Um dia de folga no Jardim Botânico, o bairro

Como tenho trabalhado em esquema de plantão, às vezes rola expediente durante o final de semana e daí sobra uma folga durante a semana.

Até então, com as filhas menores, sempre que eu tinha uma folga eu usava para levar e buscá-las nas atividades, almoçar com elas, resolver as pendências em casa, coisas do gênero. Claro que as folgas eram muito bem aproveitadas. Nada melhor do que poder ficar com elas, mesmo que seja na função, e não no lazer. 

Mas agora elas já estão maiores e não me querem levando e buscando na escola e em aulinha de inglês. Isso é mico! E ficar em casa resolvendo pendências não me dá o descanso necessário para continuar a semana e encarar mais um final de semana com trabalho. Sendo assim, eu resolvi aproveitar o meu dia de folga como um dia de férias. Tirei o dia para ser turista na minha própria cidade e escolhi o bairro Jardim Botânico.

Coloquei o café da manhã da família, me sentei com eles, conversamos, mas me reservei um café da manhã de turista assim que cada um saiu para as suas atividades. 

No Jardim Botânico temos várias opções ótimas de café da manhã, como o La Bicyclette, o café no Parque Lage, a Escola do Pão e o Empório Jardim. A minha escolha foi esse último, pois eu ainda não conhecia, mas já tinha ouvido falar muito bem. O Empório Jardim foi eleito o melhor café da manhã do Rio pela Revista Veja no ano passado. Já era mais do que hora de eu experimentar.

O café da manhã realmente é uma delícia no esquema de comanda onde a gente escolhe os itens que deseja. O ambiente é charmoso, arejado, bem decorado e amplo. Tem até uma mesa que tem uma cadeira balanço. 

Um local que me trouxe muitas recordações, já que funciona onde era o antigo restaurante Alface's, um dos primeiros naturebas do Rio, que eu frequentava bastante na minha fase namorada de surfista. 

A foto abaixo foi obtida no blog Destemperados que tem um post bem detalhado sobe o Empório Jardim. Vale a pena passar lá para saber mais sobre o local.

Quando a gente pensa no que fazer no Jardim Botânico, bairro, vem logo à mente os parques Jardim Botânico e Parque Lage, a Hípica, o Jockey ou fugir para a Lagoa. Mas tem um refúgio cheio de charme e história muito pouco conhecido e que vale a visita quando se tem tempo, Capela Nossa Senhora da Cabeça. Já de barriga forrada e cheia de energia para gastar fui conhecer a igrejinha escondida que fica na Rua Faro, 80. 

O caminho não é longo, mas é de subida. Ou vai preparado para subir, ou vai de carro. O local é lindo e falei dele neste post "Um Rio de Refúgios: Capela Nossa Senhora da Cabeça".

Saindo da capela, e tendo uma garrafa de água na bolsa, segui para o Jardim Botânico. Agora o parque. Pra mim o lugar mais lindo do Rio e que eu não me canso de visitar. Como a proposta neste dia era fazer turismo, eu escolhi caminhar pela Trilha da Mata Atlântica que para mim seria uma novidade porque desde que foi reformada eu ainda não tinha feito a visita. Falei desse caminho do Jardim Botânico no post "Jardim Botânico - Caminho da Mata Atlântica". 

Dá para reservar umas quatro horas para caminhar no Jardim Botânico e mesmo assim não conhecê-lo todo. Por isso é bom escolher o que mais interessa visitar naquele dia. Para mim, qualquer caminhada pelo parque tem parada no parquinho infantil para beber água, tomar um mate, comer um biscoito O Globo ou tomar um picolé Itália. Essas carioquices, sabe?

Depois de tanto andar, se a fome já tiver batido, pode sair pela saída lateral na  rua Pacheco Leão, 101. A minha dica é o Couve Flor, um restaurante a quilo bem antigo e com uma comidinha bem gostosa. Dá para fazer um prato bem legal para as crianças. Na época de solteira o Couve Flor era ponto certo na volta da praia. Já mãe, os meus passeios pelo Jardim Botânico normalmente terminavam com almoço no Couve Flor.

Como não tirei fotos do almoço peguei essa do site Tripadvisor

A essa altura do campeonato a tarde já tinha começado e o calor ainda era muito. Segui para o Parque Lage para tomar um banho de cachoeira. Fiz a "Trilha das Cachoeiras" e fiquei sabendo que tem mais duas seguindo pela Trilha do Corcovado.  Atenção: só é recomendado fazer a trilha quem conhece o caminho ou com alguém que saiba. Do contrário, é melhor curtir o Parque Lage pelos caminhos tradicionais.

Mas eu já estava cansada e precisava voltar para casa. Não tem jeito, mesmo que a mãe resolva tirar o dia de folga como um dia de férias, sempre sobra uma função. Eu ainda tinha que passar para ver os horários da aula de jazz, comprar alguns itens para o lanche da semana e providenciar um collant para a aula de dança aérea.

Fica para um próximo passeio a descoberta das outras duas cachoeiras.