quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

retrospectiva 2020 - Através da tela do computador

 

2019 foi um ano intenso e turbulento. Esperávamos 2020 com ansiedade e esperança de um ano melhor. Afinal esse número 2020 significaria algo. Número casado! Ano do rato no horóscopo chinês! Último ano do década, pelo calendário Gregoriano.

Dentre as diversas previsões algumas diziam: "Nada de riscos ou de aventuras em 2020. Quanto mais enraizado e bem estruturado for, melhor. Tudo o que foi testado e vem se mantendo será ainda mais apreciado no novo ano. O valor do tradicional será aumentado. O diferente não exercerá tanta atração neste período anual e o convencional terá lugar especial. Consequentemente, a família, o lar, a pátria devem ser ainda mais enaltecidos em 2020, ou seja, tudo que representa uma base em nossa vida.".

E 2020 surpreendeu! Nos enraizou! O mundo fechou as suas portas e nos "prendeu" em casa. Na nossa estrutura, na nossa base. 

O vírus nos trancou em casa. O trabalho, para quem não perdeu o emprego, veio para dentro de casa. O home office se instalou. A escola, para quem ainda teve aula, veio para dentro de casa. A tela do computador passou a ser a nossa janela para o mundo.

Os planos tiveram que ser alterados radicalmente, os sonhos postergados. Tivemos que nos adaptar rapidamente.

Com esse maior pretenso tempo em casa eu pensei que teria mais tempo para algumas coisas, como por exemplo pintar, ler, blogar, etc.

Pintura



Eu achei que iria finalmente pintar tudo que está na minha lista itens para pintar e destralharia o armário. Planejei até pintar um número grande de garrafas para doar para algum bazar de final de ano, tipo algum bazar para arrecadar grana para a SUIPA, por exemplo. Mas que nada! Desanimei! Pintei muito pouco. Muito menos do que quando estou trabalhado fora de casa, consumindo tempo em transporte. Pintei apenas:

- Garrafas - colorindo a minha quarentena;

- Oratório para São Camilo de Lelis;

- Jogo de Inox;

- Minigavateiro;

- Oratório para Santo Antônio.

Livros


Outra visão um tanto otimista que tive da minha maior disponibilidade de tempo proporcionada pelo home office, seria que me renderia bastante leitura. Achei que eu recuperaria o ritmo que um dia eu tive de ler um livro por semana. De qualquer forma li mais do que o ano anterior. 

Percebo que a questão da leitura não é uma questão de disponibilidade de tempo por si só. É mais uma questão de priorização e de concentração. Acho que o tempo "zapeando" nas redes sociais te afetado a minha concentração. 

- O Jantar Secreto - Raphael Montes;

- Adulta Sim, Madura Nem Sempre - Camila Fremder;

- Rita Lee, Uma Autobiografia - Rita Lee;

- Lendo de Cabeça Para Baixo - Jo Pratt;

- O Homem-Objeto - Tati Bernardes

- O Segredo do Meu Marido - Liane Moriarty;

- Minha Vida Não Tão Perfeita - Sophie Kinsella;

- Azar o Seu - Carol Sabar;

- A Padaria dos Finais Felizes - Jenny Colgan;

- A Adorável Loja de Chocolates de Paris - Jenny Colgan;

- A Pequena Livraria dos Sonhos - Jenny Colgan;

- "A princesa salva a si mesma neste livro" - Amanda Lovelace

- "A bruxa não vai para a fogueira neste livro" - Amanda Lovelace

- "A voz da sereia volta neste livro" - Amanda Lovelace

- O Fio da Trama - Alessandra e Consuelo Blocker;

- Teto Para Dois - Beth O'Leary;

- A Casa do Califa - Um Ano em Casablanca;

- Na Corda Banba - Kiley Reid;

- A Casa Holandesa - Ann Patchett;


Séries



Eu não era muito de séries. Via poucas. E normalmente aquelas de apenas uma temporada. Assistia uma ou outra junto com as filhas, mas muito mais para estar com elas do que por uma iniciativa minha. 

O tempo em casa, a busca pelo entretenimento disponível dentro do isolamento me fez descobrir as séries. 


- The Wilds - Vidas Selvagens - 1 temporada

- Pretty Little Liars - revi as 7 temporadas

- The Undoing - 1 Temporada

- The Marvelous Mrs Maisel - 1a e 2a temporadas

- Amor e Anarquia - 1 Temporada

- O Gambito da Rainha - 1 Temporada

- Bom dia, Verônica - 1 Temporada

- Emily em Paris - 1 Temporada

- Rita - 5 Temporadas

- Segredos de Natal - 1 Temporada

- This Is Us - 4 Temporadas

- Good Girls - 3a Temporada

- Coisa Mais Linda - 2a Temporada

- Wanderlust - 1 Temporada

- Doces Magnólias - 1 Temporada

- Little Fires Everywhere - 1 Temporada

- Virgin River - 2 Temporadas

- Valéria - 1 Temporada

- Nada Ortodoxa - 1 Temporada

- La Casa de Papel - 4a Temporada

- A Vida e a História de Madam C.J. Walker - 1 Temporada

- Toy Boy - 1 Temporada

- Elite - 3a Temporada


Filmes



Adoro um cinema! Gosto de sentar na sala comum saco de pipoca e me viajar no telão. Gosto até de ficar com a cabeça pra lá e pra cá para desviar da pessoa sentada a minha frente. Senti muita falta! Senti falta das cabines de imprensa. Mas pude ver algumas cabines virtuais e muitos filmes no canais de streaming. Acho que os filmes foram a maior companhia de muitas pessoas. Aproveitei para ampliar o meu leque de opções buscando filmes de nacionalidades fora dos blockbusters e hollywoodianos. 

Foram muito filmes, a maioria está na pasta no Pinterest, Filmes 2020. Alguns em posts aqui no blog. Muitos nas postagens da semana. Mas não estão todos listados. Perdi algumas BC da Semana.

Assisti também a festivais disponíveis virtualmente, como o Festival Varilux de Cinema em Casa, Festival de Cinema Italiano e o Festival de Cinema Russo.


Cursos




Eu não tinha aderido, até então, ao cursos e treinamentos à distância. Sempre achei que o meu nível de concentração exige presença. Mas com o confinamento, a vontade de tornar os dias e hora mais úteis e proveitosos e a variedade de treinamentos disponibilizados gratuitamente, com descontos, e de pessoas precisando se reinventar, etc., me empolgou. 

Fiz curso de fotografia, fiz cursos da minha área de trabalho, cursos comportamentais. Tirei duas certificações. 


Passeios

Os passeios e viagens foram interrompidos e bem limitados. Por outro lado aprendi a olhar os meus poucos caminhos, meus curtos percursos, minha rotas de rotina, com outro olhar. Comecei a ver beleza e me encantar com detalhes que antes passavam despercebidos. 

A inspiração veio de um amigo que mora em Nova York. Vejo as fotos que ele posta de detalhes da ruas, como portões, fachadas, street art, cenas corriqueiras e ficava encantada. Aquele encantamento quando estamos desbravando o desconhecido e sugando tudo por que teremos pouco tempo naquele lugar. Até que pensei: mas Nova York, para ele, é o lugar comum, é o lugar de rotina, e mesmo assim ele tem esse olhar de encantamento. Por que eu não posso buscar esse mesmo olhar aqui no meu bairro, na minha rua, na minha rotina?!



O Projeto #100em1 teve que ser interrompido, mas conseguimos fazer um parte dele. Postei "Projeto 100em1 em 2020. O que deu!"

Encontros



Os encontros, as comemorações, os desabafos também foram reinventados. O olho no olho ficou através das telas. 

Senti falta de estar com as pessoas, com os familiares, com os amigos. Senti falta dos abraços. A presença se tornou diferente, mas a emoção do encontro permaneceu. 


Blogar

Com a quarentena eu achei que daria um gás total no blog. Que iria postar praticamente todos os dias. Acabei sim postando mais do que no ano passado, participei de um BEDA em agosto, algo que nunca tinha participado antes, mas não postei tanto quanto imaginei. Pelo contrário. Tive momentos de muito desânimo, fiquei mais de duas semanas sem postar. Pensei em parar diversas vezes. Mas a saudade bateu. E continuei. 

Assim eu que não estava animada para uma retrospectiva de 2020, me inspirei no post da Pedrita do blog Mata Hari. Foi um ano de altos e baixos, acho que muito mais baixos do que altos, foi um ano de apreensão, medo e perdas. Momentos de desânimo e de descrédito na humanidade. 
Mas foi também um ano de agradecer a sobrevivência, a superação, a capacidade de adaptação e de mudar o rumo rapidamente. Um ano de transformação digital e pessoal. Um ano de buscar novos olhares, novas perspectivas. Um ano de aprendizado e de novas alternativas dentro das limitações. Um ano de vida adentro.
Um ano que nos deu tantos tapas na cara, que nos mostrou a importância da família, da saúde, pois nos cuidarmos deixou de ser um ato de amor próprio, mas passou a ser também empatia ao próximo. Um ano que nos mostrou o valor das pequenas coisas, momentos, o quanto é importante valorizar as pessoas que temos ao nosso lado. Um ano que limitou a nossa liberdade, mas não limitou a nossa criatividade. 


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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Projeto #100em1 em 2020 - O que deu!




A cada início de ano fazemos planos, traçamos metas, desafios, idealizamos sonhos que queremos realizar. 

Um dos meus objetivos para era viajar mais, conhecer algumas capitais brasileiras, alguns países da América do Sul, fazer a viagem de 15 anos com a minha filha mais nova, e fazer alguns bate e volta por cidades próximas. Também tinha o projeto de conhecermos, eu e a minha irmã, de tomarmos café juntas uma vez por semana em cafeterias diferentes pelo Rio de Janeiro. 

Por isso quando me deparei com o "Projeto 100 em 1" eu achei que seria um ótimo estímulo. O projeto me ajudaria tanto a fazer os passeios que eu queria, quanto a postar mais no blog. Aceitei o desafio! E confesso que achei que seria molezinha. 

O Projeto consiste em visitar 100 lugares no período de 1 ano.

Lugares que contam: restaurantes, praias, parques, trilhas, teatros. Cinemas, exposições/ museus, etc. (aqui vale usar a imaginação e aproveitar para se aventurar em conhecer lugares que sempre sonhou ou aproveitar e conhecer alguns pontos da cidade onde mora). Sempre considerando lugares novos para nós. 

Vou dizer que comecei bem. Pelo ritmo do início do ano eu cumpria os 100 lugares antes do final do ano. Quem poderia imaginar o que estava por vir?



3 – Le Depanneur do Largo do Machado

Uma delicatessen que costumo ir perto da minha casa, porém inaugurou uma nova filial no bairro do Largo do Machado. Mais ampla, com outro visual e o mesmo cardápio. Foi gostoso sentar na área externa, contemplar a vista da praça, o vai e vem das pessoas, tomar um bom café da manhã com calma e ainda ler algumas páginas. Uma sensação temporária de calmaria e de que o tempo não estava correndo. 




7 – Pain Perdu no Leblon

Mais uma cafeteria com a minha irmã. O nosso projeto estava em andamento. Um encontro semanal para colocar a conversa em dia e experimentar novos sabores e novos ponto de vista. 




8 – Exposição “Força Precisão Leveza” no MAM
9 – Fazenda Samambaia

Uma das fazendas reminiscentes da Estrada Real, em Petrópolis. Com Casarão Colonial datado do início do século XVIII. Possui a Capela de Santo Antônio (belíssima) em estilo “rococó” do século XVIII, construída por Valentim da Fonseca, antes da fundação da cidade. E os jardins são um verdadeiro refúgio de encantamento. Os jardins da Fazenda da Samambaia foram realizados pelo arquiteto paisagista Roberto Burle Marx em 1948.




11 – Planetário - NY

No nosso primeiro dia em Nova York, eu e a Sofia, chegamos ao  Hayden Planetarium, considerado um dos maiores dos EUA, por mero acaso. Ele não estava no nosso roteiro. Mas o Museu de História Natural estava. E foi assim que chegamos ao planetário, pois ele está localizado ao lado museu e tem acesso direto por dentro do Museu de História Natural. Um passeio superinteressante que nos surpreendeu bastante.  




14 – Estátua da Liberdade - NY





15 – DUMBO, no Brooklyn - NY

Um bairro charmoso e famosinho. Tipo um Santa Teresa aqui no Rio. Caminhamos, vimos as lojinhas charmosas, as cafeterias e lanchonetes, tomamos sorvete, comemos docinhos, fizemos fotos, contemplamos as fachadas, observamos e absorvemos a vibe do lugar. 




17 – National Mall - Whashington
18 – Museu Nacional do Ar e do Espaço - Washington

São muitos museus para se visitar em Washington. A gente fica até perdido sem saber qual escolher. O Museu do Ar e Espaço, localizado pertinho do Capitólio, é uma mais requisitados e famosos. Acho que por ser diferente em relação aos tipos de museus que encontramos mundo afora. 

O Air and Space Museum Nacional da Instituição Smithsonian, também chamado de NASM, possui uma enorme coleção de aeronaves históricas e naves espaciais. Criado em 1946 com o nome de Museu Nacional do Ar, a corrida espacial nas décadas de 1950 e 1960 levou à mudança de nome para Museu do Ar e Espaço.

Foi uma visita bem interessante. Deu para ter uma ideia de como os astronautas vivem no espaço, e ver de perto partes de um ônibus espacial de verdade!

Tem uma área com equipamentos antigos de voo que para mim foi bem divertida. Como meu pai é piloto de helicóptero, eu identifiquei várias peças que eu via na minha casa quando criança. E pensar que são peças de museu hoje em dia...






19 – The Frick Collection - NY
20 – The Vessel - NY

O famosinho The Vessel, prédio de escadarias interligadas, no bairro mais novo de Manhatan, o Hudson Yards. Bem instagramável! Eu estava doida para subir até o topo, curtir a vista e não me decepcionei.




23 – Hoboken - New Jersey

Sabe tipo Niterói que tem a melhor vista do Rio? Então, Hoboken tem a melhor vista de Manhatan. Atravessamos o Rio Hudson para ver Nova York de outro ponto de vista.

Hoboken é também a cidade de Frank Cidade do Frank Sinatra e da famosa confeitaria do Carlo’s Bake Shop, “Cake Boss” Buddy Valastro.

Nós fomos mesmo por causa da vista. Por isso no nosso foco foi o seu principal ponto turístico de Hoboken, o calçadão em homenagem ao seu filho ilustre, que fica em toda a Frank Sinatra Drive. Começamos o nosso passeio pelo Pier A Park e caminhamos até o Hudson River Waterfront Walkway, um píer que rende fotos lindíssimas de Manhattan.





29 – Deserto do Saara - Marrocos

Indescritível a emoção de pisar nas areias do deserto e ver o pôr do sol dali. Preciso de um post completão para tentar descrever tudo isso. 





Nesse ponto, com o projeto 100 em 1 indo de superbem, de repente, um vírus nos trancou em casa. A tela do computador passou a ser a nossa porta para o mundo. Até pensei que, diante do cenário, as visitas virtuais poderiam ser consideradas. Afinal não seriam apenas lugares novos, como uma experiência totalmente nova. 

Me aventurei por algumas visitas virtuais a museus, como o Museu L'Orangerie; o CCBB, Museu do Amanhã, o Museu Casa de Portinari em São Paulo, entre outros. Me aventurei de carro por ruas de várias cidades do mundo na página "Drive and Listen". Sinceramente, essas visitas virtuais serviram sim para me distrair na quarentena, mas nem de longe foram uma experiência completa. Longe de chegarem perto das emoções de uma experiência física, presencial. Então, o projeto 100 em 1 ficou parado. 

Depois de quatro meses e quatro dias completamente isolados dentro de casa, a nossa médica liberou para passeios no nosso carro, para lugares abertos em horários vazios, seguindo os protocolos de uso de máscara, higienização e distanciamento. Assim me aventurei em alguns lugares por perto. Fiz alguns bate e volta. 

35 – Parque Cremerie - Petrópolis

O parque funciona na antiga Crémerie Buisson - fábrica de queijos de Jules Buisson, fundada em 1845. Com mais de 40 mil metros quadrados, um espaço bem amplo e com algumas atrações. Nem todas estavam disponíveis por causa da pandemia e para evitar aglomeração. Caminhamos na área verde, visitamos o lago, comtemplamos a vista e a tranquilidade. 





O projeto andou mais um pouco até que voltamos ao isolamento. Logo, foi impossível completá-lo. Porém, diante das circunstâncias, olho para trás e até digo que foi bom.  

Agora é esperar a vida voltar a um ritmo normal, que essa pandemia finalmente seja controlada, e que possamos retomar o projeto. Aproveitar o mundo afora e a vida adentro. 



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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

A Espetacular Garganta de Todra e o Oásis de Tinghir

Estou aqui nesses últimos dias de 2020, olhando para trás e revendo tudo o que vivi nesse ano, assim como os planos que ficaram para depois. Foi nesse olhar para trás que revisitei uma das viagens mais sensacionais que fiz, a road trip pelo Marrocos. E como eu sou péssimas com os posts de viagem, é claro que deixei de fazer um monte. Um deles foi desse trecho inesquecível! Um visual cinematográfico!



No dia anterior tínhamos visto o pôr do sol no Deserto do Saara. Achei que nada mais me surpreenderia. Mas o Marrocos é surpreendente do início ao fim. Quando pensamos que a natureza já nos mostrou toda a sua beleza, grandeza e esplendor, ainda temos muito mais com o que nos encantarmos. 

Seguimos estrada afora com destino a Ourzazate. Seriam quilômetros de estrada a serem percorridos nesse trajeto. Mas as estradas no Marrocos não cansam. Pelo contrário, nos empolgam. As paisagens variam bastante a cada trecho, a cada curva - montanhas, desertos, oásis, neve, lagos, pedras, rosas. O caminho em si já é uma atração. 



E no nosso roteiro teríamos duas atrações turísticas, do tipo imperdíveis, do Marrocos: Oásis de Tinghir e a Garganta do Todra.

Confesso que eu estava muito curiosa com o Oásis. Algo que eu só tinha visto em filmes e tinha aquela ideia de um espaço pequeno no meio de um deserto gigantesco. Mais uma vez me surpreendi! O Oásis é enorme! São alguns quilômetros de verde deslumbrante entre montanhas árias. Um contraste de cores de uma beleza avassaladora

O que fazer no Marrocos

Ao longo do oásis passamos por alguns vilarejos construídos ao seu redor, alguns povoados antigos fortificados, que foram construídos de barro, também chamados de Casbás ou kasbahs. A primeira primeira que passamos foi Tinejdad, localizada em Tafilalt, no Vale do Todra. 


O que fazer no Marrocos

É interessante observar como as construções são feitas para se integrarem com a paisagem. Achei isso de uma sabedoria incrível. 

E também para se adequarem as variações de temperatura no verão e no inverno. São construídas com uma mistura de barro e palha.




Em seguida, foi a vez de pararmos para tirar fotos em Tinghir, um dos pontos mais bonitos da estrada. A cidade está localizada em meio a um enorme palmeiral verde, que contrasta lindamente com as montanhas vermelhas do Alto Atlas e as casas construídas em barro.

Tinghir (também chamada de Tineghir ou Tinerhir) é um ponto imperdível na Estrada das Mil Kasbahs. A cidade, localizada no planalto que separa o Alto Atlas do Monte Saghro, uma das montanhas mais altas da cordilheira do Anti-Atlas com mais de 2700 metros de altura, é construída em terraços ao redor de uma parte mais alta dominado pelas ruínas de uma antiga residência, El Glaoui.


O que fazer no Marrocos

 
É uma região, que faz fronteira com o Saara, bem importante para a história do Marrocos. Faz parte da rota de comércio de sal, ouro e escravos entre a África negra e o Marrocos. 


O que fazer no Marrocos

Eu fiquei com vontade de caminhar no interior do oásis. Sei que tem essa opção de passeio e que o visual é incrivelmente belo. Porém não estava no nosso roteiro (infelizmente). 

Dali seguimos para as tais "Gargantas de Todra". Estamos seguindo a estrada passando pelas áreas de oásis, procurando tamareiras com frutas maduras, observando os kasbhas e apenas 17 km depois da cidade de Tinghir, de repente, após uma curva, a paisagem muda nos deparamos com essa maravilha da natureza. De perder o fôlego!

O que fazer no Marrocos

Como se não bastasse, entre os desfiladeiros corre o Rio Todra de águas limpas, transparentes e geladinhas. Não tem como resistir. Tive que seguir caminho por dentro d'água enquanto observava e absorvia a imponência, grandiosidade e beleza deste desfiladeiro.

O que fazer no Marrocos

O “canyon” é todo delimitado por paredes praticamente verticais. A parte mais impressionante são os últimos 600 metros no final da Garganta de Todra. Ali, os enormes paredões de rocha vermelha, que chegam a atingir 160 metros de altura, se aproximam ficando com apenas 10 metros de distância de uma parede a outra. 

O que fazer no Marrocos

A extensão total da Garganta de Todra é de quase 50 km, com várias opções de caminhadas e escaladas. Dizem que normalmente fica bem cheio tanto de locais que passam o dia se divertindo por ali, quanto de turistas que chegam para fotos e vão, como também dos amantes de escalada e caminhadas. Como fomos no final do inverno e chegamos mais para o final da tarde, pudemos aproveitar o local bem vazio. 


O que fazer no Marrocos

O Canyon de Todra é dramaticamente belo e a estrada é uma das mais espetaculares que vi. Fiquei impressionei com a magnitude, com a energia e as cores da Garganta de Todra. Não canso de dizer que o Marrocos é um país com alma. 



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domingo, 27 de dezembro de 2020

A Semana 51 de 2020 - Quadragésima Nona de Quarentena - Semana do Natal

 

Penúltima semana desse ano catastrófico. Semana do Natal. Semana que entrarmos na Era de Aquário. Promessa de que as vibrações astrais serão alteradas com a nova conjunção cósmica e que os tempos sombrios irão partir (não de um dia para o outro, é claro). Mas isso adicionado ao espírito Natalino me trouxe mais esperança de termos uma luz no fim do túnel e que esse túnel esteja mais curto. 

Foi uma semana com mais leveza para mim. Mais leveza no trabalho. Desacelerando e finalmente entrando no clima de fim de ano. 

Assisti com a minha filha mais nova a série "Pretty Little Liars". Acho que é a terceira ou quarta vez que assisto a essa série. 

"Pretty Little Liars" é uma série adolescente em famosinha. Já tinha visto com a Ana Luiza e revisto com a a Sofia. Mesmo com todo o sucesso, a Netflix, já havia anunciado a removeu de todas as sete temporadas da série de seu catálogo. Isso acontecem em 21 de dezembro, no mesmo dia do início da Era de Aquário.  Por isso a nossa correria para rever. Tipo uma despedida. 

"Pretty Little Liers" é inspirada na série de livros homônima escrita por Sara Shepard. Na trama, Alison DiLaurentis (Sasha Pieterse), líder de um grupo de amigas, desaparece! Abaladas, as melhores amigas Spencer Hastins (Troian Bellisario), Hanna Marin (Ashley Benson), Emily Fields (Shay Mitchell) e Aria Montgomery (Lucy Hale) acabam se afastando. Porém, se reencontram na missa de um ano da morte de Alisson. A partir daí começam a receber mensagens anônimas assinadas por "A". As mensagens trazem a ameaça de revelação de seus segredos mais profundos e até incriminadores, já que o assassino de sua melhor amiga ainda não foi revelado.

Foi bom ficarmos juntas relembrando os sustos que levamos com os episódios, rindo, conversando. 



Preparei um brunch pra mim mesma porque eu mereço. Muito bom nos sentirmos merecedoras de um cuidado, um carinho, uma atenção nossa. Sem esperar que venha do outro. Muitas vezes dedicamos tempo e atenção para dar carinho, fazer surpresas e ser gentil com as pessoas que amamos ao nosso redor. E esquecemos de nos dedicarmos a nós mesmas. Muito bom sermos gentis com nós mesmas também. Agradeço a mim o brunch que preparei.
Avocado toast com ovo e um toque natalino com frutas vermelhas: duas torradas de pão integral artesanal; um avocado amassado com o garfo e temperado com pouco de cebola ralada, meio limão espremido, sal e pimenta do reino; dois ovos fritos temperados com orégano e frutas vermelhas (morango, framboesa e amora) com uma pitada de açúcar peneirada.

Me lembrou alguns cafés da manhã com a filha, na Austrália. Bateu saudade!


Com o aumento de casos, voltamos ao isolamento e aumentamos as nossas restrições de circulação. Então, para ver um pouco da beleza do dia ensolarado fomos dar uma volta de carro e olhar a paisagem pela janela, pelo retrovisor. 


Li o livro "A Casa Holandesa". Um leitura gostosa, envolvente, que me fez achar que os personagens eram reais. Uma história sobre família. amor, abandono, perdão e herança.

Sinopse:"Após a Segunda Guerra Mundial, graças a uma conjugação de sorte e senso de oportunidades, Cyril Conroy entra no ramo imobiliário, criando um negócio que logo se torna um império e leva sua família da pobreza para uma vida de opulência. Uma de suas primeiras aquisições é a Casa Holandesa, uma extravagante propriedade no subúrbio da Filadélfia. Mas o que ele imaginou que seria uma surpresa incrível para a esposa acaba por desencadear o esfacelamento da família. Quem nos conta essa história é o filho de Cyril, Danny, quando ele e a irmã mais velha – a autoconfiante Maeve – já não moram mais na casa em que cresceram, onde cada centímetro um dia ocupado por eles, pela mãe e o pai agora pertence a madrasta e suas duas filhas. Danny e Maeve aprenderam muito cedo que eram a única certeza na vida um do outro. Eles e a Casa Holandesa.
A construção – erguida na década de 1920 pelos Van Hoebeeks, um casal que fez fortuna comercializando tabaco e cujos retratos em tamanho real ainda estão acima da lareira, na sala de estar – exerce certa aura mágica sobre todos os habitantes da trama, não apenas Maeve e Danny. Foi um troféu para o pai deles, um fardo para mãe, uma ambição concretizada para madrasta. Apesar de suas conquistas ao longo da vida, Danny e Maeve só se sentem verdadeiramente confortáveis quando estão juntos e repetidas vezes voltam aquele endereço, observadores externos da própria vida.".


Tenho buscado me encantar mais com os percursos limitados e cotidianos. 


Colocar sabor e cor nas refeições traz uma ideia de variedade, diversidade, novidade. Aplaca um pouco a falta de ir a um restaurante e experimentar um prato diferente. Nessa semana preparei grão-de-bico com legumes, espinafre, linguiça e bacon veganos. 


Recebi vários presentes das amigas. Presentes escolhido com cuidado, e com carinho. Pequenas delicadezas. Acredito que a falta de mobilidade e disponibilidade para percorrer lojas e vitrines, fez a escolha dos presentes ser mais cuidadosa. Pequenas gentilezas com mais significado. 


Preparamos a nossa Noite de Natal. Um Natal que surpreendeu, como já contei no post anterior.



Assisti com a filha mais velha a série "The Wilds". A série começou interessante com um quê de Lost com uma pegada feminista, mas acabou bem chatinha. Do tipo: não verei a segunda temporada.

Sinopse: "Parte drama de sobrevivência, parte festa do pijama distópica, The Wilds segue um grupo de garotas adolescentes de diferentes estilos de vida que se unem após a queda de um avião em uma ilha deserta.".




Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




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sábado, 26 de dezembro de 2020

Um Natal que surpreendeu

Em um ano que surpreendeu a todos o Natal não poderia ser diferente. Tinha que ser surpreendente. De forma diferente sim, porém surpreendente. 

A distância, o afastamento, o isolamento, prometiam um Natal com poucas pessoas, somente o núcleo familiar estaria junto, reunido. As histórias a serem compartilhadas se resumiriam a alguns momentos antes do mundo fechar as suas portas e a muitos momentos vivenciados da janela. Isso tudo fez com que eu baixasse as expectativas em relação a Noite de Natal e as comemorações de fim de ano. Estávamos tão desanimados aqui em casa que até a decoração da casa foi postergada.

Até que recebi a foto da decoração de Natal de uma amiga. Um enfeite simples, criativo, delicado e cheio de amor. Simplicidade, delicadeza, criatividade e amor! Precisamos muito disso durante esse ano. Sentimentos, atitudes e formas de (re)olhar a vida que fizeram toda a diferença.


Ali entre os enfeites da decoração da minha minha amiga, entre os filhos dela pequenos, estava a minha filha ainda bebê. Isso é conexão, isso é presença, isso é união, isso é amizade. Sentimentos e emoções que aprendemos a ressignificar nesse ano esquisito. 


As fotos com a decoração de Natal da minha amiga começou a me animar e a olhar para essa data, nesse ano, de forma diferente. 


Essa mesma amiga faz bandeirolas coloridas decorativas. Ela diz que sempre que olhou bandeirinhas penduradas em algum lugar isso a fez sorrir. 

As bandeiras coloridas são típicas no Budismo Tibetano onde o ato de pendura-las é fundamentado na intenção de que quando o vento bate bandeira coloridas com símbolos sagrados impressos nelas, entra em contato com esses símbolos e produzem uma fonte de boas energias, espelhando por todo lado os nossos votos com o resto do mundo e gerando uma onda de positividade.


Mais uma vez a energia da minha amiga me contagiou e animou a preparar a casa. Em cima da hora sim, mas como dizem: antes tarde do que nunca. 

As bandeirinhas, no Tibet, são penduradas para o bem-estar e felicidade de todos os seres consciente, criando um grande campo de energia positivaEnergia positiva, bem-estar e felicidade foram sensações e sentimentos que precisamos encontrar nesse ano de privações. 


Assim no último final de semana, anterior a noite de Natal, arrumamos a nossa casa. Planejamos a ceia. Entramos no clima. Quantas vezes precisamos entrar no clima nesse ano?!

Presentinhos começaram a chegar na minha portaria. Presentes delicados, escolhidos com cuidado, aconchegantes, com significado. Significado, aconchego, cuidado e delicadeza. Um ano que nos provocou a buscar essas percepções para os nossos dias. 


Um das pessoas que me presenteou disse que seguiu o meu exemplo que presenteio com os trabalhos artesanais das amigas e assim incentivo e divulgo os trabalhos dela. Exemplo e incentivo! A troca de exemplos e incentivos foi fundamental para nos superarmos nesse ano. 

A véspera do Natal chegou! Fomos juntos preparar a nossa ceia. Música na cozinha e animação. Estaríamos somente nós. Sem hora marcada para começar a Noite de Natal. Sem a pressão de estar com tudo pronto até a hora marcada para as pessoas chegarem, nossa festa particular começaria quando tudo estivesse pronto. O cardápio contaria com um pouco do que cada um mais gosta. Tivemos tempo para as ideias e sugestões surgidas em cima da hora, como: vamos fazer biscoito de Natal?; Ah, eu queria mesmo é um risoto!; Vou preparar uma Sangria!. 

Depois de muitas horas na cozinha (haja, determinação!), flexibilidade para algumas mudanças no percurso, e bom humor para resolver alguns imprevistos, nossa ceia ficou pronta. Determinação, flexibilidade e bom humor! Nossa, como precisamos disso durante esse ano!


Sim, adoramos receber a família, os amigos, as madrinhas. Sim, sentimos falta dos abraços, da agitação, da movimentação, do falatório. Mas não ter esse compromisso com a chagada das pessoas nos permitiu uma certa leveza, uma descontração adicional, um descompromisso relaxante. 

Teve o tradicional pavê da Sofia, dessa vez em versão vegana. 


Teve doçura!


Teve carinho.


Teve descontração.


Teve saudade sim, mas teve conexão. Teve falta da presença física, mas teve fartura de carinho, cuidado e presença mesmo à distância. Teve dia chuvoso lá fora e frescor aqui dentro. E teve acima de tudo esperança de que no próximo Natal teremos os abraços calorosos e a movimentação de quem sentimos falta nesse ano. E teve a certeza de que podemos sempre nos surpreender positivamente e nos encantar se procurarmos olhar as experiências da vida dessa forma.





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