domingo, 31 de maio de 2020

A Semana 21 de 2020 - Décima Primeira semana de quarentena

Conforme a quarentena vai se alongando vamos nos adaptando sim, mas por outro lado eu tenho tido a sensação de que estou chegando perto do meu limite. 

Mas o bom é que a semana passa e vejo que junto com o aumento do período de isolamento o meu limite também aumenta um pouco. Tem que ser!


Nessa semana trabalhei muito, muito mesmo. Por um lado isso é bom porque faz sentir o dia passar rápido e sendo útil. Por outro lado acho que o dia passou rápido demais e não foi tão útil assim porque não fiz nada além de trabalhar.  Isso tem sido bom também para desmistificar a lenda de que home office é a melhor coisa do mundo para a qualidade de vida.

Para relaxar entre as jornadas de trabalho assisti a série "Little Fires Everywhere". Maravilhosa! Uma história intensa e poderosa sobre maternidade, sobre escolhas de vida e querer justificar as próprias escolha não aceitando caminhos diferentes. A minissérie é baseada no livro homônimo de Celeste Ng e estrelada pelas atrizes Reese Witherspoon e Kerry Washington e é facilmente maratonável. Vale a pena!



LI o livro "O Segredo do Meu Marido". Tem sido muito bom recuperar o hábito da leitura. Tem me ajudado a desconectar e relaxar. 


Essa semana cozinhei pouco. Deixei rolar! Tanto que foi a primeira semana desde que começamos nesse isolamento que não teve bolo. Me dei conta disso agora, fazendo o post. Mas teve um couscous marroquinho com grãos que ficou muito saboroso e colorido.


Assisti mais um filme do Festival Varilux em casa. "Gemma Bovery - A Vida Imita a Arte", uma comédia romântica que exala sensualidade. Muito boa de assistir.


Foi aniversário de uma grande amiga e não pude estar com ela. Mas fiz brigadeiro para comemorar o niver da amiga (ela adora o meu brigadeiro. Sempre que chega aqui em casa me pede para fazer). Ou seria uma desculpa para eu afogar a angústia de mais uma semana de isolamento em uma panela de brigadeiro.


Assisti, na Amazon Prime, o filme "Frozen II" junto com as filhas. Uma história bonitinha, fofa, com uma animação encantadora. Um filme para adultos e crianças, um filme para todos. Uma aventura que distrai e alegra. 




Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.

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sábado, 30 de maio de 2020

Dica de Leitura - Livro "O Segredo do Meu Marido"


Este período de isolamento social me ajudou a retomar o meu ritmo de leitura. Fazia um bom tempo que eu estava com pouco foco e concentração para livros. Lia um ou outro esporadicamente. Não estava mais emendando uma leitura na outra.

Com essa quarentena voltou a vontade de me desligar e viajar nas histórias contadas em páginas. Tenho lido um livro por semana. E o desta foi "O Segredo do Meu Marido".


O que me fez despertar a curiosidade sobre esse livro foi a quantidade de recomendações que vi nos blogs. Guardei a dica na minha pasta de "Livros que quero ler", no Pinterest e imediatamente fiz o pedido na livraria. Eu ainda gosto do livro físico. E nesses dias em que a grande maioria do nosso entretenimento está virtual, online, digital, ler livros físicos tem me ajuda a desconectar e desacelerar. 

"O Segredo do Meu Marido" chegou e eu logo quis descobrir qual seria. Esse livro tem isso: desperta a nossa curiosidade a cada página. Mesmo que em alguns momentos dê para perceber o que vai rolar como por exemplo: quando Cecília descobra a carta do marido. Ela vai abrir ou não. É claro que vai. Mas fica a curiosidade para descobrir o conteúdo. Mais adiante, antes mesmo dela ler a tal carta, já dá para sacar qual é a grande revelação, mas fiquei curiosa para saber o que ela fará com a descoberta. E assim vamos nos envolvendo com as história dessas três mulheres. Ah! Quais três mulheres? Verdade, não contei.

Cecília, Raquel e Tess. Três mulheres completamente diferentes, a princípio com vidas que correm totalmente em paralelo. Cada uma vivendo o seu dilema. Porém suas vidas vão se entrelaçando e até que ponto as decisões, escolhas e mudanças de percursos de uma afeta na reviravolta da vida da outra?!

Cecília é uma mãe de família perfeita em um casamento perfeito, totalmente organizada, planejada, metódica, reconhecida pela sua comunidade na região Norte de Sydney. Raquel uma avó que trabalha em na escola dos filhos de Cecília que leva a vida com a dor de ter perdido uma filha há 27 anos. Por fim Tess, uma mulher casada que vive bem com o marido e o filho em Melbourne onde toca sua empresa em sociedade com o marido e a prima. 

Vida que segue conforme vem seguindo para as três. Até que Cecília encontra uma carta que o marido, Jean-Paul, havia escrito para que a esposa lesse na ocasião de sua morte. E agora? Ela abre a carta ou respeita o desejo do marido que está bem vivo? Raquel recebe a notícia de que o filho vai se mudar para Nova York e levar o neto, a única alegria da vida de Raquel. Tess recebe uma revelação do seu marido que a abala a ponto de pegar o filho e partir para a casa da mãe em Sydney. 

O desenrolar da reviravolta na vida dessas três mulheres faz com que seus destinos, passado e presente afetem a vida uma das outras. Suas vidas vão sendo conectadas a cada capítulo de uma forma inesperada para elas, mas algumas vezes previsíveis para os leitores (pelo menos foi para mim). Mas nada que diminua ou afete o interesse em descobrir como será o próximo passo de cada uma delas.

"O Segredo do Meu Marido" traz uma narrativa leve, aparentemente despretensiosa, e muito envolvente. Porém por trás dessa leveza tem uma trama complexa com personagens femininas bem construídas com várias camadas, qualidades e defeitos que vão sendo demonstradas a cada atitude.


Era isso o que precisava ser feito. Era assim que se convivia com um segredo terrível. Apenas seguia-se em frente. Fingia-se que estava tudo bem. Ignorava-se a dor profunda, o embrulho no estômago. De algum modo era preciso anestesiar a si mesmo de forma que nada parecesse tão ruim assim, mas tampouco parecesse bom.


Essas personagens passam por dilemas que nos faz pensar em como agiríamos se estivéssemos vivendo os conflitos de cada personagem. Mas a grande verdade é que só sabemos ao realmente viver e sentir na pele, na alma, no coração os fatos.

Você podia se esforçar o quanto quisesse para tentar imaginar a tragédia de outra pessoa – afogar-se em águas congelantes, viver numa cidade dividida por um muro – , mas nada dói de verdade até acontecer com você.


Um romance com toque de thriller psicológico que nos envolve, faz torcer por certas atitudes que nem sempre acontecem como esperamos e justamente por isso nos faz refletir.

"Para ela, parecia que todo mundo tinha autopreservação e orgulho demais para simplesmente desnudar a alma na frente de parceiros de longa data. Era mais fácil fingir que não havia mais nada a conhecer, criar um companheirismo despreocupado."


Eu achei que a conclusão do livro, apesar de muito surpreendente, deixa alguns pontos em aberto. Eu tive aquela sensação de que acabei de assistir a uma temporada de uma série  que deixou a possibilidade de uma próxima temporada. Ou seria apenas para que os leitores imaginem e criem esses desfechos. Afinal...


Nenhum de nós conhece os possíveis cursos que nossas vidas poderiam ter tomado. E provavelmente é melhor assim. Alguns segredos devem ficar guardados para sempre. Pergunte a Pandora.





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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Couscous Marroquino com Grãos - Ótimo para Veganos e Não Veganos


Nesses dias de isolamento social, tendo que fazer mais coisas dentro de casa, saindo menos para comer fora, eu estou indo muito mais para a cozinha. Na tentativa de deixar esses dias iguais com um toque de diferentes, de novidade e de que saímos da rotina, tenho procurado fazer comidas diferentes, varia no cardápio e nos sabores.

Por outro lado conciliar tudo isso com o home office, nem sempre é fácil. Assim preciso preparar pratos não muito elaborados, que sejam saborosos, porém práticos e versáteis. Uma opção dessas é o couscous ou cuscuz marroquino. Ele pode ser servido como prato único quando bem incrementado, pode ser salada, ou acompanhamento. Pode ser servido frio ou quente. Pode, inclusive, ser doce.

Nessa semana preparei uma versão do couscouz marroquino com pegada vegana, mas que agradou a todos da família.

Receita Couscous Marroquino Vegano com Grãos




O que utilizamos:

- 1 xícaras de couscous marroquino (sêmola de trigo);
- 1 xícaras de água;
- 1 colher de sopa de azeite;
- 1 xícara de grão-de-bico cozido e temperado com 1 colher de chá de açafrão;
- 1/2 xícara de ervilha cozida e temperada com uma pitada de tomilho seco;
- 1/2 xícara de lentilha cozida e temperada com orégano e manjericão;
- 1 cebola picada;
- 1 tomate cortado em quadradinhos;
- 2 dentes de alho picados;
- 1 cenoura média cortada em quadradinhos levemente cozida e temperada com uma pitada de curry;
- 1 punhado de sementes de abóbora assadas no forno com azeite e alho;
- 1 punhado de pistache;
- 1 folha de louro
- 1 punhado de salsinha picada;
- sal, pimenta do reino e páprica doce para temperar.
Parece muitos itens, mas garanto que é muito prático, uma vez que já temos o grão-de-bico, a ervilha e a lentilha cozidos na água e sal. O tempero neles é feito com a mão mesmo. Pego um pouco do tempero que vou utilizar, polvilho e depois envolvo com os dedos. O grão-de-bico fica coma cor amarelada do açafrão e pega sabor.

Receita Couscous Marroquino com Grãos

Deixamos o grão-de-bico, a ervilha e a lentilha cozidos e temperados.
Assamos a semente de abóbora e reservo (cinco minutinhos no forno médio). Dessa vez o forno já estava quente porque tínhamos acabado de assar algo. Então, apenas colocamos a forma com as sementes no forno quente e deixamos lá enquanto preparava o couscous.

Refogamos a cebola e o algo em um fio de azeite (coloquei um pouco de óleo de gengibre também) em uma frigideira alta. Colocamos o tomate e misturamos. Adicionamos a sêmola de trigo e misturamos para apurar o sabor. Acrescentamos a xícara de água. Imediatamente colocamos a folha de louro, de salsa picada (coloquei algumas folhas de manjericão também. Temperinhos só ajudam), a páprica doce, o sal e a pimenta. Esse caldo hidrata e dá sabor couscous. Adicionamos a cenoura picada e mexemos até ficar seco (é importante mexer para o couscous ficar soltinho). No final do cozimento, assim que a água seca, soltamos os grãos da sêmola com um garfo.

Desligamos o fogo e adicionamos os demais itens, como o grão-de-bico, a lentilha, a ervilha, as sementes de abóbora e o pistache. Vamos colocando cada item e misturando para equilibrar a quantidade de cada um.

Receita Couscous Marroquino com Grãos


Ficou bom demais. Não precisava de mais nada no prato. Só fiquei meio arrependida de não ter trazido cuscuzerias lindas fábrica de cerâmica e mosaicos que visitei no Marrocos. Imagina esse cuscuz servido nelas?! Seria um arraso!

Receita Couscous Marroquino Vegano com Grãos


O coscous é uma iguaria típica dos berberes, primeiros povos que habitaram o norte do continente africano, região que compreende Sahara Ocidental, Tunísia, Marrocos e Argélia, desde pelo menos 10.000 aC. Quando estive no Marrocos, é claro que fiz questão de experimentar o tradicional couscouz marroquino livre de influências ocidentais. 

O bom é que pode ser um prato muito variado. É só usar a criatividade e o que temos na geladeira. É ótimo também para fazer uso daquelas sobras. Neste meu caso tanto o grã-de-bico, quanto a lentilha e a ervilha eram sobras de outros pratos da semana.

Outras receitas de couscous marroquino aqui no blog.




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terça-feira, 26 de maio de 2020

Pintura - Minigaveteiro ótimo de bom


O ótimo é inimigo do bom ou o bom é inimigo do ótimo? Em busca do ótimo muitas vezes nem chegamos a fazer o bom. Por outro lado podemos poucas vezes criar algo ótimo, porque é mais fácil chegar ao bom. Por outro lado a busca pelo ótimo, pelo perfeito pode gerar ansiedade. Por outro lado se contentar com o bom poder ser pouco desafiador. Ou seja, o ótimo e bom podem muito bem ser amigos, não?

Mas por que a pessoa aqui está filosofando sobre o ótimo e bom serem inimigos ou amiguinhos? Por causa desse minigaveteiro coloridinho que finalmente foi cumprir sua função.


Eu ganhei de uma amiga esse minigaveteiro em madeira para ser pintado. Assim que recebi o presente já sabia qual seria o destino dele. Iria para um cantinho da minha cozinha que estava meio feioso. Nele tinham três caixinhas para guardar quinquilharias necessárias. Nada mais prático e objetivo do que substituir as três caixinhas feiosas por três gavetinha empilhadas. Organização e economia de espaço juntos.

Pois é, mas o gaveteiro ficou "entulhando" o meu armário de pintura por mais de um ano. E o espaço na cozinha permaneceu feinho por todo esse tempo. Isso porque eu fiz e refiz a peça três vezes. Isso mesmo.

Primeiro fiz deoupagem com guardanapos de frutinhas nas gavetinhas (combina com cozinha, né?). Não gostei muito. Achei que ficou meio apagadinho e apaguei. Depois escolhi outras cores que não gostei muito da combinação. Mais uma vez apaguei tudo. E assim o gaveiteirnho voltava para o armário, o espaço continuava feio e eu com a pendência de fazer essa tarefa.


Finalmente resolvi fazer concluir a peça. Simplesmente concluir. Ótimo, bom, ruim, eu não queria saber. A meta seria finalizar.

Pedi para a minha filha escolher um guardanapo para a decoupagem das laterais e parte traseira. Eu não questionaria a escolha. A partir daí definiria as cores para as gavetinhas. 



E para o topo. O gaveteiro pronto não receberia avaliação nem qualificação. Simplesmente iria cumprir o seu papel.


Transformar o espaço bagunçado da cozinha.


Em um espaço mais organizado, colorido e com toque pessoal.


Se o minigaveiteiro ficou ótimo? Não sei! Tá bom! Sei que ficou muito melhor do que parado no armário ocupando espaço. E o espaço na cozinha ficou bom. O que está ótimo. 

No final o bom e o ótimo ficaram conciliados. O que é ótimo!


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segunda-feira, 25 de maio de 2020

Filme "Um Amor Impossível"



Sabe aquele filme que quando acaba você fala: "Nossa, que filme!"?! É esse! Forte! Impactante! 

"Um Amor Impossível" inicialmente parece um romance, mas é um drama intenso. Porém está longe de ser um dramalhão hollywoodiano, e sim um drama no melhor estilo francês. Que vai nos apresentando as angústias com sutileza.



Raquel (Virginie Efira) uma datilógrafa, mulher linda, de uma pacata cidade francesa conhece o tradutor parisiense Philippe (Niels Schneider). Philippe não é tão bonito assim, a princípio Raquel até seria "muita areia para o caminhãozinho" do rapaz.

Acontece que Raquel é uma jovem provinciana de 26 anos e Phillipe um cara de família rica da capital. Ele é culto e fala várias línguas. Isso encanta Raquel, mas também faz com que intimamente ela se sinta ligeiramente inferior. Philippe usa muito bem sua cultura e educação para sutilmente humilhar a moça.

Apesar da paixão ardente que surge entre os dois Philippe deixa claro desde o início que não casaria com uma moça de origem humilde e do interior. Uma relação dessa não valeria a sua liberdade.

O trabalho de Philippe em Châteauroux chega ao fim e o rapaz retorna a Paris deixando Raquel, mas mantendo a relação casual dos dois.

Raquel engravida de Chantal (Ambre Hasaj como bebê, Sasha Alessandri-Torrès Garcia quando criança, Estelle Lescure na sua adolescência e Jehnny Beth na fase adulta). Philippe não reconhece a menina como filha, nem assume as responsabilidades de pai.

Mesmo lutando para que o pai assuma Chantal e coloque seu nome certidão de nascimento, Raquel continua envolvida com Philippe e tendo encontros casuais quando ele resolve aparecer.

A história vai se desenrolando com o crescimento de Chantal e as relações de Raquel com a filha e Philippe.

Raquel aparentemente uma mulher forte e um passo a frente de sua época e sociedade em que está inserida, independente a ponto de criar a filha sozinha, tem sua confiança e autoestima minada pela personalidade manipuladora de Philippe.

É angustiante ver como uma relação tóxica pode cegar uma pessoa inteligente. É isso que vemos acontecendo com Raquel no final dos anos 50. É isso que ainda acontece hoje em dia com muitas pessoas.

Raquel constrói uma relação de extrema cumplicidade com a filha, porém a reaproximação de Philippe consegue abalar essa estrutura. É angustiante ver como uma pessoa destrutiva, fazendo uso do seu charme e inteligência consegue desestabilizar e iludir a sua vítima.

Enfim, "Um Amor Impossível" é um filme que traz questionamentos muito além dos amores impossíveis a nível de romance, de casal. Faz questionamentos sobre o amor paternal e o amor maternal. Fala de relações tóxicas, preconceitos, questões familiares, deveres morais e éticos, sobre autoestima.

Apesar de ser um filme forte e intenso, é bom de assistir. O envolvimento psicológico é levemente suavizado pelos os cenários e paisagens francesas trazendo um equilíbrio prazeroso.



Um filme que quando acaba pensamos: "nossa, que filme!" e também torcemos para não cruzarmos com pessoas tóxicas, manipuladoras e perversas como Philippe nos nossos caminhos, nem no caminho de quem amamos. E que se isso acontecer que estejamos com a autoestima em dia e os olhos bem aberto para percebermos e nos livrarmos rapidamente.

O filme está disponível no "Festival Varilux em Casa", na plataforma Looke.


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domingo, 24 de maio de 2020

Semana 20 de 2020 - Décima semana de quarentena


Olha, desde que começou esse período de isolamento social  essa foi a semana mais difícil para mim. A que mais senti emocionalmente os efeitos do afastamento e confinamento. Procurei amenizar esses sentimentos com muito foco no trabalho, pois a sensação de dever cumprido, superação e de ter feito acontecer traz satisfação e faz bem para a autoestima. É um relaxar, após um grande esforço. 

Foquei também em atividades que me fazem bem. Pintei o minigaveteiro que estava guardado faz um bom tempo. O objetivo desse gaveteiro é organizar um pequeno cantinho da cozinha e subistituir três caixinhas que ficam ali para guardar quinquilharias necessárias. 


Fiz mais uma sessão de cinema Festival Varilux em Casa com a companhia virtual de uma amiga. O filme escolhido foi "Um Amor Impossível". Sabe aquele filme que quando acaba você fala: "Nossa, que filme!"?! É esse. Forte. Inicialmente parece um romance, mas é um drama (sem ser um dramalhão hollywoodiano, e sim um drama no melhor estilo francês) que fala relações tóxicas, baixa autoestima, questões familiares, conflitos sociais. Vou fazer um post sobre o filme.


Uma forma de acalentar a tristeza que estava sentindo no peito foi cozinhar. Preparei comidas diferentes e saborosas para todas as refeições. Teve café da manhã com panquecas veganas e não veganas. Pizza com "résditudo" que tinha na geladeira. 


Varei bem nos almoço e jantar também. Aproveitei receita antiga, como o Risoto "Aos Perfumes da Horta" e incrementei com camarão e pimentões de verde e amarelo. Assim ficou um risoto de camarão perfumado e colorido que servi com lombo de peixe e molho de camarão. Teve frango empanado com mostrada, gravatinha com linguiça, legumes assados, uma receita de batata-doce caramelada. Nossa, vou fazer um post com cardápio da semana. 


Assisti a série "Virgin River",  baseada na série de livros de mesmo nome de Robyn Carr. O que me encantou e estimulou a assistir essa primeira temporada disponível na Netflix nesta semana em especial foi o cenário. A série se passa em uma cidade fictícia de interior; cercada de muita natureza, um clima frio aconchegante; com energia de lugar pequeno, tranquilo em que os moradores são gentis (um pouco fofoqueiros) e se ajudam. Aquele lugar que parece que nunca seria afetado por uma pandemia. Vou fazer um post sobre a série, por isso não vou descrevê-la muito aqui. Vou deixar apenas a sinopse muito resumida da própria Netflix: "Uma enfermeira se muda de Los Angeles para uma cidadezinha no norte da Califórnia em busca de um recomeço.".


Ganhei duas ilustrações de uma amiga querida. O presente que chegou como entrega na minha portaria me fez sentir abraçada. Coloquei no meu cantinho do computador, local que passo a maior parte do tempo do meu home-office. Assim ele ficou mais aconchegante, pessoal, cheio de carinho e afeto. Postei fotos do cantinho com as ilustras no Instagram.


Foi aniversário de uma amiga querida. As filhas organizaram uma festa virtual para que mesmo nesse afastamento necessário ela se sentisse abraçada e querida como merece. 


E já que teria festa, tinha que ter bolo. O bolo de bolo segue ganhando variações de sabores. Nessa semana foi de banana. Apenas cortamos algumas bananas em fatias ao comprido e colocamos no meio da massa. Ficou delicioso! Fofinho! E teve a versão do bolo de bana vegano também. 


Para fechar a semana, após um bom tempo de conversa e desabafos com uma amiga pelo WhatsApp, sem combinarmos nada, sem falarmos de céu, assim que desligamos, simultaneamente uma mandou para a outra a foto do céu de sua janela (ela em Búzios e eu aqui no Rio) com a mensagem (as frases não eram idênticas, é claro, mas diziam a mesma coisa): "acabei de falar com você e tirei essa foto do céu. Olha como está lindo! Isso renova a nossas esperanças.". Muita sintonia! Isso é amizade. 

Fica a esperança de que tudo vai passar e nossas vidas vão retomar com o convívio próximo das pessoas.  

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.

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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Risoto "Aos Perfumes da Horta"

Mais uma receitinha que foi publicada no Recanto das Mamães Blogueiras em setembro de 2014. Hoje me deu vontade de repetir essa receita e me dei conta que o link do blog antigo não está funcionando. Então, peguei o post e trouxe para cá. Com a mesma carinha que foi publicado, apesar de eu não gostar mais dessas fotos com margem. Mas vai assim mesmo!

Chegou a primavera e com ela dá aquela vontade de comidas coloridas, refrescantes e cheirosas. Então, hoje vou trazer a receita de um risoto que eu aprendi a fazer em uma aula de culinária com o Chef Piero Cagnin. O nome desse risoto é bem sugestivo: Risoto "aos perfumes da horta".




O que utilizar:

- 160 g de arroz arbóreo;
- 1 litro de caldo de legumes; (aqui está o segredo de um bom risoto. Aconselho a usar um caldo caseiro)
- 10 g de cebola picada; ( 1 colher de sopa)
- 60 g de manteiga sem sal;
- 100 ml de vinho branco seco;
- 30 g de queijo parmesão ralado;
- 1/2 pimentão vermelho;
- 1 tomate;
- 1 punhado de manjericão e salsa lisa picados;
- 20 ml de azeite de oliva extra virgem;
- 1 dente de alho picado;
- sal e pimenta do reino a gosto.

Como fazer:

- Retirar as sementes, as cartilagens brancas do pimentão, cortá-lo em cubinhos e reservar.
- Retirar a pele e as sementes do tomate, cortá-lo em cubos e reservar.
- Picar o alho, a salsa e o manjericão.
- Misturar o pimentão, o tomate, o alho, a salsa, o manjericão, temperar com sal e pimenta e reservar.

Para o risoto:



Em uma frigideira de borda bem alta colocamos uma colher de azeite, 30 g de manteiga, uma cebola picada e deixamos dourar. Acrescentamos o arroz e misturamos até os grãos ficarem brilhando. Colocamos o vinho, sempre mexendo, e deixamos apurar. Assim que o arroz ficou quase seco começamos a adicionar o caldo de legumes que deve estar fervendo. Fomos colocando duas conchas de caldo por vez sempre misturando e esperando ficar quase seco até o arroz ficar quase al dente.
Assim que o arroz ficou no ponto, aproximadamente 10 minutos após o início do processo, acrescentamos a mistura de "perfumes da horta" e deixamos finalizar o cozimento. Misturamos e deixamos no fogo baixo por aproximadamente dois minutos.




Desligamos o fogo, colocamos o restante da manteiga, o queijo parmesão ralado e demos uma mexida de leve.

Depois de pronto foi só servir. 






Essa receita serve duas pessoas e ficou uma delícia. Eu vou repeti-la colocando pimentão vermelho, verde e amarelo apenas para dar um colorido a mais.

Para quem gosta de risoto temos outras receitas no blog Inventando com a Mamãe, basta clicar nos links abaixo:

Para quem gosta de risoto temos outras receitas no blog Inventando com a Mamãe, basta clicar nos links abaixo:







domingo, 17 de maio de 2020

A Semana 19 de 2020 - Nona semana de quarentena


Seguimos nessa "quarentena sem fim" que eu já nem sei mais o que dizer. Sei que sigo sentindo necessidade de equilibrar o tempo entre atividades não virtuais e com as alternativas virtuais disponíveis.

Foi semana do Dia das Mães e tive o meu café da manhã especial. Se me perguntarem o que eu gostaria de ganhar de presente as repostas sempre serão as mesmas: um café da manhã ou uma viagem. Como viagem está fora de cogitação nesse período, vamos caprichar no café da manhã.  


Aproveitei para fazer um carinho em algumas amigas que são mães e mandei uns chocolates com nome de Dengo pra elas.

Precisei sair de carro uma vez nessa semana seguindo os protocolos de segurança. Nada de sair do carro, mas pude apreciar e contemplar um pouco de natureza. Que falta que o contato com a natureza me faz!


Li o livro "Lendo de Cabeça para Baixo" que me ajudou a me distrair e me manter desconectada. Falei do que achei do livro no post: Livro que eu levaria para o café da livraria.


Ando cozinhando bastante. Refazendo receitas, experimentando outras. Um bolo atrás do outro para espantar a melancolia. Risotos para acalentar o estômago. Legumes coloridos para alegrar o dia. Temperos para perfumar o ambiente. 


O home office pode ser isolado algumas vezes. Em outras é itinerante. Na varanda bem acompanhada e sendo observada, na sala no estilo espaço de coworking, no quarto sossegada. 


A pausa para o café pode ser acompanhada do bolo da semana e de amiga que traz alegria e proximidade. Mas ao  mesmo tempo traz mais vontade de estar junto, próximo, olho no olho sem ser através de uma tela. 


Assisti à série "Valéria" e contei no post "Valéria - uma série sobre mulheres que querem mais".


Assisti ao lançamento nacional na Netflix "Ricos de Amor". Uma comédia romântica cheia de brasilidades nos cenários, na música, nos festejos. Levinha, com elenco carismático e boa química. Mas também cheia de clichês que toda comédia romântica tem. Aquela sensação de que já vimos isso em várias outros filmes e histórias. Por outro lado traz questões como o assédio, desigualdade e privilégios, e claro de amor e amizade. Vale a pena como entretenimento. 

A história de Teto, o herdeiro rico filho do "Rei do Tomate" que, após conhecer e se apaixonar pela garota batalhadora, resolve mostrar o seu valor e para isso troca de lugar com o melhor amigo pobre, diverte e distrai.



Seguimos encarando essa quarentena.

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.

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sexta-feira, 15 de maio de 2020

"Valéria" - Uma série sobre mulheres que querem mais

Estava eu nesses meus dias de quarentena, após fechar o meu expediente de home office às onze horas da noite, decidindo entre fazer coisa nenhuma ou alguma coisa para dar uma relaxada antes de cair na cama para ter um desejado sono reparador diante do mais provável sono agitado. Me joguei no sofá da sala ainda na dúvida se olhava para o teto ou para a tela TV.

Liguei a TV, na Netflix para ser mais precisa. Domina pela preguiça e pra não dar chance a indecisão, escolhi logo a primeira sugestão que me apareceu em algum dos tópicos, a série "Valéria".


Apertei o play sem ao menos saber se era uma série longa ou curta. O objetivo era apenas assistir algo para me desligar do trabalho e me embalar no sono. Dos oito episódios, assisti os quatro primeiro seguidos. 

A trama gira predominantemente em torno da protagonista titular, Valéria, que é uma mulher de 28 anos que está em crise na vida profissional e pessoal. Um escritora em dificuldades para entregar o projeto do seu segundo livro. Sofrendo de bloqueio criativo, Valéria coloca em dúvidas o seu próprio valor próprio como escritora. Por outro lado, Adrian, o marido fotógrafo, também não demonstra muito interesse, nem dá credibilidade a carreira de Valéria. Pelo contrário, ele a incentiva a arrumar um emprego de segurança em um museu. Por um tempo a escritora até desiste de seu sonho para ser "babá de pedra". 

Nesse momento, Val encontra refúgio em suas amigas Lola, Carmen e Nerea, que ajudam a elevar seu ânimo. Com o apoio e incentivo das três melhores amigas, ela decide se aprofundar em um novo gênero de escrita. É justamente essa guinada no estilo de escrita que acaba deixando mais claro para Valéria as dificuldades que vive em seu casamento.

Enquanto busca respostas para seu relacionamento e para si mesma, Valéria conhece um belo estranho chamado Victor na festa de Lola. Novos interesses são despertados. Victor ao contrário do marido incentiva Valéria a fazer o que gosta e buscar os seus sonhos. Imediatamente o lado escritora começa a desbloquear enquanto o lado mulher é despertado. 

O quarteto de amigas vai trocando ideias, experiências e cada uma no seu drama, dilemas e altos e baixos, vais despertando para a própria sexualidade e se redescobrindo. 

Me envolvi na história dessas mulheres e assisti aos quatro episódios restantes no dia seguinte, novamente após encerrar o meu expediente. 

Valéria, nova série espanhola da Netflix, é baseada nos livros chick lit de Elísabet Benavent, e vemos bem esse estilo nos cenários e nos figurinos.

Netflix/divulgação


Os ambientes em que a história se desenrola, seja os apartamentos das personagens, local de trabalho, bares que frequentam, são modernosos, estilosos, descolados. Os objetos de decoração e roupas são coloridos e chamativos. Tudo tem um clima moderno e humorado. 

"Valéria" é um bom entretenimento que fala sobre amizade, família e vida profissional. Sobre seguir um sonho ou sucumbir as necessidades e expectativas sociais. Sobre conquistas e perdas. 

Apesar de um pouco superficial e dar a sensação de que já vimos algo assim, a série tem algo de novidade, um frescor e um colorido que me fizeram ir até o final e querer saber como essas mulheres iriam lidar com essa montanha russa de emoções que são os momentos de guinadas e decisões da vida. Uma coisa eu sabia, ela não ficariam na inércia. Elas queriam mais da vida. 



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