A Semana 49 de 2020 - Trigésima Nona de Quarentena

 

Dizem que encontramos o que procuramos. Assim, pessoas que procuram problemas, encontram problemas. Já as pessoas que procuram soluções, encontram soluções. 

Nessa semana eu procurei extrair encantamento, magia, feitiço das miudezas. Procurei aquele mesmo encantamento de dias de aventura, liberdade, de lugares fora do comum. Procurei trazer o olhar dos dias de grande acontecimentos, de dias de sonhos realizados para os dia de lugar-comum.

Saí pela manhã para fazer o caminho de sempre. Nesse caso, casa-padaria. A única diferença dos outros dias foi a minha intenção: eu queria ver flores! Me dei conta de um simples portão que sempre passou despercebido pra mim. Me encantei com a beleza do seu colorido e me surpreendi por minha máscara estar combinando com ele. 

Fui buscar o pedido de hambúrguer vegano. Um início de noite chovendo levemente. Aquela chuva que praticamente não molha. Eu procurei ver o frescor e a tranquilidade das ruas vazias. 

Aproveitei e marquei um encontro rápido com uma amiga na porta da hamburgueria (ela não aceita pessoas dentro da loja. Está aberta apenas para entregas). Presenteei a minha amiga com um doce de leite maravilhoso que ela adora. Podemos e devemos manter a conexão e a gentileza mesmo em tempos de distanciamento social. 

Encontrei frescor e entreguei sabor.

Fizemos um lanche de hambúrguer em casa experimentando a nova hamburgueria vegana que abriu no bairro. Procurei novos sabores, experimentação, novidade. 

Assisti a cinco (marcados em rosa) dos oito filmes disponíveis virtualmente no 1º Festival de Cinema Russo.  Já falei de dois deles aqui no blog: a comédia romântica "Vamos Nos Divorciar!" e o drama "Bolshoi". Farei um post falando do festival e dos demais filme que assisti. 

Temos sentido falta de ir a restaurantes comer uma comida diferente. Por isso procurei trazer novos sabores para nossa mesa. Fiz saladas diferentes da nossa rotina caseira. Preparei uma salada de pepinos oriental daquela que só comemos quando vamos a restaures japoneses. 

Trouxe muito verde e cores para a nossa mesa. Procurei novos sabores e ingredientes. Encontrei também habilidades e autoconfiança (sabe aquelas coisa que nem tentamos fazer porque não nos consideramos capazes?! Eu era assim com essa salada simples de pepino. Eu achava que era coisa somente para chefs de restaurantes japoneses. Besteira, né?)

Eu não me sinto segura, nem acho responsável ainda, ir ao cinema. Mas fico aqui cheia de vontade de ver as estreias. Pude assistir na cabine de imprensa online ao filme "Quando Hittler Roubou o Coelho Cor-De-Rosa". Já tem post no blog.

A nossa vida é parte nossas escolhas e parte o que não escolhemos. Nessa pandemia a parte imposta sem termos a oportunidade de negociar se a queremos ou não na nossa vida, tem tomado uma proporção maior. Mas continua sendo nossa escolha a maneira como enxergamos tudo o que está nos acontecendo. Podemos escolher o tamanho das "coisas" que nos encantam. Podemos escolher ver o encantamento nas miudezas limitadas da mesma forma que veríamos as grandezas disponíveis. 

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.

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