Visconde de Mauá - O lado mineiro da serra

Continuando as nossas aventuras de final de ano em Visconde de Mauá vou falar um pouco, conforme prometido neste post AQUI, do passeio que fizemos aos pontos do lado mineiro da serra da Mantiqueira.

Optamos por fazer esse passeio com a Remorini, agência especializada em passeios na região, porque a distância era grande e algumas cachoeiras só têm acesso por 4x4.

Saímos de Maringá rumo ao Vale das Cachoeiras Gigantes para um passeio que duraria o dia inteiro e prometia aventura, paisagens deslumbrantes e banho de cachoeira. A expectativa era grande! Nem eu, nem o Antonio conhecíamos essas bandas de Bocaina de Minas.

A primeira parada foi no Vale das Flores para reservar o nosso almoço no Restaurante da Leila. A princípio achei meio exagerado ter que reservar o almoço em um lugar tão distante do centro e no meio de praticamente nada. Mas já gostei do restaurante de cara. Um lugar agradável, com gramado e o rio passando no terreno. Então a promessa seria de boa comida caseira e banho de rio.

Deixamos as nossas trutas ao molho de pinhão reservadas e seguimos o nosso caminho. A distância era longa, mas fomos observando a paisagem, vendo as fazendas, os animais e sentindo o ar puro.

Ainda no caminho paramos para observar a Pedra Selada que é o ponto mais alto da região e tem a forma de uma sela de cavalo. Passamos pelo vilarejo de Mirantão que já foi um ponto de parada importante na rota do ouro que ligava Minas a Paraty. É muito interessante quando passamos nesses locais bem rústicos e pequenos imaginar como seria se morássemos ali. Observarmos o mercadinho que faríamos compras, a casinha que moraríamos, a escola em que as meninas estudariam. É uma vida completamente diferente da nossa.

O próximo vilarejo foi Santo Antônio do Rio Grande, este um pouco maior que Mirantão, mas também bem interiorano, já oferece algum comércio regional mais interessante tipo fábrica de queijo parmesão. 

 

É em Santo Antônio do Rio Grande que estão as nascentes do Rio Grande e do Rio da Prata, ou seja, muita cachoeira, né? E era exatamente disso que estávamos precisando: lavar a alma e refrescar a cabeça em um banho gelado e natural. Sendo assim, depois de algumas fotos seguimos o caminho para o mirante Zé Manuela onde teríamos a prometida vista deslumbrante de toda a região. Neste caminho passamos por paisagens interessantes como: uma casa com telhado de grama, paramos para comer framboesa no pé e observar uma plantação de girassóis.

E fizemos uma parada estratégica na Cachoeira 5 Estrelas, a maior entre as três cachoeiras gigantes incluídas no roteiro e a única que possibilita o banho. A cachoeira de 200 metros tem acesso escondido no mato e marcado apenas por uma placa antiga. Descemos uma trilha até o ponto de deslumbramento: uma queda d'água volumosa e um poço para banho.

Depois de muito banho o destino seria o mirante e as cachoeiras Paiol (120 m), Brumado (90 m). Dizem que são pontos imperdíveis, mas nós estávamos com crianças que queriam mergulhar em águas transparentes e estavam cansadas de sacolejar no carro. Então mudamos o nosso roteiro, adaptamos para a nossa realidade e retornarmos em direção à Cachoeira do Rio Grande também em Santo Antônio.

Ir para a Cachoeira do Rio Grande foi uma escolha mais do que acertada. A cachoeira é enorme, com um poço bem grande, estacionamento, gramado e barzinho. Perfeita!

caminho do ouro que ligava Minas ao litoral de Paratyno caminho do ouro

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Depois de muito banho e brincadeira pegamos o caminho de volta para o Restaurante da Leila já com uma fominha apontando na barriga. Comemos uma comida caseira deliciosa e muito bem-servida. Só então retornamos felizes e satisfeitos com mais um passeio superagradável.

Lembrete: levar protetor solar, repelente, toalha, água e uns biscoitinhos para o lanche.