quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Show On The Rock - Paulo Ricardo

Essa é uma história de quando a sua amiga te faz viajar no tempo...

Paulo Ricardo no Teatro Riachuelo


Eu tive a sorte de viver o Rock Nacional da década de 80. Essa que é considerada como uma das melhores safras do Rock'nRoll brasileiro. E realmente foi. Muitas bandas surgiram e arrebentaram nessa época.

E ainda posso dizer que tive mais sorte por, justamente nesta mesma época, estar nos últimos anos da adolescência e no início da faculdade. E ainda mais por morar no Rio de Janeiro. 

A noite carioca era agitada, sempre tinha show de alguma banda que estava estourando e daquelas que já faziam sucesso. 

Unia as bandas de sucesso com locais que só o Rio tem. Lulu Santos no Morro da Urca e ver o dia amanhecer esperando a fila do bondinho para descer. Eu me lembro até da roupa que eu estava neste dia. E ainda dançar na pista, ao som do Lulu, ao lado do Cazuza. 

E tinha mais! Blitz no Parque Lage! Que onda! Mas peraí, onda mesmo foi ver RPM na Praia de São Conrado sem saber se olha para as asas-delta, para o mar ou para o olhar 43 do Paulo Ricardo.


Só para dar mais um pouquinho de saudade em quem viveu essa época aqui no Rio e inveja em quem não estava por aqui, rolavam shows na Praia do Arpoador, Arpex para os íntimos.

E ainda tinha o bom, velho e saudoso Canecão, e o Circo Voador.

Outro lance bem típico dessa fase carioca era sair dos shows e bater o ponto no Baixo Leblon, matar a fome na "melhor pior pizza do mundo" na Pizzaria Guanabara. E lá, curtindo a noite, também saindo dos shows encontrávamos nossos ídolos roqueiros.

Era fácil ficar em pé na calçada conversando com os amigos e bem ao nosso lado estar o George Israel, do Kid Abelha, com alguns amigos em um papo animado. Mas como todo bom carioca, mantendo a tradição da carioquice, a gente faz de conta que nem taí. Tudo normal.

Foi por nesses cantos que eu vi, ouvi e dancei muito ao som de Ultraje a Rigor, Titãs, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens, Engenheiros do Hawaii.

Essa galera também tinha bandas alternativas e fazia shows mais intimistas. O Frejat, por exemplo, tinha a Midnight Blues Band, junto com  George Israel, e fazia shows no Barril 1800. Aqueles shows de quem está ali para tocar entre amigos e se divertir, essa era a sensação. E sempre rolava uma presença vip na plateia que era chamada para subir ao palco e dar uma canja. Vi participação dos Titãs, Ed Motta e Celso Blues Boy ("Fumando na Escuridão"). Loucura!

Sim, aquela época deixou ótimas lembranças no meu imaginário. E por que bateu essa nostalgia logo hoje? Vou explicar!

Ontem eu fui ao Teatro Riachuelo, restaurado e reinaugurado em 2016, assistir ao show "On The Rock", do Paulo Ricardo, ex RPM. Aquele do "Olhar 43"!

Teatro Riachuelo



"On The Rock" começou de forma despretensiosa no Londra, bar do Hotel Fasano, na Praia de Ipanema. Isso já me faz lembrar o estilo de shows da Midnight Blues Band que rolavam ali ao lado, bem de frente para a Praia de Ipanema, no extinto Barril 1800.

O estilo minimalista, acompanhado apenas do tecladista Ruben Cabrera, com um repertório que traz sucessos da Banda RPM repaginados e de sua carreira solo, 







acrescido de clássicos do rock internacional, e nacional também, agradou. 

O show fez tanto sucesso que ganhou uma turnê que começou no eixo Rio-São Paulo e passeou por várias cidades do Brasil. 

Quando eu vi o Paulo Ricardo no palco, além de curtir o momento atual desse show mais "arrumadinho", por ser no palco de um teatro, eu voltei no tempo. Revivi na memória as sensações dos shows da minha adolescência. E de muitos deles já que o Paulo Ricardo tocou também músicas do Kid Abelha, Cazuza e Renato Russo. 

Justamente por este show ser em um teatro tem um toque de leveza, de descontração, uma relação mais próxima entre o público e o artista, e mais sensibilidade. Amei!

Eu fui superfã do RPM e gosto muito do Paulo Ricardo que durante a apresentação tocou instrumentos como baixo, violão, pandeiro e gaita. Adoro gaita! E ainda teve uma participação especialíssima do George Israel com seu sax. 

Um show muito bom de ver e reviver, um show que merece respeito e vale ser revisto, já que voltará para o Londra, no Fasano, no final de setembro e durante o mês de outubro. Sempre às quartas-feiras.

Agradeço muito a minha amiga Fernanda Reali por ter me feito esse convite que eu aceitei na hora.




Muito obrigada Fernanda e Márcia por essa viagem no tempo.


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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

De Salto na Portuguesa


Mais uma história contada no Facebook que vem para o blog para ficar registrada.

A pessoa aqui acha essas calçadas cariocas de pedras portuguesas, todas desenhadas, lindas. Mas daí a conseguir andar de salto fino por elas é outra coisa.


Aliás, algo para o qual a pessoa aqui não consegue desenvolver habilidade. Sobe no saltinho, vai andando a passos largos mesmo com as pernas curtas (modelos dão passos largos), com aquele leve rebolado, cabelos balançando, nariz levemente empinado, e... "garra" o salto. 

Hoje, em um único quarteirão, a pessoa deixou um pé do sapato "garrado" nas pedrinhas lindas por três vezes. Aí dá uns três passos com um pé descalço, no estilo "tá fundo, tá raso", tentando não até desmantelar toda aquela pose inicial, até o cérebro processar que tem que voltar e fazer o resgate do sapatinho, já que não tem nenhum príncipe, nem assaltante, correndo atrás. Como o salto é fino, mas a pessoa nem tanto, é claro que ao fazer o giro do retorno sobre o salto que lhe restou, além de jogar os cabelos, a dama do sapato perdido, solta um belo e sonoro palavrão.

Pensando bem, o percurso de hoje de cinco passos pra frente, três pra trás, foi uma terapia. Apesar do pé sujo e do saltinho arranhado, a pessoa tá leve, relaxada, tranquila. Tem horas que ter um bom vocabulário de palavras de maior porte, faz bem. Ah, se faz.




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domingo, 27 de agosto de 2017

Filme "Doidas e Santas"

Eu assisti ao filme "Doidas e Santas" na pré-estreia, e já devia ter feito o post aqui no blog. Eu não perderia a versão cinematográfica do livro da Martha Medeiros que também já esteve nos palcos.


Li o livro, assisti a peça (contei no post "Doidas e Santas"), e adorei os dois. Por isso estava tão ansiosa para ver a psicanalista Beatriz, quarentona, escritora, mãe de adolescente, esposa de um marido acomodado no casamento, filha de uma mãe idosa que dá um certo trabalho e irmã de uma mulher ativista alternativa, nas telonas.


Elenco do filme doidas e santas na pré-estreia

Beatriz, desta vez, interpretada por Maria Paula que estava superfeliz na pré-estreia da sua primeira protagonista no cinema.


O filme trouxe novos personagens para a história como a vizinha, vivida por Flávia Alessandra que não estava na pré-estreia, e Alex, o marido perfeito da vizinha.

Pré-estreia do filme doidas e santas

O filme cria uma identidade com o universo feminino mostrando uma mulher aparentemente bem-sucedida, uma escritora de best-sellers de autoajuda que ensina como ser feliz no casamento. Ao participar de um programa de televisão para apresentar seu novo livro, uma simples pergunta faz Beatriz engasgar e repensar a sua vida. Qual foi a pergunta? Simples! "Qual foia última vez que você deu uma gargalhada?". A partir daí Beatriz resolve dar uma guinada de 180º em sua vida e o filme se desenrola acompanhando as angústias, dúvidas, decisões, conquistas e trapalhadas que Beatriz enfrenta nesse percurso rumo às mudanças. Ao acompanhar a reviravolta de Beatriz, eu ri muito, me identifiquei em alguns pontos e me emocionei em outros. 

O filme fala de relações humanas, afeto, família, amor e coragem, apresentando reflexões sobre dar valor ao que realmente é mais importante na vida, o dilema do tempo dedicado ao trabalho versus tempo dedicado à família, a dificuldade de perceber quando a dedicação excessiva ao trabalho pode estar enfraquecendo as relações familiares. E acima de tudo mostra que com coragem é possível se reinventar e transformar a vida. Tudo isso de forma leve e divertida, bem ao estilo Martha Medeiros.


Sinopse:
Beatriz (Maria Paula) é uma psicanalista em crise. Não está satisfeita com o trabalho, tem problemas de relacionamento com a filha adolescente (Luana Maia), a mãe um tanto doidinha (Nicette Bruno), a irmã ausente (Georgina Góes) e um marido (Marcelo Faria) que não a faz feliz. Decidida a mudar sua vida, Beatriz decide se separar do marido e dá novos rumos à sua vida com a ajuda da amiga Valéria (Flavia Alessandra). É hora de recomeçar e, para isso, ela tem que estar preparada para tudo.




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sábado, 26 de agosto de 2017

A Semana 34 de 2017 - Com mais brilho



Pessoas felizes brilham mais, atraem coisas boas para o dia a dia, atraem outras pessoas felizes e geram uma energia positiva ao redor. Acredito nisso e procuro buscar essa energia de alegria e felicidade diariamente com coisas simples.

Brindar em um dia qualquer, sem motivo especial, apenas por estar ali fazendo algo que gosta é, para mim, uma maneira simples de trazer felicidade para aquele dia.


Por isso, nesta semana, eu levei uma garrafa de espumante e morangos para brindar com as amigas da aula de pintura.


Fico grata por poder me proporcionar um hobby que me faz bem e me relaxa.

Fui à pré-estreia do filme "Doidas e Santas", ri muito e chorei também, e já devia ter feito o post falando do filme. O sorriso, a alegria da atriz Maria Paula estava contagiante. A felicidade dela por estar estreando o seu primeiro longa como protagonista me deixou mais feliz ainda, após ter assistido ao filme.


Neste mesmo dia pela manhã teve cabine de imprensa e coletiva de imprensa do filme. Como eu não puder ir, por estar trabalhando, a @marcia.cantanhede foi representando o @inventandomamae, e me contou da felicidades que os atores demonstraram por participarem desse projeto.

Fico grata pelas oportunidades que o blog me oferece.

Uma das coisas que eu mais gosto de estar trabalhando e ter o horário do almoço para estar com amigos, conhecer restaurantes novos, experimentar pratos, ter uma boa conversa. Eu estou trabalhando em um área da cidade que conheço pouco e estou aproveitando para explorar o queé novidade para mim.

Fui almoçar com uma amiga no restaurante Santo Scenaruim, que funciona num casarão restaurado cheio de história. Já foi endereço do ator João Caetano, conhecido como o maior ator de sua época e grande personalidade das artes cênicas, e também uma delegacia. A decoração é bem interessante, parece um antiquário, com temas religiosos, oratórios e relíquias, como o anjo de madeira – réplica da obra de Aleijadinho.


A comida é boa, a sobremesa também, mas a conversa com a amiga foi mais gostosa ainda.


Em outro dia almocei com outra amiga, teve comidinha gostosa, passeio pelo Passeio,






muita conversa boa e presente carinhoso: livro e chocolate.


Em outro dia teve mais almoço com amiga, mais conversa boa e comprinha interessante. Companhia que faz a alma vibrar!


Teve noite de Festival de Vinho e jantar com o marido em momento intimista e sem fotos. Registros na memória.

E para fechar a semana compartilhando felicidade com coisas simples, como apreciar a decoração de um restaurante, a fachada de um prédio restaurado, o sabor de uma comida, um bom livro, a companhia de uma amiga, o sorriso das filhas, arrumei a mesa para receber as amigas em casa. Tudo colorido para refletir a alegria em recebê-las em casa.


Mais risadas e conversa boa!


Fico muito grata por atrair e ser atraída por pessoas que compartilham alegrias e histórias de vida, deixando os meus dias com mais brilho. 







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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Gamela Repaginada - Pintura com História


Eu dei uma repaginada neste cantinho da área e gostei muito do resultado. É tão bom quando um espaço da casa ganha cara nova, né? Ainda mais quando essa cara nova vem de objetos velhos, mas que trazem lembranças, que têm um certo apego sentimental. 

Garrafa pintada

Sabe aquela gamela que todo mundo que vai a Porto Seguro pela primeira vez na vida compra com os índios? Então a minha estava bem velha e com aspecto horroroso. 


Tão feia que só merecia armazenar inhame (êta legume feio esse inhame!).


Quando eu vi uma reportagem que os índios estão usando madeira de área de preservação até fiquei com vontade de jogar a minha gamela feia fora. Mas não consegui. Tenho apego por ela. Tenho lembranças daquela primeira viagem feita com amigas e com o meu dinheiro. Que sensação boa de liberdade, de ganhar o mundo! Ainda mais, minha gamela foi comprada há tanto tempo... prefiro acreditar que foi feita com madeira de árvore que foi replantada. E jogá-la fora agora não iria ajudar em nada do problema atual. 

Então resolvi dar uma cara nova para o meu objeto feio de aparência, mas bonito de histórias para mim. 


Gamela pintada

E assim como experimentar uma primeira viagem que simbolizava a minha independência financeira, resolvi experimentar um cor que eu nunca tinha usado antes e que não está na minha cartela de escolhas, esse concreto do fundo.

E se observar bem, não lixei a peça. Deixei a marca inicial dos dois golfinhos e a palavra Porto Seguro lá. Uma maneira de preservar a história da minha gamela de estimação. 


 Gostei tanto do resultado, da combinação das cores, que me empolguei, e pintei um cachepô e uma garrafa, que iria para o lixo, para compor o cantinho e fazer companhia.

Artesanato com garrafa

Fomos três amigas nesta viagem. Nada melhor do que três peças para colorir e dar graça ao cantinho da minha área. Cantinho que era esquecido e hoje, neste momento, virou meu cantinho querido.




Ter a própria casa decorada e arrumada com peças feitas por nós mesmas traz uma alegria, satisfação, apego, história e alma. Gostei disso. Agora vou repaginar outros objetos. 

Outras peças que pintei com a técnica Odila Freire:

- Jogos Americanos - Mesa para alegrar;
- Pintura - de bandeja;
- Terapia artesanal, um presente;
- Uma pintura para presente;
- Pintura que é um presente;
- Pintura - Carinho de bandeja;
- Pintura Revisteiro;
- Organização de Quarto - Revisteiro;
- Bandeja - Arriscar e Pintar;
- Quarto de menina - 10 anos.



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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A Semana 33 de 2017 - Comemorando


Comemorar é bom e faz bem para a alma. Comemorar as conquistas, as amizades, o amor, as datas especiais, o fato de estar vivo e com saúde. Simplesmente comemorar! 

Foi isso que eu e a minha amiga Simone fizemos nesta semana, comemoramos! Não era uma data especial, nada de diferente tinha acontecido. Apenas queríamos comemorar. Como as pessoas normalmente esperam algum motivo para a comemoração, resolvemos dar uma razão especial: o nosso aniversário! 



Mas como assim? Você faz aniversário em fevereiro! Sim, mas resolvi comemorar em agosto. Neste ano eu quis fazer diferente, não ficar presa a datas e comemorar quando me desse vontade. Essa foi a brincadeira. E foi muito divertida.

Ah, e não era o dia, nem mês de aniversário da Simone. Apenas queríamos festejar juntas, estar com a família, com alguns amigos, com pessoas que gostamos e que construímos história. Sim, isso já é um grande motivo de comemoração, mas se querem mais um vai lá um aniversário para dar nome à festa. 

Fiquei muito grata a todos que puderam estar com a gente! 


Comemoramos o dia dos pais com um almoço em família no restaurante japonês. 


Sou muito grata pelo pai das minhas filhas. Um ótimo pai que dá o seu melhor pelas filhas e pela família. 

Depois de muitos anos voltei a trabalhar no Centro do Rio. Comemorei esta nova etapa aproveitando a hora do almoço para ver duas exposições na Caixa Cultural:

- "Mundo Giramundo" - Sensacional! Já falei dela no blog. 


- "O Essencial é Invisível aos Olhos" - Um mostra de realidade virtual com animação em #D em que somos teletransportados para uma floresta mágica e cheia de encantos. Gostei, mas tive que voltar para cidade antes do tempo porque fiquei meio tonta.



Fico grata por estar trabalhando, ter meu espaço e poder desfrutar de momentos culturais. 

"Quanto mais você glorifica e celebra sua vida, mais você tem na vida para celebrar." Oprah Winfrey



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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Exposição "Mundo Giramundo" na Caixa Cultural


Quando eu entrei na galeria 4 da Caixa Cultura onde está a mostra "Mundo Giramundo" eu fiquei me perguntando: como eu não conhecia?

exposição Giramundo na Caixa Cultural

Mas ainda bem que a minha professora de pintura me deu a dica da exposição e eu não perdi tempo. Fui no dia seguinte conferir.

exposição Giramundo na Caixa Cultural

E fiquei enlouquecida!

exposição Giramundo na Caixa Cultural

Completamente fascinada com esse mundo de magia e variedade.

exposição Giramundo na Caixa Cultural

Tem bonecos gigantes!

exposição Giramundo na Caixa Cultural

Tem bailarinas, santos, soldados, índios, mascarados, monstros e princesas. Tem animais pintados. 

exposição Giramundo na Caixa Cultural

Tem o coração do Pinóquio que se achava mais engraçado quando era um boneco.

exposição Giramundo na Caixa Cultural

Tem encantamento!

O Grupo Giramundo é um dos mais importantes grupos brasileiros dedicados ao teatro de bonecos. Foi criado em 1970, pelos artistas plásticos Álvaro Apocalypse, Tereza Veloso e Madu. Ao todo o grupo já montou 34 espetáculos teatrais. Não é pouca coisa, não.

exposição Giramundo na Caixa Cultural

Os bonecos utilizados nos espetáculos são construídos pelos próprios artistas.  O acervo do grupo é tão grande e rico que ficam expostos no Museu Giramundo, em Belo Horizonte, e é a maior coleção privada de marionetes das Américas.

A mostra em cartaz no Rio conta com mais de 130 bonecos desse acervo.

exposição Giramundo na Caixa Cultural

Um ponto bem interessante é que, além de conhecer as marionetes, podemos ver um pouco do  o processo de criação e construção e de como os personagens são feitos, já que estão expostos também alguns croquis, desenhos, estudos, projetos e anatomia de bonecos.  

Outro ponto que eu achei bem legal é que alguns espetáculos do grupo são para o público adulto, inclusive tendo alguns com indicação para maiores de 18 anos. Assim, a exposição é para todas as idades.


exposição Giramundo na Caixa Cultural


Serviço:
Mostra Mundo Giramundo
De 12/7 a 27/8 (não abre às segundas), das 10h às 21h
Caixa Cultural – Av. Almirante Barroso, 25 – Centro (metrô Carioca)
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre






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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Exposição "Holocausto: Trevas e Luz" no Museu do Amanhã



Eu adoro passear pelo Rio, aliás, eu adoro passear por praticamente qualquer lugar, amo fazer programas culturais e quando esses programas são feitos na companhia das filhas, aí eu gosto mais ainda. 

Então, quando a Ana Luiza me convidou para irmos juntas conferir a recém inaugurada exposição "Holocausto: Trevas e Luz", no Museu do Amanhã, eu nem pestanejei, topei na hora.


A exposição, apesar de curta, é de arrepiar e de fazer pensar, pensar muito, sobre,sobre a convivência humana, o respeito às diferenças e o que faz alguns se sentirem superiores aos outros.




A mostra "Holocausto: é dividida em três módulos. Assim que entramos no primeiro já ficamos impactados. Entramos em uma sala preta com fotos marcantes e frases de impacto.

Caminhamos pelo espaço observando as fotos, refletindo sobre a tragédia, imaginando a dor e a força daquelas pessoas e, de repente, nos vimos ali entre elas.



Entre as fotos e objetos podemos reconhecer algumas cenas de filmes que falam sobre o nazismo. Em uma das fotos podemos ver a cena da queima de livros que foi retratada no filme "A Menina Que Roubava Livros".

Está exposto um uniforme utilizado em um campo de concentração, cedido pelo Museu Judaico do Rio de Janeiro. A peça pertenceu a Hercz Rosenberg, que veio para o Brasil após a Segunda Guerra. Uniforme este que vimos no filme "O Menino do Pijama Listrado".


Está lá também a estrela amarela, de uso obrigatório para que os judeus pudessem ser identificados pelos militares nazistas, que vimos recentemente no filme "Os Meninos Que Enganavam Nazistas". Esta estrela de David exposta foi utilizada pela prisioneira Helena Klein, que sobreviveu e migrou para o Brasil. 



No segundo segundo módulo, que homenageia os "Justos entre as nações", nome dado àqueles que correram riscos para salvar judeus perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial, sentimos um calor bom no coração. É bom saber que sempre tem gente boa e corajosa nesse mundo. 

Esta área da exposição traz uma lista enorme com o nome das 26.513 pessoas que arriscaram a própria vida para protegerem judeus da perseguição nazista. Entre esses muitos nomes, dois são brasileiros: Aracy de Carvalho Guimarães Rosa e Luiz Martins de Souza Dantas. Como eles conseguiram ajudar o judeus? Ambos eram funcionários do Itamaraty. Ela era chefe do setor de passaportes do Consulado do Brasil em Hamburgo e ele, embaixador do Brasil na França. Os dois ignoraram as ordens dadas por Getúlio Vargas para restringir a emissão de vistos a judeus.

O terceiro módulo é bem fofo! Traz trabalhos e redações feitos por alunos de escolas públicas sobre o tema o Museu do Amanhã estimula a reflexão sobre a importância de se lembrar e revisitar o Holocausto, para evitar que se repita. 

Ideia bem legal para fazer com os filhos em casa. Pelas fotos podemos perceber que as crianças assistiram ao filme "O Menino do Pijama Listrado". Mas podemos fazer em casa com qualquer um dos três filmes que citei aqui. 


No nosso caso já estamos cansadas de saber que cerca de 6 milhões de pessoas, a maioria judeus, foram perseguidas e aniquiladas pelos nazistas, liderados por Adolf Hitler. Já aprendemos na escola, já vimos em filme, lemos em livros. Mas sempre vale a pena recapitular esse que foi um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade, marcado pela intolerância e pelo preconceito.



Passeamos pela exposição admirados pela a força e pela capacidade de superação dessas pessoas que sobreviveram a esses horrores. Pensamos no quanto é importante conhecer as atrocidade dos atos do passado para que atitudes assim não se repitam.  Ficamos chocados a atrocidade dos atos do passado e no que o ser humano foi capaz. 

E quando estamos chagando ao final, pensando que toda essa violência ficou no passado, somos convidados a refletir sobre as violências que vivemos atualmente e no quanto realmente aprendemos e evoluímos como seres humanos. "Apesar das mudanças e evoluções entre as relações humanas, continuamos, inclusive no Brasil, a repetir tais atitudes.".




Mas podemos "escolher o amanhã que desejamos" e fazer diferente.




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