Multitarefada eu sou. Sempre fui. Algumas vezes por necessidade, para dar conta de tudo, outras por exigência das pressões, e muitas tantas por escolha mesmo. Aquela coisa de não conseguir fazer apenas uma coisa.
Sento para pintar, passo uma camada de tinta e enquanto a tinta seca vou ali na cozinha preparar um bolo. Enquanto o bolo está no forno volto para mais uma camada de tinta e enquanto a tinta seca e o bolo assa, sento no computador para escrever um texto. Como vou falar sobre multitarefas ou concentração em apenas uma atividade X produtividade, resolvo ler um capítulo de um livro que está na estante e que aborda o assunto. Antes do fim da leitura me levanto, tiro o bolo do forno, passo mais uma camada de tinta, volto para o computador com o livro ao lado. Ufa! Bem assim! No final o post fica pronto, o bolo vai para a mesa e a pintura foi adiantada. Tudo certo!
Acontece que nas últimas semana eu tenho sentido vontade de desacelerar, focar em uma atividade apenas, ficar mais concentrada e ver se isso me traz mais tranquilidade e me deixa mais perceptiva ao meu entorno.
Mas a verdade é que nesta tentativa eu ainda não encontrei o equilíbrio. Ao invés de fazer uma coisa de cada vez, em casa, tem momentos que faço é nada. Fico lá de bobeira, fazendo nada. Mas está sendo bom também, apesar de me dar a sensação de "pô, estou preguiçosa".
Tão preguiçosa que já praticamente no final desta semana é que estou sentada fazendo o post da semana passada. E fazendo apenas ele. Mais nada. Será que o post vai sair com menos erros de digitação?
Comemoramos o aniversário da minha irmã em um restaurante que não conhecíamos. Momento gostoso, tranquilo em família, sem pressa, sem nenhum compromisso além de estar ali presente e participativa.
Depois dei uma esticadinha com a Sofia no shopping para ela fazer mais um furo na orelha. Também sem pressa, sem desvios, apenas para este objetivo.
Resolvi iniciar a segunda temporada de "13 Reasons Why" e maratonei. Aí foi concentração e foco total. As séries possuem em mim esse poder de me abduzir e absorver o máximo da minha concentração.
A história é pesada, tem cenas fortes, bem fortes, aborda temas difíceis, mas que acontecem no mundo, como abuso sexual, bullying, rejeição, etc. Mas acima de tudo fala do problema de comunicação que temos. Das consequências de não deixarmos claro os nossos sentimentos e não ouvirmos com atenção quem está ao nosso redor. Fala da importância de sermos empáticos com quem passa pela nossa vida e de termos pessoas empáticas ao nosso redor.
Para relaxar, assisti com a Sofia, e fazendo apenas isso, sem o celular na mão, ao filme teen "A Lista de Honra".
Enquanto eram amigas do peito, irmãs camaradas, ainda no primeiro ano do ensino médio, elas fizeram uma lista de desejos e esconderam no fundo do lago. Agora, com a morte inesperada da amiga, elas resolvem atender o desejo dela e realizar todos os itens da lista. O filme fala de amizade, das feridas que todos possuem e guardam em segredos, e de amadurecimento. Muito bom para assistir com filhos adolescentes.
De resto a semana foi de tranquilidade em casa sem inventar receitas novas, indo para o trabalho observando o percurso, voltando para casa e curtindo um aconchego e concentrada em "fazer o que desse vontade" uma coisa de cada vez.
Chris:
ResponderExcluirMUltitarefas é nosso lema.
beijocas
Verdade, Sônia.
Excluirbeijos
Oi Chris! Essa é uma característica bem feminina, os homens são bem mais desencanados, acho que por isso "brigamos" com eles por não terem o mesmo ritmo e temos a sensação de que estamos produzindo mais. Eu desacelerei até porque a idade pegou...joelhos e pernas não dão conta e fazer o cérebro compreender esse novo ritmo do corpo não é fácil!
ResponderExcluirAinda estou no segundo episódio da 2ª temporada de 13R Why,quero ver se termino essse final de semana.Estou terminando La Casa de Papel que estou adorando depois de parar no 2º ep da primeira temporada, voltei, deu vontade de parar de novo, mas aí engrenou depois do 5º e está valendo muito a pena.
Que vc tenha muita determinação em seu propósito, afinal temos que ouvir nosso interior!
Abraço!
Oi Dalva, realmente eles não são tão multitarefados quanto nós. Eu adorei La Casa de Papel. Assisti do início ao fim.
ExcluirTemos sim que olhar para nosso interior.
beijos
Chris