quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ano Novo de Roupa Velha, e daí?

Agora, agorinha mesmo, neste exato momento, eu me toquei que não comprei roupa nova para entrar o Ano Novo. Aí pensei: tudo bem, eu uso a do ano passado. Mas peraí, esse ano de 2015 foi "esquisitaço". Essa parada de colocar roupa nova tá meio ligada ao que a gente deseja para o novo ano, e será que eu desejo que essa bagaça se repita?

No geral foi um ano que teve muita coisa ruim, mas para mim foi um ano muito bom. Sério, eu estava meio com medo de pensar na retrospectiva desse ano e até me sentindo culpada de, mesmo fazendo parte de um contexto que não foi bom, me sentir bem.

Mas eu sou do tipo de pessoa que procura ver o lado bom das coisas (quando a situação permite, né?), achar alguma graça ou até fazer graça quando as coisas não estão tão boas. Isso não é para ficar no superficial, nem para fugir, é apenas para deixar esse mundo ao meu redor mais suportável, mais leve, divertido e assim conseguir fazer a minha parte da melhor maneira possível.

Então não vou fazer uma "retrô" pensando nas coisas que me incomodaram, como Cunha a partir de fevereiro (PQP tinha que ser no mês do meu niver?), professores tomando na cabeça, crianças sem aula, Medida Provisória que restringe o acesso a direitos trabalhistas, vergonha alheia com a Carta do Temer (mas nessa eu ri bagaraio com a brincadeira no Twitter), Paris com bomba pra todo lado, Mariana com lama pra todo lado, Facebook com brigas pra todo lado (aqui o jeito foi ficar meio out), terremoto no Nepal, refugiados pelo mundo, Museu da Língua Portuguesa em chamas e micaço no Miss Universo (esse rendeu boas risadas também). Tá já fiz a tal da retrô do terror e acabei ficando como John Travolta em meio a tantas bad memories.

Mas vou parar por aqui e vou focar nas coisas boas que atraem coisas boas. E são coisas boas que eu quero em 2016.




- Viajei de férias com a família e conhecemos dois lugares lindos do nosso Brasil que já eram sonhos antigos: Caraíva e Bonito;

- Tive momentos incríveis com as minhas filhas;

- Fui a shows com o marido;

- Realizei o sonho da Ana Luiza de fazer uma viagem comigo. Tipo só nós duas, que na verdade teve a minha mãe como agregada. Foi ótimo esse encontro de três gerações em Amsterdam e Paris.

- Li livros, vi filmes e visitei exposições o suficiente para me sentir interessante;

- Cozinhei sempre que tive vontade;

- Fiz aulas de pinturas que funcionam como terapia - Isso resume o que são as aulas de pintura com a professora Odila Freire:
"O importante é manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo"


- Fiz algo totalmente inusitado, inesperado e surpreendente. Desfilei para uma loja de joias. Amei. Me achei! Sim, eu desfilei.

- Ri muito e chorei com as amigas. Estive com as amigas de sempre, revi amigas antigas, fiz novas amizades.

- Resolvi contar uns "causos" mostrando como eu escolho rir das minhas trapalhadas do dia a dia na boa. Essas histórias têm feito os amigos rirem comigo no "feicebuqui" e isso me alegra.

- Me desconectei um pouco das redes sociais, mas por outro lado escrevi mais no blog. Isso me deixou mais leve, com menos informação na cabeça, mais concentrada, menos esquecida. Fez bem para a minha memória e para os meus pensamentos.

- Resolvi pendências, cuidei de mim, tive meu tempo e dei um tempo.

- Passeei muito, turistei bastante no Rio, conheci lugares da cidade que eu nunca tinha ido.

- E o melhor e mais importante: Mudei! Mudei de emprego e isso me renovou, me revigorou, me rejuvenesceu, me reenergizou.

"Às vezes é bom recomeçar. Um novo recomeço nos dá a chance de refletir sobre o passado, pesar as coisas que fizemos e aplicar aquilo que aprendemos com isso em nosso novo caminho. Se não examinarmos o passado não aprendemos com ele." Trecho do livro "Auggie e Eu - Três histórias extraordinárias".

Examinando brevemente o ano de 2015 que se passou com tropeço sim, mas com muito aprendizado, e no fim com saldo bem positivo. Eu posso dizer que em 2015 eu atingi a meta e quando atingi, eu dobrei. Então que venha 2016, Ano Novo, não importa a roupa, não importa a cor, porque eu escolho ser feliz.



"Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade 
Tem prazer e medo
E com os que erram 
Feio e bastante,
Que você consiga ser tolerante
Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra que rir é bom
Mas que rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda,
Exista amor pra recomeçar..."
A Autora:
Chris Ferreira

Chris Ferreira

Eu, uma mãe integral mesmo trabalhando em horário comercial, que procura equilibrar os diferentes papéis da mulher com prioridades e alegria.

Acredito que podemos levar a vida a sério, mas de forma divertida e é isto que eu tento mostrar no blog.

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2 comentários:

  1. Que Delicia Chris! Muita coisa boa, a mudança de emprego nos revigora mesmo. Amei ver seus momentos, embora a minha ausência tenha sido constante nos Blogs sinto falta de vir aqui comentar e olhar com atenção cada postagem sua. Feliz 2016 linda!

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  2. Chris é incrível como as pessoas hoje estão com medo de dizer que está tudo bem, porque espalhou pelo país um clima de tristeza e derrotismo que é fulminante. Ora se sabemos que a economia do país não vai bem (o que vem ocorrendo há dez anos em todas as nações neoliberais) basta se organizar melhor não acha? Eu também tive um ano maravilhoooso, com saúde o que pra mi é o principal fator de felicidade, agradeço todos os dias por nao tomar um comprimido se quer. Feliz 2016 pra vc e sua família linda.

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