domingo, 31 de janeiro de 2021

A Semana 04 de 2021 - Buscando alternativas

 


Sabe aquele dia com vontade de fazer absolutamente nada?! Então, eu estava assim. Me joguei no sofá, liguei na Netflix e escolhi uma série de de comédia para me distrair a mente, relaxar, entreter e fazer pensar pouco.  A escolhida foi a comédia mexicana, "Mãe só tem duas". Maratonei. Vi os nove episódios em um único dia. 

A série acompanha a vida de Mariana (Paulina Goto) e Ana (Ludwika Paleta), duas mulheres totalmente diferentes que, por mero acaso, dão à luz no mesmo dia, no mesmo hospital. Uma antipatia mútua surge nesse momento. As duas que, naturalmente não se encontrariam nunca mais, têm seus destinos cruzados ao descobrirem, quatro meses depois, que suas as filhas foram trocadas na maternidade. E agora? Elas já estão apegadas as suas bebês. Como fazer a troca e manter as vidas distantes?


Essa coisa de ficar em casa, totalmente necessária nesse momento, tem me feito sentir o corpo meio atrofiado. Sinto necessidade de andar, me movimentar, esticar. Para conseguir sair um pouco da inercia eu tenho buscado dias, horários, percursos e locais alternativos. Procurado fazer o contrafluxo. Se domingo é o dia das ruas vazias, é no domingo que vou andar. Se na hora do almoço todos estão em casa ou em restaurantes fazendo as suas refeições é nesse horário que vou ali naquele mirante meio esquecido. 

Assim eu escolhi caminhar ladeira acima. A motivação foi a vista que eu teria ao chegar no Mirante do Pasmado. Mesmo o espaço estando fechado para reforma (o que nesse momento é até bom porque faz o lugar ficar vazio), dá para seguir a trilha no seu entorno e assim aproveitar o visual do Pão de Açúcar, Enseada de Botafogo e Cristo Redentor. Valeu muito a caminhada! Tanto pelo exercício em si, quanto pela recompensa. Consegui ficar sozinha no espaço. 

Ah, a obra em andamento é para a construção do Memorial do Holocausto. O memorial inclui auditório, espaço de memórias e um obelisco (que já está visível) de 19,90 metros de altura onde serão impressos os 10 mandamentos. Já quero ver como vai ficar o espeço quando reabrir.


Outra situação que estou tentando aproveitar é a flexibilização do home office. Escolho um dia em que terei que encerrar o expediente mais tarde para também começar mais tarde. Assim consigo aproveitar algum local de natureza em dia de semana e bem cedo. Naquele horário em que todos estão dormindo ou se preparando para começar o dia de trabalho. 

Fui com a filha mais velha na Sede Guapimirim do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Saímos cedo de casa, chegamos na hora de abertura do parque. Ficamos completamente sozinhas na cachoeira. Só nós duas, algumas borboletas e libélulas. Saímos antes das pessoas começarem a chegar. 



Eu venho me sentindo mentalmente cansada. Esse mistura de trabalho e casa sem intervalo e cortes, sendo demandada o tempo inteiro, ficar dentro de casa, sair com medo e fugindo de gente, limpando e desinfetando tudo, muito tempo sem férias, todo esse contexto está esgotante. Estava me sentindo a beira de uma estafa mental. Precisava urgentemente de um afastamento. Apesar de ver bastante gente viajando e seguindo os protocolos de segurança, eu não me sinto segura para tal. Por isso estou empurrando ao máximo as minhas férias. Mas consegui aproveitar a flexibilidade de deslocamento do home office. Entrei em contato com uma pousada que está funcionando apenas de sexta-feira a domingo e perguntei se poderiam me receber durante a semana, com a pousada fechada, para eu trabalhar lá. E não é que deu certo? Peguei um quarto de terça-feira até sexta-feira ao meio-dia, pois a diária de sexta-feira começaria às 14 horas. Fiquei sozinha, somente eu e marido na pousada. Sem serviço de quarto para não ter risco de contaminação, levamos algumas coisinhas para comer e pedimos almoço pelo iFood. Foi ótimo! Vou fazer um post sobre a pousada e essa acomodação isolada. 


Li o livro de poemas, "meu corpo minha casa", da Rupi Kaur. Já fiz post sobre a leitura. Até o momento estou conseguindo manter a minha meta de ler um livro por semana nesse ano de 2021. Espero conseguir manter o ritmo até o final. 



Vou seguir me cuidando, cuidando do meu entorno, aguardando ansiosamente a vacina, comemorando cada pessoa vacinada e buscando alternativas para não pirar, surtar e manter o isolamento e distanciamento. 


Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




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sábado, 30 de janeiro de 2021

Livro "meu corpo minha casa", de Rupi Kaur


Eu gosto de ter por perto um livro de crônicas e ou poemas. Aqueles livros com leituras rápidas que servem como respiro em alguns momentos. Por exemplo, estou no trabalho e entre uma reunião ou outras, naqueles poucos minutos de intervalo, posso abrir uma página aleatoriamente e ler algo. Assim consigo desviar a mente, relaxar e voltar a entrar no foco.

Comprei o livro "meu corpo minha casa", a terceira coletânea de poesias de Rupi Kaur, com esse objetivo. Colocá-lo na minha mesa do home office e ir lendo aleatoriamente. Mas não rolou! Li o livro todo! Direto e reto!



Como ou outros dois livros da autora "outros jeitos de usar a boca" e "o que o sol faz com as flores", "meu corpo minha casa" é uma leitura densa. Trata assuntos pesados, como depressão, abuso sexual infantil, relações abusivas. Mas também fala de amor, de sobrevivência, de força. 

Em alguns momentos a leitura incomoda, dói, dá nó no estômago. Mas essa é a intenção. Trazer esses assuntos à tona, para reflexão, para que outras pessoas possam se identificar e não se sentirem sozinhas em suas dores.




O livro está dividido em quatro capítulos: mente, coração, repouso e despertar.

Em mente, Rupi Kaur, fala de ansiedade, angústia, depressão. Como ela mesma diz em seu Instagram, é um símbolo de que ela sobreviveu. 

Em coração estão os poemas sobre amores, seus tipos e suas formas: relações abusivas, relações saudáveis, masturbação e amor próprio, amizade e família. Fala de relações humanas. 

O capítulo do repouso definido pela autora em seu instagram "o capítulo que eu não queria escrever, mas tive que escrever. este capítulo me permitiu mapear como proteger minha saúde mental e física da doença da produtividade e da auto-aversão". 



Esse capítulo fala de capitalismo, imigração, produtividade, culpa, cobrança e em como se posicionar nesse meio.


Os poemas desse capítulo foram os que mais me trouxeram identificação nesse momento. 


Até fiz uma pausa para me divertir sem medo de passar vergonha e fugir do tempo. 




A última parte, despertar, falar de poder, de força, de se reconhecer e de feminismo.



Além de escrever os poemas, Rupi Kaur, escritora e poetisa canadense também ilustra as suas próprias páginas. Eu particularmente gosto muito das ilustrações dos livros dela. 

Uma leitura que acho importante, que gostei de ler e gostaria que as minhas filhas lessem. 

Sinopse: "A terceira coletânea de poesias de Rupi Kaur, maior fenômeno da poesia mundial nos últimos anos. Um dos temas mais frequentes na obra de Rupi Kaur é a importância que há em crescer e estar sempre em movimento. Em Meu corpo minha casa, ela leva leitoras e leitores a uma jornada de reflexão através da intimidade e dos sentimentos mais fortes, visitando o passado, o presente e o potencial que existe em nós. Os poemas dessa coletânea, ilustrada pela autora, inspiram uma conversa interna em cada um, lembrando que precisamos nos preencher de amor, de aceitação e de confiança em nossas relações familiares e de comunidade. E, sempre precisamos estar de braços abertos para as mudanças em nossas vidas."




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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Teresópolis - Mirante Granja Guarani



O Mirante da Granja Guarani é um ponto turístico da cidade de Teresópolis, na região serrana do Rio, esquecido pelas autoridades, porém tem sido redescoberto pelos visitantes.

Mirante Granja Guarani em Teresópolis

Apesar da situação de abandono, os resquícios de beleza ainda estão ali e o lugar tem se apresentado bem "instagramável". Quem sabe essa exposição não abra os olhos das autoridades para o potencial e a riqueza histórica do local? Realmente eu espero que sim.

Mirante Granja Guarani em Teresópolis

Eu fiquei surpresa ao descobrir que o Mirante da Granja Guarani é tombado pelo INEPAC. Ou seja é reconhecido como um Patrimônio Histórico. Como pode o tamanho descaso com algo que é um patrimônio histórico?!  Gente, fizeram até um campinho de futebol no terreno onde fica o mirante!

Mirante Granja Guarani em Teresópolis

Eu aproveitei um dia lindo de sol e fui visitar esse monumento tombado antes que ele literalmente tombe no chão por puro descaso. 

Mirante Granja Guarani em Teresópolis

Ao chegar no mirante me senti duplamente impactada. Aquela sensação de "uau" como ainda é bonito! 

Mirante Granja Guarani em Teresópolis

Que vista sensacional para as montanhas Nariz e Verruga do Frade que juntas totalizam 1.920 metros de atitude e fazem parte da cadeia de Montanhas da Serra dos Órgãos.

Mirante Granja Guarani em Teresópolis

Por outro lado fiquei chocada em como deixam um local como esse ficar degradado pela ação do tempo e por estar exposto à natureza. Se bem que eu até acho bonito ver a natureza retomar o seu lugar, buscar vida mesmo em locais inóspitos, querer renascer.  

Mirante Granja Guarani em Teresópolis

Mas pior ainda, o que mais choca, é ver o mirante ser degradado por pessoas sem consciência alguma que picham e depredam o nosso patrimônio. Que não têm nenhum respeito com a história. 

Mirante Granja Guarani em Teresópolis

O Mirante das Lendas ou Mirante da Granja Guarani foi construído em 1929 pela família Guinle com a intenção de ser um atrativo do bairro Granja Guarani.

O ponto forte da construção são os azulejos pintados em Lisboa (alguns dizem que o artista passou um ano em Teresópolis pintando os azulejos) pelo renomado pintor, ceramista e intelectual português Jorge Colaço. As obras de Jorge Colaço estão espalhadas 116 locais diferentes no mundo, como átrio da Estação de São Bento, no Porto, em Portugal. No Rio temos seus azulejos também Entrada Social do estádio do Vasco da Gama e do Liceu Literário Português. Em Teresópolis, temos os azulejos de Jorge Colaço na Fonte Judite.

As peças de azulejos com figuras em tons de azul e amarelo, somados ao branco, retratam imagens de quatro lendas contadas pelos indígenas que habitavam as terras banhadas pelo rio Paquequer: "O Dilúvio", "O Anhangá," "A moça que saiu pra procurar marido" e "Como apareceu a noite".  E pelo o que mostra uma foto antiga que consegui na internet era assim:


O passeio, para mim, valeu muito a pena tanto para conhecer o Mirante abandonado, porém famosinho no momento, quanto pela vista ao redor. No caminho conseguimos avistar o Bairro Granja Comary, onde fica a sede da Seleção Brasileira de Futebol.


Contemplar a natureza que está sempre se reinventando e buscando o seu ligar ao sol. 


Outros passeios em Teresópolis:


Esse é o 2º post do projeto #100EM1 de 2021 que consiste em visitar 100 lugares no período de 1 ano e vi no blog Parafraseando com Vanessa. Achei, no início do ano, que o projeto seria uma ótima oportunidade para nos estimular a sair da rotina, buscar o novo, trazer aprendizados e reflexões. Porém o projeto foi completamente prejudicado pelo período que estamos vivendo.


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domingo, 24 de janeiro de 2021

A Semana 03 de 2021 - A Estrada Me Chama

 

Bateu um necessidade de sentir a liberdade. Qualquer e toda forma de liberdade.  E se tem algo que representa a liberdade é pegar a estrada. O vento pela janela, o cenário em movimento, as nuvens no céu, a música tocando. A sensação da liberdade de ir e vir. Que coisa boa!

Eu precisava ver a vida em movimento. E para matar esse desejo pegamos o carro, eu e o marido, e fomos ver a Serra dos Órgãos, fazer do caminho o destino. 


A ideia era apenas o passeio de carro mesmo, mantendo o nosso isolamento, mas com a sensação de liberdade. Se desse iríamos conhecer o Mirante da Granja Guarani. Não deu nesse dia. Apesar de ser um local ao ar livre e pouco conhecido, tinha um grupo de pessoas fazendo fotos por lá. Como estamos optando apenas pelos locais vazios, não ficamos. Deixamos para uma próxima oportunidade. Fiquei ligeiramente frustrada porque eu queria ver os tais azulejos. Mas tudo bem. Contemplar a vista da Serra bastaria.

Eis que, no caminho da volta frustrada do Mirante, me surgiu uma necessidade repentina e desesperadora de ir ao banheiro. Não teve jeito. Tivemos que parar no primeiro portão aberto e pedir socorro (de máscaras e álcool gel em punho). Entramos em uma pousada, a Terê Parque, e pedimos para usar o banheiro. E que banheiro!!! Sim, banheiro, aquele cômodo em que as mães se refugiam em busca de uns minutos de paz. Foi um verdadeiro achado! O banheiro era todo revestido em azulejos pintados em Lisboa pelo renomado pintor, ceramista e intelectual português Jorge Colaço. O mesmo pintor dos azulejos do Mirante Guarani (aquele que eu não vi para não aglomerar).



Ver arte para mim também é libertador. Aproveitei a hora do almoço da segunda-feira e fui ao CCBB conferir a exposição "Linhas da Vida" com cerca de 70 obras da artista japonesa, Chiharu Shiota. Sendo algumas instalações são site specific, ou seja, criadas de acordo com o ambiente e o espaço do CCBB.

Os museus e centro culturais no Rio não abrem às segundas. Somente o CCBB funciona de forma diferente abrindo na segunda e fechando na terça. As pessoas se esquecem desse fato e o CCBB costuma ficar bem deserto às segundas-feiras. Nesse dia, na hora do almoço, as salas estavam praticamente vazias. Tinham três pessoas comigo vendo a exposição. Acabamos ficando cada uma em uma sala, sem combinar, mas revezando. Consegui me manter sozinha em cada sala por tempo suficiente para ver as obras, ler as informações, fazer fotos com tranquilidade. As salas são bem amplas e dá para manter o distanciamento bem distante mesmo.



O carioca, pelo visto, não é de acordar muito cedo. E eu estou aproveitando essa característica para conseguir dar umas voltas e manter o isolamento. Tomei um banho de cachoeira geladinho, revigorante e sozinha. A trilha da Cachoeira da Imperatriz tem acesso pelo Solar da Imperatriz, onde fica a escola de nacional de botânica. O portão abre às 8 horas da manhã. E lá estava eu em um dia de semana. Após 1,6 km de subida relativamente leve, com algumas descidas, muito verde, borboletas, pássaros, barulho de mata e de rio o esforço é compensado. Cachoeira totalmente vazia! Fui e voltei sem encontrar ninguém. 


Ainda em busca da sensação de liberdade que a natureza nos provoca e de manter o isolamento, fui com o marido a Subsede  do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Mais uma vez chegamos cedo. No horário de abertura do parque. Fomos os primeiros a ter acesso e nos encaminhamos para o Poço Verde. Um poço bem espaçoso de águas gelada, transparentes e de um verde deslumbrante. Ficamos por lá, somente nós e alguns peixes. Assim que chegou gente saímos já abastecidos de energia da água, do sol, da natureza. 


Li o livros Adultos, de Emma Jane Unsworth. Um livro interessante, divertido, atual, que traz reflexões sobre como estamos conduzindo as nossas vidas para como queremos ser vistos nas redes sociais e não para o que queremos realmente ser e como queremos ser vistos por nós mesmos e por quem realmente importa. Dando mais valor a marcar presença e ser "curtidos" por desconhecidos do que estar presente em momentos mais íntimos com quem realmente faz parte da nossa vida.


Me permitir fechar o meu expediente no horário para experimentar a liberdade de escolher o que fazer com o meu tempo. Fui com o marido ver o pôr do sol em um ponto do Rio. Fomos de carro e ficamos admirando a beleza de um entardecer, o movimento das águas da baía, os pássaros fazendo o retorno do final da tarde e até uma tartaruga nadando com tranquilidade. 



Essa coisa do home office, do expediente acabar e eu já estar imediatamente envolvida em funções, pendências, afazeres domésticos, está me cansando. Sinto falta de um tempo de intervalo para descansar, despreocupar, desocupar a cabeça. Em busca desse tempo de cabeça desocupada, coloquei o fone no ouvido, entrei na Netflix e escolhi a comédia nacional "Pai em Dobro". Sim, tem Du Moscovis, tem cenários bonitos do Rio, tem passeio no Museu de Belas Artes, tem Carnaval em Santa Teresa. Tudo com muita nostalgia. Mais do que suficiente. Tem história bonitinha.


Sinopse: "Vicenza está completando 18 anos e foi criada em uma comunidade hippie em meio a natureza. A única coisa que não está em harmonia em sua vida é não saber quem é seu pai. Decidida, ela sai em busca de seu verdadeiro pai, mas acaba encontrando dois.".



A música "A Estada Me Chama" define bem a minha sensação, sentimentos e necessidades nessa terceira semana de 2021.


Vou
Sigo o sol, sigo a luz
Minha casa é o mundo
A estrada me chama

E eu vou
O futuro me acena
Vou
Sigo o sol, sigo a luz
Mesmo se faz escuro
A esperança é meu norte

Ontem sonhei
Com um tempo feliz
Os amigos estavam
Por perto e a vida
Era um lugar
De calor e canção
E as flores nasciam
Em pleno deserto



Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




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sábado, 23 de janeiro de 2021

Receita de Torta de Homus de Abóbora - Vegana

 

Vou compartilhar a receita dessa tortinha vegana de homus de abóbora que conquistou o povo aqui de casa. A dica foi passada pela nutróloga da Sofia. 


Torta de Homus de Abóbora - Vegana


O que utilizamos:

Para a massa

- 2 colheres de sopa de farinha de linhaça;
- 2 colheres de sopa de farinha de amêndoas;
- 1 colher de sopa de azeite;
- 1/2 colher de café de sal;
- 3 colheres de sopa de água.

Para o recheio

- 1 xícara de chá de abóbora cobotiá assada sem casca e sem semente (usamos 200 gr);
- 1 colher de sopa de tahine;
- 1 colher de sopa de azeite;
- 1 colher de sopa de orégano;
- 1 colher de café de cúrcuma em pó;
- pimenta do reino e noz moscada à gosto (1 pitada de cada);
- cebolinha picada também à gosto.

Como fizemos a massa:

Colocamos todos os ingredientes em uma tigela e misturamos com as mãos até a massa desgrudar e ficar em ponto de modelar. 

Como não temos forma de quiche, aquelas com fundo removível, usamos uma forma de silicone. Apertamos a massa até cobrir a forma. Demos umas espetadinhas com grafo (não sei o objetivo disso, mas desde que eu sou criança e que faziam tortas de maça na minha casa, eu vejo esse procedimento de furar a massa. Então eu repito.)



Torta de Homus de Abóbora - Vegana

Levamos ao forno pré-aquecido a 200ºC por aproximadamente 20 minutos. Esperamos esfriar um pouco e desenformamos.

Torta de Homus de Abóbora - Vegana

Enquanto a massa assava no forno, preparamos o recheio.

A receita indicava bater todos os ingredientes do homus no liquidificador. Não levei fé. Achei que ia ficar grudado, então bati no braço mesmo, amassando bem a abóbora e misturando os demais itens. 

Torta de Homus de Abóbora - Vegana

Assim que a massa assou e o recheio ficou com a consistência de um creme espesso, tipo um purê, recheamos a tortinha. 

Torta de Homus de Abóbora - Vegana

Para da um toque de carinho fizemos a decoração com orégano. 

Torta de Homus de Abóbora - Vegana

Fica bem saborosa para comer no almoço acompanhada de uma boa salada ou no lanche. O homus de abóbora pode ser usado para cobrir fatias de pão ou como purê nas refeições. 



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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Livro de Crônicas Minha esposa tem a senha do meu celular

Aprendi a gostar de livros de crônicas no metrô. Cansei de perder a estação porque estava envolvida na leitura de algum romance, aventura, suspense, sei lá mais o quê. Me encontrava na leitura e me perdia no tempo. Foi com um livro de crônicas que me dei conta que a leitura de uma crônica era o tempo certo entre as estações. Assim passei a ter sempre um livro de crônicas na minha bolsa, na minha mesa, à mão. 

Normalmente não leio um livro de crônicas de batida. Leio intercalado com outros, leio aleatoriamente. Mas esse último, "Minha Esposa Tem a Senha do Meu Celular", foi diferente. Li de cabo a rabo. 

Livro Minha esposa tem a senha do meu celular de Fabrício Carpinejar


Eu já tinha lido uma coisa ou outra do Fabrício Carpinejar, só isso. Mas eu estava na livraria, na fila para pagar o livro que comprei e a capa do Carpinejar chamou a minha atenção. Peguei, abri aleatoriamente em uma crônica e li ali na fila. A tal crônica, de título "Centopeia de Espírito" começava assim: 

"Nunca vi nenhuma mulher selecionar os seus sapatos para a campanha de agasalho (até porque elas acreditam que sapato não é agasalho). São generosas e oferecem roupas novas, recentes, que não servem mais. Realizam limpas no armário mensalmente, separam o que não agrada com bonança. Nunca deixam nada parado, sem utilidade para o próximo. Mas sapato, não."

Discordei. Eu doo sapatos. Aliás, só para contrariar, quando cheguei em casa eu fiz a limpa nos meus sapatos. Mas, não sei bem o que me deu, acho que baixou o espírito centopeia e fiz a compra online de alguns pares de sapatos para substituir os doados.

Mas eu estou aqui pra falar do livro. Peguei o exemplar, ainda não convencida se levaria para casa, e me sentei em uma área aberta da livraria que estava vazia. Segui a leitura. Li 50 das 142 páginas. Uma crônica atrás da outra. Nem sempre concordando com o conteúdo, mas sempre admirando a a escrita, a escolha das palavras. Frases inspiradoras, detalhes divertidos. Algumas identificações, como em "Maladragem Familiar"

"Quando alguém de casa me pergunta se eu vi determinada coisa, não está, na verdade, me questionando, está me culpando e me pondo a trabalhar para achar. " É exatamente assim que eu me sinto. 

"A incriminação é falsa, um oportuno artifício para ganhar a atenção."
 Eu nunca tinha pensado por esse ângulo. Sempre assumo a culpa automaticamente. 

"Pois tenho que provar a inocência de uma hora para outra. Sou obrigado a cessar as minhas preocupações, por mais importantes que sejam, para investigar onde a pessoa deixou o objeto."  Exatamente isso, paro o que estou fazendo e vou "resolver" a minha suposta "culpa".

Não teve jeito. Tive que voltar para a fila. Eu levaria "Minha Esposa Tem a Senha do Meu Celular", mesmo eu não tendo a senha do celular do meu marido, nem querendo ter, nem ele tendo a minha. Nada a esconder. Apenas privacidade, existir individualmente mesmo sendo parte de um par. 

A crônica que dá título ao livro foi publicada no perfil do Facebook do autor. Nela, Carpinejar conta que sua mulher tem a senha do seu celular e ele tem a dela. Nunca conversaram a respeito - simplesmente aconteceu. Ele entende isso como uma demonstração de confiança, transparência, fidelidade. Eles, o casal, não entendem como invasão de privacidade, mas sim um convite para que esta seja dividida entre os dois. Lindo! Romântico!

Euzinha aqui já sinto e penso de forma diferente. Não tenho nada a esconder, justamente por isso não preciso dar provas disso. Eu confio, justamente por isso não preciso de provas. Não tenho nada a esconder, mas tenho privacidade a manter. Por exemplo, algumas amigas podem desabafar seus segredos comigo pelo WhatsApp que os segredos delas serão mantidos comigo. Não corre o risco de ninguém ver. E não estou escondendo nada, estou apenas mantendo em segredo o segredo que não é meu. Pontos de vistas. 

Muitas crônicas  me despertaram exatamente pela identificação. Outras, o oposto. E acho que foi justamente por trazer alguns pontos de vistas diferentes do meu que algumas das crônicas me interessaram tanto a ponto de eu ler o livro de batida. Muitas vezes me sentia uma verdadeira aquariana lendo textos de um canceriano. Fui até pesquisar o signo do autor, ele é escorpião. 

O livro fala de amor, de liberdade e de confiança. Fala de entrega, de doação. Fala de casamento, de rotina, de quebrar a rotina, de ver beleza na convivência diária e de se divertir com "os defeitos". Fala de fidelidade e e respeito. Fala de romance. As crônicas de narrativa biográficas são voltadas para a relação entre marido e mulher.




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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM

Eu sinto uma falta enorme de consumir arte. Não sou especialista, nem conhecedora, mas sou admiradora. Sou do tipo que estar em contato com arte faz tão bem quanto estar em contato com a natureza. 

Como os poucos museus que estão abertos no Rio estão supervazios, tenho me aventurado em algumas exposições. Escolhendo bem o dia e o horário (hora do almoço) tenho conseguido museus exclusivos, só para mim.  Foi assim na exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no  MAM - Museu de Arte Moderna do Rio.

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM

O MAM por si só já vale a pena. A coleção do museu já é bem interessante, a arquitetura do museu é única! Eu adoro as escadas!

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM

E a vista é linda.


Algumas vezes até fico em dúvida se contemplo a obra exposta no interior do museu ou se olho para fora. Dá para fazer os dois.


Falando da exposição em cartaz "a dança na minha experiência" traz trabalhos dos períodos de investigações geométricas, rítmicas e cromáticas, cada núcleo da exposição representa uma série de Hélio Oiticica.

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM


Metaesquemas conta com ilustrações em guache sobre papel cartão, que exploram formas e cores e resultam de seu envolvimento com o concretismo; 




Relevos espaciais dão a impressão de serem dobraduras expandidas com a materialização da cor; Núcleos são esculturas de proporções maiores e interativas, Penetráveis, são instalações manipuláveis, e Bólides, em que Oiticica explora a cor, a solidez, o vazio, o peso e a transparência. 

As obras do Hélio Oiticica são bem interativas e por conta da pandemia e das normas de segurança não podem ser tocadas. 

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM

Resolvi brincar com a interação com fotos. 

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM

Me vendo dentro das obras. 


Refletindo e interagindo. Fazendo parte. 


Outra maneira que encontrei de brincar com o olhar foi ver Hélio Oiticica dentro de Hélio Oiticica.

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM

Buscando novos ângulos. 

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM

A trajetória culmina no Parangolé, compondo uma espécie de genealogia deste trabalho radical.



Em tempos de normalidade poderíamos nos vestir com os Parangolés. Brincar com as peças, sermos parte da exposição.

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM

Por outro lado, com certeza, teria alguma fila para usar a obra. 

Exposição "Hélio Oiticica: a dança na minha experiência", no MAM


Sem dúvida, a exposição perde um pouco com a falta de interação. Mas podemos ter ganhos em outros aspectos buscando outros olhares e reflexões. Arte faz bem!


Esse é o 1º post do projeto #100EM1 de 2021 que consiste em visitar 100 lugares no período de 1 ano e vi no blog Parafraseando com Vanessa. Achei, no início do ano, que o projeto seria uma ótima oportunidade para nos estimular a sair da rotina, buscar o novo, trazer aprendizados e reflexões. Porém o projeto foi completamente prejudicado pelo período que estamos vivendo.


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