terça-feira, 7 de março de 2017

A foliã agora é mãe de adolescente



"Graças a Deus, o Carnaval acabou e o ano finalmente começou", disse eu esta frase assim que cheguei do último bloco de rua que saiu no Carnaval de rua deste ano de 2017.

Aí as pessoas que me conhecem e que sabem do quanto eu gosto de um Carnaval estranham. Como assim você feliz que o Carnaval acabou?! O que está acontecendo? Se acabou tanto nos blocos que estava exausta? Se o Carnaval não acabasse, você que se acabaria? Ficou velha? 

Não, nada disso. Eu até fui a alguns blocos sim. Principalmente blocos infantis que são os meus preferidos desde que virei mãe e experimentei o primeiro bloco infantil. Mas não cheguei a me acabar, não. E não tô velha também não. "Pó pará com isso!". 

Então o que aconteceu com aquela pessoa que contava os dias para o Carnaval chegar. Que saía em todos os blocos, em escolas de samba e em trio elétrico. Era um tal de bloco-escola de samba-bloco, bloco-baile-bloco-escola de samba, trio elétrico e mais trio elétrico. Que conseguiu achar baile de Carnaval até em Visconde de Mauá. Que se arrepiava quando o avião aterrissava em Salvador.

Gente, chegar a Salvador na véspera do Carnaval é de arrepiar mesmo. Quando o piloto anunciava que iniciaria o processo de descida os passageiros começavam a cantar "We are Carnaval". Isso era uma loucura!

Calma aí! Só de me lembrar, o espírito folião está aflorando. Até passou rapidamente pela cabeça a ideia de passar o próximo Carnaval em Salvador. 

Parei. Já me lembrei de que agora eu tenho uma filha de 18 anos. E uma filha de 18 anos que resolveu amar Carnaval. Pode isso? Que mãe que aguenta passar um Carnaval com uma filha de 18 anos enfiada em todos os blocos de rua da cidade? 

Sério, é muito para um coração de uma mãe. Tem que ter muito preparo. A preocupação bate na cabeça com mais força do que o som da bateria bate no peito. 

Então minha gente não foi a minha idade que me fez mudar. Não foi a minha idade que me fez deixar de contar os dias para o próximo Carnaval e passar a contar os minutos para ele acabar. Foi a idade sim. Mas a da minha filha.

Como vocês podem ver é a maternidade. Essa sim tem o poder de modificar a gente. E não é só quando o filho nasce, quando são pequenos. É sempre. É desde que começamos a pensar em engravidar e para sempre. Mudanças constantes. 

Bom, mas já que a Ana Luiza estava em casa exausta, cansada de blocos, já que tinha ido a todos que queria e mais alguns, dando o seu Carnaval de 2017 como encerrado e muito bem aproveitado, a foliã em mim foi ali se despedir do Carnaval e agradecer que ele chegou ao fim, que fez a minha filhota feliz (mãe gosta de ver a filha feliz) e, principalmente, na maior tranquilidade, sem confusões.

Não, não fui agradecer na igreja. Fui no bloco mesmo. No último bloco! 



A Deus eu agradeci, e agradeço todos os dias. E na igreja eu fui logo na segunda-feira.
A Autora:
Chris Ferreira

Chris Ferreira

Eu, uma mãe integral mesmo trabalhando em horário comercial, que procura equilibrar os diferentes papéis da mulher com prioridades e alegria.

Acredito que podemos levar a vida a sério, mas de forma divertida e é isto que eu tento mostrar no blog.

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8 comentários:

  1. Hehehe adorei o post! Tô rindo porque meu filhote ainda tem 3 anos, mas sei que meu dia de agradecer pelo fim do Carnaval chegará.

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  2. Adorei!!! As vezes fico imaginando como sera quando o meu crescer, chega a dar um frio na espinha, pq se ele gostar tanto de festa quanto a mãe.....tô perdida ahahaha

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  3. Aii, pura verdade.
    Eu não gosto nem de pensar quando chegar a minha vez.
    A gente muda mesmo, são tantas as preocupações.
    O jeito pra ficar um pouco mais tranquila é acompanhar eles.

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  4. Todas passaremos por isso um dia hehehe quero só ver quando chegar na minha vez!

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  5. Aquela desacelerada que se faz necessária não é mesmo? Eu sou bem festeira e vejo Melissa seguindo a minha linha, mas acredito que quando chegar na fase da idade da sua filha, eu tbm vou rever meus conceitos

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  6. afff nem quero imaginar quando meu filho for adolescente. não tenho emocional pra isso, preciso de muito preparo kkk

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  7. Rsrs ai meu Deus. Mari tem 3 anos mas já fico pensando como será essa idade! Adorei o post

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  8. Ai, só de ler me deu um friozinho na barriga, porque o tempo voa, daqui a pouco é a minha :S, hehehe.
    bj,
    Alê

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