Empatia, foi o que senti ao assistir o filme “Tully” que estreia em 24 de maio.
O longa acompanha o dia a dia de uma mãe, com os altos e baixos que a maternidade proporciona. Mostra uma maternidade sem a lente fantasiosa do mundo perfeito e de realizações. Pelo contrário, apresenta o dia a dia de uma mãe atarefada, cansada, que precisa de cuidados e, acima de tudo, admitir que precisa de ajuda.
Marlo (Charlize Theron) tem a vida corrida, atarefada, cheia com seus dois filhos e aquele barrigão enorme que abriga o terceiro bebê que está prestes a chegar. Ela está sobrecarregada tendo que cuidar sozinha das crianças e da casa enquanto Drew está envolvido com um momento importante da carreira. Além disso, o filho Jonah tem algum tipo de desordem de desenvolvimento que ela e o marido Drew (Ron Livingston) estão tentando chegar a um diagnóstico.
Preocupado com o estado emocional de Marlo, certo dia, seu irmão abastado, Craig (Mark Duplass), oferece a ela como presente, a ajuda de uma babá para cuidar das crianças durante o período da noite. Proposta que Tully rejeita, a princípio. Ela é a mãe e quer cuidar do seu próprio filho. Ela é mulher e quer dar conta de todos os papéis impostos, como ser mãe, esposa, dona de casa, e ainda estar sexy e disponível.
Quando o terceiro, e não planejado, filho nasce as coisas ficam um pouco piores. Mesmo hesitante, ela aceita e acaba se surpreendendo com a jovem, sorridente, alegre e curiosa ajudante chamada Tully (Mackenzie Davis).
Além de mostrar a maternidade e desconstruir esse ideal de mulher cheia de super poderes, a trama traz o lado da paternidade representada bem honestamente. Drew, o marido e pai daquelas três crianças mantém distância, viajando para seu trabalho diário, não interferindo muito com as tarefas domésticas quando retorna, nem se envolvendo com o estado emocional da mulher.
Empatia, foi o que senti ao assistir o filme “Tully” e acredito que a maioria das mães e mulheres vão se identificar. E o pior, a grande maioria dos homens e pais também.
No breve mergulho na vida de Marlo (Charlize Theron) revivi alguns momentos meus no início da maternidade, enxerguei ali muitas amigas próximas, e senti o que muitas mulheres vivem.
Mesmo sentada no conforto da poltrona da sala de cinema, senti o cansaço de subir apressada alguns lances de escada carregando o barrigão enorme.
Assim que o terceiro o bebê nasce, há uma excelente montagem que consiste no ciclo de trocar fraldas, bombear, amamentar, parecendo que os dias são iguais e intermináveis. Me vi ali. Senti aquela sensação de que não tinha dia, nem noite dos primeiros dias com as minhas bebês em casa.
No escuro da sala de cinema eu me vi cansada, descabelada, com as roupas largas e incomodada com o meu corpo pós gestação.
Além de alimentar o meu corpo com um saco de pipocas durante a sessão de cabine de imprensa, alimentei a minha alma com empatia ao fazer esse breve mergulho na vida de Marlo e me transportar para suas experiências.
E ainda me surpreendi com o final e com uma verdade escondida por trás daquelas emoções.
Nossa, amei e quero ver esse filme.
ResponderExcluirBeijos
Quézia Silva
http://kemuelpresentededeus.blogspot.com.br
Quézia, se tiver a oportunidade veja sim. É muito bom.
Excluirbeijos
Chris
Fiquei louca para assistir tb.
ResponderExcluirDifícil um filme que retrata a realidade mesmo de uma mãe.
São muito poucos que retratam a realidade da maternidade e mais raros ainda os que falam das necessidades e cuidados que a mulher precisa.
ExcluirVale a pena assistir.
beijos
Chris
Você fala de uma forma que não tem como não já ter empatia por este filme kkkk bjs Regina
ResponderExcluirRegina, muito obrigada. O filme causa essa empatia na gente.
Excluirbeijos
Chris
Dica anotada, gosto de filmes com mães normais, sem aquela romantização exagerada.
ResponderExcluirMuita luz e paz!
Abraços
Adelaide, se você assitir, depois conta se gostou. Eu também gosto quando falam a história de forma mais real.
ExcluirMuita luz e paz para vc também. E muito obrigada pela visita.
beijos
Chris