sábado, 31 de outubro de 2020

Série Bom Dia, Verônica

 

Eu sou do tipo que morre de medo de um suspense. Sou daquelas que grita, pula de susto na cadeira ou no sofá, abraça a almofada, sai correndo pela sala (já saí correndo até de sala de cinema), tampo os olhos e ou ouvidos, coisas assim. Por isso evito escolher assistir os suspenses e terrores. Mas abro mão, ou melhor, tento abrir os olhos para alguns. Foi o caso da série "Bom Dia, Verônica".

Série Bom Dia, Verônica

"Bom dia, Verônica", Adaptação do livro de 2016 da dupla Ilana Casoy e Raphael Montes.- que na época foi publicado sob o pseudônimo Andrea Killmore - estreou no dia 1º de outubro. E já na estreia eu recebi recomendações de várias pessoas para assistir. Como eu já li "Jantar Secreto" de Raphael Montes e travei, por medo de continuar, na leitura de "Dias Perfeitos" do mesmo autor, eu sabia que seria um suspense do tipo que atormenta, que incomoda. O autor sempre traz histórias difíceis de digerir por mostrar a podridão humana. 

"Bom Dia, Verônica" não é diferente. Fala violência doméstica, abuso psicológico e corrupção policial, além de proteção aos criminosos. Assunto real que precisa receber a luz dos holofotes para ser discutido e debatido. 

Eu estava dividida ente a motivação e curiosidade para assistir a série e o medo as emoções que eu sentiria ao assisti-la. Quando chamei a minha filha que é fã dos livros de Raphael Montes (leu todos) para me acompanhar, ela já tinha visto. Bom, eu precisava de companhia. Nessa semana resolvi começar. Nos três primeiros episódios o marido ficou ao meu lado e nos demais a minha filha mais nova me acompanhou. 

Mesmo dando alguns gritos, pulos no sofá e ter saído correndo sala algumas vezes (motivos de risos para o resto da família), eu maratonei. A série é realmente imperdível!

A trama gira em torno da escrivã Verônica Torre (Tainá Müller), que trabalha na Delegacia de Homicídios em São Paulo com dois delegados: Wilson Carvana (Antônio Grassi) e Anita Berlinguer (Elisa Volpatto).

Após presenciar o suicídio de uma vítima de um golpista que a iludiu, enganou, dopou e roubou, e ver o descaso dos "amigos" policiais com o crime e a falta de empatia com a vítima, Verônica resolve lutar contra a burocracia e o regime policial, e dar voz as mulheres que sofrem com abusos e violência. 

Nesse caminho ela encontra Janete (Camila Morgado) que vive um verdadeiro inferno nas mãos de Brandão (Eduardo Moscovis). Acontece que Brandão é tenente-coronel da própria polícia militar. Ao mesmo tempo que Verônica vai mergulhando nas investigações vai descobrindo um emaranhado de envolvimento e corrupção dentro da corporação. Lutar contra isso tem consequências. E como tem!

O elenco está com atuações sensacionais, o assunto da violência doméstica é tratado com sensibilidade, a história é cheia de reviravoltas, muita ação com um ritmo eletrizante, e suspense policial de tirar o fôlego. De colar no sofá e não querer parar de assistir. 

Eu não li o livro. A minha filha disse que a série, em seus oito episódios, deu uma suavizada em certos crimes e personagens. Que o livro é mais intenso. Só tenho certeza de que não é uma história para os fracos. Será que eu consigo ler o livro? Não sei. Mas garanto que já quero a segunda temporada da série brasileira, "Bom Dia, Verônica". 





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domingo, 18 de outubro de 2020

BC A Semana 41 de 2020 - Trigésima Primeira Semana de Quarentena

 

É muito bom quando eu paro para fazer esse review da semana e constato que não foi apenas cama, comida e trabalho. Porque essa tem sido a minha sensação. O volume de trabalho está tal que tenho a impressão de que apenas trabalhei, trabalhei e trabalhei. 

Mas na verdade tive tempo para mim, para a família e para relaxar.

Seguindo as nossas possibilidades de diversão e passeios dentro dessa tal flexibilização aproveitamos uma dia nublado para caminhar em uma praia da cidade vizinha. Fomos à Praia de Piratininga, em Niterói. Atravessar a Ponte Rio-Niterói vendo a paisagem do Rio escorregar pela janela do carro já dá aquela sensação de movimento, de que estamos viajando. 


Já que não podemos, ou pelo menos, entendo que ainda não devemos viajar, conhecer outras cidades, outros cenários, outras paisagens, vamos buscando descobrir novos olhares para a nossa cidade. Paramos em um mirante para observar de longe os saltos de Asa Delta e Parapente. 


Fiz o meu percurso de bicicleta pela Aterro do Flamengo indo até o Centro da Cidade. Parei na Praça XV que estava bem vazia. Fiquei sentada em um banco com a minha bicicleta ao meu lado contemplando a beleza da Ilha Fiscal (acabei de constatar que não tenho post da Ilha Fiscal. Como pode?!). Me peguei pensando nessa cena com avião chegando ao aeroporto Santos Dumont, a Ponte Rio-Niterói atrás com o ir e vi dos carros, barcos e navios na Baía de Guanabara, minha bike ao lado. Tantos meios para nos transportarem para tantos lugares e nós momentaneamente presos por essa pandemia... Quer dizer, alguns. Porque outros estão indo e vindo como se nada estivesse acontecendo. 



Estou em um onda de assistir a filmes baseados em fatos reais. Tem um item do menu no Telecine Play para filmes desse tipo. Aproveitei a dica da Pedrita, no blog "Mata Hari - A vida cultural da Pedrita" e escolhi o filme "Stockholm".

Esse filme fala do crime que batizou a doença psicológica, Síndrome de Estocolmo, que se refere ao estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade pelo seu agressor. Tipo alguém que se apaixona pelo seu sequestrador. 

Apesar de o tema envolver violência, o filme é leve e até divertido. Tanto que já no início vem o aviso de que é baseado em uma história bizarra, porém real. Sério, apesar do filme ser classificado como Grama/crime, eu dei boas risadas. 

Sinopse: "O ex-presidiário Lars Nystrom faz reféns em um banco de Estocolmo e exige a libertação de seu antigo parceiro da prisão. À medida que se envolve mais na situação, Lars baixa a guarda e desenvolve um vínculo desconfortável com uma das funcionárias.".

filme Estocolme

Em um dia de semana de sol eu acordei cedo, peguei a minha bicicleta e pedalei pela orla de Copacabana e Ipanema. Encontrei uma amiga, conversamos cada uma protegida com a sua máscara e mantendo o isolamento. O meu dia de trabalho começou com muito mais energia e disposição. Preciso fazer isso com mais frequência.


Também em um dia de semana eu aproveitei o intervalo de almoço para ir com a minha filha mais velha ver a exposição "Irmãos Campanha - 35 Revoluções", MAM. Já tem post sobre a exposição aqui no blog. É só clicar no link. 


Por indicação da Carol, Pequena Jornalista li o livro "Teto para Dois". Um livro divertido em que a leitura flui bem e trata de um assunto muito importante: relações abusivas e como podemos ser envolvidas nelas sem perceber. 

"Sinopse: Depois de três meses do fim do relacionamento, Tiffy finalmente sai do apartamento do ex-namorado. Agora ela precisa para ontem de um lugar barato para morar. Contrariando os amigos, ela topa um acordo bem inusitado.

Leon, por sua vez, está enrolado com questões financeiras e tem uma ideia pouco convencional: sublocar seu apartamento, onde fica apenas na parte da manhã e de tarde nos dias úteis, já que passa os fins de semana com a namorada e trabalha como enfermeiro no turno da noite. Mas existe um detalhe… O lugar tem apenas uma cama!

Sem nunca terem se encontrado pessoalmente, Tiffy e Leon, fecham um contrato de seis meses e passam a resolver as questões do dia a dia por post-its espalhados pela casa. Mas será que tudo isso resiste a um ex obsessivo, uma namorada pra lá de ciumenta, irmão preso e amigos superprotetores? ".




Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Irmãos Campana - 35 Revoluções em exposição no MAM-Rio



Desde fevereiro sem entrar em um museu, sem ver uma exposição de arte. Que saudade que eu estava! Mesmo ainda evitando ao máximo do máximo entrar em lugares fechados, não resisti, não consegui segurar a onda. Resolvi verificar como estaria o MAM - Museu da Arte Moderna do Rio. Entre as exposições em cartaz, o meu foco era a "Irmãos Campanha - 35 Revoluções".




Imaginei que o museu estaria vazio, mais vazio até do que a minha própria casa, que eu teria um MAM só pra mim. E foi praticamente isso. 

A exposição, a maior já realizada por Humberto e Fernando Campanha, está sensacional com obras que misturam design e arte. 

Já na entrada nos deparamos com uma enorme parede de cobogós. São cerca de 1,6 mil tijolos terracota vazados que têm uma palma da mão aberta como elemento de repetição, sinal ao mesmo tempo de alerta e saudação. 

Os espaços vazados entre as mãos espalmada despertam a curiosidade e instigam a ver o que tem ali por trás daquela parede que não é uma barreira e sim um convite. 



Ao entrar nos 1,8 mil metros quadrados do segundo andar do icônico edifício do MAM Rio somos tomados pela arte criativa e irreverente da premiada dupla. A partir daí são mais de 100 peças de design e esculturas que encantam.

As peças são provocadoras e convidativas. Eu tive vontade de fazer p(arte) de muitas delas como esse lustre.


Tive que segurar a vontade de me jogar nos diversos sofás feitos com utilização de materiais variados e inusitados.


Assim como a parede de entrada, outras peças também fazem referência ao Nordeste brasileiro como esse armário chamado "Cangaço Cabinet" que eu achei lindo na forma e nas cores.


Espelhos que nos fazem querer refletir nas obra, nos sentir parte da exposição


Outros momentos conseguimos brincar com a peça exposta. Eu e a Ana Luiza, minha filha, brincamos de nos completar. Meu corpo nas pernas dela e vice-versa. 


Montagens ousadas e coloridas.


Eu simplesmente adorei esse lustre. 


Que vontade louca de me sentar nessa poltrona. Não sei se eu me sentiria uma rainha em seu trono, uma libélula em um flor de lótus, ou um bebê acolhido entre mãos enormes em concha. 


Fiquei encantada com as cores dessa peça.




E de muitas outras, mas não dá para mostrar todas no post.

Para compor a exposição foi montado um efeito cênico perfeito, lindo e convidativo. A cenografia foi feita em colaboração com a Spectaculu Escola de Arte e Tecnologia, organização criada por Gringo Cardia e Marisa Orth no Rio de Janeiro e estão presentes na entrada, na paredes e no telhado sensacional.



E também em toda a exposição em sim entre as montagens, pontuando e dando ritmo a esse enorme espaço estão mais de uma centena de elevadas torres, recobertas de palha de piaçava. Funcionando como troncos de uma estranha floresta, em uma clara alusão à questão ambiental.

A exposição que foi inaugurada em 14 de março e fechada no dia seguinte por conta das medidas de segurança para conter a pandemia do Corona, reabriu agora em setembro com todos os protocolos de segurança: venda de ingressos on line com horário marcado, aferição de temperatura na entrada, uso de máscara obrigatório, todos os funcionários com proteção, álcool gel disponível, capacidade de visitantes controlada. 

E garanto que está com muito menos visitantes do que o permitido. Deu pra manter o distanciamento de muitos metros de qualquer uma das poucas pessoas que ali estavam. Deu até para fazer fotos de todas as obras com calma e sem nenhum intruso. Tranquilo.

Por um lado fiquei feliz de ter uma exposição praticamente para mim (egoísmo) e poder percorrê-la com calma sem concorrer com ninguém para apreciar as obras. Por outro lado fico triste de ver que o povo se aglomera em bares e festinhas que não são permitidas ainda, mas não vão prestigiar a arte e a cultura em um museu. 


Esse é o 19º post do projeto #100EM1 que consiste em visitar 100 lugares no período de 1 ano e vi no blog Parafraseando com Vanessa. Achei, no início do ano, que o projeto seria uma ótima oportunidade para nos estimular a sair da rotina, buscar o novo, trazer aprendizado e reflexões. Porém o projeto foi completamente prejudicado pelo período que estamos vivendo.


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domingo, 11 de outubro de 2020

BC A Semana 40 de 2020 - Trigésima Semana de Quarentena

 

Esse post da semana sempre foi um dos meus preferidos. Talvez o preferido mesmo. Sempre gostei de fazê-lo porque é um momento em que paro para olhar para trás e ver o que fiz e deixei de fazer na minha semana. Como tirei o melhor dos meus dias, como cumpri com as minhas tarefas e como consegui incluir desvios de caminhos e novos olhares na minha rotina. 

Mas ultimamente até esses posts semanais estão me deixando com preguiça. A sensação de mais do mesmo, de nada interessante. Mas vou atualizar as semanas atrasadas.

Com todas as restrições e liberações duvidosas em vésperas de eleições, temos buscados novas maneiras de nos divertir. Uma delas tem sido passear de caro pela cidade buscando novos caminhos, novos olhares, outras vistas.

Como diz Rupi Kaur no livro "o que o sol faz com as flores" (acabei de perceber que não postei esse livro aqui no blog e isso significa momento arrependimento): 

"estamos morrendo
desde que chegamos
e esquecemos de olhar a vista

- viva intensamente"

Estamos buscando a nossa intensidade com as opções que temos disponível. 

Fizemos, eu e o marido, mais passeio de carro e paramos em pontos vazios para contemplar a beleza da cidade por outros ângulos. Ou os mesmos ângulos diferenciados pelo clima do dia. 


Paramos no Açude da Solidão na Floresta da Tijuca. Um espaço bem bonito, mas que por ficar na saída da Floresta da Tijuca nunca tinha parado ali especificamente. Acho que na saída normalmente já estamos satisfeita com o que já vimos e deixamos o açude para outro dia. Dessa vez paramos o carro ali em frente e entramos a pé pela saída. 

É um espaço que já foi conhecido por Sítio da Solidão, assim chamado depois que o Barão do Bom Retiro perdeu seu filho na Guerra do Paraguai e passou a frequentar o local para se isolar. Depois na época da ocupação da floresta pelos cafeicultores se tornou um ambiente pantanoso conhecido como Lagoa dos Porcos devido aos porcos selvagens que iam até lá em busca de água. E finalmente foi  transformado num belo recanto pelo paisagista Roberto Burle Marx: recebeu um portal e as antigas grades do Campo de Santana, retiradas para abertura da Avenida Presidente Vargas.



Sentindo que preciso exercitar e movimentar o corpo e também conviver um pouco com as amigas, fui fazer uma caminhada ao ar livre com uma amiga. O destino era um já muito conhecido, porém fizemos um caminho diferente, passando por outras ruas, buscando novos olhares. Passei por uma praça repleta de pitangueiras. Lindo. Observei grafites nos muros. Encontrei dizeres que tiveram significado para mim. 


Sentimos a tranquilidade de dias nublados. Uma foto com o Cristo Redentor sem o Cristo Redentor que estava encoberto pelas nuvens. 


Fomos, mais uma vez eu e o marido, contemplar a beleza de uma praia deserta, com mar revolto em um dia nublado. Eu adoro as flores de cactus. Elas nos mostram que mesmo em meio a muitos espinhos podemos ter flores.


Na volta, no mesmo caminho de sempre, percebemos esse grafite em um muro qualquer. É isso, precisamos olhar com atenção não somente a paisagem ao nossa redor, mas principalmente as pessoas. 


Assisti ao filme argentino "O Anjo". Baseado em história real sobre o maior criminoso argentino, Carlos Robeldo Punch, preso há 46 anos. O filme está com um elenco ótimo. O protagonista é estreante no cinema, mas conduziu o personagem de forma espetacular. Mesmo sendo um drama não ficamos ansiosos no sofá. A história passa com desenvoltura e o jeito debochado e dissimulado de "Carlitos" faz o tempo voar. Um filme que vale a pena assistir. 

Sinopse: "Carlos Robledo Puch está preso há 45 anos, o período mais longo de detenção já registrado na história da Argentina. Durante a adolescência, ele confessou ter cometido 11 assassinatos, executado mais de 40 roubos e uma série de sequestros. Alguns de seus atos criminosos configuravam-se como uma forma de impressionar Carlos, um amigo íntimo. Quando sua identidade foi revelada para o público, ele ganhou o apelido de "Anjo da Morte", graças aos seus cachos e rosto angelical.".


Li o livro "A Pequena Livraria dos Sonhos", de Jenny Colgan. Foi o terceiro livro dela que li nessa quarentena. Gostosinho de ler. Vou tentar fazer o post. Por enquanto deixo a sinopse do livro.

Sinopse: "Nina é uma leitora voraz que sonha em ter a própria lojinha de livros. Só que a vida real é um pouco mais complicada que as histórias que ela ama ler, o que ela descobre quando se muda para as lindas Terras Altas da Escócia para transformar seus sonhos em realidade… Tentei escrever o tipo de livro que adoro – convidativo, engraçado (ESPERO), com caras gatinhos (LÓGICO), mas também totalmente dedicado a nós, amantes de livros: os leitores. Venha se juntar à nossa turma!" Beijos, Jenny. Nina Redmond é uma bibliotecária que passa os dias unindo alegremente livros e pessoas – ela sempre sabe as histórias ideais para cada leitor. Mas, quando a biblioteca pública em que trabalha fecha as portas, Nina não tem ideia do que fazer. Então, um anúncio de classificados chama sua atenção: uma van que ela pode transformar em uma livraria volante, para dirigir pela Escócia e, com o poder da literatura, transformar vidas em cada lugar por que passar. Usando toda a sua coragem e suas economias, Nina larga tudo e vai começar do zero em um vilarejo nas Terras Altas. Ali ela descobre um mundo de aventura, magia e romance, e o lugar aos poucos vai se tornando o seu lar. Um local onde, talvez, ela possa escrever seu próprio final feliz.".




Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.




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domingo, 4 de outubro de 2020

BC A Semana 39 de 2020 - Vigésima Nona Semana de Quarentena

 

Eu tenho aparecido muito pouco pelo blog. Não sei... um misto de preguiça somado ao desânimo. As semanas têm sido no esquema dorme, come e trabalha. Com isso, além de me sentir cansada, me sinto sem assunto. Mas quando paro para rever a semana acabo percebendo que tenho sim assunto. E até me arrependo de alguns posts não escritos. Bom, alguns ainda dá tempo, outros perderam o timing. Ok. Sigo postando quando dá vontade e sem cobrança porque isso que é faz o blog ter sentido e ser prazeroso. 

Vou contar a semana. Já que os dias úteis estão corridos e dominados pelo trabalho, o jeito é aproveitar como dá o final de semana. 

Pedalar tem sido uma válvula de escape para mim. Um momento em que penso na vida, observo, busco novos olhares, descarrego o estresse nos pedais. Continuo optando pelos horários mais vazios mesmo que isso me faça pedalar no sol quente. Sempre de máscara, é claro.

Fiz um passeio de bicicleta pelas praias do Leme, Copacabana, Ipanema e Leblon. Parei para observa o mar, a Pedra do Arpoador e notei essa cerca. 


Parei em uma praça bem espaçosa, bonita, florida e acabei encontrando com duas amigas. É interessante como em épocas de poucas opções acabamos nos encantando com coisas que antes não despertavam tanto a atenção. Essa praça é um exemplo. Um local que estive diversas vezes e nunca me pareceu tão linda, charmosa, aconchegante. 


Fui com o marido fazer um passeio de bate e volta a cidade serrana de Petrópolis, a Cidade Imperial. O objetivo desses passeios nesse momento é mudar os ares, ver outros cenários. Não propriamente aproveitar a cidade em si já que praticamente não saímos do carro. 

Dessa vez erramos o caminho. Perdemos a entrada e acabamos seguindo pela estrada antiga, a Serra Velha da Estrela. Uma estrada estreita, sinuosa, ainda de paralelepípedos e cercada de verde. Um estrada cheia de história considerada a responsável pela criação da cidade de Petrópolis. Pois "foi por ela que, em 1827, Dom Pedro I levou sua filha princesa Dona Paula, de sete anos, muito doente, para se recuperar em Correias, onde acabou comprando a fazenda do Córrego Seco. Doze anos depois seu filho Dom Pedro II fundaria no local a cidade de Petrópolis. Não fosse a variante, Pedro I teria levado a sua filha para Miguel Pereira ou Paty do Alferes, que também têm ótimo clima e ficavam no caminho da antiga subida do Caminho Novo por Xerém".


Uma pena que a estrada está sem manutenção e sendo alvo de ocupação irregular e favelização porque além de toda a história que por ali já passou, ela revela belas paisagens conhecidas por poucas pessoas. No alto da serra conseguimos ter uma vista panorâmica deslumbrante da Baía de Guanabara e do contorno das montanhas do Rio de Janeiro. Errar o caminho nos trouxe aventura e uma bela surpresa passar por uma estrada histórica que revela belas paisagens e faz parte da Estrada Real.

Em Petrópolis passeamos pelo Parque Cremerie que estava com controle de entrada, estando bem vazio e sendo possível manter o distanciamento social. Não é um dos top pontos turísticos da cidade, mas é um lugar bem agradável de caminhar. 


Foto do tradicional Palácio do Quitandinha do carro mesmo


Assisti ao filme "Enola Holmes" e gostei muito. Recomendo. Taí, um assunto para postar no blog. 


Vi a série "Emily em Paris" que também gostei bastante. Essa já teve post no blog. 



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sábado, 3 de outubro de 2020

Série Emily in Paris

 

Me sentei no sofá de frente para a TV meio entediada, meio querendo fazer algo, meio dominada pele preguiça. Quase que no automático eu entrei na Netflix. A chamada de topo era a 1ª temporada da série "Emily in Paris".

Emily in Paris

Eu não tinha referências da séria e pela chamada e trailer achei que seria algo bem adolescentes. Mais para as minhas filhas do que para mim. Até chamei as duas para assistirem comigo. Convite que elas dispensaram. 

Justamente por parecer algo leve e descontraído e principalmente por se passar em Paris (já que não posso viajar, pelo menos vejo os lugares pelas telas) resolvi assistir. 

Emily in Paris

E maratonei os 10 episódios de 30 minutos mais ou menos. Um comédia romântica que se passa em Paris pode ser bem clichê sim, mas às vezes é disso que precisamos. 

A série além de transitar por cenários belíssimos da cidade luz, pontos turísticos tradicionais, cafés charmosos, museus, restaurantes, galerias de arte (tem uma cena dentro da exposição "Van Gogh, Starry Night" que dá aquela vontade de mergulhar dentro da tela), trafega também pela cultura francesa desde a sua gastronomia até o jeito simpático #sqn do francês.


Emily in Paris

A personagem Emily é protagonizada por Lily Collins, atriz famosa pelo filme "Simplesmente Acontece". E a série é uma criação Darren Star, o mesmo de Sex and the City, e estreou dia 2 de outubro de 2020 na Netflix.

A série conta a história de Emily, uma jovem executiva do marketing de uma empresa de Chicago. Empresa essa que comprou uma firma menor em Paris. Como parte do acordo de compra o escritório parisiense deve receber um representante da agora matriz americana.

Devido a uma mudança repentina Emily é convidada para o cargo em Paris, mesmo não falando Francês. Sem titubear, sem drama, nem receios, a jovem aceita a oportunidade com deslumbramento e expectativas. 

Assim Emily deixa Chicago, o namorado, o antigo trabalho e parte para Paris. Chegando na cidade ela cria o perfil no Instagram "Emily in Paris" com o intuito de compartilhar sua nova vida e sua visão do estilo de vida francês. 

Com postagens criativas o seu perfil vai crescendo enquanto Emily enfrenta hostilidade no seu trabalho (como uma americana vem ensinar algo aos franceses?!), passa por momentos de solidão, encontra amigos e, claro, amores.

Nesse contexto a trama vai nos mostrando as diferenças culturais entre a visão americana desde o paladar, o jeito de vestir, de falar, de se comportar e de ver o sentido da felicidade (o americano vive para trabalhar, o francês trabalha para viver).

Tem um debate também sobre o marketing das empresas que optam por influencers que muitas vezes não têm relação com a marca, e abrem mão de um suporte de uma empresa com visão de marketing. A questão da quantidade X qualidade. 

Em alguns momentos são discutidos temas como o feminismo. Em uma campanha para um perfume o assunto é debatido chegando ao questionamento de como a mulher que ser vista e como se sente. Seria esta uma ação “sexy ou sexista?”. 

As relações amorosas e temas como fidelidade são trazidos à tona com os pontos de vistas diferentes da visão americana mais conservadora e a francesa mais liberal. 

Enfim, me surpreendi muito com a série. Realmente é leve, divertida, descontraída, mescla comédia e drama de forma bem equilibrada, com cenário belíssimo e mesmo clichê traz abordagens interessantes sem perder o humor. Os personagens secundários são ótimos. A série tem um "q" de "Sex and the City" e "O Diabo Veste Prada" (o que é de se esperar já que Darren Star também foi produtor de "Sex and the City" e a figurinista Patricia Field, também foi responsável pelos figurinos de ambas. Traz também referências a "Gossip Girls". 


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