terça-feira, 30 de março de 2021

Praia de Itaipuaçu, em Maricá


O isolamento e distanciamento impostos pela pandemia acabou me estimulando a conhecer os arredores do Rio de Janeiro. Aqueles pontos que estavam ali pertinho, disponíveis, podendo ser visitados a qualquer momento e por isso mesmo não ganhavam prioridade nas escolhas de passeios.

Como não podemos frequentar os lugares, nem gerar aglomeração, a opção que restou para dar uma relaxada, ter algum contato com a natureza, ver o mundo lá fora, foi dar umas voltas de carro, observando e contemplando pela janela. 

Em um domingo de sol e calor saímos de carro em direção à Praia de Itaipuaçu, que fica no município de Marica, logo após as Praias Oceânicas de Niterói. Um local conhecido de nome e várias passagens a caminho da Região do Lagos. 

A primeira surpresa foi o Mirante da Serrinha que marca a divisa dos dois municípios. A vista é deslumbrante. Nos permite essa contemplar  toda a extensão da Praia de Itaipuaçu, praia do Francês até a ponta em Ponta Negra. 


Mirante de Itaipuaçu

Descendo a Serra da Tiririca a primeira praia é a Praia do Recanto localizada ao pés do Morro do Elefante. Eu já conhecia o Morro do Elefante visto pelo outro lado, pela Praia de Itacoatiara, em Niterói. 

Esse canto da praia de areia grossa que não adere ao corpo, tem um pier de pedra que se estende mar adentro e uma longa faixa de areia com alguns quiosques. Bom, com essa infraestrutura, e por ter o mar mais calmo pelo abrigo do morro, estava movimentado. Logo passamos batido. Não paramos nem para fotos da janela do carro. 

Pedra do Elefante em Itaipuaçu


Seguimos a orla em direção a Praia de Itaipuaçu, principal praia da região. Foi bem interessante ver que ainda tem uma parte da região bem rústica. Pegar um trecho de estrada de terra dá aquele clima de aventura, sabe?


Pedra do Elefante em Itaipuaçu

Ver a orla com a natureza original ainda preservada é bem gratificante. Eu adoro essa vegetação de restinga. Me passa uma sensação de resistência, de força com toques de delicadeza. 


A Praia de Itaipuaçu é uma praia de mar aberto, com ondas muito fortes.  Pouco recomendada para quem não sabe nadar.  Nesse dia especialmente as ondas estavam batendo com bastante violência. O que para mim foi um espetáculo a parte. Era bonito de ver aquela força e cortina de fumaça feita pelas gotículas de água.  


É uma orla bem extensa com trechos mais urbanizados, bem cuidados, com calçadão e alguns bares. Esses pontos ficavam mais movimentados de pessoas, porém todas mais distantes do mar. Não vi ninguém na água nesse dia, apesar do calor do sol. 


É praia que não acaba mais. Seguimos até a Praia do Francês, continuação da Praia de Itaipuaçu. Uma  área sem  infraestrutura de restaurantes ou quiosques, apenas com algumas residências ou casas de veraneio. 

Retornamos pelo mesmo caminho contemplando o mar, sentido a maresia, o vento. Foi um momento de olhar para frente, olhar ao longe, olhar o horizonte, respirar fundo e sorrir com os olhos.

Esse é o 6º post do projeto #100EM1 de 2021 que consiste em visitar 100 lugares no período de 1 ano e vi no blog Parafraseando com Vanessa. Achei, no início do ano, que o projeto seria uma ótima oportunidade para nos estimular a sair da rotina, buscar o novo, trazer aprendizados e reflexões. Porém o projeto foi completamente prejudicado pelo período que estamos vivendo.



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segunda-feira, 29 de março de 2021

"A Despedida", novo filme de Susan Sarandon e Kate Winslet

 

Eu não sei você, mas alguns filmes só pelo elenco eu já que assistir. Um filme com Susan Sarandon, Kate Winslet e Mia Wasikowska é desses. Quando recebi o convite para a cabine online aceitei sem nem ler a sinopse. Já quero!

 

"A Despedida", novo filme de Susan Sarandon e Kate Winslet

Descobri que "A Despedida" (Título origina "Blackbird" que significa o pássaro melro - atentem para a primeira e última cena) é um remake do dinamarquês ¨Silent Heart¨ (Coração Silencioso), também com roteiro de Christian Torpe. Já quero assistir a versão dinamarquesa. 

O drama conta a história dos últimos dias de Lily (Susan Sarandon) que sofre de uma doença degenerativa que a fará vegetar muito em breve. Diante de sua situação, Lily, opta por morrer de forma digna e consciente, enquanto isso ainda é possível. 

A escolha e decisão, a princípio, foi feita em família com todos os envolvidos de acordo. Eis que chega a data marcada. Lily promove um encontro em sua casa. Um final de semana de despedida. 

Jennifer (Kate Winslet), filha mais velha de Lily, toda certinha e metódica, chega na casa com seu marido Michael (Rainn Wilson) e o filho Jonathan (Anson Boon). 

Já a caçula rebelde e problemática Anna (Mia Wasikowska) chega com sua namorada, presença indesejada por sua irmã Jennifer, com quem já acabou e voltou várias vezes, Chris (Bex-Taylor Klaus).

Além da família, apenas a melhor amiga de Lily, Elisabeth (Lindsay Duncan) presente em todas as fases importantes da vida da família. 

O final de semana começa com clima de constrangimento, sem as pessoas saberem exatamente como agir. Lily vai dando o toque de naturalidade que ela deseja para seu último final de semana nessa vida. 

Nesse cenário de lembranças e último momentos reflexões vão sendo feitas, problemas familiares e velhas feridas vão vindo à tona, assuntos não tratados e não ditos vão sendo colocados na mesa, dúvidas sobre a decisão da mãe e do apoio da família surgem nesse momento crucial. 

A história é uma celebração da vida e do amor, com suas tensões e intensidade, belamente conduzida pelo elenco de primeira linha. Muito bom de assistir.



"A Despedida", novo filme de Susan Sarandon e Kate Winslet, estreia dia 31 de março em diversas plataformas de streaming, como  Now, iTunes, Google Play, Youtube Filmes, Vivo Play e Sky Play.

Sinopse: "Lily, uma mulher espirituosa de quase 60 anos, está se preparando para um fim de semana com seu marido, Paul, e os filhos que estão indo visita-los. Apesar de sua mobilidade prejudicada, Lily insiste em preparar tudo sozinha, o casal espera um dia adorável, mas o clima fica claramente tenso quando os convidados começam a chegar.
À medida que o fim de semana vai passando, velhas feridas vêm à tona, separando alguns membros da família e juntando outros. Com ambas as filhas cada vez mais em conflito com o plano de sua mãe, as esperanças de uma despedida pacífica de Lily parecem estar sob ameaça."


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domingo, 28 de março de 2021

A Semana 12 de 2021 - Contemplação

 "Contemplação não é ver, mas experimentar um momento de deslumbramento". Deslumbramento! Exatamente isso que eu sinto necessidade. De me deslumbrar com a vida, com o movimento da vida. E ninguém melhor para nos proporcionar esse sentimento do que a natureza.

Em busca desse deslumbramento fui fazer um passeio de carro, dentro do carro, com o marido. Resolvemos ir até a Praia de Itaipuaçu que fica no município de Marica, logo após as Praias Oceânicas de Niterói.

Logo na divisa dos dois municípios tem um mirante que nos permite essa vista de toda a extensão da Praia de Itaipuaçu, praia do Francês até a ponta em Ponta Negra. O voo da libélula foi clicado por mero acaso. Um brinde ao meu contemplamento.


Na volta para casa, nesse dia de sol lindo, muito calor e mar revolto, conseguimos uma área na Praia de Camboinha que estava bem deserta. Paramos para olhar mais de perto o mar e ter essa vista ao fundo das montanhas do Rio de Janeiro. Um momento de alegria e admiração do poder e beleza da natureza.


Assisti na cabine de imprensa online ao filme "Siron, Tempo Sobre Tela". O documentário que estreou durante a semana nas plataformas de streaming, mostra o processo de criação desse pintor brasileiro. Siron, que eu não conhecia, é considerado pela crítica de arte inglesa, Dawn Ades, um dos mais importantes pintores brasileiros de todos os tempos. Foi bom conhecer um pouco desse artista, ver algumas de suas obras e toda a complexidade do processo de criação.

Sinopse: "“Eu lembro mais das coisas que pintei do que das coisas que vivi”, diz, em certo ponto da abertura do filme, Siron Franco, 71, tido por pensadores como Ferreira Gullar como um dos maiores pintores brasileiros de todos os tempos. Encadeando pensamentos e memórias em associações inusitadas e reveladoras, a dar foco ao tempo que brota da interação de um arquivo pessoal inédito com novas filmagens, o documentário siron. tempo sobre tela ilumina a personalidade inquieta e a mente criadora do artista, onde fronteiras entre realidade, memória e sonho se dissolvem.".



Uma maneira de sentir o movimento da vida é estar aprendendo sempre. Meu pai sempre me dizia que velho é quem desistiu de aprender. Renovar o conhecimento, reciclar os pontos de vistas, abrir novos modos de pensar. Assim, fiz mais um treinamento nessa semana, na minha área de atuação. 

Esse foi um dos pontos positivos da quarentena sem fim: eu quebrei a barreira dos treinamento online. Eu acha que não teria um bom aproveitamento nesse formato de curso, mesmo os online presenciais. Com o isolamento me permiti experimentar. 



Assisti também na cabine de imprensa online ao filme "A Despedida". Um drama familiar emocionante com um elenco sensacional. O filme estreia em 31 de março nas plataformas digitais, e antes disso terá post aqui no blog.

Sinopse: "Lily, uma mulher espirituosa de quase 60 anos, está se preparando para um fim de semana com seu marido, Paul, e os filhos que estão indo visita-los. Apesar de sua mobilidade prejudicada, Lily insiste em preparar tudo sozinha, o casal espera um dia adorável, mas o clima fica claramente tenso quando os convidados começam a chegar.

À medida que o fim de semana vai passando, velhas feridas vêm à tona, separando alguns membros da família e juntando outros. Com ambas as filhas cada vez mais em conflito com o plano de sua mãe, as esperanças de uma despedida pacífica de Lily parecem estar sob ameaça.".


Assisti ao indicado ao Oscar 2021 de melhor de melhor canção, "Rosa e Momo". Simplesmente maravilhoso. Emocionante. Sensível. Lindo. E ainda tem uma cena de Sophia Loren dançando ao som de Elza Soares. Gente! Que tudo essa cena!

Sinopse: Baseado no livro “A Vida Pela Frente” de Romain Gary, a trama acompanha Momo (Gueye), um complicado adolescente senegalês órfão que está aos cuidados do bondoso Dr. Coen (Renato Carpentieri). Porém o médico entende que Momo precisa de uma presença feminina para ajudá-lo em seu processo de crescimento e aceitação. É nessa situação que as vidas de Momo e Rosa (Loren), uma ex-prostituta que cuida dos filhos de suas ex-colegas de profissão, se cruzam e se entrelaçam.

Indicados Oscar 2021

Assisti também ao filme concorrente ao Oscar 2021 de melhor documentário, "Professor Polvo". Lindo, lindíssimo. Uma declaração de amor a natureza. Uma demonstração do quanto uma relação saudável e respeitosa com a natureza pode ser benéfica ao ser humano. 

Craig Foster, fundador do projeto Sea Change, está frustrado com a vida, passando por um momento depressivo. Com o objetivo de reconectar com ele mesmo, retorna ao local onde passou boa parte da sua infância, no Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Lá ele resolve fazer mergulhos diários em uma floresta de algas marinhas. Nesses mergulhos, ele encontrou um jovem polvo que lhe despertou muita curiosidade e interesse. Desse encontro surgiu uma amizade inesperada e improvável que possibilitou Craig não somente se reencontrar como também descobrir mais sobre os mistérios do mundo submarino.

Sério, nunca mais como polvo na vida. Fiquei com vontade de largar tudo e ir fazer parte do projeto Sea Change. 

 
Indicados Oscar 2021

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.



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sábado, 27 de março de 2021

Série "As Filhas de Eva"

 "Filhas de Eva" é uma série nacional que fala de mulheres. Não à toa estreou no dia oito de março, Dia Internacional da Mulher. Já garanto que é uma série facilmente maratonável. 



A história gira em torno de três mulheres: Stella (Renata Sorah), Lívia (Giovana Antonelli) e Cléo (Vanessa Giácomo). Cada uma a sua maneira e dentro de um contexto próprio se vê presa dentro de padrões impostos pela sociedade. Essa "prisão" faz com que desejem liberdade, mudança. Mas para essa conquista é preciso coragem. 

A trama inicia quando Stella, uma mulher de 70 anos, dos quais passou 50 casada com o mesmo homem, pede o divórcio justamente na sua festa de bodas de ouro. Esse evento altera drasticamente seu destino e sua visão de vida. Em consequência afeta também a todos ao seu redor. Abala principalmente a estrutura de vida e familiar de sua filha, Lívia, que via no casamento dos pais um ideal de vida. Cléo, a suposta boleira do bolo da festa cruza o caminho dessa família tão oposta a sua, mas com tanto em comum, tanto para aprender e ensinar. 


Todo o contexto de "Filhas de Eva" mostra diferentes aspectos de vidas femininas afetas pelo machismo estrutural ou não. Stella é uma mulher que abriu mão dos seus sonhos para viver o padrão imposto pela sociedade da época que felicidade para mulher é ter um casamento feliz com um marido bem-sucedido e filhos bem criados. Sabe aquela máxima que "por trás de um grande homem, sempre tem uma grande mulher"?! Então, Stella viveu por 50 anos sendo a grande mulher que se limitava (porém não se contentava) em viver como pano de fundo, em estar por trás do grande homem. Ela demora 50 anos para declarar o seu descontentamento. Antes tarde do que nunca. 



Lívia, a filha de Stella, é a mulher bem sucedida que escolhe anular as próprias conquistas para não abalar o ego do marido incompetente que precisa ser o grande da relação para satisfazer seus caprichos machistas.



Cléo, é a mulher que está sempre sendo enrolada por homens casados e que deixa suas qualidades e sua autoestima se apagarem para encobrir um irmão trapaceiro. 

Entra nessa história a terceira geração com Dora (Débora Ozório), filha de Lívia e neta de Stella, que vem mostrar como essa nova geração enxerga essas relações e como lutam pelo seu espaço.

Uma curiosidade sobre "Filhas de Eva" é a história é inspirada na mãe de uma amiga próxima dos autores Martha Mendonça, Adriana Falcão, Jô Abdu e Nelito Fernandes, que tomou a decisão de se separar aos 70 anos de idade.

Além de toda a temática do feminismo, das condições das mulheres, do quanto as mulheres devem apoiar umas as outras, a trama traz também outras temáticas como corrupção e eutanásia. Além disso tudo tem uma trilha sonora linda e que dá vontade de danças e cenários maravilhosos do Rio de Janeiro. 

Os 12 episódios de "Filhas de Eva" nos fazem refletir sobre que mudanças gostaríamos de fazer nas nossas vidas, o que nos prende e o que nos liberta, o que nos impede. Qual o tamanho do nosso medo e da nossa coragem diante das mudanças que gostaríamos de fazer. 



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terça-feira, 23 de março de 2021

Horta Colha e Pague, em Saquarema

    

Como as feiras livres andam um pouco cheias por aqui, resolvemos fazer a nossa compra de hortaliças da semana direto na fonte. 


Em Saquarema, cidade da Região dos Lagos e bem perto do Rio, tem uma horta colha e pague, @hortacolhaepague. O que é isso? Como o nome diz, é uma horta com bastante variedade de produtos em que podemos selecionar e colher direto da terra os itens que desejamos e depois pagar.

Lá fomos nós em um bate e volta do Rio até Saquarema. 

A entrada da horta é uma graça e já conseguimos avistar o espaço.


Uma área bem ampla, aberto, arejado, com alimentos orgânicos e completamente vazio.  Eu fiquei impressionada com a quantidade de pássaros nas plantações.


O local é muito bem cuidado e dá para perceber o carinho e o amor envolvido no tratamento da plantação nos pequenos detalhes. 


Estava completamente vazio. Éramos os únicos visitantes-compradores naquele momento e o atendimento atencioso foi completamente exclusivo. 


Passeando pelo espaço pudemos fizer algumas descobertas e tivemos várias surpresas. Eu nunca tinha imaginado, por exemplo, como seria um pé de Pitaya. 


Simplesmente comia a fruta sem nem pensar em sua origem. E Pitaya retirada do pé por nós mesmos tem outro sabor. Ah tem...


Me surpreendi ao me deparar com um pé de Merthiolate. Sim, aquele que colocamos no machucado! É uma planta que tem uma flor vermelha! Jamais imaginei! É incrível pensar no quanto de produtos que consumimos e fazemos uso, e não pensamos na origem deles. 


Berinjela tem flor! 


E a flor é tão linda quanto o fruto!



Até o ditado "dar mais do que chuchu na...", que eu sempre pensei que fosse na serra,  eu descobri que é na cerca. Chuchu precisa de uma cerca pra se apoiar e crescer. 

Os limões sicilianos sem agrotóxico saíram com uma forma diferente e ainda não estavam prontos para a colheita. 


Caminhando entre a plantação e seus canteiros fomos escolhendo e colhendo os produtos. De rúcula à cachaça, de jiló à melado, de Taioba à ovo de galinha, completamos nossa cesta.


O dia estava lindo e além do atendimento na horta foi muito atencioso, carinhoso e exclusivo, nesse dia, de termos a nossa cesta farta e sem concorrência, sem receio do contato com muitas pessoas, ainda de lambuja, fizemos o retorno para o Rio pela orla contemplando o visual do mar e da lagoa. 


Saímos da Praia da Vila em Saquarema passamos por Jaconé, Ponta Negra até a Praia da Barra de Maricá. Apenas apreciamos o mar, mas estar de frente ao mar mesmo sem pisar na areia, nem mergulhar na água, já desperta um turbilhão de sentidos: sentir o cheiro da maresia, a brisa fresca na pele, ouvir o barulho das ondas. Ah... O mar... Voltamos revigorados.




Esse é o 5º post do projeto #100EM1 de 2021 que consiste em visitar 100 lugares no período de 1 ano e vi no blog Parafraseando com Vanessa. Achei, no início do ano, que o projeto seria uma ótima oportunidade para nos estimular a sair da rotina, buscar o novo, trazer aprendizados e reflexões. Porém o projeto foi completamente prejudicado pelo período que estamos vivendo.



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segunda-feira, 22 de março de 2021

Filme “Druk – Mais uma rodada”, indicado ao Oscar 2021 de melhor Filme Internacional

 

O filme "Druk" é favorito ao Oscar de filme internacional e vai estrear no Brasil no dia 25 de março no circuito e no streaming simultaneamente. 

Eu assisti a produção dinamarquesa na cabine virtual e já estou torcendo por ela. 


Filme “Druk – Mais uma rodada”, indicado ao Oscar 2021 de melhor Filme Internacional

"Druk", que tem duas indicações para 2021: melhor filme internacional e melhor diretor, traz a temática de viver a vida de forma inspirada e também sobre o álcool, alcoolismo e limite de cada um. 

Já na abertura o filme lança o questionamento


A partir daí começa a reflexão sobre quando e como perdemos a juventude e a capacidade de continuar sonhando. 

A história gira em torno de quatro professores de uma escola na Dinamarca. Martin (Mads Mikkelsen), Peter (Lars Ranthe), Nikolai (Magnus Millang) e Tommy (Thomas Bo Larsen). Os quatro hoje não são nem sombra dos jovens dispostos, divertidos, cheios de sonhos e disposição que foram. Pelo contrário, encontram-se acomodados em suas vidas pessoais, desiludidos com o trabalho e desinteressados da vida de um forma geral.

Até que na comemoração de aniversário de 40 anos de Peter os quatro se juntam em uma mesa de um restaurante e abordam a situação de Martin que enfrenta a indiferença dos filhos, o desinteresse da mulher, a desatenção dos alunos em suas aulas e acima de tudo a própria falta de estímulo para mudar esse cenário. 

É aí que comentam sobre a teoria do psiquiatra norueguês, muito conceituado em seu país, Finn Skarderud. A teoria prega que todos nós seres humanos temos uma deficiência de 0,05 de álcool no nosso organismo e que se tivermos esse valor ajustado seremos mais felizes, produtivos, dispostos e realizados.

A partir daí os quatro professores embarcam, inclusive o até então abstêmio Martin, em um experimentação científica: para o estudo da hipótese de Finn Skarderud irão começar mantendo "o nível de álcool em 0,05%  com o objetivo de coletar evidências de efeitos psicológicos, motores, verbais e psicorretóricos, e um estudo sobre o aumento no desempenho social e profissional". A regra é não ultrapassar esse nível, beber somente no período produtivo (das 8h da manhã até às 19h) e não ingerir álcool aos finais de semana.



Nessa primeira etapa de jornada etílica em nome da pesquisa científica os resultados surpreendem. Assim, o quarteto resolve passar para o segundo nível da experimentação aumentando o teor alcóolico nas veias e posteriormente para um terceiro nível. 

Até que ponto eles irão com o seu experimento? Quais são os ganhos e as perdas que algumas doses de álcool trazem para a vida? Vale a pena? A inspiração e a criatividade realmente melhoram conforme o teor alcoólico da pessoa? E essa é a única fonte para a inspiração? Até onde as alegres soluções trazidas pelo consumo do álcool compensam as graves problemas e suas consequências?

Entre a apologia ao uso do álcool e o alerta dos perigos do mesmo a tragicomédia diverte e traz muitas reflexões, além de fazer uma crítica social muito boa. 

A cena final é sensacional. 

Sinopse: "Para alegrar um colega em crise, um grupo de professores de ensino médio decide testar uma ousada teoria de que serão mais felizes e bem-sucedidos vivendo com um pouco de álcool no sangue. Parece a solução perfeita para quebrar o marasmo de seus dias. E, assim, começa esta embriagante sátira social de Thomas Vinterberg.".




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sexta-feira, 19 de março de 2021

Palacete Brando Barbosa, no Jardim Botânico

Edição de trinta anos de Casacor no Rio nos trouxe uma ótima oportunidade. Além dos 38 ambientes  amplos, arejados, maravilhosamente decorados, nos deu a oportunidade de conhecer Palacete Brando Barbosa, no Jardim Botânico.


Um casarão, dos mais belos do Rio, que abre as portas ao público pela primeira vez. Sim, essa belezura, apesar de ter se tornado um instituto ainda tem o seu acesso restrito. Gente, são 12 mil metros quadrados de jardim.



O palacete Brando Barbosa, até então conhecido por mim apenas em cenas de novela. Já foi casa do personagem de Antônio Fagundes em uma novela das 20h (que nunca começou às 20h) e mais recentemente foi residência da família mais poderosa da novela "Segundo Sol".

Eu não podia perder essa oportunidade porque, além da casa em si, da arquitetura, do belíssimo jardim de 12 mil metros quadrados, a mansão tem preciosidades no seu interior. 

O que é atravessar a porta de entrar e se deparar com esse hall de entrada!



Já dá para perceber a riqueza, não apenas em questões financeira, mas artísticas mesmo, do acervo da casa. A escadaria esculpida em jacarandá é fantástica!
 
Acima dela está o lustre maravilhoso que possui apenas um par no mundo e que está no Palácio de Versalhes.
 

Percorrendo os cômodos amplos eu não sabia se admirava as instalações modernas elaboradas pelos arquitetos ou se contemplava as peças originais do casarão. O que eu sei que o casamento do moderno e descolado com o tradicional gerou ambientes surpreendentes. 


A todo momento as portas e janelas enorme com seus portais e vitrais épicos nos abrem a vista para as belezas da casa e dos sue jardim.



O casal Jorge e Odaléa construíram a casa com muitos detalhes da arquitetura barroca e obras de arte sacra, como esse teto maravilhoso. 


O casal admirador e colecionador de obras de arte adquiria as peças e materiais para a construção da em leilões, igrejas, conventos e fazendas prestes a serem demolidas. 

É por isso que já não bastasse tanta beleza, ao passar por esse corredor quase tropeçando por só conseguir olhar pra cima, chego a uma varanda também de tirar o fôlego. É uma surpresa a cada porta que atravessamos. 



Os azulejos são outra marca de alguns ambientes da casa que foram perfeitamente aproveitados nas instalações. 


Eu fiquei simplesmente encantada com todos os banheiros. Aliás, falando em banheiros, uma das peças mais icônicas e belas é uma banheira de mármore Carrara que foi de Dona Teresa Cristina, mulher de Dom Pedro II. Eu fiquei tão encantada com a tal banheira que nem fiz foto dela. Acredita?


E a cozinha?! O que é aquela cozinha?! Com fogão industrial como ilha e as portas de geladeira de bar antigo. Tudo cercado por armários e azulejos belíssimos.


Eu cozinharia ali com muita felicidade. 


Falando em jardins, com seus 12 mil metros quadrados, que espaço é esse! Ele foi plantado e cuidado por Odaléia que em um dos nove volumes de seus diários, diz: “Acho que tenho dedos verdes. Tudo o que planto, nasce com muita facilidade e rapidez. Deve ser o amor que coloco ao plantar. É meu hobby favorito”.


Circulando pelo jardim podemos ver as plantas, o céu, sentir o vento e observar a arquitetura da casa por outros ângulos. Essa é uma vista da parte dos fundos do casarão principal. 


Nessa construção no fundo do terreno, que eu não sei se originalmente era uma casa de hóspedes ou não, está servindo de restaurante na Casacor desse ano. Como não estou indo a restaurantes por motivo de pandemia, e pelo mesmo motivo só entrei nos cômodos e ambientes vazios, não cheguei lá para observar mais de perto. 


Nos jardins nos deparamos também com diversas estátuas. 


E com essa piscina convidativa, mas que não está disponível, é claro!


A Casacor sempre nos traz essa oportunidade de conhecer lugares incríveis do Rio, normalmente inacessíveis. Gostei muito de circular não só pelos ambientes decorados, como poder conhecer de perto o Palacete Brando Barbosa que alguns até dizem que é o Taj Mahal carioca pela história de amot envolvida na construção da resindência.

Espero sinceramente que o Instituto algum dia seja aberto ao público e que possamos desfrutar de todo o acervo riquíssimo que o casal deixo para o Museu Sacro de São Paulo. 

Esse é o 4º post do projeto #100EM1 de 2021 que consiste em visitar 100 lugares no período de 1 ano e vi no blog Parafraseando com Vanessa. Achei, no início do ano, que o projeto seria uma ótima oportunidade para nos estimular a sair da rotina, buscar o novo, trazer aprendizados e reflexões. Porém o projeto foi completamente prejudicado pelo período que estamos vivendo.



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