Estou lendo o livro "O Ano Em Que Disse Sim" de Shonda Rhimes. Aliás, não estou apenas lendo. Estou devorando.
Shonda Rhimes é uma mulher de sucesso, poderosa, que chegou e se manteve no topo. Uma mente criativa, inventiva e cheia de imaginação. É dessa imaginação que ela vive. Ela é a criadora das séries "Grey's Anatomy", "Scandal", "Private Parctice". É também responsável pelo roteiro de diversos filmes, como "Introducing Dorothy Dandridge", "Crossroads" e "The Princess Diaries 2: Royal Engagement". E ainda é produtora executiva de "How tg Get Away With Murder". E se não bastasse é também autora deste livro que estou lendo.
Em uma passagem do livro, Shonda conta que quando criança ela já vivia no mundo da imaginação. Não era muito chegada a brincar com outras crianças. Preferia passar horas sentada no chão da despensa da cozinha. Ficava lá no escuro brincando com enlatados. Esses enlatados serviam para alimentar a sua imaginação. Era com ele que ela criava personagens, criava histórias, criava um reino.
Assim que eu li esta parte dois pensamentos vieram a minha mente:
- mas a mãe dela não ficava preocupada, com medo de algum dos enlatados cair na cabeça da garota?! E se ela resolvesse escalar as prateleiras e despencasse tudo em cima da criança?!
Christiana, Christiana, olha o instinto protetor que vê perigo em tudo. Vamos ser mais otimista e positiva!
- iiihh, vai ter mãe lendo este livro e se perguntando pra quê tanto enlatado. Será que a mãe de Shonda e de mais cinco filhos não podia fazer um molho de tomate caseiro?!
Christiana, Christiana, cada mãe que pense o que quiser. Sem crítica de valor. Apenas um fato.
Assim que consegui afastar os meus pensamentos e me concentrar novamente à leitura cheguei ao parágrafo seguinte.
Neste parágrafo Shonda agradece aos pais, principalmente a mãe, por não levarem o incomum em consideração, por a deixarem brincar na despensa de porta fechada, e principalmente por terem a sabedoria de perceber que aquilo era um sinal de criatividade.
Mais pensamentos e lembranças povoaram a minha mente neste momento da leitura.
E me lembrei de quando a Sofia era pequena (por volta dos quatro anos) e queria ficar no quarto de porta fechada brincando sozinha ou com alguma amiguinha. A gente, eu e o pai, ficava meio receoso, achando que ela poderia fazer alguma besteira e se machucar. Sabe como é, né? Criança muito tempo quieta está aprontando.
Um dia em conversa com a psicóloga, ela nos falou da importância da criança brincar com a porta fechada. Segundo ela, justamente nestas horas de porta fechada é que a criança entra no mundo da fantasia, que alimenta a própria imaginação, cria personagens. Que a porta aberta ou a possibilidade de algum adulto por perto não permite essa imersão, o desligamento do mundo externo e das possibilidades de críticas. Ela, a psicóloga, na época, ressaltou outros pontos positivos para as crianças brincarem de porta fechada. Mas resumindo a questão, saímos de lá convencidos. Relaxamos e deixamos as portas se fecharem sempre que desejado.
Tá, cá entre nós, eu confesso que vira e mexe eu colocava o ouvido na porta, olhava pelo buraquinho da fechadura... essas coisas de mãe.
Lendo esta parte do livro eu também pensei em quantas vezes podemos, nós mães e pais, com o nosso excesso de zelo, cuidado e proteção, estar influenciando no rumo natural da vida dos nossos filhos... Vai saber...
Puxa! Nunca tinha pensado nisso! Eu não deixo o filhote brincar de porta fechada. Acho que preciso rever meus conceitos 😬
ResponderExcluirFechar a porta signifuca que as crianças querem privacidade, mas é difícil né. Quando isso acontece eu fecho a porta mas de vez em
ResponderExcluirQuando vou olhar o que tá rolando. Sempre dou as recomendações hahahaha
Pensamentos interessantes nunca tinha visto dessa maneira! Gostei de pensar desse jeito, faz muito sentido!
ResponderExcluirAqui eu só consegui deixar as meninas brincando sozinhas com a porta fechada quando maiores, na verdade minha pequena eu ainda não deixo (morro de medo de acontecer algo kkk). Até a porta do banheiro tem uma proteção para não ser fechada. Mas vou rever meus medos... Será uma ótima reflexão. Beijos Regina
ResponderExcluirMuito legal essa visão de dar mais liberdade para as crianças, a gente vive com tanto medo que começa ver pelo em ovo rs
ResponderExcluirOi Chris
ResponderExcluirTão interessante seu post
O meu ainda é pequenininho, ainda n pede p ficar de porta fechada, mas com certeza vou lembrar desse post.
Mts pontos legais levantados
Bjoooos
muitospedacinhosdemim.blogspot.com.br
Ótimo post não tinha pensado por esse lado
ResponderExcluirBjs Mi Gobbato
Já me interessei pelo livro... penso muito parecido, talvez por ser educadora física e entender que é necessário explorar os limites do corpo. Já inha mãe é superprotetora ate hoje..rsrsrs
ResponderExcluirAchei bacana o livro e cá pra nós as crianças são mesmo muito criativas e tem muita imaginação. E mamãe é mãe, sempre de olho!
ResponderExcluirhttp://www.arianebaldassin.com/