Mais uma história contada no Facebook que vem para o blog para ficar registrada.
A pessoa aqui acha essas calçadas cariocas de pedras portuguesas, todas desenhadas, lindas. Mas daí a conseguir andar de salto fino por elas é outra coisa.
Aliás, algo para o qual a pessoa aqui não consegue desenvolver habilidade. Sobe no saltinho, vai andando a passos largos mesmo com as pernas curtas (modelos dão passos largos), com aquele leve rebolado, cabelos balançando, nariz levemente empinado, e... "garra" o salto.
Hoje, em um único quarteirão, a pessoa deixou um pé do sapato "garrado" nas pedrinhas lindas por três vezes. Aí dá uns três passos com um pé descalço, no estilo "tá fundo, tá raso", tentando não até desmantelar toda aquela pose inicial, até o cérebro processar que tem que voltar e fazer o resgate do sapatinho, já que não tem nenhum príncipe, nem assaltante, correndo atrás. Como o salto é fino, mas a pessoa nem tanto, é claro que ao fazer o giro do retorno sobre o salto que lhe restou, além de jogar os cabelos, a dama do sapato perdido, solta um belo e sonoro palavrão.
Pensando bem, o percurso de hoje de cinco passos pra frente, três pra trás, foi uma terapia. Apesar do pé sujo e do saltinho arranhado, a pessoa tá leve, relaxada, tranquila. Tem horas que ter um bom vocabulário de palavras de maior porte, faz bem. Ah, se faz.
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