Vou falar do filme "Respire". Apesar de já tê-lo assistido há uma semana, ainda estou sob o impacto dele.
O engraçado é que nas primeiras vezes que passei pela lista dos 50 filmes disponíveis no Festival Varilux em Casa eu nem percebi que "Respire" constava do catálogo. Depois de ter menos opções, pois já tinha visto os primeiros escolhidos, notei que estava ali, mas não me interessei. Apenas quando me vi com poucas opções, ou quase sem opções, é que resolvi "pegar" o drama francês.
"Respire", um drama intenso e que arrepia. Fala de amizade tóxica, de relações problemáticas e das consequências. Até que ponto uma relação pode ser libertadora ou aprisionadora. Até que ponto pode transformar o outro.
O filme conta a história da amizade repentina e intensa, bem típico de adolescentes que se tornam as mais recentes melhores de amigas de infância na primeira identificação, de duas meninas com personalidades bem diferentes. Charlene, chamada de Charlie (Joséphine Japy), uma ótima aluna, relativamente tímida, ligeiramente insegura, com alguns poucos amigos na turma, que vive em sua casa de classe média com sua mãe. Do outro lado temo Sarah (Lou de Laâge), recém chegada na escola, bonita, descolada, interessante e cheia de novidades.
Por acaso, no primeiro dia de aula, Sarah é colocada para compartilhar a mesa com Charlie. Surge a amizade. Charlie se encanta e é atraída pela personalidade exuberante e independente de Sarah.
Sarah com suas histórias de vida de aventuras desperta o interesse de Charlie por experiências típicas da idade, como sair para beber e fazer tudo de errado como fumar tudo que é ilegal.
Mas qual seria o interesse de Sarah em Charlie? Aí começa uma relação de amizade em que a gangarra nunca está equilibrada. Sarah sempre está no comando. Dominando. Mordendo e assoprando. Dando corda e puxando. Invertendo papeis. Sabendo fazer uso das fraquezas de Charlie.
Charlie sufocada descobre o grande segredo de Sarah. Oportunidade de inverter o jogo? Talvez! O melhor seria sair dessa relação.
Aliás, é o que senti o tempo todo. Vontade de aconselhar Charlie a pular fora. Vontade de sacudir a mãe de Charlie para ela enxergar o que está acontecendo com a filha. Como essa mãe não percebe a transformação da filha? Como ela não vê a relação de dominação e dependência que está surgindo ali? Uma relação que a mãe conhece muito bem.
Será que ficamos tão cegos assim quando estamos envolvidos nos nossos próprios problemas? Talvez sim. Será que problemas sérios, graves, podem acontecer bem embaixo do nosso nariz e simplesmente não enxergarmos? Reflito enquanto assisto as cenas. Peço que minhas filhas nunca experimentem uma relação tóxica. Que se aconteça que saibam sair imediatamente. Que se aconteça que eu perceba e esteja apta a ajudar.
É impressionante como o filme em seus poucos 90 minutos consegue mostrar a profundidade das relações, suas emoções e consequências. O quanto relações tóxicas e de dominação podem levar a um caminho nebuloso e de consequências graves para todos os lados. Respire e assista. Vale a pena.
Confesso que não ligo muito - ou até nada - a filmes e/ou séries. Gosto sim de documentários. Ontem vi um documentário sobre Adolfo Hitler que, embora mostrando as suas atrocidades desumanas, gostei de ver
ResponderExcluirDeixando uma 🌹
Oi Ricardo, eu até vejo alguns documentários, mas não são a minha primeira escolha.
Excluirbeijos
Chris
Muito bem.. Uma boa sugestão, então!! :)
ResponderExcluir-
Melancolia ...
Beijos e uma excelente Sexta Feira:)
OI Cidália,
Excluirmuito obrigada. Gosto de compartilhar o que eu gostei, assim quem sabe alguém pode aproveitar a dica.
beijos
Chris
Bem intenso, hein? E é tão bom qdo um filme nos surpreende assim tão positivamente, né?
ResponderExcluirBeijos/Kisses.
Anete Oliveira
Blog Coisitas e Coisinhas
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OI Anete, bem intenso sim. Um filme que fica na cabeça da gente depois que acabamos de ver.
Excluirbeijos
Chris
Olá,
ResponderExcluirConheço mais da Melanie atriz do que diretora, então estou curiosa por assistir esse.
Eu gosto da abordagem relações e o tom emocional delas, mas realmente torço pra ninguém passar pelo lado negativo disso.
até mais,
Canto Cultzíneo
OI Nana, eu gostei muito do filme. Acho que vale a pena conhecer o lado dela diretora.
Excluirbeijos
Chris
Ainda não tinha ouvido falar!!!
ResponderExcluirBj
Oi Gracinha, que bom que estou trazendo alguma novidade. kkk. Eu fico feliz com isso.
Excluirbeijos
Cris
Nunca tinha ouvido falar desse filme. Gostei da indicação :)
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Oi MOnique, é muito bom e não é um filme longo. Vale a pena.
Excluirbeijos
Chris
Confesso que nunca tinha ouvido falar desse filme
ResponderExcluirhttp://blogmariianaleal.blogspot.com
Oi Mari, os filmes franceses não são muito falado mesmo. Mas são muito bons.
Excluirbeijos
Chris
Eu fiquei sabendo do Festival Varilux em casa, mas acabei não assistindo nenhum filme... =/ Esse filme deve ser bem intenso mesmo... Realmente "respire" e assista... rs
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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OI Hanna, eu acho que o Festival Varilux em Casa vai estar disponível até Agosto. Acho que vale a pena aproveitar. Mas eu sou suspeita, dos 49 que estão disponíveis eu já vi 23. Muito louca do cinema francês. kkk
Excluirbeijos
Chris
Depois dessa resenha, fiquei super curiosa para assistir esse filme, parece ser muito bom
ResponderExcluirBeijos
www.pimentadeacucar.com
Oi Juliana, espero que você assista e goste.
Excluirbeijos
Chris
Muito interessante a temática. Para os nossos dias é ideal isso.
ResponderExcluirBom fim de semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
OI Émerson, é sim muito importante falarmos das relações abusivas que rolam to dos os tipos de relação e não apenas na homemXmulher.
Excluirbeijos
Chris