Essa é uma história de quando a sua amiga te faz viajar no tempo...
Eu tive a sorte de viver o Rock Nacional da década de 80. Essa que é considerada como uma das melhores safras do Rock'nRoll brasileiro. E realmente foi. Muitas bandas surgiram e arrebentaram nessa época.
E ainda posso dizer que tive mais sorte por, justamente nesta mesma época, estar nos últimos anos da adolescência e no início da faculdade. E ainda mais por morar no Rio de Janeiro.
A noite carioca era agitada, sempre tinha show de alguma banda que estava estourando e daquelas que já faziam sucesso.
Unia as bandas de sucesso com locais que só o Rio tem. Lulu Santos no Morro da Urca e ver o dia amanhecer esperando a fila do bondinho para descer. Eu me lembro até da roupa que eu estava neste dia. E ainda dançar na pista, ao som do Lulu, ao lado do Cazuza.
E tinha mais! Blitz no Parque Lage! Que onda! Mas peraí, onda mesmo foi ver RPM na Praia de São Conrado sem saber se olha para as asas-delta, para o mar ou para o olhar 43 do Paulo Ricardo.
Só para dar mais um pouquinho de saudade em quem viveu essa época aqui no Rio e inveja em quem não estava por aqui, rolavam shows na Praia do Arpoador, Arpex para os íntimos.
E ainda tinha o bom, velho e saudoso Canecão, e o Circo Voador.
Outro lance bem típico dessa fase carioca era sair dos shows e bater o ponto no Baixo Leblon, matar a fome na "melhor pior pizza do mundo" na Pizzaria Guanabara. E lá, curtindo a noite, também saindo dos shows encontrávamos nossos ídolos roqueiros.
Era fácil ficar em pé na calçada conversando com os amigos e bem ao nosso lado estar o George Israel, do Kid Abelha, com alguns amigos em um papo animado. Mas como todo bom carioca, mantendo a tradição da carioquice, a gente faz de conta que nem taí. Tudo normal.
Foi por nesses cantos que eu vi, ouvi e dancei muito ao som de Ultraje a Rigor, Titãs, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens, Engenheiros do Hawaii.
Essa galera também tinha bandas alternativas e fazia shows mais intimistas. O Frejat, por exemplo, tinha a Midnight Blues Band, junto com George Israel, e fazia shows no Barril 1800. Aqueles shows de quem está ali para tocar entre amigos e se divertir, essa era a sensação. E sempre rolava uma presença vip na plateia que era chamada para subir ao palco e dar uma canja. Vi participação dos Titãs, Ed Motta e Celso Blues Boy ("Fumando na Escuridão"). Loucura!
Sim, aquela época deixou ótimas lembranças no meu imaginário. E por que bateu essa nostalgia logo hoje? Vou explicar!
Ontem eu fui ao Teatro Riachuelo, restaurado e reinaugurado em 2016, assistir ao show "On The Rock", do Paulo Ricardo, ex RPM. Aquele do "Olhar 43"!
"On The Rock" começou de forma despretensiosa no Londra, bar do Hotel Fasano, na Praia de Ipanema. Isso já me faz lembrar o estilo de shows da Midnight Blues Band que rolavam ali ao lado, bem de frente para a Praia de Ipanema, no extinto Barril 1800.
E ainda tinha o bom, velho e saudoso Canecão, e o Circo Voador.
Outro lance bem típico dessa fase carioca era sair dos shows e bater o ponto no Baixo Leblon, matar a fome na "melhor pior pizza do mundo" na Pizzaria Guanabara. E lá, curtindo a noite, também saindo dos shows encontrávamos nossos ídolos roqueiros.
Era fácil ficar em pé na calçada conversando com os amigos e bem ao nosso lado estar o George Israel, do Kid Abelha, com alguns amigos em um papo animado. Mas como todo bom carioca, mantendo a tradição da carioquice, a gente faz de conta que nem taí. Tudo normal.
Foi por nesses cantos que eu vi, ouvi e dancei muito ao som de Ultraje a Rigor, Titãs, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens, Engenheiros do Hawaii.
Essa galera também tinha bandas alternativas e fazia shows mais intimistas. O Frejat, por exemplo, tinha a Midnight Blues Band, junto com George Israel, e fazia shows no Barril 1800. Aqueles shows de quem está ali para tocar entre amigos e se divertir, essa era a sensação. E sempre rolava uma presença vip na plateia que era chamada para subir ao palco e dar uma canja. Vi participação dos Titãs, Ed Motta e Celso Blues Boy ("Fumando na Escuridão"). Loucura!
Sim, aquela época deixou ótimas lembranças no meu imaginário. E por que bateu essa nostalgia logo hoje? Vou explicar!
Ontem eu fui ao Teatro Riachuelo, restaurado e reinaugurado em 2016, assistir ao show "On The Rock", do Paulo Ricardo, ex RPM. Aquele do "Olhar 43"!
"On The Rock" começou de forma despretensiosa no Londra, bar do Hotel Fasano, na Praia de Ipanema. Isso já me faz lembrar o estilo de shows da Midnight Blues Band que rolavam ali ao lado, bem de frente para a Praia de Ipanema, no extinto Barril 1800.
O estilo minimalista, acompanhado apenas do tecladista Ruben Cabrera, com um repertório que traz sucessos da Banda RPM repaginados e de sua carreira solo,
acrescido de clássicos do rock internacional, e nacional também, agradou.
O show fez tanto sucesso que ganhou uma turnê que começou no eixo Rio-São Paulo e passeou por várias cidades do Brasil.
Quando eu vi o Paulo Ricardo no palco, além de curtir o momento atual desse show mais "arrumadinho", por ser no palco de um teatro, eu voltei no tempo. Revivi na memória as sensações dos shows da minha adolescência. E de muitos deles já que o Paulo Ricardo tocou também músicas do Kid Abelha, Cazuza e Renato Russo.
Justamente por este show ser em um teatro tem um toque de leveza, de descontração, uma relação mais próxima entre o público e o artista, e mais sensibilidade. Amei!
Eu fui superfã do RPM e gosto muito do Paulo Ricardo que durante a apresentação tocou instrumentos como baixo, violão, pandeiro e gaita. Adoro gaita! E ainda teve uma participação especialíssima do George Israel com seu sax.
Um show muito bom de ver e reviver, um show que merece respeito e vale ser revisto, já que voltará para o Londra, no Fasano, no final de setembro e durante o mês de outubro. Sempre às quartas-feiras.
Agradeço muito a minha amiga Fernanda Reali por ter me feito esse convite que eu aceitei na hora.
Muito obrigada Fernanda e Márcia por essa viagem no tempo.
Agradeço muito a minha amiga Fernanda Reali por ter me feito esse convite que eu aceitei na hora.
Muito obrigada Fernanda e Márcia por essa viagem no tempo.
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