Fiz um programa bem legal com a Ana Luiza. O nosso objetivo inicial era ir ao evento "O Cluster" que estava rolando na Casa França Brasil. Como chegamos um pouco cedo, resolvemos passear pelas exposições no Centro Cultural Banco do Brasil, que eu adoro. Assim, chegamos à exposição "Yes, Nós Temos Biquíni" e nos surpreendemos.
Achei bem interessante saber mais sobre essa peça que faz parte do nosso vestuário, está dentro do nosso armário, nos acompanha em viagens e momentos de lazer. É impressionante como fazemos uso de tantas coisas e nem sabemos qual foi o processo de surgimento delas. Jamais imaginei que a origem do nome do biquíni teria relação com guerra e testes nucleares. Para mim seria algo mais relacionado a paz e tranquilidade.
O biquíni pode até ter surgido na França, mas são as peças brasileiras que dominam as praias do mundo inteiro. Os biquínis brasileiros são objetos de desejo mundo afora. Ah são.
Um ponto bem interessante é ver que a história do biquíni está diretamente relacionada às conquistas das mulheres.
Esta sala da cronologia do biquíni tem um acervo incrível. Além de interessante é bem divertido.
A cronologia começa 1895 com o traje de banho de algodão com blusa, duas saias e bloomer. Gente, imagina a mulherada ir à praia assim com esse monte de roupa. Imagina isso no calor de 40º do Rio de Janeiro? Ainda bem que evoluímos. Se bem que, ainda hoje, temos culturas e religiões em que as mulheres ainda vão à praia todas cobertas.
Em 1923 os braços já ficavam expostos e tinha até um decote no traje de banho com túnica e bermuda. E em 1936 já tinha o maiô de perninha.
O modelito dourado já é de 1940 e em 1946 já pintava o duas peças como umbigo coberto
Esse maiô de poá de 1950 até dá para usar hoje em dia, né? É só dar uma cavada no decote e na perna.
A Ana Luiza queria saber como era os biquínis na minha época. Taí, eram assim:
Depois os biquínis diminuíram mais ainda chegando na época do fio dental e asa delta. Nesta época eu trabalhava em uma loja de biquínis. Sim, já trabalhei vendendo essas peças.
E depois de muitos anos e de muito encolher, ele cresceu novamente.
Além de biquínis de todos os tempos, esta sala tem desde revistas, jornais
à acessórios usados para complementar a roupa de banho. Tanto antigo, quanto atual. Bem legal.
A sala da cronologia foia que ficamos mais tempo, mas a exposição tem outras alas bem interessantes, como a que questiona o que seria um "corpo de praia"
Ainda tem uma parte dedicada aos estilistas nacionais, afinal o biquíni pode até ter sido criado pelos franceses, mas são os brasileiros que lançam as tendências na moda praia mundial.
Fazia um tempinho que eu e a Ana Luíza estávamos sem curtir um programa cultural juntas. Esta exposição foi uma ótima oportunidade, e melhor, não foi planejada, foi no imprevisto e aproveitamos bastante. Valeu!
A exposição fica em cartaz até o dia 10 de Julho de 2017, no CCBB.
Serviço:
CCBB RJ
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro (Praça XV/Candelária)
Entrada gratuita
Até 10/7, das 9h às 21h. Não abre às terças-feiras.
Entrada gratuita
Até 10/7, das 9h às 21h. Não abre às terças-feiras.
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