A semana acabou, aquela de de cinco dias úteis cheios de tarefas, atividades e funções, e temos um final de semana para descansar, recarregar as energias, fazer as coisas que não conseguimos naqueles cinco dias. E aí vem um novo começo, mais um ciclo de cinco dias atribulados e atarefados.
Sabe, essa coisa de cinco dias úteis, que para muitos parecem inúteis intercalados de dois dias inúteis, esses sim cheios de utilidades?! Eu gosto de dar uma bagunçada nesse ritmo mesmo eu trabalhando nos tais duas úteis. Gosto de colocar um pouco de final de semana nos meus dias de semana e assim não chegar ao sábado e domingo tão desesperada para ter o tal descanso merecido.
Para conseguir isso eu planejo, me organizo, dou um jeitinho daqui, uma flexibilizada dali. Mas nem sempre dá tudo certo, nem sai como o planejado.
Nesta semana, por exemplo, planejei resolver umas pendências com a Sofia no sábado. E fomos! Mas não conseguimos resolver o que tínhamos planejado e ainda atrasamos para voltar em tempo de preparar o almoço. O que fizemos então? Aproveitamos para passear, almoçar em um restaurante legal, fazer um caminho diferente e dar uma pausa para turistar na nossa cidade.
Desde que o Mirante do Joá tinha sido revitalizado em 2012 que eu não dava uma parada ali para apreciar a vista maravilhosa para a Praia de São Conrado, pro Morro Dois Irmãos e o Clube Costa Brava.
O espaço pequeno ficou super charmoso com o mosaico de azulejos, bancos de madeira e a caixa do "Livro Livre". Deu até vontade de pegar um livro e ficar sentada por ali mesmo, sentindo o vento, apreciando a vista e lendo uma boa história.
A pendência continuou pendente. mas a frustração foi substituída pela leveza do passeio em família.
Combinei com uma amiga de sairmos para tomar um café, conversar, rir, compartilhar as experiências da semana, e coisa e tal. Mas não rolou na hora combinada, pois cada uma teve um imprevisto. Acabamos deixando para um sorvete mais tarde. E fomos! E no caminho do nosso sorvete encontramos vários elefantinhos da
Elephant Parade Rio 2018.
O café frustrado se transformou em um sorvete com arte e pôr do sol.
Essa coisa de encontrar a manada da Elephant Parade me empolgou e resolvi voltar a pedalar pela manhã. O objetivo era ir até à Urca e aproveitar para encontrar as três esculturas que estão por lá.
Comecei o primeiro dia útil da semana acordando cedo e saindo da cama. Não permiti que o conforto do travesseiro macio vencesse o banco duro da bicicleta. Já fazia um tempinho que eu estava deixando a preguiça me dominar e ficava rolando na cama até o limite da hora pra levantar. Naquela segunda, incentivada pela vontade de encontrar as peças da exposição ao céu aberto, decidi fazer diferente.
Pedalei até a Urca, rodei por lá e nada dos elefantes. Eles estão no Pão de Açúcar!
Frustração?! Que nada! Foi muito proveitoso e gratificante. Ainda aproveitei para fazer uma "investigação" sobre um vídeo bem fake que rolou pela internet. Mas isso eu conto depois.
Espero me lembrar dessa sensação maravilhosa todas as manhã e pular da cama cedo pra ter um dia com mais disposição.
Recebi o convite para a cabine de imprensa do filme "
Um Segredo em Paris" e nessa eu pude ir. A maioria das cabines, por serem no horário de expediente, quem vai no meu lugar é a minha amiga do
@cineeilumine.
Pelo título eu esperava um filme mais movimentado. E na verdade eu gostei da tranquilidade e da calma com que a trama se desenrola. Saí do cinema com a sensação de que devagar, com calma, aproveitando a caminhada, conseguimos chegar onde precisamos.
Como a semana tida como útil seria pra lá de útil, cheia de trabalho, coisas da família para resolver e ainda curso para fazer, eu senti necessidade de colocar um pouco de arte na hora do meu almoço.
Voltei ao CCBB para rever com calma parte da
Mostra de Jean-Michel Basquiat já que um pedaço dela eu passei meio apressada. Mas resolvi primeiro dar uma passada rápida no segundo andar para espiar a exposição "100 Anos de Athos Bulcão". Me deliciei. Me envolvi com as as formas e cores e me perdi no tempo. Quando me dei conta já estava na hora de voltar. Rever Basquiat ficou para outro dia.
Planejei de um jeito, aconteceu de outro e foi melhor do que a expectativa.
Retornei à sala de aula para fazer um curso rápido de um mês. O curso tem bastante atividade prática e confesso que sair às 21 horas, após um dia de trabalho e algumas horas de aula, para fazer entrevistas na rua estava me desanimando. Na verdade fui me arrastando, pensando em dar uma desculpa, empurrada mesmo pela tal responsabilidade. Eu imagina encontrar pessoas apressadas, cansadas e doidas para chegarem em casa.
Vou contar uma coisa: foi ótimo! Encontrei receptividade, histórias inesperadas e bem diferentes, senti o verbo cooperar sendo conjugado com facilidade. Depois vou contar essa experiência. Voltei pra casa cheia de energia, alegria e com essas histórias para contar.
Era dia da minha aula de pintura. Aquela que eu adoro, que me relaxa, me desconecta e reconecta, me transporta. Mas recebi o convite para a pré-estreia do filme "de repente uma família". E a Ana Luiza queria ir comigo. Foi hora de flexibilizar! Faltei a aula de pintura e fui ao cinema com a minha filha assistir a essa comédia baseada em fatos reais. Chorei de rir e ri do tanto que chorei. Vou fazer um post sobre o filme que estreia em 29 de novembro.
Na onda de colocar (in)utilidades no meio dos meus dias uteis e ainda querendo encontrar com todos as esculturas de babies elefantinhos, usei a minha hora do almoço para passa na Caixa Cultural, pois ali teria um perdido da manada. Seria coisa rápida encontrar a escultura, fazer umas fotos, ver o colorido, achar fofinho e ainda daria tempo para comer algo.
Mas cadê o bichinho? Fugiu ou a informação estava errada? Não sei. Só sei que acabei dentro da exposição
"Labirinto de amor". Uma exposição agradável de ver. Colorida, que utiliza materiais comuns que facilmente reconhecemos e que despertam a memória. Tive a sensação de que as peças estavam me contando histórias e quando me dava conta eu estava ali mentalmente contando as minhas histórias para elas. Muito interessante! Teve um momento que fotografei os versos de uma música que estavam bordados em uma das peças para mandar para duas amigas. Queria que elas revivessem aquela história comigo.
Mais uma vez foi melhor do que o planejado.
Às vezes, no meio desses dias úteis rola um feriado que é esperado com contagem regressiva. Aconteceu nessa semana. Um feriado emendado para todos da família, menos para euzinha. Tudo bem! Fomos todos para Cabo Frio, passamos o dia na praia. Nada como um mergulho na água salgada, pular ondas, furar outras, sentir a água gelada no rosto, o borbulhar da espuma na pele, o ar ao colocar a cabeça para fora, o cabelo com água escorrendo nas costas, a sensação de liberdade, para dar disposição, trazer paz de espírito, proporcionar satisfação.
Valeu! Os mergulhos valeram pegar estrada para ir com a família, pegar estrada para voltar para trabalhar enquanto eles ficavam lá, pegar estrada para retornar para encontrar a família e dar outro mergulho nesse mar.
Muitas vezes sobrecarregamos os nosso dias com utilidades inúteis e nos esquecemos da inutilidades tão úteis. Nos deixamos frustrar porque o planejado não aconteceu conforme a nossa expectativa e não percebemos que foi até bem melhor assim.
Este post faz parte da BC
#ReolharAVida proposta pela Elaine Gaspareto que veio substituir a BC
#52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a
BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a
BC Pequenas Felicidades.
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