Já fazia algum tempo que eu não contava os meus “causos” vistos por aí lá no Facebook. Não que não tenha tido histórias, mas tem faltado é tempo mesmo para digitá-las.
Nesta semana eu contei por lá um fato que aconteceu em um passeio pela Lagoa Rodrigo de Freitas.
O fim de tarde na Lagoa estava superlindo, cheio de pessoas passeando e se divertindo.
Uma família de quatro pessoas (pai, mãe e duas crianças pequenas) estava em um deque, todos deitados brincando. Cena linda de família. Aí o pai acabou de beber água e tchum... jogou a garrafa na água. Que feio!
Três senhoras ao meu lado se mostraram indignadas com a cena, questionaram a presença dos guardas para aplicarem multa, ficaram olhando para o camarada pai de família.
A Sofia e as amigas também ficaram indignadas, incrédulas e comentando sobre o fato.
Eu caminhei até a beira da Lagoa, perto da família linda, porém não muito educada, e fiquei olhando pensativa a tal garrafa boiando. A Sofia de longe me perguntou o que eu estava fazendo ali. Respondi alto para que ela ouvisse (na verdade eu queria mesmo é que os pais sem educação notassem) que estava verificando se tinha algum jeito de pegar a garrafa que alguém havia jogado na Lagoa. Note bem, eu falei alguém. Nem disse que foi algum mal-educado, porcalhão e sem noção. Neste momento a mãe da família se indignou e me deu um fora. Algo do tipo o meu lixo eu cato, não preciso de ajuda. Mas tudo bem, a errada sou eu né? Correto é jogar a garrafa na água? Sei lá, eu não entendo assim. Mas tudo bem, eu simplesmente continuei olhando a garrafa como se não tivesse ouvido, apesar da enorme vontade de perguntar se ela iria buscar a garrafa a nado.
A Sofia e a amiga tiveram então a ideia de andarmos de pedalinho para assim retirarmos a garrafa da Lagoa. Espertas elas, não? Arrumaram uma causa nobre ao que já queriam fazer e assim me convenceram. Mesmo já tendo andado o dia todo, minhas pernas aguentavam algumas pedaladas. Anda mais com essa motivação.
Pegamos um pedalinho para quatro e começamos a pedalar em direção à garrafa. Quando começamos a nos aproximar um outro pedalinho com um pai e um filho também ia na direção da garrafa. Será que eles iam passar por cima? Pedalamos mais rápido, mas eles se aproximavam mais rápido ainda. Chegamos a comentar: “eles vão passar por cima da garrafa”, “pedala porque eles vão conseguir afundar a garrafa”, “não é possível que eles vão conseguir o mais difícil que é passar bem por cima da garrafa”. Pedala, pedala, mas eles estavam mais próximos e tivemos que começar a pedalar para trás para evitarmos a colisão (afinal aquilo é um pedalinho e não um carrinho de bate-bate). Infelizmente não conseguimos retirar a garrafa da Lagoa... Não retiramos porque eles o fizeram. E nós, dentro do nosso pedalinho, com aquele visual lindo do fim de tarde aplaudimos o pai e o filho que ficaram rindo em retribuição.
Valeram as pedaladas, valeu o passeio de pedalinho com uma vista linda, valeram as risadas, e acima de tudo valeu a indignAÇÃO.
Se para cada um que sujar tiverem seis (neste caso era eu, a Sofia, duas amigas, o pai e o filho) para limpar eu acho que chegamos lá.
Emocionante. É assim que sempre devia ser. Uma pena ainda ter gente que fica indignado com tanta coisa, mas qdo chega a vez dele fazer algo de bom e dar o bom exemplo pros filhos, deixa a oportunidade passar. Parabéns!
ResponderExcluirBjs
Desde pequena voce trazia seu lixinho fa praia para jogar fora em casa
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