O IMS – Instituto Moreira Salles – do RJ (existem outros dois, em São Paulo e em Poços de Caldas) é um daqueles cantos cheios de encanto da cidade.
Por ficar meio escondido no alto da Gávea, já meio afastado dos pontos mais conhecidos do bairro, como o Baixo Gávea (BG para os íntimos), Shopping da Gávea e Planetário, não é tão conhecido, nem muito movimentado (pelo menos todas as vezes que eu fiz a visita, o local estava supertranquilo).
Mas vale muito a pena passear tranquilamente por lá, caminhar devagar pelos jardins, andar pelas salas de exposições e deixar o tempo passar sem perceber.
É um misto de sentir-se fora do Rio, já que o palacete moderno é cercado pela exuberante Mata Atlântica (Floresta da Tijuca), com sentir totalmente local já que justamente por ficar meio escondido e fora do circuito turístico poucos o conhecem e disponibilizam tempo para fazer a visita.
A casa, ou melhor, o palacete onde viveu o falecido banqueiro e embaixador Walther Moreira Salles, por si só, já vale o passeio. A mansão foi projetada e construída entre 1948 e 1950, e inaugurada em 1951.
Na residência, que foi projetada para abrigar uma família numerosa com uma intensa vida social, rolava muitas festas e recepções. A mansão é uma construção elegante, ampla, com portas enormes de vidro que dão claridade aos ambientes,
e vistas deslumbrantes para os jardins.
Caminhar por esses jardins, projetados, nada mais nada mesmo que, por Burle Marx, é reconfortante e renovador.
É tanto verde que parece que estamos fora do Rio ouvindo barulho de rio e não de trânsito.
É deslumbrante a forma como a construção se integra à natureza.
A grande atração do pátio interno sempre foi o painel de azulejos assinado por Roberto Burle Marx. É um espetáculo! São 90 metros quadrados de extensão exibindo figuras abstratas de lavadeiras e peixes pintados em vários tons de azul. Para dar mais charme à obra de azulejos, que é tombada pelo patrimônio histórico, ela é integrada a um lago cheio de carpas.
Não bastasse a casa e seus jardins com ares selvagens já serem um grande atrativo e motivo suficiente para fazer a visita ao IMS - RJ,
a programação é sempre bem interessante com exposições, filmes, shows, além de abrigar os acervos de fotografia, música, literatura e iconografia.
Olha eu fotografando o trabalho "Bridges in the Doldrums", que integra a exposição "Anri Sala: o momento presente" que estava em cartaz no dia da minha vista.
Mais uma da exposição "Anri Sala: o momento presente".
No IMS também tem uma lojinha com vários produtos, mas os destaques são os livros de fotografia.
Além de tudo isso ainda tem um café supercharmoso e muito gostoso que atualmente é ocupado pelo "Empório Jardim", aquela charmosérrima padaria, bistrô e delicatessen do Jardim Botânico, que eu amo e já falei dela várias vezes.
Mesmo abrindo apenas às 11h em dias de semana e às 10h30 nos finais de semana, vale a pena tomar um café da manhã com vista para o painel de Burle Marx e o lago de carpas.
Momento Recordar é Viver:
Eu e a minha amiga Sonja em um passeio delícia no IMS em 2008.
Serviço:
Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 476
Aberto de 3ª a domingo, e feriados, das 11h às 20h
Entrada gratuita para exposições
Cinema: R$ 22 (inteira) de 2ª a 6ª; R$ 26 (inteira) aos sábados, domingos e feriados
No site você pode ver a programação, como chegar, sobre o estacionamento, etc. AQUI