida, em estar aberto a mudar o seu ponto de vista e se abrir.
Um livro meio bobo, meio irritante pela bobeira, mas legalzinho. Deu para divertir e distrair. Ah, eu só vi críticas boas na internet. Será que a chata sou eu?
Sinopse: "Primeira regra do clube do livro é: não fale sobre o clube do livro
Gavin Scott é um astro do beisebol, devotado ao esporte. No auge de sua carreira, ele descobre um segredo humilhante: a esposa, Thea, sempre fingiu ter prazer na cama. Magoado, Gavin para de falar com ela e acaba piorando o relacionamento, que já vinha se deteriorando. Quando Thea pede o divórcio, ele percebe que o orgulho e o medo podem fazê-lo perder tudo.
Bem-vindos ao Clube do Livro dos Homens
Desesperado, Gavin encontra ajuda onde menos espera: um clube secreto de romances, composto por alguns dos seus colegas de time. Para salvar seu casamento, eles recorrem à leitura de uma sensual trama de época, Cortejando a condessa. Só que vai ser preciso muito mais do que palavras floreadas e gestos grandiosos para que Gavin recupere a confiança da esposa.".