Nesta semana eu fiquei mais afastadas das redes sociais, mas fiquei mais próxima de alguns amigos. Falei ao telefone, ouvi a voz, senti a energia deles através da entonação. Coisas que a simples, ágil e barata troca de mensagens não permite. Fiz visitas, estive junto com olhos nos olhos e pude oferecer ajuda, coisas que o contato por vídeo na maioria das vezes não permite. Com o celular na bolsa, o registro desses momentos ficou na mente e no coração. E por isso as fotos desses momentos que fizeram a minha semana mais feliz não estarão neste post. Mas tenho outras boas lembranças para deixar registradas.
Fui com uma amiga almoçar no Empório Jardim. Um lugar delicinha com clima descontraído que relaxou o nosso dia. Eu já tinha tomado café da manhã lá, no meu dia de folga no Jardim Botânico, mas a minha amiga ainda não conhecia.
Pedimos o mesmo prato: um peixe com molho de coco, arroz de tomate e purê de babata doce com castanhas que estava divino.
Escolher um dia da semana para um almoço mais tranquilo em um local diferente, experimentar um prato novo, estar em companhia agradável e me esquecer da correria do dia a dia por apenas uma hora faz uma enorme diferença na disposição para encarar a rotina e os desafios diários.
A primeira viagem a Paris, a Ana Luiza ganhou do avô. Agora ganhou a segunda da avó. Passamos a semana juntas planejando o roteiro, estudando o metrô e os pontos turísticos da cidade. Sonhamos juntas. Mesmo eu não indo dessa vez, estarei aqui com a sensação de que estou, de alguma forma, participando da viagem dela.
Fiz a minha aula de pintura que é uma verdadeira terapia. Me tira do turbilhão do dia a dia e me coloca na tranquilidade.
Cheguei em casa cansada e doida para me jogar no sofá, mas foi só a filha dizer: "mãe tô com fome e com vontade de comer uma comida sua." que o cansaço se foi e a disposição veio à tona. Fiz um picadinho com banana da terra e farofa de Panko com castanhas para jantarmos juntas.
Nessa semana eu fiquei mais distante das redes sociais, fiquei mais longe de muitos, mas fiquei mais próxima de poucos. E isso fez a diferença.
Agora, ao chegar ao final deste post e sem saber como fechá-lo eu peguei a Revista O Globo e fiquei folheando até a página da crônica da Martha Medeiros com o título "Chegue mais perto". Bati o olho em um parágrafo qualquer e o que eu li?
"Estamos interligados por aparelhos que cabem na palma da mão e a sensação é de onipotência: nunca estivemos tão informados sobre tudo e tão perto de todos. Uma ilusão, claro. Continuamos com o mesmo número de amigos verdadeiros - poucos. E com o mesmo acesso às suas almas - quase nenhum.".
As redes sociais me trouxeram amigos verdadeiros, me faz mais próxima de amigos que estão longe fisicamente, me deixa mais participativa de parte da vida de muitos. Mas é importante estarmos verdadeiramente próximos de poucos para realmente termos acesso a eles.
Agora vou ali ler a crônica completa.
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