Eu gosto de assistir a filmes de nacionalidades diferentes. Às vezes eu escolho um país aleatoriamente e procuro um filme com produção local. Acho interessantes ver outras culturas, outras formas de pensar e lidar com o assunto, além de cenários, música, vestimenta. Ou seja, cultura no geral.
É interessante ver como a comédia francesa tem uma pegada bem diferente da comédia italiana, por exemplo.
Nessa semana chegou em minhas mãos, a convite da A2 Filmes, a oportunidade de assistir a um drama turco. Me dei conta que eu, até então, não tinha visto nem um filme dessa nacionalidade. Depois de "Um Grito de Liberdade" (Annem) já estou com uma lista bem considerável para conferir. .
"Um Grito de Liberdade", que estreou dia 11 de junho na plataforma Cinema Virutal, é um drama intenso que fala da relação de mãe e filha. Fala do amor superprotetor e, como o título quer sugerir, que pode chegar a sufocar e até afastar. Porém eu não achei que a tradução para o título nacional muito adequada, achei que fugiu do contexto do que o filme que mostrar. O título original, "Annem", que significa "Minha Mãe" mais coerente com a história contada e as emoções envolvidas.
Logo no início temos um diálogo interno de Nazli em que ela diz: "As pessoas que não têm uma razão para viver encontram uma razão para elas mesmas. Para minha mãe, a razão fui eu."
A partir daí vamos conhecendo a relação da mãe e filha. Ayse, uma mulher simples, dedica todo o seu amor, expectativas e objetivo de vida na filha. Uma mãe superprotetora e dedicada que não mede esforços para dar e fazer o que pode pela filha.
Asli não pode estudar e hoje vive uma vida com privações e se submetendo a um marido estúpido e aceitando inclusive agressões. Por isso ela quer um destino diferente para Nazli e pelo futuro da filha ela enfrenta o marido. Bem coisa de mãe que se torna uma leoa para proteger a filha.
Com o passar do tempo Nazli se torna uma adolescente e toda esse proteção, o jeito da mãe tratá-la como bebê, o cuidado excessivo passa a incomodar a garota. Poderia ser coisa de adolescente. Mas, a repulsa de Nazli pela mãe também fica excessiva. O distanciamento começa a ficar mais evidente.
Nazli consegue uma vaga na faculdade e finalmente vai realizar o sonho da mãe que se tornou seu próprio sonho. Se muda para Istambul onde estuda, trabalha, se esforça, conquista espaço, se apaxina, segue a vida. A realidade de Nazli na capital fica cada vez mais distante da realidade da mãe na pequena vila. Porém o amor da mãe e a sua disposição a fazer sacrifícios e entregar a própria felicidade em prol da felicidade da filha não são abalados.
Mudanças vão acontecendo na vida de Nazli, perdas no caminho, fazem ela rever seus sentimentos pela mãe e por suas origens.
Durante o desenrolar da história podemos perceber Nazli como uma filha ingrata, que não reconhece o amor e dedicação da mãe. Claro que eu como mãe não gostaria de ser tratada daquela maneira por uma filha. Senti a dor que Asli poderia estar sentindo. Porém em alguns momentos também conseguimos perceber que no íntimo, no fundo, Nazli nutre um grande amor pela mãe.
Mas o que a distanciou tanto? Excesso de mimo? Excesso de amor? Não. O peso de ser a razão de viver de alguém. O peso de sentir a culpa pela escolha da vida de quem se ama. O peso de ser a escolha de vida de se ama. Não que isso justifique o tratamento que Nazli dispensa à mãe.
Um filme forte, intenso, um drama até exagerado para os nossos moldes (talvez o povo turco seja mais carregado no drama do que nós estamos acostumados) e que fala nessa relação tão profunda e muitas vezes complexa que é a relação de mãe e filha. O que será que faz os filhos felizes? Uma mãe totalmente dedicada que abre mão da própria felicidade ou uma mãe que olhe um pouco mais para a própria felicidade mesmo que para isso exponha o filho a alguma dificuldade (dentro de um nível aceitável, é claro)?
Sinopse: "Uma mãe que é capaz de sacrificar tudo e tornar o impossível uma realidade para sua filha. Uma filha que tem vergonha de sua mãe e quer fugir de tudo para viver longe da família. O grito de liberdade da jovem surgiu com sua partida para a faculdade, deixando tudo para trás. Todavia, com o passar do tempo, o desejo de voltar para casa só aumentou. Anos depois, será possível recuperar tudo o que se perdeu com o passar dos anos?".
Bom dia:- Acredito que seja um drama fascinante de assistir
ResponderExcluir.
Deixando cumprimentos
Um miminho 🌹
Oi Ricardo, é uma drama bom de assistir. Principalmente por trazer outra cultura.
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Chris
Bom dia
ResponderExcluirESte filme deve ser deveras interessante! Obrigada
~~
Beijos e um dia feliz!
Oi Cidalia eu achei bem interessante sim,
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Chris
Parece um ótimo filme. Tb gosto de assisti filmes de nacionalidades diferentes.
ResponderExcluirOi Jamilly, eu acho que já que temos essa oportunidade, por que não explorá-la, né? Assim podemos abrir um pouco os nossos horizontes.
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CHris
Chris, nunca assisti nada turco e mesmo não sendo fã de drama, fiquei morrendo de vontade de assistir! Adoro assistir filmes/séries de nacionalidades diferentes.
ResponderExcluirBeijo.
Cores do Vício
OI Pathy eu tb não tinha assistido. DEpois descobri que aquele "Cela 7" que está fazendo sucesso é turco, mas eu não vi ainda.
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Chris
Oi Chris, tudo bem?
ResponderExcluirNunca assisti a um filme turco também, mas esse parece ser intenso mesmo.
Não sou mãe, então não consigo imaginar a força desse elo e os sacrifícios feitos. Mas também acredito que não devemos colocar nos filhos nossas expectativas, pois são seres humanos à parte de nós, com vontades próprias. Enfim, delicado.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi Priih, é um elo muito forte sim. Muitas vezes muito mais forte na via da mãe para a filha do que na reversa. Colocar as expectativas e toda a razão da vida em cima de outra pessoa pode ser uma carga muito pesada.
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Chris
Amo filmes estrangeiros que não são necessariamente americanos que são os que mais temos costume de ver, né? Acho que nunca vi nada Turco, que bacana, me interessei.
ResponderExcluirAmo histórias sobre mãe e filha, amei a premissa desse filme e a sua crítica! Deve ser bem dramático mesmo pela carga emocional da história.
Beijos
www.nandadoria.com.br
OI Nanda, é bem dramático sim. E achei o drama turco até bem intenso, tipo beeem dramático.
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Chris
Eu amei a sua resenha, é muito bom conhecer a arte de outra nacionalidade e nada como filmes para nos sentirmos mais próximos da cultura de outro país. Parece ser um filme forte, gosto dos dramáticos e esse parece ser perfeito e que no fim levanta um grande ensinamento para todos, filhos e pais. <3
ResponderExcluirBeijos, Primavera Agridoce ♥️♥️♥️
Oi Bruna, o cinema é mesmo uma porta aberta para conhecermos um pouco mais de outras culturas.
ResponderExcluirbeijos
Chris