Eu sou do tipo que morre de medo de um suspense. Sou daquelas que grita, pula de susto na cadeira ou no sofá, abraça a almofada, sai correndo pela sala (já saí correndo até de sala de cinema), tampo os olhos e ou ouvidos, coisas assim. Por isso evito escolher assistir os suspenses e terrores. Mas abro mão, ou melhor, tento abrir os olhos para alguns. Foi o caso da série "Bom Dia, Verônica".
"Bom dia, Verônica", Adaptação do livro de 2016 da dupla Ilana Casoy e Raphael Montes.- que na época foi publicado sob o pseudônimo Andrea Killmore - estreou no dia 1º de outubro. E já na estreia eu recebi recomendações de várias pessoas para assistir. Como eu já li "Jantar Secreto" de Raphael Montes e travei, por medo de continuar, na leitura de "Dias Perfeitos" do mesmo autor, eu sabia que seria um suspense do tipo que atormenta, que incomoda. O autor sempre traz histórias difíceis de digerir por mostrar a podridão humana.
"Bom Dia, Verônica" não é diferente. Fala violência doméstica, abuso psicológico e corrupção policial, além de proteção aos criminosos. Assunto real que precisa receber a luz dos holofotes para ser discutido e debatido.
Eu estava dividida ente a motivação e curiosidade para assistir a série e o medo as emoções que eu sentiria ao assisti-la. Quando chamei a minha filha que é fã dos livros de Raphael Montes (leu todos) para me acompanhar, ela já tinha visto. Bom, eu precisava de companhia. Nessa semana resolvi começar. Nos três primeiros episódios o marido ficou ao meu lado e nos demais a minha filha mais nova me acompanhou.
Mesmo dando alguns gritos, pulos no sofá e ter saído correndo sala algumas vezes (motivos de risos para o resto da família), eu maratonei. A série é realmente imperdível!
A trama gira em torno da escrivã Verônica Torre (Tainá Müller), que trabalha na Delegacia de Homicídios em São Paulo com dois delegados: Wilson Carvana (Antônio Grassi) e Anita Berlinguer (Elisa Volpatto).