Vou pedalar! Tá decidido!

Eu postei esta foto da Enseada de Botafogo com o Pão de Açúcar ao fundo, um dos mais belos cartões postais do Rio, no meu Instagram, o @inventandomamae e na legenda escrevi sobre a dúvida matinal: dormir mais ou ir me exercitar. Vou replicar parte do texto aqui e falar um pouco mais sobre essa parada de hábito e escolha.

Como eu disse, hoje acordei cedo para fazer o meu exercício diário e comecei a ficar na dúvida: vou ou não vou? Durmo mais um pouco ou vou pedalar? Vou te contar que esse dilema rola todos os dias e em muitos deles a preguiça vence e depois vem a culpa. Mas hoje não foi a preguiça que venceu e a culpa não chegou. Muito pelo contrário, quem bateu forte foi o sentimento de satisfação e disposição. O que houve hoje de diferente dos dias em que a preguiça venceu? Foi a minha forma de pensar.

Hoje eu fiquei ali alguns momentos na dúvida, tendo que tomar uma decisão, praticamente me torturando. Foi aí que me lembrei de um trecho do livro "Melhor Do Que Antes", de Gretchen Rubin, sobre hábitos. Exatamente este aí abaixo.

O trechos dizem que "Um hábito não exige nenhuma decisão de minha parte, porque já decidi. [...] Eu decido, e depois não decido; consciente, depois inconscientemente.". Era isso! Eu não precisava ficar ali nesta manhã tendo que tomar uma decisão, sofrendo com a dúvida, paralisada pelo vou ou não vou. Eu já tinha decido que faria exercícios pela manhã. Não preciso tomar essa decisão a cada dia. Já que eu quero para mim o hábito de me exercitar pelas manhãs, tem que ser como escovar os dentes. Eu não decido a cada manhã se vou ou não escovar os dentes. Simplesmente vou lá e faço, sem tortura, sem dificuldades. 

Pronto. Pensando assim acabou a angústia da dúvida. Veio a tranquilidade da certeza. Que sensação libertadora! Acabou a perda de tempo. Coloquei a minha roupa e fui cheia de disposição. 

Eu que sou uma pessoa que tenho certa restrição aos hábitos por achar que estes podem nos deixar repetitivos, anestesiados, no automático, vendo pelo ponto de vista da escolha já feita, da decisão já tomada, me senti bem confortável. Percebi o quanto era desnecessária aquela "tortura" e o quanto seria bem mais simples e prazeroso simplesmente cumprir o planejado sem questionamentos neste caso.

Fui fazer a minha pedalada matinal, querendo que vire um hábito. Mesmo sendo um hábito diário não precisa ser repetitivo, nem igual. Posso fazê-lo todos os dias e buscar um olhar diferente. Posso mudar o percurso. Posso fazer o mesmo percurso e observar a paisagem com outro olhar. 

Um pequeno desvio no meu caminho e olha quem eu encontrei aproveitando a pracinha enquanto as crianças não chegavam?!

E como foi bom ter pensado assim. Como me senti bem tendo feito o que me propus. Como foi gostoso fazer o meu exercício neste cenário lindo. Como me senti melhor o resto do dia. 

Foi exatamente isso, um sentimento de serenidade. Valeu!