sexta-feira, 31 de março de 2017

Pintura - Carinho de Bandeja



Eu estou sempre falando nas minhas redes sociais, seja aqui no blog na tag "Artesanato", no meu IG @inventandomamae ou no Facebook, na página "Inventando com a Mamãe", do quanto me faz bem as aula de pintura com a professora Odila Freire. Me sinto super realizada quando vejo as minhas peças prontas. Bate um orgulho, sabe?


No momento eu estou apaixonada por estas duas caixas para pão de forma que acabei de fazer.


A primeira com a lateral em decoupage com detalhes em coração será presente para uma grande amiga.


É muito amor envolvido.


E olha a surpresa! Ao abrir a caixa, a tampa se torna uma bandeja para servir um cafezinho e uma fatia de bolo com muito carinho.


A segunda caixa vai ficar para mim.



A lateral também é de decoupage. Mas desta vez usei um guardanapo que ganhei de presente de uma amiga também muito querida.


Assim ficou a bandeja ao abrir a minha caixa.


Fiquei tão satisfeita com as caixas que usei a minha no mesmo dia em que ficou pronta. Fiz um bolo especial, receita nova, e chamei uma amiga para um café.


O que eu mais gosto nesta #técnicaodilafreire é que a beleza está no conjunto, no total, no impacto visual. Se olhar no detalhe pode até encontrar um borrado ou outro, mas isso não compromete o todo. Assim fica mais fácil de pintar e mais divertido.

"O belo não está em estar certo, mas na liberdade de estar errado".

quinta-feira, 30 de março de 2017

10 guloseimas imperdíveis dos parques da Disney


No final de fevereiro estivemos na Disney, nos divertimos bastante, brincamos muito, andamos demais e tivemos que nos abastecer de energia, né? Deixamos a dieta totalmente de lado e caímos nas gostosuras clássicas dos parques. São muitas! E cada uma melhor do que a outra. Tipo imperdíveis, sabe? 

Vamos mostrar as nossas preferidas neste show de guloseimas. 

1 - Mickey’s Premium Cookies And Cream Ice Cream Sandwich

Uma loucura! Tem a versão sanduíche que é o sorvete de creme envolto por duas fatias de bolacha, no formato do Mickey (este da foto) e o de palito que é o sorvete de creme com casquinha dura de chocolate também no formato de Mickey. Os dois são muito gostosos. O nosso queridinho é o sanduíche, mas vale experimentar os dois e eleger o seu preferido. 
O bom é que estes sorvetes estão espalhados em vários carrinhos pelos parques. É figurinha fácil. 


Sorvete de Mickey nos Parques da Disney

2 - Cerveja Amanteigada

A cerveja amanteigada do Harry Potter é a grande sensação das bebidinhas nos parques Universal e Island of Adventure. Nós preferimos a gelada. Muito bom!


Cerveja amanteigada nos parques da Disney

3 - Dipping Dots

Sorvete de bolinhas no Island of Adventure. A textura é muito interessante e ter as bolinhas derretendo na boca dão um sabor todo especial a esse sorvete. 


Sorvete de bolinha do Island of Adventure

Tem de vários sabores. Difícil saber qual é o melhor.

Dippin Dots o sorvete de bolinha da Disney

4 - Donuts da Loja Lard Lad Donuts

Os famosos donuts rosa com confeitos coloridos que fazem parte até de objetos de decoração são uma das atrações da Universal Studios. Apesar de preferir o de chocolate, tem que experimentar o rosa.

Donuts dos Simpson na parque Universal Studios

Dá para aproveitar e fazer uma foto com o Chefe Wiggun saboreando um donuts. 





5 - Funnel Cake

The best of the best! A gente diz que é o bolinho de chuva da Disney e, quando bate aquela saudade louca, faz aqui em casa. Tem a receita no post "Funnel Cake, o bolinho de chuva da Disney". É feito com uma massa tipo bolinho de chuva, mas mais delicada e com açúcar de confeiteiro por cima. Pode vir com várias coberturas, como calda de morango, calda de chocolate, sorvete, chantilly. Apesar de ser delicioso de qualquer maneira, o nosso preferido é o de calda de morango com chantilly.

É um clássico do Magic Kingdom! É encontrado no cardápio do Sleepy Hollow Refreshments, localizado bem no início da Liberty Square, quase ao lado da atração “Hall of the Presidents” e com vista para o Castelo da Cinderela.

Onde encontrar funnel Cake nos parques da Disney

6 - Pineapple Dole Whip Float

Este é outro clássico do Magic Kingdom. Sobremesa famosa da Adventureland que pode ser encontrada no Aloha Isle. É uma espécie de suco de abacaxi com sorvete de creme boiando em cima. 


Suco de abacaxi com sorvete do Magic Kingdom

7 - Hot Dog no Caseys Corner

Cachorro quente na Disney acaba sendo inevitável. Algum dia, alguma hora, você vai encarar esse sanduba classicão. Então, já que estamos enfiando o pé na jaca vamos fazer direito. O melhor hot dog está no Magic Kingdom, na Caseys Corner que fica no final da Main Street. A casa tem a decoração inspirada em uma lanchonete de estádio de baseball e serve os clássicos americanos, como: cachorro quente, nachos, batata frita, corn dog nuggets (tipo enroladinho de salsicha) e algodão doce.


O melhor cachorro quente da Disney

Nós fomos de hot dog. A Sofia foi mais básica, só o sanduíche simples com batata. Já eu e a Ana Luiza fomos no exagero.



8 - Maçã do Amor de Mickey

A Main Street Confectionery, no Magic Kingdom, é uma verdadeira loucura. Cheia de delícias e muitas em formato de orelhinhas do Mickey e da Minie. Uma delas é a maçã do amor confeitada e decorada. Dá até para a gente ver o processo de confecção dessa delícia! Aí fica irresistível, né?


9 - Pretzel em formato de Mickey.

Tudo com formato do personagem mais amado dos parques da Disney chama a atenção. Os pretzels fazem sucesso por lá e podem ser encontrados em carrinho no Magic Kingdom e em outros parques, como o Epcot, por exemplo. São salgados, quentinhos e com molho para acompanhar. Nós fomos sem molho mesmo.




10 - Carrot Cake Cookie Sandwich

O Carrot Cake Cookie Sandwich é um misto de cookie com bolo recheado com cream cheese. Uma delícia! É típico do Disney’s Hollywood Studios.


Na Sunset Boulevard fica a Sweet Spells que tem vários docinhos todos com aparência ótima. Eu fui mesmo no já recomendado Carrot Cake Cookie, uma espécie de biscoitão de bolo de cenoura recheado.



Tem como comer bem, comer saudável, nos parques da Disney. Não precisa ficar só nas guloseimas que são deliciosas. Mas é sempre bom relaxar e aproveitar também um pouco os lanchinhos que fazem parte do passeio. 

A gente ainda queria ter tomado a Pia de Sorvete no Ice Cream Parlor que fica na Main Street, no Magic Kingdom. Mas não rolou. A fila estava sempre grande. Fica para a próxima!



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quarta-feira, 29 de março de 2017

Quando os amigos dos seus filhos começam a dirigir






Nossos filhos precisam ter a vida social deles, é claro! Tão claro que nós mães incentivamos isso desde pequenos. Como ficamos felizes por nossos pequenos terem os amigos, brincarem nas pracinhas e serem convidados para festinhas.

Lá quando são pequenos tudo é tão lindo. Tão tranquilo. Tão seguro. Nós estamos sempre junto. Levamos. Ficamos ao lado. Trazemos de volta para casa. Pena que isso não dura para sempre. Pelo menos se a parte de levar e buscar durasse mais tempo... Tipo até depois da adolescência....

Vou explicar.

Quando as minhas eram pequenas, nas primeiras festinhas, eu levava, ficava lá e trazia de volta para casa. Não só ficava nas festinhas, como participava das brincadeiras por solicitação delas. Segurança total.

Depois, já um pouco mais crescidinhas, não queriam mais a minha presença nas brincadeiras. Eu podia ficar nas mesas, sentada com as outras mães e batendo papo. Tudo ainda bem seguro. Apenas aquela leve preocupação delas se machucarem, caírem, coisas normais.

Mais alguns poucos anos se passam e chega a primeira festa "sem pai, nem mãe". O que é isso? É aquela festinha que a gente leva, entra na casa, entrega para a mãe que convidou, bate um papo rápido e vai embora com o coração na mão. Depois volta na hora marcada para buscar. Apesar da apreensão da mãe, tudo ainda rola em ambiente controlado.

Daí a gente pisca o olho e a vida social dos nossos filhos está cada vez nos deixando mais de fora do circuito. Você leva, deixa na porta, não entra (entendeu bem? Não entra!) e vem buscar mais tarde. Ai, ai, ai. Me disseram que conforme eles crescem as coisas melhoram. Só tô vendo piorar... Tá, mas ainda rola um telefonema para o responsável pela festa. Os pais dos amigos das minhas filhas ainda fazem parte da minha lista de contatos.

Passa mais algum pouco tempo e a nossa lista de contato passa a ter menos pais de amigos dos filhos. E começa também o tal do rodízio. Um dia você leva na festa e o pai da fulana busca. Outro dia a mãe da ciclana leva e você busca. Ai Meu Deus!!! A que horas esse pai vai buscar? O tal do rodízio é sempre arranjado com o pai ou mãe mais flexível sendo escalado para buscar. Saca aquele que topa ir mais tarde?! Então, esse é o que vai buscar neste dia.

Mais uns poucos anos e chega o dia em que: "Mãe, não precisa nem levar, nem buscar!". Como assim? Por que não? "Porque vamos voltar todas juntas de táxi.". O coração da mãe dispara. A cabeça gira. O ar falta e o grito sai pela boca. NEM PENSAR!!! Eu vou levar e buscar. Se quiser ir é assim. Lá vamos nós com uma adolescente de bico ao lado.

Aos poucos, mas com muita argumentação, insistência, "Você é a única que não deixa", "Relaxa mãe, deixa de ser neurótica.", vou me acostumando com a ideia de que a filha cresceu, precisa saber se cuidar, etc. Acabo finalmente cedendo a irem todas juntas de táxi ou de Uber. Não porque eu quis, não porque eu me sentisse segura, mas porque eu precisava para me manter sã, apesar dos solavancos no coração.

Mas na condição que eu saiba qual é o táxi, que me mande WhatsApp quando entrar no táxi, quando chegar na tal festa, quando sair da tal festa e entrar no tal táxi ou Uber. Aguenta coração de mãe. Olha que eu acreditei que quando os filhos cresciam as coisas melhoravam.

Quando já estou quase me adaptando com a ideia, já estou conformada com o fato de virem todos juntos de táxi, rola a seguinte conversa:


- Mãe, já tô voltando.
- O fulano vem no táxi junto com você até em casa, né?
- Ele vai me levar em casa. Ele está de carro! Rlx.
- Como assim relaxa?! Agora é que não relaxo nunca mais! Ele está dirigindo? Há quanto tempo esse garoto tirou a carteira?


Sem resposta...


Me lembro de quando eu tinha a idade da minha e também andava em carros de amigos que já dirigiam. Me lembro de como a minha mãe ficava preocupada e o quanto eu a achava exagerada.

Sério, é muito mais fácil ser filha.

Me lembro que a minha mãe me falava para não entrar em carro de amigos que dirigissem a menos de seis meses. Que era preciso ganhar experiência de trânsito e estrada antes de levar alguém na carona.
Me lembro da quantidade de vezes que fui cobaia de amigas que saíam de carro pela primeira vez após pegarem a carteira de motorista.
Me lembro da minha amiga que foi minha cobaia.

Sério, é muito mais fácil ser filha.

É verdade que o principal problema dos adolescentes é que eles são como seus pais eram na idade deles.

Mesmo assim, eu oriento as minhas filhas para nunca, nunca dirigirem levando amigos na carona antes de terem experiência no trânsito. Antes de terem alguns quilômetros rodados dirigindo comigo no carona. Queria muito que outros pais tivessem a mesma preocupação com filhos motoristas ainda adolescentes levando, como passageiros, os filhos adolescentes de outros pais.

E assim os filhos vão crescendo, ganhando independência e as inevitáveis ​​preocupações dos pais seguem nos acompanhando. Quem disse mesmo que quando eles crescem as coisas melhoram? Bom, pode ser que isso aconteça lá na vida adulta. Vou esperando rezando.




terça-feira, 28 de março de 2017

7 Coisas que as Mães Têm em Comum, Apesar de Serem Diferentes

As pessoas só têm uma coisa em comum: são todas diferentes.

Dentre esse grupo de pessoas tem um em específico onde essa verdade é mais ressaltada. As mães.

Além de sermos diferentes uma das outras, conseguimos ser diferentes com cada filho. Eu me toquei disso quando a minha psicóloga falou: "a sua irmã não tem a mesma mãe que você.".  Como assim? Claro que é a mesma mãe sim. Eu a vejo todos os dias. Eu a reconheço.

Acontece que a sua mãe teve você em um momento específico da vida dela. A sua irmã nasceu em outro momento. Neste espaço de tempo a sua mãe se modificou, como todas as pessoas mudam a cada dia. Neste espaço de tempo a sua mãe teve experiências. Outras experiências. Aprendeu. Mudou de opinião. Muita coisa aconteceu. Mesmo que o intervalo entre um filho e outro seja curto, a experiência de ter um filho é muito transformadora. A mãe do segundo filho não é a mesma mãe do primeiro.

Além do mais, cada filho é diferente. Cada filho pede algo diferente da mesma mãe. E cada filho enxerga a mãe do seu próprio ponto de vista.

Mesmo com essas diferenças tão claras, as mães têm pontos em comum. E como têm. Vamos lá.

1 - Comparam-se

Principalmente no início da maternidade ficamos nos comparando com outras mães. E o pior é o resultado dessas comparações. Parece que escolhemos a dedo a tal outra mãe com quem nos comparamos. Elas sempre fazem algo melhor do que nós. Com isso nos estressamos com nós mesmas e esquecemos o quanto já somos ótimas mães para os nossos filhos.

Em outros casos, nos comparamos com outras mães achando que as outras seriam melhores mães se fizessem tudo como nós. Ledo engano! Nestes momentos estamos apenas perdendo uma grande oportunidade de exercitar a empatia e até de aprender algo.

2 - Sentem-se culpadas 

Culpa, ah a culpa... já é clichê dizer que junto com um filho nasce a culpa. Eu acho que assim que recebemos o resultado a tal da culpa já começa a pipocar na nossa cabeça. É a culpa por ter comido algo e não estar cuidando da alimentação. A culpa por não estar fazendo exercícios e não estar cuidando da gestação. A culpa por estar cansada e não ter conversado com a barriga e por aí vai. Depois que o nosso grande amor chega ao mundo, então... nossa! A culpa domina.

Todas nós cometemos erros sim. Todas nós poderíamos ter feito algo melhor. Ok! Vamos aprendendo e melhorando com o tempo e as experiências vividas. Podemos escolher ser tão gentis e solidárias com nós mesmas quanto somos com as pessoas que amamos. Podemos ter esse gesto de amor com nós mesmas. Assim, parte dessa culpa se derreteria como açúcar na água.

Neste jogo de culpa travamos a "Guerra das Mães" com a nossa pior inimiga: nós mesmas. Podemos então escolher não entrar na batalha da tal "Guerra das Mães" com outras mães. Podemos escolher ser empáticas com elas e aproveitar as oportunidades para apender algo. 

3 - Têm dias ruins

Todas nós temos dias ruins. Temos dias péssimos. Por mais que sejamos planejadas e organizadas existem aqueles dias que tudo sai do controle. Que tudo dá errado. Por mais que a vida mostrada nas redes sociais só nos conte a parte boa, só mostre a mesa arrumada com a comida perfeita, tem o dia que o feijão desanda. Por mais que as fotos no Instagram só nos mostrem penteadas, com o look do dia e a make em dia, têm os dias que chegam ao fim e ainda estamos de camisola. Dias ruins já faziam parte da nossa vida humana antes dos filhos. Com a chegada da maternidade, que nos torna mais humanas, esse dias apenas aumentam em quantidade. Por isso "miga" não se sinta péssima achando que essas coisas só acontecem com você. Acontecem com todas, mesmo que a gente não mostre.

4 - Surtam

Toda mãe tem seu dia de surto. Tem seu dia de vizinha louca e histérica daqueles que a gente pensa que o vizinho vai chamar alguém para te internar a qualquer momento. Por mais calma que a gente seja, por mais que saibamos que gritos não levam a nada. Por mais que tenhamos lido todos os livros de maternidade que ensinam, na teoria, que devemos ser calmas, seguras, tranquilas e confiantes. Não tem jeito. O surto vai dar as caras nos nossos dias. Todas as mães têm o seu momento de insanidade temporária, têm o dia em que viram monstro (eu adoro o livro infantil "Quando a Mamãe Virou um Monstro"). 

E o pior é que depois do surto voltamos para o segundo item desta lista, a culpa. Muita calma nesta hora. Não deixe que esse momento de insanidade faça você acreditar que é a pior mãe do mundo. Já tem outra mãe ali no apartamento ao lado se sentindo ocupando este título. 

5 - Precisamos de um tempo

Viver a maternidade é maravilho. Viver a maternidade é intenso. Amamos cada momento. Não trocaríamos por nada. Mas é cansativo também. E muito cansativo. Para todas as mães com seus milhares de particularidades e diferenças. É cansativo para a mãe que fica em casa com os filhos. É cansativo para a mãe que trabalha fora. É cansativo para a mãe que trabalha em casa.

Todas nós temos aqueles momentos que queríamos fugir; tomar um banho em paz; fazer coco sem ser interrompida, sair com as amigas e rir até ter dor de barriga; ir para uma praia paradisíaca e fazer top less sem pingar leite das tetas. Temos aquele momento em que desejamos ter paz, de alguma forma ter apenas paz e nada mais. 

Isto é algo que todas nós precisamos, desejamos, sonhamos em alguns momentos. Isto não significa que somos "menas mãe". Isto não dá direito que ninguém duvide do nosso amor e dedicação a nossos filhos. Isto apenas significa que estamos cansadas. É apenas a evidência de que estamos constantemente colocando as necessidades de outras pessoas (muito amadas, por sinal) acima das nossas próprias.

6 - Precisamos de ajuda e apoio

Assumimos muitos papéis. Achamos que podemos dar conta de tudo. E ainda mais. Nos cobramos dar conta de tudo. Praticamente exigimos isto de nós mesmas. Mas a grande verdade é que precisamos de ajuda. Estamos sim fazendo o nosso melhor. Mas, às vezes, muitas vezes, fazer o nosso melhor significa delegar o que não é tão importante, deixar de lado outras coisas. Reconhecer as nossas limitações e aceitar ajuda. E assim priorizar o que é mais importante. 

O pior é que nesta "Guerra das Mães", algumas vezes, pedir ajuda, aceitar ajuda, parece ser coisa de "menas mãe". De quem, talvez, não seja tão boa nessa coisa de maternidade. Não, não volte para o segundo item desta lista. Não aceite a culpa. Precisar de ajuda não é coisa de "menas mãe". É coisa de gente. De ser humano. De pessoa que fica cansada, que tem seus momentos de tristeza.

Todas nós precisamos de ajuda e de apoio. Não é uma batalha de mães que conseguem fazer tudo X mães que não dão conta. Trata-se apenas de uma questão de mães que estão cansadas hoje X mães que ficarão cansadas amanhã ou que estiveram cansadas ontem.

Por isso, "migas" mães, quando encontramos hoje uma mãe lutando alguma batalha, devemos nos lembrar que ela está fazendo um ótimo trabalho, o melhor que ela pode fazer. Nunca sabemos como foi o dia dela. Nunca sabemos se ela está ali catando os pedaços como nós estivemos ontem. Se ela está ali fazendo força para manter o equilíbrio como nós estaremos amanhã. Simplesmente sorria para ela e diga-lhe que está indo bem. Porque ela precisa, assim como a gente já precisou ou vai precisar.
Mesmo com todas as nossas diferenças e as diferenças dos nossos filhos, estamos todas no mesmo barco. E o mar, às vezes, muitas vezes, fica turbulento para todas. Por isso oferecer apoio, dar sorrisos e, sobretudo, abster-se de julgar em silêncio (ou alto) é dar à outra o que nós mesmas precisamos. 

7 - Amamos nossos filhos mais do tudo nesta vida

Por mais que o resultado das comparações com outras mães faça nos sentirmos péssimas mães. Por mais que a culpa nos domine. Por mais que tenhamos dias ruins. Por mais que tenhamos nossos surtos e gritemos feito loucas, alucinadas. Por mais que desejemos fugir. Por mais que precisemos de ajuda. Não há nada no mundo como ser mãe. Não há nada no mundo como o sentimento de uma mãe por um filho. Todas nós não temos palavras suficientes para explicar este sentimento.

Somos diferentes sim. Mas temos muito em comum. E são nestes pontos em comum que podemos encontrar a empatia. São nestes pontos em comum, muito além do certo e do errado, que podemos nos encontrar. Todas no pódio de melhores mães do mundo para os nossos filhos.  




sábado, 25 de março de 2017

A Semana 12 - ex-posição



Depois de passar uma semana inteira dentro de sala de aula fazendo um curso excelente, daqueles que dão uma mexida na gente, me deu uma vontade enorme de ver exposições de arte. Bateu algo tipo um desejo. Sabe desejo de grávida por uma comida? Assim.

Eu gosto muito de visitar museu e centros culturais. Sinto uma calmaria, dou aquela relaxada boa quando estou em uma exposição. Acho que foi daí que veio esse desejo louco de ver exposições. Um misto de necessidade de tranquilidade e de sair da minha posição. 

É, sair da minha posição. Não tem nada que tire mais as pessoas do lugar do que uma boa obra de arte. Quando estamos diante de uma obra de arte queremos observá-la de vários ângulos, de longe para ter uma visão geral, de perto para ver os detalhes, de baixo para cima, de lado. Imagina se fôssemos assim em relação às pessoas?! Se quiséssemos entender o que elas sentem da mesma forma que queremos entender o que o artista quis dizer com aquela obra?! Se saíssemos do nosso ponto de vista fixo e nos movimentássemos para tentar enxergar pelo ângulo que o outro está sentindo?! Se quiséssemos nos aproximar a ponto de perceber no detalhe o que o outro pensa?! Quanta empatia iria rolar, não é não?

Em uma exposição de arte não temos um ponto de vista fixo. Mudamos de posição, estamos em movimento. Estamos em constante ex-posição e assim enxergamos o novo. 

Bom, satisfazendo o meu desejo de exposições, fui ao Espaço Cultural dos Correios de Niterói (contei no blog, é só clicar no link) e pude conferir duas mostras.

"Flor, Da Contenção À Expansão", de Myriam Gatt. Nesta, o lixo é visto como obra de arte. A artista usa pedaços de papelão coletados na rua para fazer suas obras dando relevo e textura sensacionais.


"Águas", de Jane Maria. As poucas cores, os poucos contrastes, fazem mergulhar na tranquilidade.


"Máquina de Vir" de Maria Lynk, no Oi Futuro Ipanema. Movimento o tempo todo. Experiência individual. Sensorial. Vai do desconforto ao conforto em três minutos. Loucura total.
Para ter uma ideia até Vodka eu tomei. E experimentei uns passos na pole dance.



CCBB, duas exposições em  um só local.


Na verdade eu fui com o objetivo de ver "Entre Nós - A figura humana no acervo do MASP". Um acervo mais tradicional com obras importantes da história da arte. Tem Portinari, Degas, El Greco, Gaugin, Renoir, Picasso, Ticiano, Burle Marx, Djanira, Diego Rivera, peças do povo Vorubá e da cultura Chancay do Peru, entre outros. 
Peças que já foram revolucionárias, que trouxeram novos pontos de vista para o cenário da pintura, mas que hoje já são tradicionais. Já são conhecidas, estudadas e apreciadas. Como a "Artesiana" de Van Gohg que conforme carta escrita pelo próprio foi baseada em um desenho de Gauguin.

Uma exposição bem legal, interessante, cultural.


Eu estava com tempo, então resolvi dar uma olhada na exposição "Abraham Palatnik - A Reinvenção da Pintura". Saí do tradicional, do convencional (para os dias de hoje), e entrei no moderno, na tecnologia, no não convencional, na arte cinética, em um lance de escada.

Postei a foto abaixo no Instagram @inventandomamae com a seguinte frase da música de Osvaldo Montenegro: "Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei".



Caminhei pela Orla Conde apreciando os grafites. Uma galeria de arte a céu aberto. Arte de rua. Movimento na veia. Expressão. Realidade. Muita cor. Lindo! Vale a pena o passeio. Mostrei um pouco neste post AQUI. É só clicar no link.


Além dos grafites já expostos, a Orla Conde, no Armazém da Utopia, ganhou uma exposição com oito murais em grafite que são releituras de obras do pintor e desenhista Francês Debret. As telas originais, que Jean-Baptiste Debret fez com registros de cenas e fatos importantes da história do Rio, estão em ladrilhos pequenos ao lado de cada painel. Assim podemos comparar o original com a nova proposta. 
Além do trabalho dos artistas que fizeram as releituras das telas de Debret, crianças de seis escolas municipais pintaram, junto com os professores, desenhos e frases que ressaltam valores fundamentais e pedem por um país melhor para todos.

Muito legal. Muito legal ver a mesma obra por um outro ponto de vista, com outra técnica e outro olhar.


Para fechar a série de exposições da semana e assim satisfazer o que dentro de mim pedia por esse movimento, fui ao MAM ver a exposição "Gaudí: Barcelona, 1990". Movimento em todas as formas e de todas as formas. 



Fico grata por ter a oportunidade e a vontade de conhecer algo novo e de buscar outros pontos de vistas. Fico grata por ter opções culturais tão ricas por perto. Fico grata por ter companhia para fazer esses passeios. Fico grata por gostar da minha companhia o suficiente para fazer esses passeios comigo mesma. 

Este post faz parte da BC #52SemanasDeGratidão proposta pela Elaine Gaspareto que neste ano vai substituir a BC A Semana que aqui no blog substituiu a BC Pequenas Felicidades.




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sexta-feira, 24 de março de 2017

Exposição Gaudí: Barcelona, 1900 no MAM - Genial


A exposição "Gaudí: Barcelona, 1900" nem bem inaugurou e nós já estávamos lá no MAM para ver tudo bem de perto.

Exposição Gaudí: Barcelona, 1900


Assim que subimos a escada circular... 

MAM - Exposição Gaudí


e chegamos ao primeiro andar, à primeira vista, a mostra parece pequena.

Mas te digo que é do tamanho exato. É que as obras de Gaudí, esse arquiteto catalão genial, são cheias de detalhes e ficamos um bom tempo em frente de cada uma observando. 


MAM - Exposição Gaudí

A mostra reúne 46 maquetes cheias de detalhes, como, por exemplo, a maquete da Casa Batlló, ponto turístico bem conhecido de Barcelona.

maquete da Casa Batlló na exposição Gaudí


Sendo três dessas maquetes em proporções bem grandes. Uma delas é a maquete das naves da Basílica da Sagrada Família.



Sente só a riqueza de detalhes em uma parte da lateral.




Tem também a maquete da abóboda do cruzeiro da Sagrada Família que fica pendurada sobre a nossa cabeça.

É claro que a mais famosa obra-prima de Gaudí, o templo católico localizado em Barcelona, está retratado em diversas peças.






A exposição conta também com mais 25 peças de design incríveis, entre objetos e mobiliário.

Este é o detalhe do encosto de uma cadeira. Lindo, né?



As maçanetas e puxadores nestas três portas são incríveis. Na foto não dá para ter noção, mas pode confiar. São incríveis! 



Os estudos dos movimentos da natureza que Gaudí utilizou para criar uma estética moderna única também estão presentes. Este é o estudo para o teto de uma escola. Dá até vontade de estudar nela, não dá?



Além das obras de Gaudí, completam a mostra cerca de 40 trabalhos de outros artistas e artesãos que compunham a cena artística de Barcelona da época.

Vale muito a pena a visita. Enquanto percorria a mostra e observava as peças e as fotos me bateu um saudosismo e me revi passeando pelas ruas de Barcelona. Me relembrei das minhas aventuras no Parque Güel (projetado por Gaudí).

Foto do site Dicas de Barcelona - vale a pena ver este post AQUI.

Foi lá que eu comprei um pacote de 1 kg de churros recheado de doce de leite com cobertura de chocolate. Isso mesmo, um quilo! E o pior. Comi todinho! É claro que tive aquela dor de barriga e por isso fiquei anos sem nem querer ouvir falar em churros.

Sério, deu vontade de sair da exposição e embarcar no próximo voo para Barcelona.

Além de a exposição ser uma grande oportunidade de estar frente a frente com esse arquiteto incrível e com obras belíssimas, o MAM é um museu especial. É bonito, amplo e muito bem localizado. O primeiro museu que a Sofia visitou foi o MAM, na exposição “Arte para Crianças”, que reunia 12 participantes, entre eles Yoko Ono. Até hoje eu me lembro da Sofia pequenininha, com 2-3 anos, circulando pelos labirintos da obra "Entrada", de Yoko Ono. Pena que eu não tinha blog na época e por isso não tenho post para matar as saudades.

Chega de saudosismo! Fica a dica do passeio!


Serviço:
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Exposição: 16 de março a 30 de abril de 2017
De terça a sexta, das 12h às 18h
Sábado, domingo e feriado, das 11h às 18h
Ingresso: R$14,00
Estudantes maiores de 12 anos: R$ 7
Maiores de 60 anos: R$7
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
www.mamrio.org.br


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quinta-feira, 23 de março de 2017

LeFou, Shonda e a normalização


Até este exato momento eu já assisti ao filme "A Bela e A Fera" duas vezes.

A história é conhecida por todos e o filme foi bem fiel, como já contei no post aqui no blog. Apenas alguns detalhes que complementam a história e algumas características dos personagens foram acrescentadas.  Por exemplo, a Fera agora canta, a Bela está menos sonhadora e mais pragmática, e o LeFou ... Ah, o LeFou... Ele não é mais apenas o saco de pancadas de Gaston. LeFou é divertido, tem um senso de humor sarcástico e no fundo tem um bom coração.

Mas não foram essas as mudanças que mais chamaram a atenção para algumas pessoas. Apesar do mote do filme ser "olhar além das aparências", o foco em LeFou não ficou no seu humor, na alegria e na capacidade de rever seu ponto de vista. O foco ficou na opção sexual do cara que é um amigo fiel.

A questão de LeFou, de modo muito sutil na minha opinião, sugerir que tem algum sentimento em relação ao amigo vilão foi o que atraiu o fofo e gerou polêmica e questionamentos. A tal ponto que em alguns países a classificação indicativa do filme, que é um clássico infantil, foi alterada não podendo ser livre.

Na verdade, eu mesma ouvi muitos poucos, mas bem poucos, questionamentos sobre levar um personagem gay a um filme infantil. Mas ouvi, durante uma das sessões, alguém perguntar: "o que estão querendo trazendo um personagem gay para um filme infantil?". Neste momento eu me lembrei do capítulo "Sim às pessoas", do livro "O ANO EM QUE DISSE SIM", de Shonda Rhimes.

Eu tinha acabado de ler este capítulo. Nele a autora conta que era uma menina negra, em geral a única da sala dela, com óculos fundo de garrafa, extremamente tímida e bem nerd. Isso a fazia diferente. Isso a fazia sozinha. Isso a fazia escrever desde sempre. Ela escrevia para não se sentir sozinha. Ao falar deste sentimento, Shonda, cita a frase: "Ninguém é mais malvado do QUE um bando de seres humanos diante de algo diferente.".

Para pensar, né?

Mais adiante, ainda no mesmo capítulo, ela conta que recebe muitas perguntas que questionam o porquê ela ter tanto empenho em escrever sobre a "diversidade" na televisão.

A autora então explica que não gosta da palavra diversidade por já sugerir que existe algo incomum entre as pessoas que não estão em padrões estipulados e que não são mais reais.

No mundo real temos todos os tipos de pessoas. Elas existem! Simples assim. Então, a palavra para Shonda é "normalizar".




Para mim, está aí a resposta para a pergunta "o que estão querendo trazendo um personagem gay para um filme infantil?". Para que os adultos voltem a se normalizar com as situações reais da vida, assim como já foram quando crianças.

Sim, quando crianças. Porque as crianças não enxergam essas diferenças. Elas não são afetadas pelo preconceito. São normalizadas.

Shonda Rhimes em seu livro "O ANO EM QUE DISSE SIM", no capítulo "Sim às Pessoas", completa:




LeFou está ali para nos dar a oportunidade de olhar através das aparências e enxergar além. Normalizar os nossos conceitos e expandir os nossos corações. 

quarta-feira, 22 de março de 2017

Orla Conde e seus Grafites - Uma Galeria de Arte a Céu Aberto

A Orla Conde, também conhecida como Boulevard Olímpico, tem sido um ótimo local de lazer e cultura para nós cariocas e para quem vem visitar a cidade. São muitos os motivos para fazer o passeio de 3,5 km desde a Praça Marechal Âncora, ao lado da Praça XV, até o Armazém 8, na Avenida Rodrigues Alves. O visual, os Centros Culturais, a Pira que está em frente ao CCBB e a Igreja da Candelária, o AquaRio, os eventos que rolam e a Arte de Rua.

Nesta semana eu resolvi tirar um tempo para passear na Orla Conde com o objetivo de curtir e aproveitar o corredor artístico que está lá disponível para quem quiser. 




Eu percebo que quando falamos dos grafites na Orla Conde, muita gente foca no mural "Etnias". Realmente a obra do grafiteiro paulista Eduardo Cobra é o destaque por ser o maior painel em grafite do mundo. Inclusive, já foi reconhecido pelo Guinness. Lindísssmo, é verdade!



Porém o corredor artístico da Orla Conde que já figura entre as maiores galerias a céu aberto do mundo vai muito além deste espetáculo que é painel o "Etniais". 

Eu mesma já fui diversas vezes à Orla Conde, com objetivos variados, como visitar o Museu do Amanhã, o Mar, ir no AquaRio, apenas curtir a Nova Praça Mauá, fazer o percurso todo, visitar o Boulevard Olímpico e as Casas dos Países, etc. Mas nunca tinha ido com o objetivo de visitar a exposição de arte disponível ali. 

E sabe que eu me dei conta disso depois de ter ido a "Winwwod Wall e Miami" e ter feito o post sobre o Beco do Batman em São Paulo. É impressionante como a gente, no caso eu, às vezes não valoriza o que tem a nossa disposição, não é mesmo? Eu, com esta galeria de arte a minha disposição, precisei me dar conta dela após ter valorizado o mesmo tipo de passeio em outras cidades. 

E o passeio foi incrível! Lindo, colorido, divertido e surpreendente. Comecei pelo painel em frente ao AquaRio.




O painel do grafiteiro carioca, artista autodidata nascido e criado na favela do Pavão-Pavãozinho. O painel é enorme. Cheio de detalhes. Ficamos por ali um bom tempo apreciando e fazendo fotos.


Seguimos em direção à Praça Mauá passando pelas obras. Muitas são bem divertidas.


E possibilitam a nossa interação.


Outras encantam pela emoção que transmitem.


E pela expressão do olhar. 


O colorido das pinturas emoldura e faz as selfies ganharem um toque especial.


O multicolorido encanta.


Aí segui em frente passando pelas outras obras já mais conhecidas, como o próprio "Etnias" e o  mural da artista paulista Rita Wainer. O grafite que faz alusão aos amores marinheiros se destaca pela frase “Saudade é amor, te sigo esperando.”. 



A última, já no Armazém 1, é a obra de Camila Camiz que tem como uma de suas marcas os murais em preto e branco. Não resisti e dei um colorido na foto.



Valeu muito o passeio. Fica a dica. Tem vários outros painéis lindos e que eu não mostrei aqui no post, apesar de ter fotografado todos.


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