quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Exposição "Antártica - Quando nem tudo era gelo", primeira após o incêndio

"Antártica - Quando nem tudo era gelo", primeira exposição do Museu Nacional após o incêndio, está em cartaz no Museu e Centro Cultural Casa da Moeda, na Praça da República.

Museu Nacional inaugura primeira exposição após o incêndio

O atual Museu e Centro Cultural Casa da Moeda já foi no passado o que seria o nosso Museu Nacional que tinha nome de Museu Real. Contei isso no post Museu e Centro Cultural Casa da Moeda Brasil. E hoje ele empresta as suas instalações para o nosso Museu Nacional se manter vivo. 


Exposição "Antártica - Quando nem tudo era gelo" Museu Nacional

Na época do incêndio, em setembro de 2018, a mostra já estava praticamente pronta, pois iria inaugurar no mês seguinte. Por causa do fogo apenas 5% do acervo está exposto. Mas vale muito a pena a visita tanto pela exposição em si, pelo local que abriga outras exposições, pelo trabalho realizado, quanto pelo incentivo ao Museu Nacional.

Já na entrada um mosassauro enorme está prestes a abocanhar um tubarão bem sobre as nossas cabeças. É uma réplica do filme “Jurassic world”.



A mostra “Quando nem tudo era gelo”, que traz os resultados das quatro expedições dos pesquisadores do Museu Nacional ao continente antártico contando um pouco da época em que a Antártica tinha acabado de se separar da América do Sul e ainda não era tão gelado e abrigava fauna e flora exuberante.


Exposição "Antártica - Quando nem tudo era gelo" do Museu Nacional

O espaço traz um pouco da vida dos pesquisadores com barracas de acampamento nas quais o visitante pode entrar (as crianças adoram essa parte), o quadriciclo que ele utilizam para se locomover. Neste o visitante também pode sentar. Só não pode sair pilotando. Essa parte é para ficar na imaginação mesmo. 

Primeira exposição do Museu Nacional após o incendio


Diversos fósseis de vegetais peixes, lagostas, osso de pterossauro, moluscos que possuíam conchas bem características. Durante a visita até somos convidados a tocar em nesses fósseis para sentir essas características nas pontas dos dedos.

Primeira exposição do Museu Nacional após o incendio

Passeando pelas duas salas geladas podemos nos surpreender ao nos depararmos com a réplica de um plesiossauro, um réptil marinho que viveu na Antártica há 80 milhões de anos.

Primeira exposição do Museu Nacional após o incendio

E também com animais fofinhos mais atuais.

Primeira exposição do Museu Nacional após o incendio

A exposição é gratuita. Fica em cartaz até 17 de maio e pode ser visitada de terça a sábado das 10h às 16h e aos domingos das 10h às 15h.

Vale a pena visitar também as outras duas exposições em cartaz no  Museu e Centro Cultural da Casa da Moeda do Brasil: "Acervo Histórico", que mostrei um pouco no post sobre Museu e Centro Cultural Casa da Moeda, e "Nota Real" sobre a nossa moeda. 

Serviço: Museu e Centro Cultural da Casa da Moeda do Brasil
Pç. da República, 26
Rio de Janeiro, RJ
20211-351
Brasil




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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Filme Green Book - O Guia



Eu não consegui assistir ao filme "Green Book" na cabine de imprensa. Fiquei superchateada de perder a oportunidade de ver antes da estreia e contar aqui o que eu achei. Mas eu não iria perder esse filme de jeito nenhum. Só em ver o trailer no cinema já tive a sensação de que seria imperdível. E é!
E para melhorar, é baseado em uma história verdadeira.


Viggo Mortensen (indicado ao Oscar de Melhor Ator pelo filme "Capitão Fantástico") e Mahershala Ali (vencedor do Oscar 2017 de melhor ator coadjuvante por "Moonlight") interpretam Tony Vallelonga e Don Shirley.

América, 1962. Tony trabalha como segurança em um clube, vive com sua família e se vira do jeito que dá para sustentar a família. Com seu jeito de quem cresceu nas ruas do Bronx leva o apelido de de Tony Lip graças a sua lábia e poder de convimento mesmo que para isso precise usar de algumas mentiras e artimanhas.

Após o fechamento do Copa, clube que dá o sustento de Tony, para reforma, o segurança ítalo-americano se vê precisando descolar uma grana. É nesta fase que ele uma oferta de emprego para atuar como motorista do grande pianista Don Shirley.

Don Shirley, um homem negro talentosíssimo e elegantérrimo, resolve sair em turnê pelo sul dos Estados Unidos e enfrentar assim todo o segregacionismo racial existente na região naquela época.

É aí que Tony com sua habilidade para "resolver problemas" se torno o homem certo para acompanhar Doc nessa turnê.

Para evitar problemas pelo caminho e cumprir a agenda e horários dos shows eles devem segui "O Guia", um livro com indicações dos poucos estabelecimentos que eram seguros para os afro-americanos, restaurantes e estradas permitidas.

Assim começa a road trip dos dois homens totalmente diferentes no comportamento. Nesse percurso cheio de percalços e situações de racismo explícito, os dois vão se confrontando e se confortando.

Don é convidado para os eventos das riquezas brancas, porque ele é o melhor pianista da América. Apesar das condições adversas, o pianistas as aceita sempre com muita dignidade e de maneira bem intelectual, pensada, refletida. Mas Tony tem outra forma de resolver os problemas e as injustiças. Ele é instintivo, concreto, direto.

É neste confronto com o racismo, neste contexto espinhoso, entre a momentos de humanidade e humor inesperados, que eles são forçados a deixar de lado as diferenças e passar por profundas transformações, para avançar nessa jornada. Nasce aí uma amizade verdadeira.

“Green Book – O Guia” é um filme simplesmente fantástico sobre uma amizade verdadeira ntre duas pessoas que não poderiam ser mais diferentes e que transcendeu as restrições raciais, de classe e sociais do início dos anos 60.



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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Tudo por Vanderson

Sexta-feira no Rio de Janeiro, horário de saída do expediente, cariocada louca para "sextar" com vontade. Neste cenário você é uma pessoa que precisa pegar um táxi, um Uber, um 99, qualquer coisa para chegar em tempo em um compromisso. O táxi não passa, a pessoa chama o Uber, depois de 6 minutos esperando o Uber o táxi passa, depois de 10 minutos esperando o UBER este cancela a corrida, aí o táxi não passa, o outro concorrente está com preço nas alturas por causa do horário.Tipo assim. Normalidades de uma sexta-feira qualquer após o expediente na cidade maravilhosa com vários pontos para se assistir ao pôr do sol em pleno horário de verão, outros muito bares na calçada para um cerveja gelada e muito mais prometendo.

Acrescente a esse cenário, nuvens pretas carregadas se aproximando rapidamente, raios, trovões, chuva louca para "sextar" com vontade (afinal essa chuva é carioca). É claro que ela vai despencar com precisão, pontualmente na hora em que os cariocas ávidos por um sexta-feira sairiam do trabalho.

Acrescente a esse cenário uma pessoa que tem uma consulta marcada e que não pode perder. Não que ela seja do tipo que não cancela consultas para ir a um bom encontro com as amigas. Mas essa ela não pode perder, adiar, nem cancelar. Tem que ir. 

Já prevendo a dificuldade de conseguir uma condução, mas como essa pessoa tem uma boa relação com São Longuinho, ela faz o seu pedido básico: São Longuinho, esquece a chuva um instantinho, deixa o céu de ladinho, foca na pessoa aqui que está te prometendo três selinhos se ela achar um "taxinho". Olha só São Longuinho, "prestatenção", fica ligado, vou pedir o táxi agora. 

E não é que Vanderson está disponível e exatamente embaixo do prédio em que a pessoa se encontra?! São Longuinho cê é demais! A pessoa se despede com um "tchau povo, bom final de semana, tô indo na chuva "meRmo", e já sai pagando a sua promessa pra São Longuinho no corredor da empresa. Um passinho, um pulinho. 

Desce o elevador e assim que entra no corredor de saída já avista o amarelinho com Vanderson dentro na porta. Tranquilidade no coração. 

Assim que a pessoa está passando na catraca o carro de Vanderson começa a se movimentar lentamente para frente. Cabô tranquilidade! "Vanderson, me espera. Já estou aqui!", grita a pessoa desesperada.

Eis que a pessoa olha para a esquerda e identifica o motivo do deslocamento de Vanderson. Entre muitos trabalhadores que já deixaram suas mesas encolhidos embaixo de seus guarda-chuvas embaixo da marquise (é, pra carioca assim como biscoito O Globo foi feito para se comer na praia, guarda-chuva foi feito para ser usado embaixo da marquise), uma mulher sem medo de estragar a escova do final de semana, se lança no aguaceiro balançando as madeixas respingadas e fazendo com o dedo fino e longo aquele sinal obsceno de vem aqui meu taxista.

É nessa hora que a pessoa aquariana que se orgulha de não ser ciumenta, que está mais desalinhada do que gato sem bigode (esse é o motivo da consulta mesmo em dia de dilúvio carioca), se sente dominada por um sentimento de posse e se lança em performance atlética, pulando os degraus molhados e escorregadios da escada gritando: "Nããão Vaaaandersoooon, eu estou aqui! Vaaaandersoooon, você é meu! Fui eu que te chamei com a ajuda de São Longuinho. Você é meu, Vanderson!"

Neste momento as pessoas encolhidas embaixo de seus guarda-chuvas embaixo da marquise já começam a se esticar, se alongarem, procurarem um posição melhor para assistirem melhor a luta de mulheres na poça que está prestes a ter início. Poças essas que a dona do táxi, do taxista, de tudo, segue pulando e gritando: "Vanderson, você é meu! Pergunte pra São Longuinho!"
É então que o olhar da sedutora de taxista alheio em horário de rush em dia de chuva de verão no Rio de Janeiro encontra-se com o fervor do olhar da aquariana tranquilona nada ciumenta dominada pelo sentimento de posse e pelo pânico de ver o seu taxista escorrendo pelas mãos mais rapidamente do que a água da chuva escorre por seus cabelos. 

É então que a sedutora lembra-se dos seus cabelos na chuva, da escova do final de semana sendo desfeita, larga a maçaneta do táxi e volta para a proteção da marquise. 

A pessoa entra em seu táxi e Vanderson está rindo e diz aqui pelo Waze serei seu por 37 minutos. A sexta-feira de chuva de verão em horário de rush segue seu rumo sem briga de mulheres na poça por um taxista mas mostrando a sua força: é capaz de transformar uma aquariana altruísta em uma taurina possessiva.




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domingo, 27 de janeiro de 2019

A Semana 4 de 2019 - Replanejando



Nesta semana, girando a tela do celular em alguma rede social, eu vi uma frase que dizia algo do tipo "assim como o coração precisa contrair e relaxar para bater, a vida também precisa dos momentos de relaxamento para aguentar os momentos de tensão".

É algo que eu acredito muito e trago para os meus dias. Preciso de ilhas de descontração para conduzir melhor todo o entorno de funções, compromissos, afazeres, obrigações, etc. Estou sempre em busca desse equilíbrio. Do tempo suficiente de relaxamento que me proporcione energia para conduzir as minhas escolhas com alegria e produtividade. 

Mas, nem sempre esse equilíbrio é possível, ou acontece como planejado. Foi assim comigo nesta semana. Planejei showzinho de jazz com as amigas, cineminha com o marido, ver o pôr do sol em outro dia. Porém, alguns imprevistos surgiram e o percurso foi replanejado. Mesmo assim deu tempo para relaxamento, lazer, boas conversas e tirar proveito das situações. Tudo é um questão de prioridades.


Aproveitei os intervalos durante o final de semana para pintar um porta controle remoto para a minha casa. Fiquei apaixonada! E até deu tempo para fazer o post no blog sobre esta pintura com memória afetiva.


Como estamos dando um jeitinho na casa, reorganizando algumas bagunças, retirando o que estava quebrado e repaginando (por isso a pintura do controle remoto), passamo um bom tempo dentro de shopping resolvendo essas pendências. 

Aproveitei a hora que a fome bateu e as pernas cansaram para sentar com calma, comer algo gostoso, relaxar, conversar, descontrair, falar de coisas boas, de sonhos e de planos. 


Outro dia, no caminho para resolver mais questões da arrumação da casa, paramos em um boteco novo, o Liga dos Botecos, que eu estava doida para conhecer e experimentar a tal tábua da liga que traz os melhores petiscos de cada boteco da liga. 


Eu tinha combinado de ir com o marido ver o pôr do sol no rooftop (tá na moda isso) do Hotel Prodigy que tem essa vista maravilhosa. Mas não rolou! Nos enrolamos nos compromisso e não deu!


Tudo bem! Já durante a semana resolvi começar o dia como se fosse um dia de férias. Fui bem cedo, antes do trabalho, com a minha irmã tomar um café da manhã no Hotel Prodigy. Aquele mesmo que tem a vista maravilhosa que eu tinha planejado ir com o marido, mas não deu. Agora deu!


Bem ao estilo: e daí que hoje é terca-feira, início de semana, que tem trabalho e mais mil coisas pra fazer? Eu moro na primeira capital mundial da arquitetura e vou ser titia mais uma vez. Tenho que turistar sim e comemorar muito. Sempre encontrando motivos para comemorar.

Assisti ao filme "Fahrenheit 451" e adorei. Na verdade a escolha foi do meu marido. Eu me sentei ao lado dele sem saber qual filme iríamos assistir. Sem expectativas. Apenas pela companhia. E me surpreendi com a escolha. 

Baseado no livro "Fahrenheit 451", de Ray Bradbury, lançado em 1953. Época em que o mundo encarava o pós Segunda Guerra Mundial, seus reflexos e reflexões, "Fahrenheit 451" veio mostrar como o controle das informações é perigoso e coloca as pessoas a mercê de regimes como o nazismo e outros totalitários.

O filme "Fahrenheit 451" mostra um futuro onde os bombeiros têm a função de atear fogo e não de apagar incêndios. E o que eles devem queimar? Os livros, os indícios do passado, a história. 

Filme Fahrenheit 451


Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.



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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Hundertwasser - O melhor de Viena


Eu estava devendo para mim e para a minha amiga Sonja uma visita a Viena. Finalmente em setembro de 2018, em uma viagem com a minha mãe, abati essa dívida da minha lista. 

Viena é linda, austera, cheia de história, de charme e de cultura. Adorei tudo o que vi por lá. Mas o que mais me impressionou, mais me chamou a atenção, mais me surpreendeu foi a região de Hundertwasser.

É ali que encontramos nas ruas as marcas do arquiteto vanguardista ícone de Viena, Friedensreich Hundertwasser.

Nosso primeiro ponto de visita foi a Hundertwasser Krawinahaus (ou “casa Hundertwasser”)

Hundertwasser - O melhor de Viena

A Hundertwasser House (Casa das Cem Águas) é um edifício de apartamentos, com conceito social, super colorido, sem ângulos ou paredes retas. Aliás, artista Friedensreich Hundertwasser dizia que na natureza não existe linha reta.



Hundertwasser - O melhor de Viena

Cada cor da fachada demarca um apartamento. No interior dos quartos e em algumas sacadas crescem árvores que saem pelas janelas dando todo um clima ecológico.


O que fazer em Viena

O piso é ondulando aproximando-se mais do natural já que não temos naturalmente solos totalmente planos e chapados. Outra crença do artista é que os pisos ondulados, mais próximos no natural, nos deixam mais presentes e conscientes.


Hundertwasser - O melhor de Viena

As janelas, portas e outros elementos possuem proporções também desiguais e materiais encontrados por aí e reaproveitados.

Tudo inusitado, que desperta o interesse, chama a atenção pelas de cores e formas curiosas e nos faz pensar sobre os conceitos de os conceitos pregados por Friedensreich Hundertwasser: a arquitetura devia buscar a harmonia entre as pessoas e a natureza. Sendo assim as formas retas e perfeitas não são cabíveis.

Bem em frente a Hundertwasser House tem o Hundertwasser Village, uma galeria cheia de charme, também projetada pelo artista, colorida, sinuosa, interessante, com café e diversas lojinhas de souvenir, arte e artesanato. De enlouquecer. Eu fiquei tão boquiaberta que nem fiz fotos. Agora estou aqui arrependida pensando na foto na escada, no café, no banheiro... ah, o banheiro! Tem que visitar os banheiros da galeria!

Depois de babar no prédio e na galeria, seguimos para a melhor parte o Museu Hundertwasser. O próprio edifício já é a principal obra exposta do museu. A gente não sabe se entre ou se fica ali fora apreciando as cores e detalhes da fachada.


Os melhores museus de Viena

Quando finalmente resolvemos entrar nos surpreendemos mais ainda. 

Passeios diferentes em Viena

A área externa com café é superagradável!

Passeios imperdíveis em Viena


No interior da KunstHaus Wien, a Casa de Arte de Viena, além da exposição permanente dedicada ao próprio Hundertwasser, podemos desfrutar de exposições temporárias de vários artistas. 

Mas ficamos mesmo foi admirando as muitas obras coloridíssimas, inusitadas e variadas do artista que foi um dos principais artistas austríacos contemporâneos no final do século XX.

No nosso passeio pelo interior do museu nos deparamos com pinturas, tapeçarias e obras arquitetônicas. 

Aliás é na arquitetura que está uma das características mais marcantes Hundertwasser:  a funcionalidade que dá a suas criações. Abaixo está o antes e depois de Fernwärme Wien, uma usina térmica que usa lixo para produzir energia. Grande parte dos prédios de Viena já usa essa energia no aquecimento.  Vai dizer que não ficou outra coisa?! 


Eu fiquei com vontade de visitar e conhecer todas as construções projetadas por ele. Olha que máximo a St. Barbara Church em Styria, na Austria. A igreja foi reprojetada pelo arquiteto nos anos de 1984-88. Fiquei viajando na maquete! Dá para perceber bem o conceito da arquitetura orgânica moderna, onde a monotonia não tem vez e a variedade domina o cenário.



Entra as obras de Hundertwasser também encontramos gráficos e manifestos que nos fazem pensar. 


Na saída do museu vale a pena passar na lojinha e se puder comprar algo com a obra de Hundertwasser. Eu comprei duas embalagens de guardanapos que tenho pena de usar. Acabei usando uma folha para repaginar, colorir e encher de lembranças uma peça para a minha casa. É só entrar no post: "Organização com memória afetiva" para ver.



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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Pintura - organização com memória afetiva

Inspirada pelo início de anos, pelos planos de mudança e renovação, resolvi dar uma arrumada na casa, organizar algumas bagunças, renovar outras peças.

Nessa onde de colocar a ordem na casa, além de "destralhar" muitas coisas para deixar o ambiente mais leve, ágil e prático, resolvi também dar um toque pessoal, colorido, alegre e cheio memória afetiva. Para isso separei algumas peças para pintar.

O primeiro a ser repaginado foi o porta-controles que fica na sala. Tá certo que porta-controles estão caindo em desuso, mas por enquanto ainda temos alguns em casa. E depois ele pode ser usado para outro tipo de organização, como por exemplo, guardar os aparelhos celulares da família enquanto fazemos as refeições.

pintura em madeira

O toque da memória afetiva ficou por conta da decoupage nas laterais. Usei um guardanapo que comprei em viagem que fiz com a minha mãe.

pintura em madeira

O guardanapo foi comprado na lojinha do Museu Hundertwasser (amo lojinhas de museus), em Viena, e traz uma das muitas pinturas do artista austríaco Friedrich Stowasser, mais conhecido pelo nome de Friedensreich Hundertwasser.

pintura em madeira

O museu foi um dos meus passeios preferidos em Viena e eu adorei o resultado da pintura que além da sensação de satisfação por ter feito algo que me agradou, me enche de lembranças e motivação para novas viagens e novas pinturas.

Outra pintura que fiz utilizando guardanapos comprados em viagem foi o gaveteiro que fiz para minha mãe e está no post: Gaveteiro Especial


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domingo, 20 de janeiro de 2019

A Semana 3 de 2019 - Aconteceu


Andei tirando o pé do acelerador neste início do ano. Revendo a carga que coloco sobre mim mesma. Me permitindo mais tempo para fazer nada já que as filhas estão viajando e aproveitando as férias nos destinos escolhidos por elas. E eu fico aqui feliz a cada notícia que recebo e constato a felicidade e crescimento delas. Mãe é mãe! Sempre!

Aproveitei o domingo quente e fui tomar um café da manhã na Casa Roberto Marinho com o marido. E já que estávamos lá fomos conferir a exposição que entrou em cartaz no início de janeiro: "Abstração Informal"


Gostei muito. Vale a visita, vale voltar para ver de novo e vale um post que eu pretendo fazer. 


Programas culturais, para mim, são sempre ótimos para desacelerar. Sendo assim em um final de tarde fui co o marido ao cinema. A ideia era ver "A Esposa", mas estava esgotado e acabamos assistindo "A Nossa Espera". Até contei sobre essa ida vintage ao cinema aqui no blog.


Comer uma fatia de bolo sempre traz memórias afetivas, sabor de aconchego e carinho. Quando bateu a vontade de comer um bolo fofinho, gostoso, acompanhado de uma boa conversa, mas a preguiça de ir para a cozinha bateu junto, fomos à livraria e nos sentamos no café. Acho muito charmoso comer um bolo no café de uma livraria. 


Encontro com amigas sempre cheios de leveza, histórias, risadas, demonstrações de apoio e carinho. E mesmo que a foto não fique boa vale o registro porque envolve muito mais do que a imagem, envolve os sentimentos e emoções do momento.


Nova tentativa de assistir ao filme "A Esposa" e dessa vez conseguimos. Glenn Close sempre maravilhosa

"A Esposa" baseado no romance de 2003 de Meg Wolitzer conta a história do casal Joan (Glen Close) e Joseph Castleman (Jonathan Pryce) enquanto viajam para Estocolmo, onde Joseph deve receber o Prêmio Nobel de Literatura.

Joan é a esposa dedica que pensa em tudo, cuida de tudo, se antecipa às necessidades do marido. Ela sabe onde estão seus óculos, quando é hora de tomar as pílulas, o que ele deve comer no almoço. Uma relação de três décadas que gerou dois filhos, um neto, muita cumplicidade, dependência e simbiose. 

Porém à medida que o marido recebe cada vez mais aplausos ao longo da viagem, percebemos através de flashbacks e conversas contemporâneas que nem tudo é o que parece ser. A cada instantes a história se torna reveladora e mais reveladora.

filme "A Esposa"

Foi com pequenas doses de cultura que deixei a minha semana mais rica e com aquela sensação gosta de que ela aconteceu!

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.



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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Filme "A Nossa Espera"



Eu adoro curtir um cineminha no final do domingo. Esse foi um programa clássico durante um bom tempo pra mim. Isso na época em que todos os cinemas eram cinemas de rua e com aquele pipoqueiro fazendo pipoca de panela dentro da carrocinha de vidro. Cinema de shopping pode ter o seu conforto, reconheço. Mas cinema de rua tem o seu charme, ah tem!

Voltando ao cineminha do final de tarde de domingo, neste final de semana fiz isso. Fui caminhando para o cinema com a intenção de entrar na fila e comprar o ingresso para o filme. Coisas das antigas, né? Pois é! Quis ser vintage e quase me dei mal. O filme que eu queria assistir estava com as sessões esgotadas, o segundo filme da minha lista idem. Para evitar mais frustrações pedi os ingressos para a próxima sessão com disponibilidade independente do filme. Foi assim que entrei na sala 1 com o meu saco de pipoca do pipoqueiro da rua, sem expectativas e sem sinopse lida, para assistir “A Nossa Espera” (“Nos Batailles”, França/Bélgica).




"A Nossa Espera" é uma história que fala de batalhas que vivemos nesse mundo moderno para conciliar os diversos papéis que temos na sociedade, da dificuldade em conciliá-las e dar a devida importância ao que realmente é importante.

Olivier (Romain Duris) , personagem central da trama, é operário em um armazém de vendas online, dedicado e preocupado com seus funcionários, pai de dois filhos, marido de Laura (Lucie Debay).

Enquanto Oliver se dedica ao trabalho, a suas funções profissionais, aos seus subordinados, defende os direitos dos trabalhadores na dureza e aspereza do mundo do trabalho contemporâneo que exige produtividade acima de tudo.

Tanta dedicação à vida profissional acarreta em falta de tempo para a família que, por sua vez, acarreta sobrecarga em Laura que tem que se desdobrar entre as funções de mãe dedica, esposa, dona de casa e vendedora em uma pequena loja.

Essa sobrecarga afeta a saúde física e emocional de Laura que chega ao extremo de abandonar a família sem grandes explicações.

A partir daí Olivier vê sozinho, contando com a ajuda eventual de sua mãe e irmã, para cuidar dos filhos Elliot e Rose, administrar a casa e conduzir sua vida familiar e profissional, ao mesmo tempo que se pergunta: o que aconteceu com Laura? O que a motivou ter essa atitude? Será que ela volta? Conheceu outro homem ou apenas precisa de um tempo para si?

Uma história que muitas mulheres se identificam. Afinal, quantas já não tiveram um plano de fuga? Quantas já não pensaram, e mais de uma vez, em jogar tudo pro alto e simplesmente desaparecer? Eu já! E tinha o meu plano bem traçado. Mas que chega a esse extremo de abandonar a família e os filhos que ama é porque realmente estava esgotada e precisando de ajuda. E a história é contada de uma forma que não cria julgamentos, apenas empatia.

O filme fala de escolhas difíceis, de falhas que todos cometemos em vários aspectos das nossas vidas, fala de recomeço, de ressignificar e rever valores, da importância do diálogo e os efeitos do abandono. Mostra o cotidiano familiar de forma verdadeira com seus aborrecimentos e suas solidariedades. Mas tudo sem cair no drama, nem apontar culpados. Com sensibilidade, mas sem sentimentalismo.

A minha tentativa vintage de ir ao cinema acabou me fazendo entrar em uma sala de cinema qualquer e sair cheia de reflexões.



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domingo, 13 de janeiro de 2019

A Semana 2 de 2019 - Conforto


O ano começou com muitas emoções. A Ana Luiza embarcou para fazer intercâmbio na Austrália e nesta segunda semana, quando o meu coração ainda estava batendo fora de compasso com a ida da Ana Luiza, foi a vez da Sofia voar.

Fui para São Paulo, pois o voo da Sofia saía de lá. Planejei passar um dia fazendo alguns passeios pela Avenida Paulista, que eu amo, mas não rolou. A Sofia quis ficar dentro do quarto do hotel, descansando. E assim fizemos. Nos divertimos cantando, dançando, rearrumando a mala. O importante era nos sentirmos confortáveis e confortadas. 


E lá foi ela toda feliz com algum medo, mas com muita segurança e confiança. E ver o sorriso dela com as muitas possibilidades que ali se abriam, me confortou.



Após o embarque da Sofia, ao retornar para o hotel, fiz uma viagem virtual com a Ana Luiza. Ela estava fazendo um passeio ao GoMA - GoMA - Gallery of Modern Art - em Brisbane e graças a tecnologia eu pude acompanhar com ela. Nada como encurtar as distâncias para confortar o coração.




Voltei para o Rio com o coração cheio de saudades, mas com a alegria de ver as minhas filhas crescendo e tendo a oportunidade de viver experiências enriquecedoras.


Fui a pré-estreia do filme "Amigos Para Sempre", é a versão americana do filme "Intocáveis" (2012). Lembrando que já rolou o remake argentino, Inseparáveis, em 2017.

Não tem como dizer que o filme não é bom, pois a história em si já emociona e tem muitos mensagens. O filme tem alguns momentos de comédia que nos tiram alguns risos e de emoção que não me arrancou lágrimas. Entretém, passa a mensagem, tem adaptações que fazem sentido, mas para mim deu aquela sensação de "pra que fazer uma versão se já temos um filme tão bom?".


Durante a semana fui recebendo noticias e fotos das filhas, falando com elas com frequência, mas o coração ainda estava, e está, em adaptação. Para dar uma acalmada na mente e na alma usei a minha hora do almoço no Museu de Belas Artes do Rio, que além das exposições permanentes, está com algumas temporárias e com gratuidade. Como dizem: "art should confort the disturbed and disturb the comfortable". Eu fui buscar conforto.


Fui almoçar com uma amigo. Escolhemos um bistrô acolhedor com comida gostosa. Muito bom ter amigas de todas as horas para todas as horas que nos confortam.


Na volta do almoço andando com calma e atenta ao caminho descobrimos essa escada linda e cheia de arte. Subimos e nos deparamos com um local agradável e descolado, cheio de conforto. Iremos voltar.


Pequenas coisas, momentos simples que trouxeram conforto para minha segunda semana do ano. 



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