- Mãe, tem alguém atrás da cortina.
- Não tem, não. Foi só o vento.
- Eu estou com medo, mãe.
A Sofia está na fase do medo. Normal! Todas as crianças passa por isso. Faz parte do desenvolvimento e amadurecimento. Cada faixa etária, normalmente, tem o seu medo específico. Por exemplo:
- De 1 ano e meio a 3 anos - apresentam medo do escuro, de pessoas mascaradas ou fantasiadas, de ficar sozinho.
- Se 3 a 5 anos - os medos mais comuns são: monstros, trovão, escuro, de se perder, fantasmas
Para ajudar as crianças é importante:
- respeitar o medo da criança. Esse sentimento é genuíno.
- permitir que ela se expresse. Ouvir o sentimento da criança ajuda a entender o que ela está sentindo e a buscar maneiras de tranquilizá-la.
- Explicar que nada lhe acontecerá de mal.
- Ajudar a criança a enfrentar o medo aos poucos, sem forçar a nada. Se a criança tem medo de pessoas fantasiadas, não adianta forçá-la a tirar foto com Papai Noel, por exemplo.
- Contar histórias de superação em relação ao medo apresentado pela criança.
- Criar as próprias histórias em que objeto do medo sejam personagens divertidos e do bem, quando possível. Se o medo for de monstro, este pode ser gente boa. Já se o medo for de bandido, não dá para o bandido ser bonzinho, né?
Voltando ao medo da Sofia da cortina balançando no escuro. A Sofia acabou de fazer quatro anos e está na fase do medo de monstros e de escuro.
Eu me lembrei do filme Monstros SA e resolvi criar uma história com uma monstrinha bem gente boa.
Falei que devia ser a Monstrina, uma monstrinha da cortina (tá certo, foi uma mentirinha minha. Podia ter dito que era o vento, coisa e tal. Mas eu adoro esse universo lúdico da fantasia e resolvi entrar nele). Contei que a Monstrina era uma monstrinha muito fofinha, cor de rosa e que queria ser amiga das crianças. Como a Sofia não conseguiu ver a Monstrina quis que eu a desenhasse para ela colorir.
Pronto, a Sofia ficou toda interessada e me pediu para fazer uma história da Monstrina. Dessa vez a própria Sofia me pediu para eu gravar a história AQUI para depois eu não esquecer.
Isso é ótimo porque eu e a Ana Luiza tínhamos várias histórias com fadas, monstrinhos bons e duendes que, como não registramos, esquecemos.
Nesses dias em que o medo bateu à nossa porta aproveitei para incluir na nossa leitura noturna os livros da coleção "Quem Tem Medo", da Ruth Rocha com ilustração da Mariana Massarani. Eu já havia lido esses livros para a Ana Luiza justamente quando ela estava em torno dos quatro anos (mesma idade da Sofia) e começou a apresentar alguns medos. A diferença é que os medos da Ana Luiza eram mais reais, tipo medo de ladrão.
Esses livros ensinam que todo mundo tem um medo escondido, compartilhado que, pode diminuir de tamanho e quem sabe, sumir...
Bom, o medo de monstro sumiu da Sofia, o medo de ladrão da Ana Luiza ficou um medo normal e o meu medo de ficar presa no elevador está sob controle.
Puxa que forma legal que vc encontrou para trabalhar o medo das meninas!!!!!!!!!!!!!!!!!Parabéns!!!!!!!
ResponderExcluirA Monstrina é bem engraçada...........com uma monstrinha assim o medo acaba na hora kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirMonstrina, eu te amo!
ResponderExcluirPois é, continuamos contando a história da Monstrina. Ontem acrescentamos a Puja boca Suja. A Monstrina saiu correndo do quarto da Puja porque ela não gosta de palavrões.
ResponderExcluirfoi mesmo uma maneira inteligente de trabalhar o medo ,,,, você ´inteligente e nasceu mesmo para lidar com crianças ...
ResponderExcluirchristiana vocês também tinham uns medos e era bom a gente ria e brincava muito com isso beijos da penha
ResponderExcluirA SOFIA ME FALOU SOBRE A MONSTRINA .... E ELA JÁ FALOU SEM MEDO ,COMO SE FALA DE UMA AMIGUINHA ....
ResponderExcluirA SOFIA ME FALOU SOBRE A MONSTRINA .... E ELA JÁ FALOU SEM MEDO ,COMO SE FALA DE UMA AMIGUINHA ....
ResponderExcluirChris, demais mesmo a ideia da Monstrina. Engraçado que as meninas demonstraram os medos por volta dos 4 anos, mesma idade de Bento! Acho que essa é mesmo a "idade do medo".
ResponderExcluirAdorei as dicas de livros, até favoritei a página aqui para lembrar de procurar em minha próxima ida à livraria.
beijo!